CONTROL Resonant apareceu no TGA 2025 com um trailer que faz Manhattan parecer um experimento fora de controle. A revelação não trouxe só a janela de 2026. Ela também confirmou um novo protagonista, uma proposta mais próxima de ação-RPG e ameaças que dobram a realidade.
Ao mesmo tempo, a Remedy reforçou uma promessa importante para esse universo conectado. O jogo conversa com Control e Alan Wake, mas deve funcionar sozinho para quem ficou para trás.
O anúncio no TGA 2025
O trailer de CONTROL Resonant deixa claro que a história saiu do confinamento da Oldest House. Agora, a franquia introduz uma Manhattan distorcida. A arquitetura se retorce, a gravidade falha e qualquer rua pode virar um corredor impossível.
Mais do que espetáculo, o vídeo sugere um tom de crise. A cidade não parece “cenário”. Ela parece sintoma de algo maior. E, quando a Remedy escolhe esse palco, ela quer que você sinta o estranho antes de explicar o estranho.
Dylan Faden assume o protagonismo

A mudança mais pesada está no nome do personagem jogável: Dylan Faden, irmão de Jesse Faden. No primeiro game, ele funcionava como mistério, trauma e peça-chave do quebra-cabeça da Jesse. Em CONTROL Resonant, Dylan vira o centro da sequência.
Isso tem implicações narrativas. Jesse carregava um senso de propósito bem definido. Dylan, por outro lado, traz um histórico de confinamento e instabilidade. Portanto, quando ele ganha controle da história, a franquia abre espaço para uma jornada mais frágil e mais humana.
Além disso, o gancho dramático parece direto: Jesse está desaparecida, e Dylan precisa atravessar a crise para encontrá-la. Para fãs de Remedy, isso soa como mais um plot complexo, com muitos documentos, pistas e paranoia.
Uma nova proposta

CONTROL Resonant se apresenta como um action-adventure RPG maior, com mais exploração, progressão e escolhas. Na prática, isso sugere uma estrutura mais aberta. Ainda assim, a Remedy não vende o jogo como um mundo aberto tradicional.
O combate também muda o foco. Dylan usa um arsenal de poderes, porém a arma em destaque é a Aberrant. Ela funciona como uma ferramenta corpo a corpo que muda de forma. Essa troca pode alterar o ritmo das lutas e aproximar o jogador do perigo.
“Tudo aquilo que tentamos manter dentro de nós, eventualmente, encontra um jeito de escapar.”
Se a Remedy equilibrar progressão com impacto, essa virada pode dar algo raro. Um Control que mantém a estranheza, mas dá mais agência para você definir o estilo de jogo.
Novas ameaças paranaturais

O que o trailer chama de ameaça não parece apenas “mais monstros”. A crise envolve uma força cósmica que distorce a realidade. Além disso, ela empurra Manhattan para uma aniquilação paranatural. Em outras palavras, o inimigo pode ser a própria regra do mundo.
Isso combina com a ideia de “ressonância” do título. A franquia sempre tratou fenômenos como sinais, frequências e contaminações. Agora, essa lógica parece atingir a cidade inteira, o que abre margem para encontros mais imprevisíveis.
Ao mesmo tempo, a escala maior traz um desafio: manter o suspense vivo em um ambiente amplo. Se o diretor Mikael Kasurinen acertar o ritmo narrativo, a exploração pode virar tensão, não checklist.
Lançamento, plataformas e o que esperar de CONTROL Resonant

Por enquanto, a Remedy confirma CONTROL Resonant para 2026, sem data exata. O jogo sai para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC (Steam e Epic). Além disso, a versão de Mac também está confirmada.
Em entrevistas e materiais oficiais, o estúdio insiste que esta não é uma sequência “convencional”. A ideia é dar contexto suficiente para quem está conhecendo a franquia agora. Ainda assim, quem conhece a FBC deve notar camadas extras e referências mais maldosas.
A Remedy também vai publicar o jogo, com apoio da Annapurna em cofinanciamento e coprodução. Isso costuma significar mais autonomia e um escopo alinhado ao que o estúdio quer entregar.
Por fim, fica a expectativa técnica. A Remedy usa a engine Northlight, que sempre entrega visual absurdo, mas historicamente exige hardware a frente do seu tempo.
Control teve problemas de desempenho em consoles da geração passada, e Alan Wake 2 mostrou um perfil bem pesado no PC e consoles de 9ª geração. Até mesmo Quantum break, jogo de 2016, só pode ser plenamente apreciado muito tempo depois de lançado.
Muitos jogadores deixaram esses jogos passar, justo pelas exigências de hardware “NextGen”. Isso explica muito a dificuldade de retorno sobre investimento dos últimos projetos da Remedy.
Por isso, a esperança aqui é que CONTROL Resonant deve chegar com uma versão mais otimizada no dia um. Se a performance acompanhar a ambição, essa sequência tem tudo para virar o novo cartão de visitas do universo da Remedy.
Se a Remedy acertar a mão na otimização – e CONTROL Resonant rodar até mesmo em um Nintendo Switch 2 – pode virar o capítulo mais ousado e acessível do universo.
E aí, qual sua expectativa para CONTROL Resonant? Comente o que você espera do novo protagonista e compartilhe com aquele amigo que ama Control.













