Já estamos naquela época do ano e faltam poucas horas para o Natal. E nessa época, muita gente procura filmes natalinos clássicos para assistir. Aqueles filmes que trazem conforto e não deixam dúvidas de que estamos na época mais especial do ano. Por esse motivo, listamos para você dez filmes clássicos de Natal, que você pode assistir no Disney+, que é uma das plataformas de streaming mais populares do Brasil. Em nossa lista, você encontrará clássicos absolutos dessa época do ano. Aquelas produções que você, provavelmente, já assistiu mais de uma vez, mas nunca é demais assistir algumas vezes mais. Quer saber quais são esses clássicos, veja abaixo.
O que é o Disney+
O Disney+ é a plataforma de streaming oficial da Walt Disney Company. Por esse motivo, a plataforma, possui disponível em seu catálogo de filmes e séries, grande parte das produções que a Walt Disney lançou em seus mais de 100 anos de história. Além disso, o Disney+ também contempla em seu catálogo produções de outras empresas que fazem parte da Walt Disney Company, como a Lucasfilm, a Marvel Studios, a Pixar, a Searchlight Pictures, a National Geographic, a ESPN, a Hulu e também a 21st Century Fox, adquirida pela Walt Disney Company em 2019. Além disso, desde junho desse ano, a Disney+ também conta, no Brasil, como o catálogo da Star+, que se fundiu com a Disney+ e deixou de existir em 24 de julho de 2024.
Por tudo isso, o catálogo da Disney+ é imenso e, por isso também, não é dificil encontrar filmes de Natal para assistir nele. Segundo informações do JustWatch, site alemão que monitora plataformas de streamings, o Disney+ é a terceira plataforma de streaming mais popular no Brasil, sendo dono de 14% do mercado no país, ficando atrás apenas da Netflix, que é dona de 26%, e da Amazon Prime Video, que é dona de 19%. Já no mundo todo, o Disney+ possui quase 154 milhões de inscritos.
Por tudo isso, decidimos fazer uma lista de filmes natalínos disponíveis, atualmente, no Disney+. Lembrando que, como dito antes, todas as produções dessa lista já são, provavelmente, conhecidas pelo grande público e estão fortemente ligadas ao Natal, sendo considerados clássicos dessa época do ano. Sem mais delongas, vamos a nossa lista.
De Ilusão Também se Vive (1947) & Milagre na Rua 34 (1994) – Clássicos absolutos de Natal
Apesar de no Brasil, os dois filmes terem nomes diferentes, Milagre na Rua 34 (1994) nada mais é do que um remake de De Ilusão Também se Vive (1947). Em inglês, ambas as produções se chamam “Miracle on 34th Street” ou “Milagre na Rua 34, em uma referência a Rua 34 (ou “34th Street”, no original), em Nova York, onde fica localizada a sede da Macy’s, loja de departamentos que tem grande importância no enredo do filme de 1947. Já no remake de 1994, a história se passa na “Cole’s”, uma loja de departamentos ficcional inventada pelos produtores do filme já que a Macy’s não quis liberar o uso de sua marca na obra. Mesmo assim, a produção de 1994, manteve a emblemática Rua 34 no título do filme.
Em ambas as produções, o enredo gira em torno de Kris Kringle, um simpático velhinho que, por acaso, é contratado para ser o Papai Noel oficial da Macy’s (ou “Cole’s” no filme de 1994), depois que o ator que tinha sido contratado para desempanhar o papel é visto bêbado durante a importante parada de Dia de Ação de Graças. O problema é que Kringle acredita ser o verdadeiro Papai Noel. Seu comportamento e estilo peculiar lhe trazem muita notoriedade e fazem sucesso junto ao público
No entanto, isso também lhe trará muitos problemas. No fim, Kringle é internado em um manicômio e dado como louco. Contudo, um julgamento é marcado para decidir se ele é ou não o verdadeiro Papai Noel e cabe também ao público decidir se acredita ou não em Kris Kringle e também na mitológica figura do Papai Noel.
Tanto no caso de De Ilusão Também se Vive (1947) quanto no caso de Milagre na Rua 34 (1994), o papel de Kris Kringle fica a cargo de um grande ator. No caso do filme de 1947, o bom velhinho é vivido por Edmund Gwenn que, inclusive, ganhou um Oscar por sua interpretação no filme. Já na produção de 1994, o papel ficou a cargo do genial Richard Attenborough. Coincidentemente, ambos os atores eram ingleses.
