10 Jogos que Floparam, mas eram realmente bons

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Jogos que floparam podem ser grandes casos de injustiças ou falta de sorte ou visibilidade no universo gamer. Às vezes, mesmo com gráficos incríveis, roteiros envolventes e um jogabilidade inovadora, certos títulos acabam ignorados pelo público.

Isso acontece por vários motivos: marketing capenga, lançamentos mal programados ou até por comparações injustas com franquias maiores ($$$).

No entanto, flopar não significa ser um produto ruim em todos os casos. Muito pelo contrário. Diversos jogos injustiçados carregam inovações criativas, personagens interessantes e mundos fascinantes. O que faltou em vendas, sobrou em qualidade. E é justamente sobre isso que vamos falar agora.

Nessa lista, reunimos 10 jogos que floparam, mas são incrivelmente bons. São títulos que passaram batido por muita gente, mas que mereciam uma segunda chance.

Se você busca experiências diferentes, emocionantes e fora do radar dos blockbusters, continue conosco. Aposto que pelo menos um desses vai parar no seu backlog ainda hoje.

1 – Guardiões da Galáxia (2021)

Guardiões da Galáxia - Jogos que Floparam

Desenvolvedora: Eidos-Montréal

Destaque técnico: Sistema de diálogos em tempo real, com interações constantes entre os personagens durante a gameplay.

Curiosidade: O jogo venceu o The Game Awards 2021 na categoria Best Narrative.

Duração média: 15 a 18 horas

Mesmo carregando o selo da Marvel, Guardiões da Galáxia chegou em um momento delicado. O público ainda estava frustrado com o fracasso – merecido – de Marvel’s Avengers, o que gerou desconfiança generalizada. Assim, o game foi lançado sob olhares desconfiados e acabou com vendas abaixo do esperado.

Mas, ao contrário do que se esperava, o jogo entrega uma campanha single-player caprichada.

Os diálogos são dinâmicos e engraçados, a trilha sonora tem clássicos dos anos 80, e os personagens brilham em interações autênticas. O combate combina ação em tempo real com comandos estratégicos aos membros da equipe. Além disso, a direção de arte oferece cenários ricos e criativos, trazendo aquele charme cósmico que os fãs da franquia amam.

Repare que Guardiões da Galáxia parece entregar justamente o que muitos jogadores esperavam de Marvel’s Avenges. Se vale a pena jogar? Sim, e muito!

Esse é um dos melhores exemplos de jogos que floparam injustamente. Se você gosta de narrativas bem construídas, personagens carismáticos e humor na medida certa, essa é uma pérola que merece atenção.

2 – Mad Max (2015)

Mad Max (2015) - Jogos que floparam

Desenvolvedora: Avalanche Studios

Destaque técnico: Sistema de combate veicular robusto, com upgrades visuais e funcionais para o carro.

Curiosidade: O protagonista Max é dublado por Bren Foster, ator australiano conhecido por papéis em filmes de ação.

Duração média: 25 a 30 horas

O jogo traduz com perfeição o caos do universo Mad Max. A jogabilidade é focada em combate de veículos – explosivo, visceral e muito bem feito.

A Avalanche Studios criou um mundo aberto vasto e hostil, com tempestades de areia e áreas desérticas visualmente impactantes. A progressão do personagem é satisfatória e o crafting de veículos adiciona camadas de personalização interessantes.

Tá, e por que flopou? Mad Max foi lançado na mesma época de Metal Gear Solid V: The Phantom Pain. O timing ruim jogou o game para escanteio. Mesmo com qualidades evidentes, ele foi ofuscado por um dos maiores lançamentos daquele ano e acabou esquecido.

É um dos jogos que floparam, mas oferece uma experiência intensa e imersiva. Se você curte pancadaria em mundo pós-apocalíptico e direção em alta velocidade, esse é um título obrigatório.

3 – Spec Ops: The Line (2012)

Desenvolvedora: Yager Development

Destaque técnico: Roteiro não-linear com finais alternativos e influência direta nas decisões morais do jogador.

Curiosidade: Inspirado no livro Heart of Darkness, o mesmo que serviu de base para Apocalypse Now.

