Hoje vamos relembrar os 10 melhores jogos da Quinta Geração de Consoles, que abrangeu os anos de 1993 a 2002. Sem duvida foi uma época de ouro para os gamers, com títulos que marcaram a história e definiram gêneros. Junte-se a nós para uma viagem nostálgica e emocionante pelo mundo dos games clássicos dos gigantes Playstation e Nintendo 64.
1. Final Fantasy VII
Lançado em 1997 para o PlayStation, é um dos jogos mais emblemáticos e influentes da quinta geração, e até hoje é considerado como um marco na história dos videogames. Desenvolvido pela Square (agora Square Enix), o jogo é o sétimo título principal da série “Final Fantasy”.
A narrativa segue a história de Cloud Strife, um mercenário que se junta a um grupo eco-terrorista chamado AVALANCHE. Inicialmente, a missão deles é combater a Shinra Electric Power Company, uma megacorporação que está esgotando a energia vital do planeta. À medida que a história se desenrola, Cloud e seus companheiros se veem envolvidos em uma batalha muito maior para salvar o mundo de uma ameaça muito mais sinistra, personificada no vilão icônico, Sephiroth.
O jogo apresenta um sistema de batalha baseado em turnos, conhecido como o sistema Active Time Battle (ATB). Os jogadores devem escolher comandos para os personagens atacarem, usar magias ou itens durante o combate. Um aspecto bem interessante do jogo é o sistema de “materia”, que são pequenas esferas que podem ser equipadas em armas e armaduras para conceder habilidades mágicas, melhorar as estatísticas do seu personagem ou permitir que ele realize mais ataques poderosos.
Final Fantasy VII foi um dos primeiros jogos de RPG a usar gráficos 3D, com personagens e objetos modelados sobre fundos pré-renderizados. Isso proporcionou um nível de detalhe visual que era raro na época. A trilha sonora, composta por Nobuo Uematsu, é sensacional e inclui algumas das músicas mais marcantes da história dos videogames.
O impacto de Final Fantasy VII na cultura dos videogames é imenso. Ele simplesmente popularizou os RPGs japoneses no Ocidente e estabeleceu novos padrões para a narrativa em jogos, apresentando uma história complexa com personagens profundos e temas mais maduros. O jogo também é lembrado por seus momentos emocionais, incluindo uma das cenas mais chocantes e tristes da história dos videogames. Não posso dizer mais do que isso para não estragar a surpresa…
O legado de Final Fantasy VII é absurdo e perdura até hoje. Para se ter uma ideia, o jogo gerou vários spin-offs, uma sequência de filme animado (Final Fantasy VII: Advent Children) e um remake muito esperado, “Final Fantasy VII Remake”, lançado em 2020, que reimagina a história e a jogabilidade para uma nova geração de jogadores, mantendo a essência que tornou o original tão querido. Sem dúvida um dos jogos mais importantes e influentes já criados, que continua a encantar e inspirar jogadores e game designer em todo o mundo.
2. The Legend of Zelda: Ocarina of Time
Lançado em 1998 exclusivamente para o Nintendo 64, é facilmente considerado um dos maiores jogos de todos os tempos. Desenvolvido pela Nintendo EAD (Nintendo Entertainment Analysis & Development), ele marcou um ponto de virada importante não apenas para a série The Legend of Zelda, mas também para a indústria de videogames como um todo devido às suas inovações em design de jogo e narrativa.
No jogo você vive a jornada do jovem herói Link, que é encarregado de impedir o maligno Ganondorf, o Rei dos Gerudos, de obter a Triforce, um artefato sagrado que concede o desejo de quem o possuir. A aventura leva Link a viajar no tempo, alternando entre sua infância e a idade adulta, para reunir as forças necessárias para enfrentar Ganondorf e salvar o reino de Hyrule. A história é rica em mitologia e repleta de personagens muito bem construídos, cada um contribuindo para a imersão do mundo do jogo.