De Ilusão Também se Vive foi escrito e dirigido por George Seaton, tendo sido baseado em uma história original de Valentine Davies. Além de Edmund Gwenn, o elenco do filme também conta com as atuações de Maureen O’Hara, John Payne e Natalie Wood, em seu primeiro papel de destaque. A produção foi um sucesso de público, tendo custado cerca de 250 mil dólares para ser produzido e arrecadando aproximadamente 2.7 milhões de dólares somente nos chamados “theatrical rentals”, ou seja, a parte da arrecadação que fica com o estúdio distribuidor do filme.
De Ilusão Também se Vive também foi muito bem recebido pela crítica especializada da época, sendo considerado um dos melhores filmes do ano. A produção recebeu quatro indicações ao Oscar, vencendo três, nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante, Melhor História (categoria que foi extinta em 1956) e Melhor Roteiro Adaptado. O filme só perdeu na categoria de Melhor Filme, que acabou sendo vencida pelo drama A Luz é Para Todos.
Além de um grande clássico natalino, De Ilusão Também se Vive também foi considerado pelo American Film Institute (AFI) como o quinto melhor filme de fantasia da história do cinema norte-americano, em eleição realizada em 2008. Além disso, o AFI também incluiu a obra em outra de suas famosas listas, a AFI’s 100 Years…100 Cheers, que compila os filmes.mais inspiradores da história do cinema produzido nos Estados Unidos. Nessa última lista, a obra ficou em nono lugar. Em 2005, De Ilusão Também se Vive foi escolhido para preservação no National Film Registry, da Biblioteca do Congresso Americano, devido a sua importância cultural, histórica e estética.
Já o remake de 1994 conta com feitos menos impressionantes. A produção que foi dirigida por Les Mayfield, foi escrita e produzida pelo genial John Hughes. Além de Richard Attenborough, seu elenco conta ainda com as atuações de Elizabeth Perkins, Dylan McDermott, J. T. Walsh, James Remar, Robert Prosky e da jovem e talentosa atriz Mara Wilson, que foi unipresente no cinema norte-americano dos anos 1990. O enredo de Milagre na Rua 34 segue, basicamente, a mesma linha do de De Ilusão Também se Vive, mas faz diversas adaptações, já que quase 50 anos separam um filme do outro.
Milagre na Rua 34 teve uma recepção morna por parte dos críticos especializados da época, sendo que a maioria considerou a produção inferior ao filme original. Contudo, a obra ainda mantêm uma taxa de aprovação de 60% no Rotten Tomatoes, principal agregador de críticas especializadas da internet. Milagre na Rua 34 foi um sucesso moderado de bilheteria, mas fez grande sucesso ao ser lançado em VHS, onde vendeu cerca de 8 milhões de unidades.
Esse fato somado as suas exibições na televisão, fizeram com que a produção se tornasse um clássico natalino para quem era criança nos anos 1990 e 2000. Aqui no Brasil, o filme era exibido anualmente pela Rede Globo durante a temporada natalina. Tanto De Ilusão Também se Vive quanto Milagre na Rua 34 estão disponíveis no Disney+. É possível assistir as duas produções, se divertindo com as semelhanças e diferenças entre elas.
Duro de Matar (1988) & Duro de Matar II (1990) – Um clássico de Natal diferente
Agora vamos de um clássico de Natal diferente. Um filme que, a primeira vista, não parece ser tão natalino assim, por não ser um história familiar, mas sim um filme de ação com um boa dose de violência. No entanto, pelo fato de seu enrendo se passar no Natal, ele acabou se tornando uma espécie de clássico dessa época do ano. É claro que estamos falando de Duro de Matar (1988). Aliás, tanto esse primeiro filme, quanto seu sucessor, Duro de Matar II (1990), se passam na época do Natal. Por isso, incluímos os dois na lista.
Lançado em 1988, Duro de Matar fez de Bruce Willis uma estrela internacional. No filme, ele interpreta John McClane, um detetive da polícia de Nova York que está em Los Angeles para acertar as contas com sua esposa, da qual ele está separado, e para, eventualmente, passar o Natal com seus filhos. No entanto, assim que McClane chega ao prédio em que sua esposa trabalha, o moderno e suntuoso Nakatomi Plaza, o local é invadido e tomado por um grupo de terroristas liderados por Hans Gruber (Alan Rickman).
Filmado quase todo no Fox Plaza, prédio que era da própria 20th Century Fox, estúdio que distribuiu o filme, e que na época estava em construção, Duro de Matar custou cerca de 35 milhões de dólares para ser finalizado. A produção foi dirigida por John McTiernan, conhecido por seu trabalho de sucesso no cinema de ação, e seu roteiro foi escrito por Jeb Stuart e Steven E. de Souza, ambos roteiristas de sucesso no cinema de ação, tendo sido baseado no livro “Nothing Lasts Forever” (1979), escrito por Roderick Thorp.