Duração média: 6 a 8 horas

Na superfície, Spec Ops: The Line parecia apenas mais um shooter militar genérico da época. Essa aparência enganosa afastou jogadores e críticos. Além disso, a divulgação foi modesta e o jogo simplesmente sumiu em meio a uma enxurrada de títulos do gênero.

Contudo, por trás do visual comum, existe uma das narrativas mais impactantes da história dos games.

Inspirado em obras como Heart of Darkness e Apocalypse Now, o jogo confronta o jogador com dilemas éticos, consequências reais e uma descida brutal à loucura. A jogabilidade funciona bem, mas é a trama que marca. Cada escolha pesa. Cada passo levanta questionamentos.

É uma experiência densa e provocativa que, sem dúvida, vale a pena experimentar.

É o tipo de jogo que te faz pensar muito depois dos créditos finais. Se você busca mais do que tiroteio sem propósito, Spec Ops: The Line é um dos jogos que floparam, mas que deixam marcas – no melhor sentido possível.

4 – Vanquish (2010)

Vanquish (2010)

Desenvolvedora: PlatinumGames

Destaque técnico: Mecânica de “slide boost” revolucionária no combate corpo a corpo em terceira pessoa.

Curiosidade: Shinji Mikami (criador de Resident Evil) dirigiu o projeto.

Duração média: 4 a 6 horas

Vanquish é um dos jogos que floparam, mas que merecem ser redescobertos. Se você gosta de ação intensa e combate rápido com estilo, não pense duas vezes.

O jogo é puro estilo e velocidade. O protagonista desliza pelo campo de batalha em alta rotação, desviando de balas e destruindo inimigos com precisão cirúrgica. A ação é insana, com transições rápidas e efeitos visuais alucinantes.

Vanquish entrega adrenalina constante e uma jogabilidade fluida, que ainda hoje se destaca facilmente pela originalidade. É um verdadeiro anime jogável.

Por que flopou? Apesar de ser desenvolvido pela PlatinumGames, conhecida pelos combates estilizados de Bayonetta, Vanquish não teve apelo comercial merecido. O jogo recebeu pouca divulgação e foi criticado por sua curta duração. O público, na época, também não entendeu muito bem sua proposta acelerada e fora do padrão dos shooters tradicionais.

5 – Remember Me (2013)

Remember Me (2013) - Jogos que floparam

Desenvolvedora: Dontnod Entertainment (a mesma de Life is Strange)

Destaque técnico: Sistema de remix de memória, permitindo alterar lembranças de NPCs e mudar o curso da história.

Curiosidade: O jogo quase foi cancelado após rejeições por várias publishers antes de ser aceito pela Capcom.

Duração média: 8 a 10 horas

A desenvolvedora Don’t Nod Entertainment SA estreava no mercado com um projeto ousado. Porém, Remember Me enfrentou críticas mornas e foi lançado em um período saturado de jogos de ação.

A divulgação modesta também contribuiu para que o título passasse despercebido por muitos jogadores que potencialmente poderiam se interessar pela proposta.

E por que? Remember Me apresenta uma Paris futurista belíssima, com estética cyberpunk e identidade visual marcante.

A mecânica de manipulação de memórias é criativa e original. A protagonista Nilin tem presença e sua história traz questões sobre identidade, controle e memória. A trilha sonora eletrônica reforça a imersão e o combate, embora simples, é funcional e estilizado.

Remember Me é uma das pérolas esquecidas da era do PS3 e Xbox 360. Um dos jogos que floparam, mas que mostram como arriscar pode render experiências únicas. Algo que, infelizmente, vem a conta-gotas na geração atual. Principalmente nos jogos AAA.

6 – DMC: Devil May Cry (2013)

DMC: Devil May Cry (2013)

Desenvolvedora: Ninja Theory

Destaque técnico: Combos multiarmas dinâmicos e fluidez incomparável no sistema de batalha (anjo/demônio).

Curiosidade: O game se passa em um universo alternativo, separado da linha principal da franquia.