Ocarina of Time foi o primeiro jogo da série Zelda a apresentar gráficos 3D. Ele introduziu várias mecânicas que se tornariam padrões na série, como o sistema de mira “Z-targeting”, que permitia aos jogadores focar em inimigos ou objetos específicos para ataques ou interações. O jogo combinava exploração de vastos ambientes, resolução de quebra-cabeças intrincados e combate dinâmico. A “ocarina” do título do jogo é um instrumento musical que desempenha um papel central, permitindo ao jogador realizar várias ações mágicas ao tocar músicas específicas.
The Legend of Zelda: Ocarina of Time estabeleceu um novo padrão de qualidade para jogos de aventura em 3D. O design de mundo aberto, atenção aos detalhes na criação de ambientes e a fluidez da transição entre diferentes áreas do jogo foram revolucionários. O jogo também foi pioneiro no uso de contextos de botões dinâmicos, onde as ações dos botões mudavam com base na situação, tornando a interface mais intuitiva.
As inovações de Ocarina of Time impactaram demais a cultura dos videogames. Ele é muitas vezes citado em discussões sobre os 10 melhores jogos de todos os tempos e é lembrado por elevar a arte de contar histórias em jogos. Seus temas, música, e design influenciaram muitos títulos subsequentes em diversos gêneros. Por si só é um título que alavanca as vendas dos consoles da Nintendo.
O sucesso de Ocarina of Time é evidente nas muitas reedições e remasterizações que o jogo recebeu ao longo dos anos, tornando-o acessível a novas gerações de jogadores. Ele continua a ser um padrão de excelência para muitos jogos de aventura e é uma fonte de inspiração para desenvolvedores de jogos de forma geral.
3. Metal Gear Solid
Lançado em 1998 para o PlayStation, é um título que introduziu o gênero de ação e stealth, conhecido por sua narrativa complexa, mecânicas de jogo inovadoras e direção cinematográfica. Desenvolvido pela Konami e dirigido pelo mestre Hideo Kojima, o jogo é um grande ícone na história dos videogames e influenciou profundamente na criação de jogos similares.
O jogo contra a história de Solid Snake, um soldado de elite, em sua missão de infiltrar-se na instalação de armas nucleares de Shadow Moses, uma ilha remota no Alasca, para neutralizar uma ameaça terrorista. Os terroristas, liderados por membros renegados da unidade especial FOXHOUND, exigem o corpo congelado do lendário soldado Big Boss e ameaçam usar uma arma nuclear, o “Metal Gear REX”, se suas exigências não forem atendidas. A história se aprofunda em temas de guerra nuclear, engenharia genética, espionagem e até filosofia, apresentando um enredo complexo e personagens memoráveis.
Sobre jogabilidade, Metal Gear Solid revolucionou o gênero stealth, enfatizando a evasão e a furtividade em alternativa ao combate direto. O jogador deve utilizar uma variedade de táticas para se mover sem ser detectado, como rastejar, usar disfarces e se esconder. O jogo também introduziu mecânicas inéditas, como a capacidade de rastrear a atenção e o campo de visão dos inimigos. Além disso, apresentou quebra-cabeças ambientais e interações únicas, como a famosa batalha contra Psycho Mantis, que quebrava a quarta parede.
E, se for para falar de Inovação Técnica e Design, o jogo também foi um dos pioneiros no uso de gráficos 3D e animações realistas para contar a história. A direção cinematográfica de Kojima, nas cutscenes estendidas e uso de dublagem profissional, “subiu a régua” e estabeleceu um novo padrão para a narrativa em videogames. A atenção aos detalhes no design de som e na ambientação contribuiu para uma experiência imersiva e tensa que chamou a atenção na época.
Metal Gear Solid também é sempre citado como um dos 10 melhores jogos da quinta geração de consoles. Ele popularizou o gênero stealth e estabeleceu um modelo para contar histórias complexas em jogos. Esse jogo também é conhecido por abordar temas adultos e filosóficos de uma maneira que era incomum em jogos naquele tempo.
