Console | SpliceVision

Compartilhe:
Console SpliceVision
Console SpliceVision

Se você cresceu nos anos 80, provavelmente se lembra do Atari… mas quase ninguém se lembra do SpliceVision.

Atendendo ao pedido de um de nossos leitores, resgatamos a história de um dos consoles mais curiosos (e esquecidos) dos primordios do mercado de videogames no Brasil.

Produzido no interior de São Paulo, o Splicevision era um clone nacional do poderoso ColecoVision, mas com design próprio, jogos adaptados e uma trajetória cercada de mistério e nostalgia.

Neste documentário especial, você vai conhecer um pouco dos bastidores, as curiosidades e o legado de um videogame que quase desapareceu da memória, mas que ainda sobrevive entre colecionadores e apaixonados por história dos games.

Continue depois da publicidade

Bora conhecer?

SpliceVision – O Fantasma de Votorantim

Entre placas de circuito, fios de cobre e promessas de modernização, um videogame brasileiro ousou existir.

Escondido no interior de São Paulo, nascia o Splicevision — um clone do poderoso ColecoVision, feito por uma empresa especializada em telefonia, com sede em Votorantim.

Lançado em 1983, e já descontinuado em meados de 1985, o console virou lenda: poucos ouviram falar, menos ainda chegaram a vê-lo funcionando.

Continue depois da publicidade

Hoje, é um artefato raro, disputado por colecionadores e historiadores da tecnologia.

Mas o que foi exatamente o SpliceVision? E por que ele desapareceu tão silenciosamente?


Intervenção Estatal, Contrabando e Clones

Nos anos 80, o Brasil vivia sob a chamada Reserva de Mercado. Essa política pública restringia a entrada de produtos estrangeiros para proteger a indústria nacional.

No mundo dos videogames, isso gerou um fenômeno curioso: uma enxurrada de consoles clones — aparelhos não licenciados, criados por engenharia reversa, que reproduziam os jogos de sistemas populares como o Atari 2600.

Continue depois da publicidade
Console de videogame Atari 2600
Atari 2600 – Wikipedia Commons

Mas enquanto o Atari e o Odyssey 2 dominavam o cenário nacional com seus clones distribuídos aos montes, o ColecoVision era uma raridade.

Reconhecido mundialmente como o console mais potente da sua geração, o aparelho da Coleco quase não chegou ao Brasil. Quando aparecia, era contrabandeado, caro, e precisava de adaptações para funcionar nas TVs brasileiras com padrão PAL-M.

Philips Odyssey 2 e seus controles
Philips Odyssey 2 – Imagem: Evan-Amos / Wikimedia

Era item de colecionador, de gente rica que sofria de “mal-de-carteira-pesada”, e até mesmo locadoras evitavam investir em seus jogos por conta do preço elevado.

Mesmo sendo um item mais exclusivo, o ColecoVision chamava atenção das revistas especializadas.

Continue depois da publicidade

Revistas como Micro & Vídeo, Video News e Video Magia publicavam muitas matérias com screenshots coloridos, descrições entusiasmadas e o descreviam como “o futuro dos videogames”. Sendo assim, era um sonho de consumo de muitas crianças e até de marmanjo entusiasta de eletrônicos.

Então, era inevitável que algum empresário brasileiro tentasse nacionalizar esse segmento tão cobiçado.


A Splice do Brasil

A responsável pela façanha foi a Splice do Brasil, uma empresa voltada para produtos de telefonia profissional. Sediada em Votorantim, interior de São Paulo, ela jamais havia produzido um console antes.

Mas uma conversa entre um dos sócios e um amigo — que viajava constantemente ao exterior — acendeu uma ideia ousada: trazer ao Brasil um videogame à altura do ColecoVision.

Continue depois da publicidade

Como ninguém havia clonado o console até então, a Splice viu ali uma oportunidade única de inovação e lucrar nesse vácuo do mercado.

Vale mencionar que, um pouquinho antes disso, outra empresa brasileira tentou o mesmo caminho: a MicroDigital.

Em 1983, ela chegou a anunciar seu próprio clone do Coleco, chamado Onyx, em feiras como a Feira Internacional de Informática do Anhembi em São Paulo e na UD (Utilidades Domésticas).

No entanto, o projeto foi reconsiderado…

Continue depois da publicidade
Onix Vs Onix Junior
Onix Vs Onix Junior

Os cartuchos do Coleco eram caros, pois exigiam chips de memória maiores, o que reduzia drasticamente as margens de lucro.

Resultado: a MicroDigital mudou os planos e lançou o Onyx Junior, um clone do Atari 2600.

Microdigital-Onix-Junior-Revista-MicroMundo
MicroDigital Onix Junior – Revista MicroMundo

Uma curiosidade: foi o único clone de Atari do mundo com botão de pausa — ainda que, muitas vezes, o jogo travasse e não retornasse da pausa.