Duração média: 10 a 12 horas

DMC é um dos jogos que floparam mais injustiçados da geração. Se você superar o apego ao visual clássico, encontrará um dos melhores hack and slash disponíveis até hoje.

Em 2010, a Capcom decidiu reimaginar a franquia Devil May Cry, apostando em um novo visual para Dante. O resultado da primeira revelação dividiu os fãs: o novo estilo, mais jovem e rebelde, desagradou os mais conservadores. E ,apesar da crítica positiva, o público tradicional rejeitou o reboot, impactando diretamente nas vendas.

Contudo, o que o que ninguém esperava é que o gameplay era um espetáculo à parte. O que desarmou muitos jogadores que torciam o nariz para o novo Dante.

O combate de DMC é fluido, criativo e cheio de possibilidades. A trilha sonora acompanha perfeitamente a ação e a direção de arte impressiona com fases que se transformam dinamicamente.

O novo Dante tem personalidade e, embora diferente, funciona incrivelmente bem dentro da proposta. É um jogo ousado, visualmente marcante e com ritmo envolvente do começo ao fim. Vale muito a pena!

7 – Immortals: Fenyx Rising (2020)

Immortals: Fenyx Rising (2020)

Desenvolvedora: Ubisoft Quebec

Destaque técnico: Estilo visual cel-shading e mundo aberto segmentado por divindades.

Curiosidade: O jogo se chamaria Gods and Monsters, mas teve o nome alterado por disputa com a Monster Energy.

Duração média: 25 a 30 horas

Com uma pegada leve e bem-humorada, o jogo surpreende por sua criatividade e carisma. A mitologia grega é apresentada com irreverência, diálogos engraçados e desafios variados. A jogabilidade mistura exploração, combate e quebra-cabeças, sempre com um ritmo gostoso. Os visuais coloridos, a trilha vibrante e a liberdade de movimentação tornam a experiência leve e viciante.

Por que flopou? A Ubisoft lançou o game logo após Assassin’s Creed Valhalla, o que ofuscou totalmente sua chegada.

Além disso, muita gente viu Immortals como uma cópia de Breath of the Wild, o que reduziu seu apelo entre os mais exigentes. A comunicação da marca também foi confusa, e o jogo ficou em segundo plano.

Mesmo assim, Immortals é ideal para quem quer uma aventura divertida, bem construída e sem a densidade de um RPG tradicional.

8 – Splinter Cell: Blacklist (2013)

Desenvolvedora: Ubisoft Toronto

Destaque técnico: Três estilos de gameplay integrados — Ghost (stealth puro), Panther (stealth letal) e Assault (ação direta).

Curiosidade: Foi o último Splinter Cell lançado até hoje (2025), aguardando reboot confirmado.

Duração média: 15 a 20 horas

Apesar de ser parte de uma franquia consagrada, Blacklist surgiu num momento em que o stealth estava em baixa.

A ausência do dublador clássico de Sam Fisher – Michael Ironside – também não agradou aos fãs mais fiéis. Por fim, o jogo acabou ofuscado por outros lançamentos mais chamativos naquele ano.

Por que é incrivelmente bom? Blacklist ainda oferece o melhor do stealth moderno. A liberdade tática é imensa: você escolhe como abordar cada missão, com gadgets variados e múltiplas rotas.

A IA é desafiadora, o design de fases é inteligente, e o gameplay recompensa quem planeja bem. É o equilíbrio perfeito entre ação e espionagem, com tensão o tempo todo.

Sem dúvida. Um dos jogos que floparam mais subestimados da Ubisoft. Para quem gosta de se sentir um verdadeiro espião e se sente órfão de Syphon Filter, esse título é imperdível.

9 – Alan Wake (2010)

Alan Wake (2010) - Jogos que floparam

Desenvolvedora: Remedy Entertainment

Destaque técnico: Luz como mecânica de combate e atmosfera episódica inspirada em séries como Twin Peaks.

Curiosidade: O jogo ficou em desenvolvimento por mais de 5 anos antes do lançamento.

