O segundo trailer de GTA VI chegou como um míssil teleguiado na cabeça da cultura pop.
Foram mais de 67 milhões de visualizações em apenas 24 horas no YouTube. Um número que deixaria até artistas altamente hypados com inveja.
O que era para ser só mais um trailer, virou um fenômeno. Mas, pouco antes dessa pedrada, veio a parte chata: a Rockstar Games adiou oficialmente o lançamento de Grand Theft Auto VI para 2026.
Não que isso seja surpresa — estamos falando de uma empresa conhecida tanto pela qualidade impecável quanto pelos longos ciclos de desenvolvimento.
Mas ainda assim, o gosto amargo do adiamento pegou os fãs de surpresa.
Por outro lado, esse tempo extra também aquece as expectativas. Estamos diante de um projeto que promete não apenas superar GTA V, mas talvez até reescrever o que esperamos de um mundo aberto.
Ambientado em uma nova versão de Vice City, com dois protagonistas e um escopo aparentemente colossal, GTA VI tem tudo para ser o próximo marco da indústria — assim como GTA IV foi em sua época, quando revolucionou física, narrativa e ambientação em jogos urbanos.
GTA VI Só Em 26 de 2026 – E agora?
Não pra para negar que o adiamento do novo Grand Theft Auto não é apenas uma notícia de calendário — é uma reconfiguração da indústria.
Se GTA VI fosse lançado no final de 2025, por exemplo, muitos estúdios correriam para não competir na mesma janela.
Isso não é teoria: até Hideo Kojima, criador de Metal Gear e Death Stranding, admitiu em um podcast oficial que tem “medo” do impacto de GTA VI.
E ele não está sozinho. Com a força de marketing e a base de fãs monstruosa da Rockstar, lançar qualquer título grande próximo de um GTA é quase um suicídio comercial.
Isso cria uma espécie de “zona de exclusão”, onde outros estúdios preferem lançar antes ou depois — um efeito dominó que afeta cronogramas globais.
O curioso é que isso também abre oportunidades.
Com mais espaço, jogos que poderiam ser ofuscados ganham a chance de brilhar. E é aí que entra a lista de jogos imperdíveis para você aproveitar enquanto GTA VI não chega.
Alguns são remasterizações de clássicos, outros são aguardados há anos — mas todos têm potencial para sugar a sua carteira te prender por dezenas (ou centenas) de horas.
The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered – 22 de Abril
Quem viveu a era do Xbox 360 e PS3 sabe que Oblivion foi um divisor de águas nos RPGs ocidentais.
Agora, com o relançamento remasterizado, temos a chance de revisitar — ou conhecer pela primeira vez — uma das experiências mais influentes da Bethesda em um pacote visual atualizado, mais fluido e compatível com os padrões modernos.
Além da nova camada gráfica, o remaster promete melhorias de acessibilidade, carregamentos mais rápidos e ajustes sutis na interface. Tudo isso mantendo aquele charme meio caótico e mágico que só um Elder Scrolls consegue ter.
É um prato cheio para quem curte exploração livre, construção de personagem e quests com consequências reais.
Enquanto esperamos o mundo aberto monumental de GTA VI, vale revisitar esse marco que, assim como GTA IV em sua época, definiu uma geração com sua liberdade emergente e escopo narrativo.
Se você ainda não enfrentou o Oblivion Gate, essa é a hora.
E se já enfrentou… bem, você tá ligado que dá pra jogar tudo de novo com outra build.
Days Gone Remastered – 25 de Abril
É difícil defender a proposta de um remaster para um jogo de 2019 com um visual tão atual. Mas, se tem um título que merecia uma segunda chance, é Days Gone.
Lançado originalmente em 2019, o exclusivo da Bend Studio sofreu críticas mistas no início, muito por bugs e por comparações injustas com outros títulos da Sony.
Mas o tempo foi justo com Deacon St. John e sua jornada pela sobrevivência em um mundo infestado por “freaker” — zumbis velozes e agressivos e hordas faminta e… frenéticas?
A versão remasterizada traz melhorias gráficas significativas (porém pouco notáveis), tempos de carregamento reduzidos e performance mais estável, além de incluir novos conteúdos adicionais.
O mundo aberto brutal, lindo e melancólico de Oregon, a narrativa centrada na perda e na esperança, e o tamanho agoniante das hordas fazem desse título uma experiência intensa e emocional.
Enquanto esperamos o próximo mundo vivo e caótico da Rockstar, Days Gone Remastered oferece uma boa dose de liberdade, perigo e aquele clima de “fim do mundo” que combina muito bem com quem curte explorar e sobreviver.
É como se The Last of Us tivesse se fundido com GTA IV — só que de moto e com um pano de fundo muito mais selvagem.
Deixou passar na época? Agora é sua chance de ver por que ele conquistou uma legião de fãs mesmo na contramão da crítica injusta.