O sucesso do primeiro Metal Gear Solid deu origem a várias sequências e spin-offs, tornando a franquia como uma das mais respeitadas e influentes na indústria de jogos. O jogo é frequentemente revisitado e analisado por sua abordagem inovadora e a maneira como desafiou as convenções dos videogames, muito à frente do seu tempo.
4. Resident Evil 2
Lançado em 1998 para PlayStation e posteriormente para Nintendo 64, é um clássico indiscutível do gênero survival horror. A sequência do original “Resident Evil” de 1996, desenvolvida pela Capcom sob a direção de Shinji Mikami e Hideki Kamiya, não apenas superou seu antecessor em termos de história e jogabilidade, mas também definiu muitos dos padrões pelos quais os jogos de terror são medidos até hoje.
Ao contrário de muitos jogos da época, Resident Evil 2 investiu pesadamente em criar uma atmosfera carregada de tensão e medo da morte. Ambientado na fictícia Raccoon City, agora devastada por um surto de um vírus que transforma as pessoas em zumbis, o jogo consegue transmitir uma sensação palpável de desolação e perigo. O jogador explora locais como a delegacia de polícia e o laboratório subterrâneo, todos meticulosamente projetados para evocar um sentimento de claustrofobia e suspense.
Uma das inovações de Resident Evil 2 foi oferecer duas campanhas jogáveis, cada uma seguindo um dos dois protagonistas: Leon S. Kennedy, um policial novato, e Claire Redfield, procurando por seu irmão desaparecido. Essa abordagem de “cenários” se deriva do primeiro game, porém, não só ampliou a fator de replay, mas também enriqueceu a narrativa, permitindo que os jogadores vissem a história completa de diferentes perspectivas. Sendo que, no primeiro game, a escolha de personagens estava muito mais ligada ao nível de dificuldade do que perspectivas diferentes da jornada.
Resident Evil 2 aprimorou a fórmula do primeiro, equilibrando cuidadosamente elementos de ação, exploração e resolução de quebra-cabeças. O gerenciamento de recursos é essencial; munição e itens de cura são escassos, forçando os jogadores a tomar decisões estratégicas sobre quando lutar, fugir ou conservar recursos.
Os quebra-cabeças, muitas vezes baseados na exploração do ambiente e na coleta de itens, adicionam um componente de desafio e recompensa muito satisfatório.
Desse ponto em diante, a Capcom se consolidou como uma força dominante na indústria dos jogos de terror, pois influenciou profundamente o gênero. O jogo foi elogiado por sua história envolvente, jogabilidade desafiadora e apresentação cinematográfica. Seu impacto foi tão marcante que levou ao desenvolvimento de um remake em 2019, que reimaginou o jogo com gráficos modernos e melhorias na jogabilidade, recebendo aclamação da crítica e dos fãs. É o tipo de jogo para se zerar 50 vezes, diga-se de passagem.
A criação de Mikami é uma experiência imersiva que combina uma narrativa rica, jogabilidade tensa, uma atmosfera opressora e uma trilha sonora fantástica. Seu sucesso não se resume apenas à sua qualidade técnica, mas também à forma como conseguiu capturar e manter a atenção dos jogadores, mergulhando-os em um mundo onde o terror é real, palpável e constantemente à espreita nas sombras. Resident Evil 2 é perfeito!
5. Super Mario 64
Lançado em 1996 exclusivamente para o Nintendo 64, representa um momento decisivo na história da Nintendo, marcando a transição de Mario e da indústria de jogos como um todo do 2D para o 3D. Este título foi um divisor de águas para a franquia Mario e também se tornou um padrão de referência para jogos de plataforma 3D, além de ser lembrado carinhosamente tanto por veteranos quanto por novos jogadores como um dos 10 melhores jogos da quinta geração.