Já a Splice seguiu em frente. Fez engenharia reversa no hardware original e, em novembro de 1983, lançou oficialmente o Splicevision com 15 jogos na estreia.

Continue depois da publicidade

Pouco tempo depois adicionou mais 8 a biblioteca.

Todos pirateados, mas adaptados: os títulos tinham nomes em português e muitas vezes foram levemente modificados para evitar problemas óbvios de copyright. O famoso Pac-Man, por exemplo, virou Ratoeira. E Donkey Kong virou o curioso Monkey Dong.


A Estrutura do SpliceVision

Não bastava apenas copiar. Era preciso adaptar…

SpliceVision - Imagem VideoGame Data Base
SpliceVision – Imagem VideoGame Data Base

E a Splice, ao clonar o ColecoVision, fez mais do que simplesmente replicar um videogame: ela reinterpretou um padrão industrial estrangeiro com os meios técnicos e limitações do Brasil dos anos 80.

Continue depois da publicidade

O resultado? Um console nacional que carregava o DNA de um gigante, mas com corpo mais simples — e alma remendada.

Kit Completo - Imagem @fabiogamesretro - Instagram
Imagem @fabiogamesretro – Instagram

A carcaça do Splicevision era branca, quadrada, feita em plástico rígido e genérico. Nada da elegância preta com detalhes cromados do ColecoVision original.

Visualmente, parecia mais uma caixa de equipamento técnico do que um produto de entretenimento doméstico.

Talvez fosse reflexo direto da origem da empresa — acostumada com aparelhos de telefonia, centrais e transmissores, não com brinquedos de prateleira.

Continue depois da publicidade

Os controles também seguiram essa linha.

Em vez do conector DB9 padrão do Coleco, a Splice optou por conectores DIN, redondos e frágeis. A escolha tinha lógica: os conectores DIN eram mais baratos e comuns no mercado nacional. Mas a decisão cobrou um preço alto.

Conector DB9 vs Din
Conector Serial DB9 Vs Din

Nenhum controle ou acessório original do ColecoVision funcionava no Splicevision.

Nada de Roller Controller, nada de Super Action Controller — periféricos que expandiam as possibilidades do console original e que aqui se tornavam meras peças de museu.

Continue depois da publicidade

Havia ainda uma entrada para módulos de expansão. No ColecoVision, esse slot permitia, por exemplo, jogar cartuchos de Atari 2600 usando um adaptador.

Cartucho do ColecoVision VS SpliceVision
Cartucho do ColecoVision VS SpliceVision

No Splicevision, apesar de existirem os contatos, o próprio design da carcaça impedia que qualquer módulo fosse encaixado. A promessa de compatibilidade morria antes mesmo de sair da embalagem.

Por dentro, no entanto, havia potência.

A Splice manteve o processador Zilog Z80A, o mesmo do ColecoVision, que rodava os jogos com fidelidade impressionante.

Continue depois da publicidade

Os gráficos e sons estavam à altura — e isso era surpreendente para a época, principalmente considerando que o console foi feito com engenharia reversa, sem nenhum suporte técnico original, sem kits de desenvolvimento, sem documentação oficial.

Mesmo com todas as limitações, o Splicevision era um baita feito técnico.

Era impressionante como ele conseguia rodar jogos muito mais avançados do que o Atari 2600, com sprites maiores, animações mais suaves e trilhas sonoras menos robóticas.

Em pleno 1983, isso era mais do que inovação: era ousadia.

Continue depois da publicidade

Mas o Brasil ainda não estava pronto para isso.

Ficha Técnica – Por Dentro do Splicevision

Apesar do acabamento simples e das limitações de design, o Splicevision carregava por dentro uma estrutura surpreendentemente fiel ao seu modelo original, o ColecoVision.

Placa mãe do SpliceVision - Imagem Games Que Pariu
Placa mãe do SpliceVision – Imagem Games Que Pariu – Youtube

Processador (CPU) – Zilog Z80A rodando a 3,58 MHz

Memória RAM – 1 KB

Continue depois da publicidade

Memória de Vídeo – 16 KB (dedicada ao controle gráfico e sprites)

Chip de Vídeo: Texas Instruments TMS9928A (com suporte a 16 cores e 32 sprites por tela)

Chip de Áudio: Texas Instruments SN76489A (geração de som com 3 canais tonais + 1 canal de ruído)

Resolução: 256 x 192 pixels

Continue depois da publicidade

Cores na tela: Até 16 cores simultâneas

Cartuchos: Compatíveis com ColecoVision (jogos renomeados e traduzidos para o português)

Controles: Propriedade da Splice, com conector DIN (incompatível com os controles originais da Coleco)

Slot de expansão: Presente fisicamente, mas incompatível com os módulos do ColecoVision devido ao gabinete

Continue depois da publicidade

Saída de vídeo: RF (canal 3 ou 4), padrão PAL-M (adaptado ao sistema de cores brasileiro)

Alimentação: Fonte externa bivolt (comum em aparelhos nacionais da época)

Fonte de Alimentação - Imagem @fabiogamesretro - Instagram
Fonte de Alimentação – Imagem @fabiogamesretro – Instagram

A Dificuldade De Empreender Brasil

O Splicevision chegou ao mercado com ares de pioneirismo — mas também com um problema que, no Brasil, costuma ser fatal: o custo das coisas.