Doom: The Dark Ages – 15 de Maio
Prepare-se para mais um banho de sangue em pleno século medieval — Doom: The Dark Ages promete reinventar a brutalidade da franquia com uma ambientação ousada, épica e completamente fora do padrão.
Sai o cenário sci-fi high-tech, entra um universo sombrio de castelos, aço e fogo infernal.
Esse novo capítulo da Id Software aposta em um Doom Slayer ainda mais animalesco, quase uma força mitológica, empunhando armas arcaicas com o mesmo peso e selvageria de sempre.
Tudo isso mantendo o DNA da série: combate frenético, trilha sonora pesada e um ritmo que exige reflexo, estratégia e… bom, pura carnificina.
Mas o diferencial aqui está no contraste…
É a primeira vez que a franquia mergulha num período “pré-tecnológico”, e isso abre espaço pra novas mecânicas, inimigos e até lutas corpo a corpo que prometem ser tão viscerais quanto satisfatórias.
Pense numa fusão entre Doom Eternal e Demon’s Souls, com uma pegada cinematográfica mais dramática.
Perfeito para quem precisa descarregar a frustração enquanto espera por GTA VI. Afinal, entre uma caçada e outra nas ruas de Vice City, nada melhor do que esmagar demônios com uma clava medieval.
Death Stranding 2: On the Beach – 26 de Junho
Hideo Kojima está de volta com mais uma viagem perturbada entre o metafísico e o pós-apocalíptico.
Death Stranding 2: On the Beach vai ser a sequência direta do jogo de 2019 e propõe expandir ainda mais o mundo estranho, cataclísmico e filosófico que dividiu opiniões — mas que, inegavelmente, deixou sua marca na indústria.
Com Norman Reedus novamente no papel de Sam Porter Bridges, o jogo agora leva os jogadores para além das ruínas dos EUA, explorando territórios desconhecidos e enfrentando ameaças ainda mais bizarras.
O novo trailer mostra visuais absurdamente detalhados — ao ponto de muitos se perguntarem: será que GTA VI vai conseguir entregar esse nível no console?
Porque o downgrade da Rockstar em relação ao trailer 2 é quase inevitável e, diante disso, Death Stranding 2 poderia ser a nova referência de gráficos do PS5.
Além de explorar finalmente o potencial PS5 Pro.
Diferente de tudo na indústria, essa mistura de simulador de caminhada, thriller sci-fi e reflexão existencial ganha agora novas mecânicas, veículos, aliados e dilemas.
Perfeito pra quem gosta de originalidade. Uma história densa, com atmosfera carregada e jogabilidade fora da curva.
Enquanto GTA VI promete um mundo pulsante de caos urbano, Death Stranding 2 oferece um mergulho solitário no vazio — e os dois extremos têm seu charme.
Lost Soul Aside – 29 de Agosto
Anunciado lá em 2016 como um projeto solo feito por um único desenvolvedor chinês, Lost Soul Aside passou por anos de silêncio, reformulações e promessas.
Agora, com o apoio da Sony e da China Hero Project, finalmente temos uma data e uma versão definitiva a caminho. E olha… parece que a espera valeu a pena.
Visualmente, o jogo impressiona com gráficos estilizados que misturam o realismo de Final Fantasy XV com a fluidez de combate de Devil May Cry.
É tudo muito veloz, cinematográfico e carregado de efeitos que preenchem a tela — daquele tipo que faz o bom uso da resposta tátil do DualSense.
Você assume o controle de Kazer, um protagonista misterioso acompanhado por uma criatura simbiótica (que também vira espada), em uma narrativa que promete drama, conspiração e muitas batalhas estilizadas.
Pode apostar em combates frenéticos, combos elaborados, chefões insanos e uma pegada que beira o anime em termos de exagero e estilo.
Depois de tantos anos no forno, Lost Soul Aside chega como um dos indies mais ambiciosos da década — e um excelente pedida pra preencher o vazio enquanto GTA VI não nos devolve Vice City.
Quem diria? “Agora vai!?”
Ghost of Yotei – 2 de Outubro
Se você é daqueles que até hoje sonha acordado com a beleza e a brutalidade de Ghost of Tsushima, então fique de olho em Ghost of Yotei.
Inspirado pelas lendas japonesas e ambientado na mística região do Monte Yōtei, o jogo aposta em uma narrativa mais introspectiva e espiritual, mergulhando nas tradições do Japão feudal com um toque sobrenatural.
Com gráficos deslumbrantes e direção de arte cinematográfica, Ghost of Yotei não esconde suas influências, mas também não quer ser só uma continuação ou cópia.
A proposta é mais focada na conexão entre natureza, honra e espiritualidade — o que se reflete tanto no combate quanto na exploração.
Podemos esperar lutas de katana precisas, momentos contemplativos e uma trilha sonora que parece saída de um filme de Kurosawa.
