A Sony redefiniu os rumos do Playstation em seu relatório corporativo mais recente. A empresa deixou de destacar receitas de jogos multiformato e reforçou a aposta em experiências single-player exclusivas para o PS5.
Essa mudança marca um reposicionamento estratégico importante: menos foco em métricas externas, mais atenção ao que mantém você interessado nos consoles Playstation. Mas afinal, o que isso significa na prática pra quem é sonysta de carteirinha?
O novo foco da Sony
O relatório revela que a Sony agora concentra sua atenção em três indicadores centrais: base instalada de PS5, número de usuários ativos mensais na Playstation Network e total de horas jogadas.
Ou seja, importa quantas pessoas estão jogando, quanto tempo passam no console e como interagem dentro da rede.
Enquanto isso, a receita de versões para PC e iniciativas multiplataforma perdeu relevância nos gráficos oficiais. No último ano fiscal, esse segmento representou apenas 2% da receita total da divisão de jogos. Para a Sony, não faz mais sentido usar esse pequeno percentual como base da estratégia de vendas.
O retorno ao trono dos single‑player

Desde o primeiro console Playstation, a construiu sua reputação com jogos AAA épicos narrativos. Jogos como The Last of Us, God of War, Horizon Zero Dawn e Uncharted estabeleceram a marca como referência em experiências solo de altíssima qualidade.
Porém, nos últimos anos, a empresa tentou diversificar investindo em jogos como serviço, mas os resultados foram de mistos a desastrosos. Alguns projetos foram cancelados e lançamentos como Concord não tiveram o impacto esperado.
Agora, a ordem parece clara: voltar às origens. A Sony declarou que pretende lançar pelo menos um grande single-player AAA por ano. Entre os projetos que prometem aparecer nos próximos anos estão Marvel’s Wolverine, Venom, Intergalactic: The Heretic Prophet, Saros e até um novo God of War.
A ideia é reconquistar o prestígio que fez do Playstation sinônimo de qualidade narrativa. E isso não acontece por acaso.
Com o fim do selo “Only On Playstation”, muitos fãs de longa data já especulam que o PS5 pode ser o último console da marca a gerar real empolgação. Um futuro PS6, segundo parte da comunidade, talvez nem desperte interesse de compra – sinal claro de que a confiança na plataforma precisa ser restaurada.
O que muda para você, jogador
Essa guinada significa mais exclusivos de peso para quem joga no PS5. O investimento vai se concentrar em narrativas cinematográficas, mundos abertos detalhados e experiências que justifiquem ter um console dedicado.
Por outro lado, o relatório mostra que conteúdos adicionais e serviços de rede já representam quase metade da receita. Isso indica que expansões, DLCs e até microtransações podem ganhar ainda mais espaço na estratégia futura.
Os lançamentos para PC continuam como uma opção, mas com menos destaque. Eles tendem a sair em janelas maiores, funcionando mais como bônus do que prioridade. Para quem prefere narrativas solo, isso é uma ótima notícia. Já os fãs de multiplayer podem sentir falta de projetos maiores nessa área.
O Playstation pode estar querendo voltar às origens para reforçar seu trono no single-player. Para os fãs da marca Playstation, a promessa é de jogos exclusivos de alto impacto – pensados para aproveitar ao máximo o PS5 e PS5 Pro. Resta saber se essa estratégia por si só será suficiente para manter a empresa no topo – num mercado que se transforma cada vez mais rápido.