GOTY 2025: quem realmente tem chance de levar o Jogo do Ano?

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GOTY 2025 é a sigla que vai dominar qualquer conversa séria sobre games até dezembro.

A lista oficial de indicados ao Game of the Year no The Game Awards 2025 já saiu, e ela veio pesada:

  • Clair Obscur: Expedition 33
  • Death Stranding 2: On The Beach
  • Donkey Kong Bananza
  • Hades II
  • Hollow Knight: Silksong
  • Kingdom Come: Deliverance II

Cada um deles chega com um tipo diferente de força – crítica, vendas, impacto cultural ou inovação de design. E, no fim, vamos cravar nossa aposta.

O The Game Awards 2025 vai rolar dia 11 de dezembro, no Peacock Theater, em Los Angeles, das 22h às 1h (horário de Brasília). Entenda por que cada indicado pode levar o prêmio de Jogo do Ano e descubra a nossa aposta para este ano.

Vamos por partes…


Clair Obscur: Expedition 33 – O RPG de turnos que furou a bolha

GOTY 2025 - Clair Obscur: Expedition 33

Se alguém tivesse apostado anos atrás que um RPG de turno, de um novo estúdio francês, se tornaria favorito ao GOTY 2025, muita gente teria rido.

No entanto, Clair Obscur: Expedition 33 fez exatamente isso. O jogo da Sandfall Interactive mistura fantasia sombria, estética “Belle Époque” e combate em turnos com pegada de action RPG, tudo rodando na polêmica Unreal Engine 5.

A proposta do enredo já chama atenção logo de cara: Todo ano, uma entidade conhecida como “Artífice” apaga todos que atingem determinada idade. E todo ano uma expedição de pessoas selecionadas parte para tentar pôr fim a esse ciclo antes que a humanidade deixe de existir.

De fato, essa ideia por si só já rende uma narrativa com muitas camadas e cheia de simbolismo sobre finitude, trauma e resistência. Além disso, o jogo usa a dualidade claro-escuro não só na arte, mas também nas mecânicas de combate e progressão. A direção de arte é linda, os personagens são MUITO marcantes e a trilha sonora então nem se fala.

Em termos de números, Expedition 33 passou longe de ser um título indie que passou batido. Ele vendeu milhões de cópias em poucas semanas e hoje já ultrapassou a marca de 5 milhões de unidades, desempenho impressionante para uma nova IP.

O sucesso foi tão grande que até o presidente da França elogiou publicamente o jogo como exemplo de criatividade francesa.

Além disso, o RPG dominou as indicações no The Game Awards, incluindo melhor jogo, direção e direção de arte. Isso deixa evidente que a indústria abraçou a obra. A combinação de identidade visual única, narrativa forte e sistema de combate denso torna Expedition 33 talvez o pacote mais “completo” da disputa de “Jogo do Ano”.


Death Stranding 2: On The Beach – Mais uma obra prima do Kojima

GOTY 2025 - Death Stranding 2: On The Beach

Quando o assunto é GOTY 2025, você pode até não gostar de Death Stranding 2: On The Beach, mas não dá para ignorar. Hideo Kojima volta com sua franquia mais refinada, agora apostando em um tom ainda mais “tarpunk”, mais cinematográfico e com mais ênfase na ação furtiva, o que aproximou o jogo de comparações diretas com Metal Gear.

A sequência leva a ideia de reconectar o mundo a outro nível, tanto na trama quanto nas mecânicas assimétricas online.

As reviews variam entre o encantamento absoluto e a crítica de que o jogo revisita demais ideias do primeiro. Alguns veículos trataram o título como uma obra-prima, “um dos maiores jogos já criados”, enquanto outros classificaram como um ótimo, mas não perfeito, sucessor. A nossa análise? Você confere aqui!

No geral, a recepção ficou muito mais para positiva, com elogios consistentes para trilha sonora primorosa, ousadia visual e narrativa emocionalmente pesada. O jogo também aparece nas categorias de melhor direção e melhor direção de arte, o que reforça a força artística do projeto.