O grande diferencial? Elementos místicos baseados no folclore japonês: yokais, rituais, e até visões xamânicas fazem parte da jornada.
É uma experiência que promete ser tão visceral quanto poética, ideal pra quem curte ação com propósito — e um mundo aberto que respira, quase como um personagem à parte.
Ghost of Yotei oferece uma viagem no tempo — com alma, lâmina e contemplação.
Hollow Knight: Silksong – 2025?
Sim, ele existe. Sim, ainda está vindo aí. E sim, Hollow Knight: Silksong continua sendo o indie mais aguardado da década.
O sucessor do cultuado Hollow Knight virou praticamente uma entidade no mundo gamer — tão comentado, adiado e misterioso que já rivaliza com GTA VI no quesito expectativa.
Dessa vez, a protagonista é Hornet, uma guerreira ágil e letal que os fãs conhecem bem. O cenário muda, o ritmo acelera e a verticalidade do gameplay ganha novo fôlego, mas a essência continua: exploração meticulosa, combate preciso e aquele level design intrincado, quase artístico.
A Team Cherry está sendo cuidadosa (alguns diriam meticulosa até demais), o que só aumenta a ansiedade.
Mas se o primeiro jogo é referência em metroidvania, a continuação promete elevar tudo: mapas maiores, chefes mais variados, trilha sonora ainda mais hipnotizante e segredos… muitos segredos.
Enquanto GTA IV mostrou que o capricho nos detalhes pode definir uma geração, Silksong pode fazer o mesmo para os jogos independentes — e tudo isso com uma equipe minúscula.
Se você curte sofrer… digo, de jogos difíceis e recompensadores, pode marcar esse como obrigatório.
Metroid Prime 4: Beyond – 2025
Depois de um ciclo de desenvolvimento tão nebuloso quanto o espaço profundo onde Samus Aran costuma caçar alienígenas, Metroid Prime 4: Beyond finalmente está se aproximando.
O jogo foi reiniciado do zero em 2019, quando a Nintendo devolveu o projeto para as mãos da Retro Studios — os mesmos responsáveis pela trilogia original no GameCube e Wii.
E agora, com o Switch 2 batendo à porta, tudo indica que esse será o jogo de estreia da nova era da Big N.
Metroid Prime 4 promete trazer de volta a fusão impecável entre exploração em primeira pessoa, clima sci-fi tenso e aquele design de mundo meticulosamente interconectado que consagrou a franquia.
Com gráficos atualizados e possível suporte a tecnologias modernas como ray tracing e HDR, a expectativa é de um salto técnico gigantesco, especialmente se compararmos com o visual do Switch atual.
Pra galera que curte mundos alienígenas misteriosos e gameplay que mistura ação e tensão com elegância, é o tipo de experiência que ocupa a mente e as mãos por horas — exatamente o que precisamos enquanto GTA VI segue no horizonte distante.
Ah, e falando em gerações que marcaram época: do mesmo jeito que GTA IV elevou o padrão nos anos 2000, Metroid Prime 4 pode fazer isso agora… mas à maneira Nintendo.
GTA IV – Antes Adiado do Que Bugado
Se tem algo que a Rockstar ensinou ao mundo é que esperar pode valer a pena.
GTA V, lançado em 2013, e relançado mais 4 vezes, ainda é um dos jogos mais vendidos da história — e se mantém forte até hoje, com atualizações constantes no GTA Online, mods absurdos no PC e uma base de fãs fiel que atravessou duas gerações de consoles.
O nível de refinamento técnico, narrativa envolvente e o mundo vivo de Los Santos elevaram o patamar dos jogos de mundo aberto a um novo nível.
Agora, com GTA VI chegando, a promessa é superar tudo isso… mas não sem algum temor.
Este será o primeiro jogo principal da franquia sem a participação direta de Dan Houser, cofundador da Rockstar Games e cérebro criativo por trás de alguns dos roteiros mais marcantes dos últimos tempos.
Desde que ele saiu da empresa em 2020, o estúdio tem mantido silêncio absoluto sobre a direção narrativa do novo jogo — o que só aumenta o mistério.
Além disso, o histórico de adiamentos da Rockstar é longo, mas coerente. Ela prefere lançar jogos polidos, ambiciosos e completos, mesmo que isso signifique esperar mais do que gostaríamos.

Como diz o velho ditado gamer: “Melhor um jogo adiado do que bugado.”
Enquanto a ansiedade cresce, felizmente temos um leque de títulos incríveis pra explorar até lá — alguns cheios de ação, outros reflexivos, outros grandiosos. Mas todos com o potencial de deixar sua marca até que Vice City finalmente abra suas portas em 2026.
E aí, preparado pra tankar um jogo AAA de R$600,00?
Até lá vamos tentar não falir e zerar bons jogos.