Ao contrário de seus títulos anteriores em 2D, Super Mario 64 trouxe os jogadores para um mundo 3D vibrante e expansivo. Com total liberdade para explorar, os jogadores podiam experimentar uma nova dimensão de jogabilidade, saltando, correndo e voando através de ambientes variados e ricos em detalhes. Esta liberdade de movimento era novidade na época e transformou radicalmente a experiência de jogar um jogo de plataforma.
A estrutura do jogo é centrada no Castelo da Princesa Peach, que serve não apenas como um hub central, mas também como um playground em si, repleto de segredos e desafios. Cada quadro no castelo leva a um mundo único, onde Mario deve completar diversas missões para coletar estrelas. Esta abordagem de níveis abertos com múltiplos objetivos era uma novidade e adicionou uma profundidade significativa ao jogo.
Super Mario 64 foi um dos primeiros jogos a usar efetivamente o controle analógico do Nintendo 64, permitindo uma precisão de movimento nunca experimentada antes em um jogo de plataforma. A câmera em 3D também foi uma inovação, dando aos jogadores a liberdade de ajustar sua visão do mundo, um aspecto fundamental para explorar os ambientes tridimensionais.
Super Mario 64 mostrou o potencial do 3D do Nintendo 64 e inspirou inúmeros desenvolvedores a explorar as possibilidades neste campo. Até hoje, o jogo é celebrado por sua jogabilidade intuitiva, design de níveis engenhosos e a alegria pura que evoca em quem joga. Se você nunca jogou, está perdendo tempo! (Sério)
O encanto de Super Mario 64 reside em sua capacidade de combinar inovação técnica com um senso de maravilha e alegria. Uma Jornada incrível no Reino do Cogumelo, desde a primeira vez que os jogadores saltam em um dos quadros de Peach até o confronto final com Bowser, o jogo oferece uma experiência que é ao mesmo tempo desafiadora e deliciosamente divertida.
6. Gran Turismo
Lançado em 1997 para o PlayStation, não era só mais um “jogo de carrinho”, ele foi um divisor de águas no gênero de simulação de corrida. Desenvolvido pela Polyphony Digital, liderada pelo visionário Kazunori Yamauchi, Gran Turismo trouxe um nível de realismo e atenção aos detalhes nunca visto antes em jogos de corrida, servindo como um novo padrão para fidelidade gráfica, física de condução e autenticidade.
Onde Gran Turismo realmente brilha é na sua meticulosa atenção ao realismo. Cada carro, dos familiares sedãs aos esportivos exóticos, foi recriado com uma precisão incrível. Os jogadores podiam sentir as diferenças sutis em manuseio e desempenho entre os veículos, uma façanha que captura a essência da experiência de dirigir uma variedade de carros reais. Este jogo é uma verdadeira carta de amor ao automobilismo.
O jogo ofereceu uma gama impressionante de carros e pistas. Para se ter uma ideia, são mais de 140 veículos detalhados e uma variedade de pistas, de circuitos de rua realistas a pistas de corrida lendárias, o jogo oferece uma experiência diversificada que atende tanto aos entusiastas de corrida quanto aos fãs de carros em geral.
Um dos aspectos mais legais de Gran Turismo era o modo carreira. Os jogadores começam com um orçamento bem limitado, comprando e melhorando carros à medida que avançam. O jogo introduziu o conceito de obter diferentes licenças de corrida para participar de eventos mais desafiadores, adicionando progressão e profundidade que vai além do puro ato de correr igual louco.
Gran Turismo influenciou muito a forma como os jogadores percebem e interagem com jogos de simulação de automobilismo. Sua combinação de realismo técnico, variedade e jogabilidade avançada estabeleceu uma base sólida que seria expandida em futuros títulos da série.