Bruce Willis, que na época era um ator de televisão conhecido apenas por seu trabalho na série cômica A Gata e o Rato (1985-1989), acabou aceitando o papel de John McClane, depois que o papel foi recusado por diversos atores, incluindo, Richard Gere, Clint Eastwood, Harrison Ford, Burt Reynolds, Nick Nolte, Mel Gibson, Don Johnson, Richard Dean Anderson, Paul Newman, James Caan, Al Pacino e também Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger, que eram os dois maiores astros do cinema de ação, na época.
Willis recebeu 5 milhões de dólares por seu trabalho no filme, um valor considerado alto para um ator que, naquela época, ainda não tinha uma carreira consolidada em Hollywood. O valor, causou polêmica na época e foi considerado um mal investimento pela maioria dos analistas. O sucesso de Duro de Matar, no entanto, mostraria que a decisão da 20th Century Fox foi acertada.
Com Willis no papel principal, o enredo de Duro de Matar pôde explorar as fragilidades físicas e emocionais de John McClane e apresentá-lo como um “homem comum”, e não um heroí invencível, tendo que agir por pura falta de escolha. Essas características do personagem seriam fundamentais para o sucesso do filme.
Duro de Matar arrecadou pouco mais de 141 milhões de dólares no mundo todo, se tornando um sucesso de público e dono da décima maior bilheteria de 1988. Apesar de não ter sido uma unanimidade entre os críticos especializados na época de seu lançamento, a produção recebeu mais críticas positivas do negativas. O filme também recebeu quatro indicações ao Oscar, todas em categorias técnicas, mas não venceu em nenhuma delas.
Atualmente, Duro de Matar é amplamente considerado um dos melhores e mais importantes filmes de ação já feitas. A produção lançou uma franquia de sucesso que dura até os dias atuais. Em 2017, o filme foi escolhido para preservação no National Film Registry, da Biblioteca do Congresso Americano, devido a sua importância cultural, histórica e estética.
Em 1990, dois anos após o lançamento de Duro de Matar, chegou aos cinemas Duro de Matar II. O filme também se passa na época natalina e mostra John McClane, agora um tenente da polícia de Los Angeles, esperando sua esposa no Aeroporto Internacional Washington Dulles. No entanto, o local é tomado por terroristas que assumem o controle aéreo do aeroporto e McClane tem que agir para salvar a vida de sua esposa e de milhares de outras pessoas que estão a ponto de aterrizar no local.
Duro de Matar II também é estrelado por Bruce Willis e, assim como o primeiro filme, conta com um roteiro co-escrito por Steven E. de Souza. Contudo, a direção agora fica a cargo de Renny Harlin e não John McTiernan. Produzido a um custo estimado em cerca de 70 milhões de dólares, o filme arrecadou pouco mais de 240 milhões de dólares em bilheterias, ou seja, cerca de 100 milhões de dólares a mais que o primeiro filme, se tornando dono da sétima maior bilheteria do ano de 1990.
A produção também foi bem recebida pela crítica especializada e, atualmente, mantêm uma taxa de aprovação de 69% no Rotten Tomatoes, principal agregador de críticas especializadas da internet. Essa sequência pode não ter o mesmo charme que o filme original, mas vale a pena ser assistida. Tanto Duro de Matar quanto Duro de Matar II estão disponíveis no Disney+ e é possível assistir ambos na plataforma de streaming que, aliás, conta também com todos os outros filmes da franquia Duro de Matar disponíveis.
Esqueceram de Mim (1990) & Esqueceram de Mim 2 – Perdido em Nova York (1992)
Outro caso em que vale a pena assistir tanto o filme original quanto a sua sequência. Em Esqueceram de Mim (1990), temos o jovem Kevin McCallister (Macaulay Culkin), de apenas oito anos de idade, que é deixado para trás quando sua família decide passar o final de ano em Paris e acaba esquecendo ele sozinho em casa. O problema é que, além de ter sido deixado para trás, a vizinhança onde Kevin mora é visada por uma dupla de bandidos atrapalhados que querem aproveitar a ausência dos moradores durante os feriados de Natal e Ano Novo para assaltar suas casas. É claro que o garoto terá que defender seu lar.
Esqueceram de Mim foi concebido pela mente brilhante de John Hughes, que escreveu o roteiro e também produziu o filme. A direção da obra ficou por conta de Chris Columbus que deveria ter dirigido Férias Frustradas de Natal (1989), cujo roteiro também foi escrito por Hughes, mas que havia deixado o projeto devido a conflitos com Chevy Chase, que era a grande estrela do filme. Por isso, Hughes o contratou para dirigir Esqueceram de Mim.