Duração média: 10 a 12 horas

Alan Wake enfrentou dois gigantes no lançamento: Red Dead Redemption e Super Mario Galaxy 2. Isso fez com que, mesmo com bons reviews, ele vendesse pouco. A proposta mais narrativa e atmosférica também não era tão atrativa na época para o público de massa.

Contudo, muita gente reconhece hoje que a Remedy criou uma experiência única: uma mistura de livro de suspense com terror psicológico.

A mecânica de usar a luz como arma traz inovação e tensão. A ambientação em Bright Falls é imersiva, detalhada e cheia de mistérios. Cada capítulo parece um episódio de série, com cliffhangers e trilha sonora impactante.

Alan Wake foi lançado em 2010 como um exclusivo do Xbox 360. Dois anos depois, chegou ao PC, e em 2021 ganhou uma remasterização para PS4, PS5, Windows, Xbox One e Xbox Series X/S. Apesar de sua proposta envolvente e atmosfera marcante, o jogo enfrentou dificuldades comerciais em todas essas plataformas, levando muito tempo para recuperar seu investimento.

Entretanto, reuniu uma legião de fãs ao longo do tempo. Hoje, é considerado clássico cult e reverenciado como precursor de narrativas mais maduras nos games.

10 – The Bureau: XCOM Declassified (2013)

The Bureau: XCOM Declassified (2013)

Desenvolvedora: 2K Marin

Destaque técnico: Combate em tempo real com comandos táticos em câmera lenta.

Curiosidade: Originalmente seria um jogo de horror em primeira pessoa, mas foi completamente refeito.

Duração média: 10 a 12 horas

Transformar a franquia XCOM, famosa por seu combate tático em turnos, em um shooter em terceira pessoa não agradou aos fãs tradicionais. Além disso, o jogo sofreu mudanças de conceito durante o desenvolvimento, o que prejudicou a coesão final do projeto. O resultado? Vendas baixas e críticas divididas.

Apesar de tudo, é incrivelmente bom! A ambientado nos anos 60, The Bureau: XCOM Declassified oferece um charme retrô irresistível.

A proposta mistura combate tático em tempo real com ação direta, permitindo dar ordens aos companheiros em plena batalha. O clima de conspiração alienígena, a estética vintage e a narrativa estilo Arquivo X dão um tom diferenciado e imersivo.

The Bureau é um dos jogos que floparam por ousar demais. E isso, no fundo, é seu maior mérito. Para quem curte ficção científica com estratégia, é uma pérola pouco explorada.

Flopados no Papel, Lendários no Controle

Nem todo sucesso se mede em milhões de cópias vendidas. Como é possivel obeservar nessa lista, muitos jogos que floparam entregam experiências marcantes, mesmo sem o reconhecimento comercial merecido.

A indústria dos games está cheia de tesouros esquecidos e redescobri-los pode ser uma jornada tão empolgante quanto acompanhar um mar de lançamentos recentes.

Escolher a janela de lançamento errada pode ser tão fatal quanto lançar um jogo incompleto. Muitos dos títulos dessa lista falharam justamente por isso: chegaram às prateleiras na hora errada, concorrendo com gigantes que drenaram toda a atenção do público e da mídia.

Basta imaginar o que vai acontecer quando GTA VI finalmente for lançado. Qualquer estúdio que ousar lançar um jogo poucos dias antes ou logo após esse colosso estará basicamente jogando seu próprio título para o abismo.

O hype será absoluto, e a comparação, inevitável. E isso já aconteceu antes: Mad Max foi engolido por Metal Gear Solid V, Alan Wake foi obliterado por Red Dead Redemption, e o padrão se repete com frequência assustadora.

Do drama psicológico de Spec Ops: The Line ao humor afiado de Guardiões da Galáxia, cada título aqui prova que flopar não significa exatamente fracassar. Às vezes, tudo o que esses jogos precisavam era de um público disposto a olhar além das aparências ou da repercussão da época.

Agora é com você: qual desses jogos vai ganhar uma nova chance no seu console ou PC? E mais – qual outro título você acha que flopou, mas merecia estar na nossa lista?
Compartilha com a gente nos comentários e bora conversar sobre essas pérolas escondidas do mundo gamer.

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