Além dos aspectos técnicos, Gran Turismo é lembrado por sua capacidade de imergir os jogadores no mundo do automobilismo. Desde a seleção cuidadosa do carro até o ajuste fino do desempenho, cada aspecto do jogo é projetado para oferecer uma experiência autêntica e envolvente. Isso é complementado por uma trilha sonora muito boa e gráficos impressionantes (para a época), criando uma experiência completa que captura a emoção e glamour das corridas. Uma celebração do automobilismo, uma obra de arte que combina técnica, paixão e inovação. Ele transcendeu o gênero e estabeleceu um legado que continua a influenciar até mesmo os jogos mais árcades e descompromissados como Need for Speed e outros.
7. Silent Hill
Lançado em 1999 para o PlayStation, é uma obra-prima do terror psicológico nos videogames, um título que redefine o gênero de survivor horror e explora as profundezas da mente humana de maneiras profundamente perturbadoras e doentia. Desenvolvido pela Konami com a equipe “Team Silent” no comando, Silent Hill chamou a atenção na época por sua atmosfera opressiva, enredo enigmático e uso inovador do som e da narrativa.
No jogo você controla Harry Mason, um homem comum em busca de sua filha desaparecida na nebulosa e enigmática cidade de Silent Hill. Ao contrário de outros jogos de terror da época, Silent Hill mergulha nos terrores psicológicos, explorando temas de perda, culpa e o subconsciente. A cidade, coberta por uma névoa densa e habitada por criaturas perturbadoras, serve como um palco para uma jornada através de realidades alternativas e revelações perturbadoras sobre os personagens e o mundo ao redor.
Um dos elementos mais icônicos de Silent Hill é, sem dúvida, a sua atmosfera. A névoa espessa cria um senso de isolamento e incerteza. Ela também foi uma solução inteligente para as limitações técnicas do PlayStation, ajudando a manter uma sensação de suspense constante.
O design de som é outro aspecto que eleva o terror ao extremo, com uma trilha sonora que mistura melodias melancólicas e sons industriais dissonantes, complementando perfeitamente a natureza perturbadora do jogo. É perturbador ouvir até mesmo fora de contexto. Simplesmente sinistro!
Diferente de muitos jogos de terror que se concentram em sustos e violência gráfica, Silent Hill optou por um terror mais sutil e psicológico. O jogo não ataca só o corpo, mas sim a mente. A narrativa é cheia de simbolismos e ambiguidades, forçando os jogadores a questionar o que é real e o que é uma manifestação dos medos internos dos personagens. As histórias dos habitantes da cidade e os segredos ocultos em cada esquina contribuem para um enredo que permanece aberto a interpretações e discussões.
Silent Hill teve um impacto profundo não apenas no gênero de terror, mas também na maneira como as histórias são contadas nos videogames e até no cinema. Sua abordagem do terror psicológico e uso de metáforas e simbolismos abriram caminho para jogos que desejam explorar temas mais profundos.
A série gerou várias sequências e adaptações para o cinema, mas o original permanece um clássico cult, reverenciado por sua capacidade única de invocar o medo e a inquietação de nunca se sentir seguro em lugar nenhum.
8. Crash Bandicoot
Lançado em 1996 para o PlayStation, representa um momento icônico na história do console, introduzindo um personagem vibrante e carismático que rapidamente se tornou um dos mascotes não oficiais da Sony. Desenvolvido pela Naughty Dog, que mais tarde ficaria famosa por séries como “Uncharted” e “The Last of Us“, “Crash Bandicoot” trouxe uma nova energia e criatividade ao gênero de jogos de plataforma.
Crash Bandicoot é um marsupial antropomórfico que vive nas Ilhas Wumpa. Ele foi criado pelo malévolo Dr. Neo Cortex, que pretende usá-lo como parte de seu exército de animais mutantes. No entanto, Crash se rebela contra Cortex para salvar sua namorada Tawna e impedir os planos do vilão. Com seu design distinto e personalidade cativante, Crash rapidamente se tornou um personagem adorado pelos “Sonystas”.