Já Macaulay Culkin foi escolhido para o papel de Kevin McCallister por sugestão do próprio John Hughes, que havia trabalhado com ele em Quem Vê Cara Não Vê Coração (1989). Além de Culkin, o elenco de Esqueceram de Mim é recheado de atores de primeira linha, incluindo, Joe Pesci, Daniel Stern, John Heard e Catherine O’Hara.
Filmado, praticamente todo na cidade de Chicago, Esqueceram de Mim custou 18 milhões para ser produzido. E esse custo fez com que a Warner Bros., que a princípio bancaria o projeto, desistisse de produzir o filme, o que fez com que a produção acabasse nas mãos da 20th Century Fox, que decidiu bancar esse valor.
A decisão da Fox se mostrou acertada, já que o filme acabou arrecadando quase 477 milhões de dólares em bilheterias, se tornando dono da segunda maior bilheteria do ano em 1990, ficando atrás apenas de Ghost – Do Outro Lado da Vida. Com isso, Esqueceram de Mim foi por duas décadas a comédia de maior bilheteria em toda a história do cinema mundial. O sucesso comercial do filme fez de Macaulay Culkin uma estrela global e um dos atores mais bem pagos de Hollywood.
Além disso, o sucesso da obra também transformou Chris Columbus em um dos mais respeitados diretores de filmes familiares e infantis do cinema mundial, status que ele explorou durante todos os anos 1990 e 2000. Já no caso de Hughes, Esqueceram de Mim se tornou o maior sucesso comercial de sua elogiada carreira. O filme é, atualmente, considerado um dos melhores filmes de Natal da história e, em 2023, foi escolhido para preservação no National Film Registry, da Biblioteca do Congresso Americano, devido a sua importância cultural, histórica e estética.
Além disso, Esqueceram de Mim conta com umas das melhores trilhas sonoras compostas pelo genial John Williams que, inclusive, foi o responsável pelas duas únicas indicações do filme ao Oscar. Já que a produção foi indicada a Melhor Trilha Sonora e Melhor Canção Original (pela lindíssima “Somewhere in My Memory”), uma das pouquíssimas ocasiões em que Williams recebeu uma indicação ao Oscar pela composição de uma canção.
Dois anos depois desse imenso sucesso, Kevin McCallister estava de volta as telonas em Esqueceram de Mim 2: Perdido em Nova York. Dessa vez, o garoto não é esquecido em casa, como no filme anterior, mas se separa da sua família durante um embarque apressado no aeroporto e vai parar em Nova York, ao invés de ir com o resto de sua família para a Flórida, onde eles pretendem passar o final de ano.
Em Nova York, Kevin se hospeda no luxuoso Hotel Plaza, se envolve em muitas confusões e, é claro, reencontra a dupla de bandidos do primeiro filme. Dessa vez, eles planejam roubar, na noite de Natal, uma famosa loja de brinquedos que todo ano doa todos os valores arrecadados com as vendas natalinas para um hospital infantil. É claro que, mais uma vez, o garoto terá que impedir os bandidos.
Esqueceram de Mim 2: Perdido em Nova York conta com quase todo o elenco do primeiro filme. Além de Macaulay Culkin, também estão de volta John Heard e Catherine O’Hara, além de Joe Pesci e Daniel Stern, no papel da dupla de bandidos atrapalhados. Além disso, o elenco conta ainda com Tim Curry e Brenda Fricker, que não estavam no primeiro filme. Ademais, assim como o primeiro filme, essa continuação é dirigida por Chris Columbus e escrita e produzida por John Hughes.
Esqueceram de Mim 2: Perdido em Nova York foi um imenso sucesso de público, tendo arrecadado 359 milhões de dólares em bilheterias, se tornando dono da terceira maior bilheteria do ano de 1992. Apesar disso, sua bilheteria não chegou nem perto dos quase 477 milhões de dólares arrecadados pelo primeiro filme que também custou menos que essa continuação, que foi produzida por 28 milhões de dólares. Mesmo assim, Perdido em Nova York foi considerado um grande sucesso comercial pelo estúdio.
Além disso, Esqueceram de Mim 2: Perdido em Nova York também não foi muito bem recebido pela crítica especializada, sendo considerado não apenas inferior, mas uma cópia do primeiro filme. Apesar da atuação do elenco ter sido elogiada, a maioria dos críticos considerou essa continuação mais violenta e obscura que o filme original. Apesar de tudo isso, o filme merece ser visto durante a época natalina. Melhor ainda se você assistir aos dois filmes de uma vez, já que ambos estão disponíveis no Disney+.
O Conto de Natal dos Muppets (1992)
O que aconteceria se usassem os Muppets para adaptar para o cinema a mais famosa história de Natal já escrita? Se está curioso para saber a resposta para essa pergunta, basta assistir a O Conto de Natal dos Muppets. A produção é uma adaptação de Um Conto de Natal (1843), de Charles Dickens, provavelmente, a história natalina mais conhecida da história, utilizando os personagens e também a estética dos Muppets.