O lucro quase sempre está onde há grande risco. Sendo assim, Death Stranding 2 entra na disputa como aquele concorrente autoral: talvez não seja o favorito universal, mas é o tipo de obra que o júri costuma considerar muito quando quer premiar risco criativo e visão única.


Donkey Kong Bananza – A volta triunfal de DK em 3D

GOTY 2025 - Donkey Kong Bananza

Talvez o nome mais “família” da lista de GOTY 2025 seja Donkey Kong Bananza, o grande carro-chefe do Nintendo Switch 2.

O jogo marca o retorno de DK aos holofotes em uma aventura 3D de mundo semiaberto, com exploração vertical, camadas subterrâneas e cenários altamente destrutíveis, o que lembra o espírito de Super Mario Odyssey, mas com a agressividade física de Donkey Kong.

De fato, a crítica abraçou forte o título. – E não é para menos!

Bananza se tornou um dos jogos mais bem avaliados de 2025, alcançando nota altíssima no Metacritic e sendo chamado de “obra-prima” pela imprensa especializada. Ele também virou o exclusivo mais bem avaliado do Switch 2 até agora, além de vender milhões e se posicionar como um dos jogos mais importantes do catálogo inicial do console.

Além disso, o game resgata Pauline como personagem central, agora com poderes baseados em sua voz, e introduz transformações animais que alteram drasticamente a mobilidade e o combate, o que deixa a exploração sempre fresca.

Resumindo, Donkey Kong Bananza é aquele candidato que vem com “DNA Nintendo”: design polido, gameplay redondinho, carisma absurdo e apelo para um público gigantesco. Isso costuma pesar em uma votação de GOTY 2025, principalmente quando o jogo combina qualidade com alcance.


Hades II – Quando a sequência supera a lenda

Hades II

Hades II talvez seja o exemplo mais claro de como repetir uma fórmula de sucesso não significa apenas “mais do mesmo”.

A Supergiant pegou o que havia de melhor no primeiro Hades e ampliou quase tudo: mapa maior, rotas diferentes de progressão, mais sistemas de build, mais personagens e maior densidade narrativa.

Depois de um longo período em acesso antecipado, a versão 1.0 chegou em 2025 e explodiu. O jogo alcançou status de “Extremamente Positivo” no Steam, com cerca de 95% de avaliações positivas, e dobrou o pico de jogadores simultâneos em relação ao primeiro Hades.

Isso mostra não só aprovação, mas também um apetite enorme do público por essa mistura de roguelike e drama familiar mitológico. A crítica destaca que Hades II aprofunda combate e personalização, mas também aponta que a quantidade de sistemas deixa a experiência mais densa. O que muitas vezes pode intimidar quem chega agora.

Ainda assim, a maioria das análises concorda que o jogo figura entre os melhores lançamentos do ano.

No contexto do GOTY 2025, Hades II representa o “padrão ouro” de sequência indie: ele respeita a identidade original e, ao mesmo tempo, mostra evolução em quase todos os aspectos.

A única dúvida é se o júri vai considerar que o impacto cultural do primeiro jogo ainda pesa mais do que o refinamento da sequência.


Hollow Knight: Silksong – O peso de sete anos de hype

GOTY 2025 - Hollow Knight: Silksong

Poucos jogos carregaram tanta expectativa quanto Hollow Knight: Silksong. Depois de anos de silêncio do Team Cherry, o Metroidvania finalmente chegou em setembro de 2025, com preço baixo para o padrão atual e lançamento em todas as plataformas principais, inclusive no Game Pass desde o primeiro dia.

O resultado foi um caos delicioso: a demanda foi tão alta que lojas digitais como Steam, eShop e PlayStation Store sofreram instabilidades no lançamento. Logo nas primeiras horas, Silksong bateu picos de centenas de milhares de jogadores simultâneos, consolidando o status de fenômeno global.

A recepção mistura admiração e frustração. De um lado, muitos críticos veem Silksong como uma continuação ousada, experimental e com level design brilhante. Do outro, parte do público reclama do aumento de dificuldade, principalmente por causa de inimigos que causam dano duplo já no início e de hitboxes pouco generosas.