O jogo apresentava uma mistura de ação e plataformas com uma jogabilidade que combinava corridas, saltos e giros. Diferente de muitos jogos de plataforma da época, “Crash Bandicoot” introduziu uma perspectiva de “corrida para a tela” e “corrida para longe da tela”, junto com os tradicionais níveis laterais, oferecendo uma nova jogabilidade. Essa abordagem, junto com a precisão necessária para superar obstáculos e derrotar inimigos, tornou o jogo desafiador e intuitivo.
Crash Bandicoot se destaca por seu estilo visual cartunesco vibrante e colorido, que foi um espetáculo técnico na época de seu lançamento. Os níveis são tematicamente diversificados, abrangendo praias tropicais, florestas densas, montanhas nevadas e fábricas industriais, cada um com seus próprios conjuntos de desafios, inimigos e trilha sonora. O design dos níveis é meticuloso e criativo, incentivando a exploração e a repetição para descobrir e desbloquear todos os seus segredos.
Ele abriu caminho para uma série bem-sucedida, incluindo várias sequências e spin-offs. A popularidade do personagem levou ao desenvolvimento de remakes e remasterizações, introduzindo Crash a uma nova geração de jogadores. Apesar da franquia passar para outros estúdios, foi aqui que tudo começou e permanece como um título emblemático do PlayStation.
9. GoldenEye 007
Lançado em 1997 apenas para o Nintendo 64, é mais do que um jogo de tiro em primeira pessoa; é uma obra que ditou tendência no gênero e se tornou referência para jogos multiplayer local. Baseado no filme de James Bond de 1995, “GoldenEye”, o jogo desenvolvido pela Rare, conseguiu capturar a essência do filme e expandi-la de maneiras que muitos jogares que ainda não conheciam o universo de James Bond se sentiram convidados a conhecer os filmes do 007.
Em uma época dominada por shooters de PC como “Doom” e “Quake”, “GoldenEye 007” trouxe o gênero FPS para o console com um sucesso retumbante. O jogo apresentou uma jogabilidade refinada e inovadora, combinando elementos de ação, stealth e objetivos baseados em missões. Isso representou uma mudança significativa em relação à abordagem direta e centrada no combate de outros jogos da época.
Cada nível de GoldenEye 007 é inspirado em cenas do filme, oferecendo uma variedade de objetivos que vão além do simples atirar para matar. Estes objetivos variam desde coletar ou destruir itens específicos até resgatar reféns. Essa abordagem baseada em missões proporcionou uma experiência bem mais rica e diversificada, incentivando os jogadores a empregar táticas e estratégias diferentes.
Um dos aspectos de maior destaque de GoldenEye 007 é seu modo multiplayer local. O jogo permitiu que até quatro jogadores competissem em vários modos de jogo, em mapas que ofereciam uma combinação perfeita de espaço aberto e áreas confinadas para combates intensos. Este modo multiplayer tirava proveito as 4 portas para controle do Nintendo 64. Foram incontáveis tardes de diversão para uma geração de jogadores, além de estabelecer um modelo para futuros jogos de tiro em consoles.
Para a época, GoldenEye 007 apresentava gráficos impressionantes e um bom nível de detalhe em seus ambientes e personagens. A física realista e o impacto das armas no ambiente e nos inimigos foram inovadores, oferecendo uma experiência imersiva e envolvente. Era um dos cartuchos mais disputados nas locadoras.
GoldenEye 007 é frequentemente citado como um dos 10 melhores jogos de Nintendo 64 e um marco no gênero FPS. Sua influência pode ser vista em muitos jogos de tiro que saíram depois, especialmente na forma como abordam o multiplayer e a integração de elementos de stealth e objetivos baseados em missões.
É também reconhecido como um dos 10 melhores jogos de tiro da quinta geração por ter expandido as possibilidades do que um jogo FPS poderia ser naquele tempo. Combinando uma jogabilidade envolvente, um multiplayer inédito e uma adaptação fiel de um filme. Merecia um remake.