O filme é o primeiro dos Muppets produzido após a morte de Jim Henson, o criador dos personagens, e por isso é dirigido por seu filho, Brian Henson, sendo que esse foi o primeiro longa-metragem que ele dirigiu em sua carreira. Além de contar com os famosos marionetistas Dave Goelz, Steve Whitmire, Jerry Nelson e Frank Oz, O Conto de Natal dos Muppets conta também com o consagrado ator inglês Michael Caine, no papel de Ebenezer Scrooge. O filme foi roteirizado por Jerry Juhl, que também já tinha bastante experiência trabalhando com os Muppets.
A produção é uma adaptação relativamente fiel ao trabalho de Dickens e, como não poderia deixar de ser, conta a já conhecida história de Ebenezer Scrooge, um homem rico, mas extremamente ganancioso e grosseiro, que é odiado por todos a sua volta. Na véspera de Natal, contudo, ele recebe a visita de três fantasmas: o do passado, o do presente e o do futuro, o que faz com que ele modifique completamente sua forma de agir e pensar.
O Conto de Natal dos Muppets foi produzido pela Walt Disney Pictures e distribuído pela Buena Vista Pictures Distribution, que também pertence a Walt Disney Company, e o estúdio tinha grandes espectativas no retorno comercial que o filme traria. Por isso, ele foi amplamente distribuído e divulgado nos Estados Unidos. Contudo, a obra conseguiu arrecadar apenas pouco mais de 27 milhões de dólares em bilheterias, tendo enfrentado a forte concorrência de outras produções, como Aladdin e Esqueceram de Mim 2 – Perdido em Nova York, que também foram lançadas no final daquele ano e arrecadaram muito mais bilheteria.
Mesmo assim, produzido a um custo estimado em aproximadamente 12 milhões de dólares, O Conto de Natal dos Muppets foi considerado um sucesso moderado de bilheteria. A produção, contudo, foi muito bem recebida pela crítica especializada da época, sendo elogiado por seu humor e suas qualidades técnicas. Com o tempo e com as exibições natalinas na televisão norte-americana, o filme acabou se tornando um dos maiores clássicos natalinos no país, chegando até mesmo a ser considerado um “clássico cult”, por alguns.
O Estranho Mundo de Jack (1993) – Um clássico de Natal com um toque de Halloween
A primeira animação da nossa lista é, na verdade, uma animação em slow-motion que misturas temas do Halloween com temas do Natal. Por sua estética gótica e obscura, muita gente nem acredita que O Estranho Mundo de Jack seja um filme da Walt Disney. Mas sim, a animação foi produzida e distribuída pela Walt Disney apesar de o estúdio ter, durante algum tempo, tentado “esconder” sua relação com o filme, por achar que seu tema era adulto demais para o público, normalmente, infantil do estúdio.
A temática e estética de O Estranho Mundo de Jack deixam claro a influência de Tim Burton na obra. No entanto, apesar do que muita gente pensa, o famoso cineasta não dirigiu o filme, trabalho esse que ficou a cargo de Henry Selick. Burton, no entanto, concebeu a história original e também produziu o filme. Na verdade, o cineasta foi a força criativa por trás da obra, sendo que ele concebeu a história original no início dos anos 1980, quando ainda trabalhava como animador na Walt Disney, e passou toda uma década tentando levar o projeto a cabo.
Burton só não dirigiu O Estranho Mundo de Jack porque já estava comprometido com a direção de Batman – O Retorno e também porque não queria trabalhar com animação slow-motion, por considerar o processo “lento e doloroso”. Por isso, ele passou a direção para as mãos de Selick, que ele conhecia desde os tempos da Walt Disney. Seu estilo, no entanto, está tão presente no filme, que, como dito antes, muita gente acha que ele é o diretor da obra.
O trabalho de filmagem de O Estranho Mundo de Jack começou oficialmente em julho de 1991, envolveu mais de 120 profissionais e levou cerca de dois anos para ser concluído. O próprio Henry Selick admitiu que seu trabalho era fazer com que a obra se parecesse com um filme dirigido por Tim Burton. “É como se [Burton] tivesse botado o ovo e eu me sentasse nele e o chocasse. Ele não estava envolvido no dia-a-dia, mas tinha uma mão filme. Era meu trabalho fazer com que [O Estranho Mundo de Jack] se parecesse com ‘um filme de Tim Burton’, o que não é tão diferente dos meus próprios filmes”.