Mesmo assim, o Metacritic e as análises de usuários apontam para uma aprovação esmagadora, com incontáveis reviews chamando o jogo de um dos melhores do ano.

No cenário do GOTY 2025, Silksong entra como a resposta definitiva à pergunta: “valeu a pena esperar?”. A resposta, para muita gente, incluindo nós, é sim – mesmo que com alguns espinhos extras no caminho.


Kingdom Come: Deliverance II – O realismo medieval como carta na manga

Kingdom Come: Deliverance II

Kingdom Come: Deliverance II segue outro caminho para brigar pelo GOTY 2025. Enquanto muitos concorrentes apostam em fantasia ou ficção científica, o RPG da Warhorse continua focado em uma Boêmia medieval brutalmente realista, com sistemas que tratam até fazer poções como um ritual complexo.The Guardian+1

A sequência expande a história de Henry em um mundo mais detalhado, com novas regiões, personagens e tramas políticas. A crítica tem sido generosa: alguns veículos chamam o jogo de “obra-prima que supera o original em tudo” e até de “novo rei dos RPGs de mundo aberto”.The Gamer+3metacritic.com+3Loja Steam+3

Tecnicamente, o jogo também marca uma evolução importante. Diferente do primeiro título, conhecido pelos bugs no lançamento, o segundo chega bem mais polido, com bom desempenho e sistemas ambiciosos que, em sua maioria, funcionam como prometido.PC Gamer

Esse compromisso com o realismo histórico e com a simulação detalhada dá a Kingdom Come: Deliverance II um lugar especial na disputa. Ele talvez não tenha o mesmo alcance popular de um Donkey Kong ou de um Hades II, mas oferece uma experiência tão específica e bem executada que pode conquistar muitos votos do júri especializado.


Nossa palpite para o GOTY 2025

Depois de olhar com calma para todos os indicados, nossa aposta para o GOTY 2025 vai para Clair Obscur: Expedition 33. O jogo reúne praticamente todos os elementos que costumam pesar em premiações desse nível:

  • Uma direção de arte marcante, com identidade própria.
  • Um sistema de combate amigável que mistura acessibilidade com profundidade.
  • Uma narrativa original, com tema forte e bem amarrado.
  • Grande sucesso comercial e impacto crítico global.

Além disso, o jogo carrega uma boa história de bastidor: um estúdio francês relativamente pequeno que, do nada, entra no ringue e começa a disputar espaço com gigantes como Nintendo, Sony e Supergiant.

Por vezes, esse tipo de narrativa “David contra Golias” costuma encantar júris.

Em segundo lugar seria…

No entanto, se Expedition 33 não levar o premio de melhor jogo do ano em 2025, vemos Death Stranding 2: On The Beach como a alternativa mais forte.

Mesmo com uma recepção mais polarizada, o jogo de Kojima entrega uma experiência audiovisual rara, carrega peso autoral e traz uma visão de mundo que dificilmente aparece em produções de grande orçamento.

Silksong, Hades II, Bananza e Kingdom Come II também têm argumentos sólidos, seja na forma de refinamento de fórmulas consagradas, seja em forma de inovação dentro de seus gêneros. Entretanto, se tivermos que apostar em algum, o palpite fica assim:

  • Nosso favorito: Clair Obscur: Expedition 33
  • Se não existisse Expedition 33: Death Stranding 2: On The Beach

Se o júri quiser premiar ousadia artística aliada a um RPG redondo, Expedition 33 leva. Se a escolha for por um AAA autoral que já nasceu com status de evento, Death Stranding 2 pode muito bem atravessar a praia até o palco.

De qualquer forma, uma coisa é certa: seja qual for o vencedor, o GOTY 2025 já entrou para a história como uma das disputas mais difíceis e equilibradas dos últimos anos.

Mas, e aí? Agora é a sua vez: qual desses indicados ao GOTY 2025 você acha que leva o troféu – e por quê? Bora conversar.

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