10. Tekken 3
Lançado em 1997 para o PlayStation, é um título que não apenas elevou o patamar dos jogos de luta, mas também deixou olho roxo nos concorrentes. Desenvolvido pela Namco, Tekken 3 é lembrado como um dos maiores jogos de luta de todos os tempos, sendo um ponto de referência tanto em termos de mecânica de jogo quanto de impacto cultural.
Com Tekken 3, a Namco melhorou a fórmula estabelecida pelos seus antecessores e também inovou de várias maneiras. O jogo introduziu movimentos mais fluidos e naturais, aproveitando ao máximo as capacidades do PlayStation. Isso resultou em uma experiência de luta mais realista e dinâmica, onde a estratégia e a habilidade dos jogadores eram primordiais.
Uma das coisas mais legais de Tekken 3 é seu elenco de personagens diversificado. Cada lutador tem seu próprio estilo de luta, história de background e motivações, contribuindo para uma experiência mais carismática e variada. Personagens icônicos como Jin Kazama, Ling Xiaoyu, e Hwoarang fizeram sua primeira aparição justamente em Tekken 3, juntando-se a veteranos como Paul Phoenix e Nina Williams. Essa mistura de personagens antigos e novos criou uma dinâmica interessante e manteve a série fresca e emocionante.
Mas Tekken 3 destacou-se mesmo foi por seu sistema de combate profundo e técnico. A introdução de elementos como a esquiva lateral e a maior ênfase em combos e contra-ataques permitiu uma maior expressão e profundidade estratégica. A jogabilidade era acessível para iniciantes, mas também incrivelmente profunda para os jogadores mais experientes, oferecendo um equilíbrio perfeito que poucos jogos de luta conseguem atingir. De repente, os jogos de fliperama ficaram obsoletos, pois Tekken 3 subiu a régua no gênero e deixou sua marca.
O impacto de Tekken 3 estendeu-se para além dos videogames. Ele influenciou a cultura pop, com personagens e a estética do jogo aparecendo em vários outros meios. O jogo também estabeleceu um padrão para o que os jogos de luta 3D poderiam ser, influenciando muitos títulos subsequentes. Além disso, Tekken 3 é frequentemente lembrado em torneios de jogos de luta, mantendo uma comunidade dedicada mesmo décadas após seu lançamento.
Tekken 3 não é apenas um jogo de luta; é uma cápsula do tempo que captura a essência do que torna os jogos de luta emocionantes e atraentes. Com sua jogabilidade intensa, elenco de personagens memoráveis e legado no gênero, Tekken 3 é uma experiência atemporal que pode facilmente ser apreciada por jogadores de todas as idades.
Ah! Vale lembrar que, em 2023, depois de 26 anos de lançamento de Tekken 3, os fãs de longa data foram agraciados com a revelação de Tekken 8 para a nova geração de consoles.
Tá bom ou quer mais?!
Chegamos ao fim do nosso TOP 10 melhores jogos da quinta geração. Evidente que existem dezenas de jogos igualmente memoráveis e foi realmente difícil fazer uma seleção tão pequena em uma geração com tantos títulos indispensáveis.
Esperamos que você tenha gostado da nossa seleção e que tenha se inspirado para jogar ou rejogar alguns desses clássicos. A quinta geração foi marcada por grandes inovações gráficas, sonoras e narrativas, que elevaram o nível dos jogos eletrônicos e abriram caminho para as gerações seguintes. Ao longo do artigo você percebe que todos esses jogos foram pioneiros em muitos aspectos, trazendo inovações e orientando a indústria dos videogames para o que conhecemos hoje.
Pra você, quais foram os 10 melhores jogos? Qual foi o seu jogo favorito dessa época? Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião conosco. Obrigado por acompanhar o Proddigital POP e até a próxima!