O Estranho Mundo de Jack custou 18 milhões de dólares para ser produzido e estreou comercialmente nos Estados Unidos em 29 de outubro de 1993. A produção arrecadou 50 milhões de dólares em seu lançamento original e foi considerado um “sleeper hit”, ou seja um sucesso surpreendente de público. O filme seria relançado diversas outras vezes a partir dos anos 2000 e acumularia uma bilheteria total de quase 108 milhões de dólares.
A produção também foi extremamente bem recebida pela crítica especializada, que elogiou sua originalidade e seus aspectos visuais e técnicos. O filme foi indicado ao Oscar de Melhores Efeitos Visuais, um feito nunca antes alcançado por uma animação. Com o passar dos anos, o status de O Estranho Mundo de Jack foi só crescendo e, atualmente, o filme é considerado uma das melhores animações já produzidas e também um dos mais emblemáticos clássicos de Natal do cinema norte-americano.
Em 2023, O Estranho Mundo de Jack foi escolhido para preservação no National Film Registry, da Biblioteca do Congresso Americano, devido a sua importância cultural, histórica e estética. Se você ainda não assistiu a esse clássico natalino, ainda dá tempo, já que ele está disponível no Disney+.
Meu Papai é Noel (1994)
Em Meu Papai é Noel, Tim Allen interpreta Scott Calvin, o diretor de marketing de uma companhia de brinquedos de Illinois, nos Estados Unidos, que na véspera de Natal, sem querer, derruba o Papai Noel do telhado, aparentemente, matando-o. Calvin encontra um bilhete na roupa do Bom Velhinho dizendo que se algo acontecer com ele, a pessoa que encontrar o bilhete deve colocar a roupa do Bom Velhinho e distribuir os presentes. Relutante, mas sob pressão do filho e se sentido culpado pelo ocorrido, Calvin aceita substituir o Papai Noel só por aquela noite.
No entanto, o que ele não sabe é que ao vestir a roupa do Papai Noel, ele aceitou substituir o Bom Velhinho permanentemente. Agora, Calvin terá cerca de um ano para se adaptadar a esse novo “trabalho”, resolver todos os seus problemas pessoais e convencer toda a sua família que, de fato, ele é Papai Noel. Baseado em um roteiro original de Leo Benvenuti e Steve Rudnick, Meu Papai é Noel foi dirigido por John Pasquin.
O papel de Scott Calvin foi oferecido para os comediantes Bill Murray e Chevy Chase, que o recusaram, e outros atores famosos, como, Tom Selleck, Robin Williams, Tom Hanks e Mel Gibson, foram considerados para o papel, até que a Hollywood Pictures, estúdio que pertencia a Walt Disney Company, decidiu transformar o filme em um “veículo” para o comediante Tim Allen. Meu Papai é Noel foi filmado em estúdio em Hollywood e também em locação na região de Toronto, no Canadá.
O filme custou cerca de 22 milhões para ser produzido e foi um grande sucesso de público e crítica. A produção arrecadou pouco mais de 190 milhões de dólares no mundo, se tornando dono de uma das maiores bilheterias do cinema mundial em 1994. O filme também foi bem recebido pela crítica especializada, sendo considerado imbuído de um “bom e velho espírito natalino que falta em muitos filmes natalinos modernos”.
O sucesso de Meu Papai é Noel fez com que a Walt Disney lançasse duas outras continuações do filme nos anos 2000 e também uma série televisiva que estreou no Disney+ em 2022. Apesar de os filmes terem feito sucesso comercial, eles estão longe de ser tão bons quanto a produção original. Contudo, no Disney+ você poderá conferir tanto Meu Papai é Noel quanto todas as suas continuações e tirar suas próprias conclusões.
Um Herói de Brinquedo (1996)
Lançado em 1996, Um Herói de Brinquedo foi a quarta comédia da carreira de Arnold Schwarzenegger, que a partir de 1988, tentou conciliar sua carreira de astro do cinema de ação com produções mais leves e cômicas. No filme, Schwarzenegger interpreta Howard Langston, um executivo de vendas viciado em trabalho e que, por isso, coloca seus assuntos pessoais e familiares sempre em segundo plano. Após perder um momento importante da vida de seu filho, Langston descobre que também se esqueceu de comprar o presente que seu filho tanto quer de Natal, um boneco de ação, chamado Turbo-Man.
Agora, na véspera de Natal e desesperado, ele fará de tudo para conseguir o tal boneco e assim evitar perder ainda mais prestígio com seu filho. O problema é que o tal boneco está esgotado há semanas e toda a cidade está a procura de algum para comprar, incluindo, Myron Larabee (Sinbad), um carteiro sem nada a perder que também fará de tudo para conseguir um boneco Turbo-Man para seu filho.