Embora mais barato que um ColecoVision importado (quando este conseguia atravessar as fronteiras do contrabando), o console da Splice ainda custava caro para o bolso do brasileiro médio.

Continue depois da publicidade

Para efeito de comparação, o Atari 2600 e seus clones como Arcadia 2001 já estavam amplamente disseminados, com cartuchos acessíveis e peças abundantes. O Odyssey 2, da Philips, também contava com bom suporte local.

O Splicevision, por outro lado, era um estranho no ninho — um produto nacional, mas com cara de estrangeiro e valor elevado demais para ganhar a confiança do consumidor comum.

Controles e Cartuchos do SpliceVision - Imagem @fabiogamesretro - Instagram
Controles e Cartuchos do SpliceVision – Imagem @fabiogamesretro – Instagram

As próprias locadoras, que já estavam se tornando ponto de encontro dos gamers da época, hesitavam em investir na plataforma.

Os cartuchos de ColecoVision, com maior capacidade de memória, custavam mais para serem pirateados.

Continue depois da publicidade

E mesmo os jogos “brasileirizados” da Splice, como Ratoeira (versão de Pac-Man) ou Monkey Dong (Donkey Kong), exigiam um investimento complicado.

Era tecnologia de ponta, mas vendida para um público que ainda mal tinha se adaptado ao mundo dos pixels em duas cores.

A Splice apostou em divulgação nas feiras de tecnologia e nas páginas de revistas como Micro & Vídeo e Video Magia.

Mas o marketing tinha um alcance limitado. Comerciais na televisão, como faziam gigantes como a Philips e Gradiente, estavam fora de cogitação. Custo alto, retorno incerto.

Continue depois da publicidade

E sem esse tipo de publicidade em massa, o Splicevision acabou restrito a um nicho: filhos de engenheiros, colecionadores precoces, técnicos curiosos.

Em pouco tempo, a realidade se impôs: o console não decolou. Vendeu pouco. Produziu pouco impacto. E, silenciosamente, começou a se perder nas sombras do mercado.

A maior ironia? O Splicevision era, sim, tecnologicamente avançado.

Mas avançado demais para um país que ainda aprendia a brincar com o básico.

Continue depois da publicidade

Num cenário onde o que mais vendia era clone de Atari, trazer um clone de ColecoVision foi como plantar uma orquídea no deserto. Bela, mas destinada a murchar. Entende?

Problemas de Lançamento

O Infeliz fracasso do Splicevision não foi apenas questão de preço ou nicho. Havia também falhas práticas, concretas, que minaram as chances do console antes mesmo de completar seu primeiro ano nas prateleiras.

Algumas unidades apresentavam defeitos de fábrica logo após o lançamento. Outras, que funcionavam bem no início, passaram a apresentar problemas com o tempo — especialmente nos controles.

Os joysticks, projetados pela própria Splice, usavam componentes mais frágeis do que os padrões da indústria.

Continue depois da publicidade

Eram leves, desconfortáveis e propensos a quebras nas alavancas e botões.

Controle Splicevision

Enquanto o ColecoVision original já sofria críticas por seus controles duros e pouco ergonômicos, o Splicevision conseguiu piorar a experiência.

Isso, num cenário em que assistência técnica especializada era praticamente inexistente, tornava o problema uma sentença de morte: se o controle quebrasse, dificilmente seria substituído.

Além disso, a falta de compatibilidade com os periféricos originais do ColecoVision era um fardo.

Continue depois da publicidade

Muitos jogos foram desenhados pensando em controles especiais, com mais botões ou entradas analógicas — algo impossível de reproduzir no Splicevision, mesmo que o jogo em si funcionasse.

O próprio acabamento do console transmitia uma sensação de improviso.

A carcaça branca lembrava gabinetes de projeto eletrônico caseiro, daqueles vendidos por quilo em lojas de componentes.

Havia uma clara distância entre a ambição do produto e sua execução final. Uma obvia falta de experiência e know-how técnico que poderia se corrigir com futuras gerações.

Continue depois da publicidade

Mas o Brasil nunca pegou leve com as empresas.

A Splice insistiu por um tempo. Participou de eventos, expôs o console em feiras, tentou divulgar seu videogame para além das páginas técnicas.