Um Herói de Brinquedo foi majoritariamente filmado nas “Cidades Gêmeas” de Minneapolis e Saint Paul, nos Estados Unidos, como algumas cenas sendo rodadas em estúdio em Hollywood. O filme foi escrito por Randy Kornfield, co-produzido por Chris Columbus e dirigido por Brian Levant e custou entre 60 e 75 milhões de dólares para ser produzido. Arnold Schwarzenegger foi rapidamente escolhido para interpretar Howard Langston, mas o papel de Myron Larabee deveria ir para Joe Pesci. O comediante Sinbad, no entanto, acabou escolhido para o papel por ter uma estatura e um porte físico mais parecido com o de Schwarzenegger.
Um Herói de Brinquedo foi rodado de forma muito rápida, levando poucos meses para ser completado. A fotografia principal em Minneapolis e Saint Paul durou cerca de cinco semanas para ser completada, enquanto que as cenas filmadas em Hollywood levaram cerca de três semanas para serem finalizadas. Dessa forma, a parte principal da produção, que começou em 15 de abril de 1996, foi concluída em agosto daquele mesmo ano.
Um Herói de Brinquedo estreou comercialmente nos Estados Unidos, apenas alguns meses depois, em 22 de novembro de 1996. O filme foi um sucesso moderado de público, arrecadando cerca de 130 milhões de dólares em bilheterias no mundo todo. A produção, no entanto, não agradou a crítica especializada, que apesar de elogiar a atuação de alguns atores, criticou o roteiro e o to m do filme e também a direção de Brian Levant.
Com o passar do tempo e com as inúmeras exibições na televisão, Um Herói de Brinquedo acabou por se tornar um clássico de Natal, amado por muitos que foram crianças nos anos 1990 e 2000. Assim como grande parte dos filmes produzidos pela 20th Century Fox, você pode assisitir (ou reassistir) a Um Herói de Brinquedo no Disney+. O filme é uma boa pedida para esse Natal, principalmente, para quem tem saudades das comédias estreladas por Schwarzenegger nos anos 1990.
Enquanto Você Dormia (1995)
Comédia romântica estrelada por Sandra Bullock, Enquanto Você Dormia conta a história de Lucy Eleanor Moderatz, uma mulher que trabalha na bilheteria de uma estação do metrô de Chicago e é apaixonada por um homem, Peter Callaghan, que utiliza o metrô, mas que ela apenas observa de longe. Em um dia de Natal, contudo, ele é empurrado nos trilhos por um grupo de bandidos e é salvo por ela. No hospital, um mal entendido leva a família dele a acreditar que ela é sua noiva. Presa em uma rede de mentiras, Lucy não sabe como dizer para eles que Peter nem sequer sabe quem ela é. Nesse meio-tempo, ela acaba se apaixonando por Jack, o irmão mais novo de Peter.
Baseado em uma história original de Daniel G. Sullivan e Fredric Lebow, o roteiro de Enquanto Você Dormia foi adquirido pela Hollywood Pictures, estúdio que pertencia a Walt Disney Company, em 1994. O papel de Lucy Eleanor Moderatz foi oferecido a Demi Moore, Julia Roberts e Meg Ryan, que recusaram o papel, até que Sandra Bullock que havia chegado recentemente ao estrelato ao estrelar Velocidade Máxima (1994), aceitou estrelar o filme. O estúdio também teve dificuldades em encontrar atores para o elenco e Bill Pullman, que interpreta Jack Callaghan, tentou abandonar o projeto, mas foi convencido por seu empresário a não fazê-lo.
Apesar disso, Enquanto Você Dormia possui um elenco de primeira linha que além de Sandra Bullock e Bill Pullman, conta ainda com Peter Gallagher, Peter Boyle, Glynis Johns e Jack Warden. Dirigido por Jon Turteltaub, Enquanto Você Dormia custou 17 milhões de dólares para ser produzido e foi todo filmado em locação em Chicago, que acabou substituindo, por questões de custos, Nova York onde o enredo deveria, originalmente, se passar.
Enquanto Você Dormia foi um imenso sucesso de público, arrecadando pouco mais de 182 milhões de dólares em bilheterias e se tornando dono de uma das maiores bilheterias do ano em 1995. A produção também foi muito bem recebida pela crítica especializada, que considerou que apesar de a obra possuir elementos pouco originais, a mistura desses elementos é feito de forma tão habilidosa que o produto final acaba por ser um filme de qualidade inegável.
O desempenho de Sandra Bullock também foi bastante elogiado e ela acabou sendo indicada ao Globo de Ouro de Melhor Atriz em um filme de comédia ou musical, a primeira indicação que ela recebeu ao Globo de Ouro em sua carreira. Com o tempo, Enquanto Você Dormia acabou ganhando ainda mais status e, atualmente, é considerado um dos grandes clássicos natalinos produzidos nos anos 1990. Como todos os filmes produzidos pela Hollywood Pictures, você pode assistir a Enquanto Você Dormia no Disney+.
Natal em Família (1998)
Natal em Família é talvez o menos clássico dos filmes apresentados nessa lista. Contudo, devido as inúmeras exibições na televisão, inclusive, no Brasil, a produção acabou por de alguma forma ganhando os corações de muita gente que era criança ou adolescente nos anos 1990 e 2000. Produzido pela própria Walt Disney Pictures, o filme conta a história de Jake Wilkinson (Jonathan Taylor Thomas), um estudante universitário que não volta para casa para as festas de final de ano desde a morte de sua mãe.
Quando seu pai descobre que mais uma vez, Jake não virá para casa no final de ano, ele oferece a ele seu Porsche 356 clássico 1957, se ele chegar em casa a tempo da seia de Natal. Jake terá então que atravessar o país em poucos dias se quiser ficar com carro. Mistura de comédia familiar com road movie, Natal em Família foi produzido a um custo estimado em 30 milhões de dólares e deveria servir de veículo para Jonathan Taylor Thomas, que na época fazia bastante sucesso com a série Home Improvement.
Natal em Família, no entanto, foi um imenso fracasso de público, arrecadando apenas cerca de 12 milhões de dólares em bilheterias. O filme também foi muito mal recebido pela crítica especializada, que considerou a produção recheada de clichês, piadas antigas e um enredo ruim. Atualmente, a produção mantêm uma taxa de aprovação de 23%.
Contudo, como acontece com diversos filmes da Walt Disney Pictures, Natal em Família acabou sendo exibido constantemente na televisão ao longo dos anos, o que fez com que o filme acabasse conquistando o coração de muita gente. Se você quiser assistir (ou reassistir) Natal em Família e tirar suas próprias conclusões, ele está disponível no Disney+.
Os Fantasmas de Scrooge (2009)
Em Os Fantasmas de Scrooge temos outra adaptação do clássico Um Conto de Natal (1843), de Charles Dickens. No entanto, nesse caso, a história é contada através de uma animação utilizando a técnica de motion capture (ou “captura de movimento). Nesse tipo de técnica, os intépretes atuam utilizando uma parafernália que captura todos os seus movimentos e expressões, que depois são utilizados para a composição de cada cena do filme. A técnica também é utilizada em filmes em live-action.
Não por acaso, Os Fantasmas de Scrooge foi escrito, dirigido e co-produzido por Robert Zemeckis, que é pioneiro na utilização dessa técnica. Entre os seus filmes mais notórios que utilizam o motion capture estão, O Expresso Polar (2004) e A Lenda de Beowulf (2007). Os Fantasmas de Scrooge é estrelado por Jim Carrey, que interpreta tanto Ebenezer Scrooge quanto os três fantasmas que o visitam, o do passado, o do presente e o do futuro. Além de Carrey, o elenco do filme é repleto de outros atores de primeira linha, incluindo Gary Oldman, Colin Firth, Bob Hoskins, Robin Wright Penn, Cary Elwes e Fionnula Flanagan.
Devido a seu elenco de primeira e também por utilizar tecnologia de ponta para a época, Os Fantasmas de Scrooge custou entre 175 e 200 milhões de dólares para ser produzido. No entanto, a produção arrecadou apenas cerca de 325 milhões de dólares em bilheterias, não conseguindo recuperar o que foi gasto em sua produção e divulgação e dando um prejuízo estimado entre 50 e 100 milhões de dólares a Walt Disney Pictures.
Além disso, Os Fantasmas de Scrooge também não foi muito bem recebido pela crítica especializada, sendo considerado muito obscuro para um filme natalino. Os aspectos tecnológicos do filme também foram críticados por alguns críticos, que acusaram o filme de ser frio e sem alma. No entanto, as atuações do elenco, principalmente, de Jim Carrey e Gary Oldman, foram amplamente elogiados. Assim como também foram elogiados os aspectos estéticos e visuais do filme. Além disso, alguns críticos respeitados, como Roger Ebert e Owen Gleiberman rasgaram elogios a obra.
Os Fantasmas de Scrooge é uma das adaptações mais fiéis ao conto de Charles Dickens. Ademais, seu visual estonteante é irresistível, assim como também é inegável a qualidade de seus aspectos técnicos. Por tudo isso, vale a pena assisitir ao filme, se você ainda não o fez. Além disso, o trabalho dos atores, notadamente, de Jim Carrey é muito bom. Dessa forma, se você quiser ver Os Fantasmas de Scrooge nesse Natal para tirar suas próprias conclusões, ele está disponível no Disney+.
Conclusão
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