Mas sem penetração no grande varejo, sem publicidade de massa, e com defeitos acumulando nas mãos dos poucos compradores, o Splicevision foi escorregando para a irrelevância.

Entre 1984 e 1985, o projeto foi gradualmente encerrado. As unidades restantes — ironicamente — viraram brindes.

Continue depois da publicidade

Sim, clientes da divisão de telefonia da Splice começaram a receber o console como parte de pacotes promocionais.

O videogame que prometia ser uma revolução acabou se tornando um brinde corporativo, quase um souvenir de um sonho não realizado.

A produção cessou discretamente. Não houve nota de despedida. Não houve queima de estoque pública. O Splicevision simplesmente… sumiu.


Splicevision entre os Colecionadores

A ironia da história do Splicevision é que, para um console que nasceu com pretensões de elite — mais potente que o Atari, mais avançado que o Mattel Intellivision — ele terminou seus dias como brinde corporativo.

Continue depois da publicidade

Quando ficou claro que o videogame não emplacaria comercialmente, a Splice do Brasil decidiu esvaziar os estoques da maneira mais prática (e melancólica) possível: presenteando clientes de sua divisão de telefonia com consoles encalhados.

Para alguns, era um prêmio inesperado. Para outros, um presente inútil: um console com poucos jogos disponíveis, sem reposição de peças e sem nenhum suporte técnico.

Muitos desses Splicevisions foram simplesmente esquecidos no fundo de armários, doados, ou jogados fora. Uma morte silenciosa para um projeto ousado demais para seu tempo.

Mas o tempo, esse arqueólogo implacável, tem o hábito de ressuscitar o que parecia perdido.

Continue depois da publicidade

E assim, décadas depois, o Splicevision passou a despertar a atenção de colecionadores e historiadores de videogames.

O que antes era apenas um clone esquecido virou relíquia.

Poucas unidades sobreviveram — e menos ainda em bom estado. Hoje, encontrar um Splicevision funcional é como descobrir um fóssil eletrônico: algo que revela não só os circuitos de uma máquina, mas os traços de uma época.

Sites como o VGDB (Video Game Data Base) passaram a registrar informações detalhadas sobre o console.

Continue depois da publicidade

Diagramas técnicos antigos, como o famoso esquema elétrico assinado por “Josafá”, surgiram digitalizados em fóruns especializados.

Esquema Eletrico do SpliceVision Desenhado por Josafa em 08/05/1984
Esquema Eletrico do SpliceVision Desenhado por Josafa em 08/05/1984

Vídeos no YouTube fizeram reportagens sobre sua história, mostraram cartuchos como Ratoeira, Aventura e Jaxxon, e ajudaram a espalhar o mito.

Para quem viveu aquela época, o Splicevision é um lembrete de uma infância alternativa, escondida entre clones de Atari e fitas cassete.

Para quem o descobre hoje, é uma cápsula do tempo — um fragmento legítimo da engenharia brasileira, nascido entre a ousadia técnica e a improvisação cultural.

Continue depois da publicidade

O Brasil Teve Seu Próprio ColecoVision

O Splicevision nunca foi um sucesso. Nunca teve propaganda na televisão, nunca figurou entre os favoritos das revistas de videogame.

BIOS do Splicevision
BIOS do Splicevision

Seus cartuchos tinham nomes estranhos, seus controles quebravam fácil, e até seu visual parecia improvisado. Mas ainda assim, ele existiu.

Em meio a clones de Atari e estratégias de sobrevivência industrial, um pequeno console nascido no interior de São Paulo tentou algo grande: trazer para o Brasil, com tecnologia nacional, o que havia de mais parrudo no mundo dos games.

E fracassou…

Continue depois da publicidade

Mas o fracasso, nesse caso, não é fim. É memória. O Splicevision virou um símbolo do que poderia ter sido, uma peça de museu que hoje conta uma história mais valiosa do que qualquer gráfico 3D ou engine de nova geração.

Ele representa uma era de invenção, risco e improviso. Uma época em que fazer videogame no Brasil era um ato de coragem — quase rebeldia.

Hoje, ele vive nas mãos de poucos. Em fóruns obscuros, coleções pessoais e museus de eletrônicos. E em artigos como este, onde tentamos — ao menos por um instante — soprar a poeira sobre uma máquina esquecida e lembrar:

O Brasil não teve o próprio ColecoVision, mas teve seu Splicevision. E se tem gente que lembra disso e se reúne em evento de colecionador, é porque não é pouca coisa. SpliceVision Vive!

Obrigado por nos ler até aqui! Dúvidas ou sugestões, aqui embaixo nos comentários. Até a próxima!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Nós usamos cookies e outras tecnologias, conforme nossa Política de Privacidade, para você ter a melhor experiência ao usar o nosso site. Ao continuar navegando, você concorda com essas condições.