O segundo filme da franquia independente, Terrifier acabou sendo uma das grandes polêmicas do ano. Afinal, a produção de terror chegou aos cinemas norte-americanos dia 6 de outubro e deu o que falar. Ou seja, através de cenas explicitas, extremamente violentas, mortes e muito sangue. O longa-metragem fez o público passar mal durante a sua exibição. Entre os sintomas, as pessoas sentiram enjoo, vomito e até mesmo desmaiaram dentro do local. Além disso, alguns tiveram que ser até mesmo atendidos por unidades médicas na sala de cinema.
Alguns especialistas indicam que tal situação pode acontecer por diversos motivos. Ou seja, existem determinadas cenas que podem despertar grandes emoções, ou até mesmo sustos traumatizantes que pega você de surpresa. Exatamente, tudo que Terrifier trouxe com a história do palhaço assassino, que acaba por se tornar uma lenda urbana, após um massacre durante o Halloween.
Desse modo, a produção conta com a direção de Damien Leone (All Hallow’s Eve) em uma mistura de subgêneros como slasher, que se caracteriza pelo vilão ser um sociopata. Enquanto isso, o seu outro gênero é splatter, ou seja, trama com exposição explícita de sangue e violência.
Até o presente momento, os fãs do gênero no Brasil vão ter que esperar mais, pois não há previsão de quando Terrifier 2 deve chegar no país. Contudo, por se tratar de uma obra independente, o primeiro filme pode ser visto no YouTube e iTunes através de aluguel do título.
Por fim, pegando onda no que aconteceu neste caso em específico e preparamos uma lista com alguns filmes que também causaram reações parecidas, ou até mesmo mais intensas que Terrifier 2. Ou seja, aqui, você vai ver, alguns dos filmes de terror, que fizeram o público passar mal na sala de cinema. Mas vê se vai com calma hein, ninguém aqui quer ver ninguém doente.
5 – Psicose (1960)
Parece que toda essa situação de pessoas passarem mal nos cinemas não começou de hoje. Afinal, ainda há mais de 60 anos atrás, ia ao ar Psicose, clássico do diretor Alfred Hitchcock (Os Pássaros). Na época, o longa-metragem chocou os espectadores, com a morte da protagonista em apenas 30 minutos de filme.
Na época, alguns jornais relataram que a cena do banheiro, onde Marion Crane é esfaqueada até a morte gerou tanto desconforto que algumas pessoas passaram mal. Algumas delas desmaiaram enquanto outras tiveram que sair correndo das salas. Ainda há quem diga que ficou algum tempo sem tomar banho, devido ao trauma, mas até ai, nada confirmado.
Por sua vez, Psicose é um filme do gênero terror psicológico do ano de 1960, com a direção e produção de Hitchcock, com base no roteiro de Joseph Stefano (The Making of Psycho), que também se baseou no romance do mesmo nome de Robert Bloch. Por fim, o romance também é vagamente inspirado no caso de assassino de Wisconsin e o ladrão de túmulos Ed Gein.
Enquanto isso, o elenco conta com a presença de Anthony Perkins (O Despertar Amargo), Janet Leigh (O Nevoeiro), Vera Miles (O Homem Errado), John Gavin (Tempo para Amar e Tempo para Morrer) e Martin Balsam (O Sequestro do Metrô). Naquele ano, a produção recebeu quatro indicações ao Oscar, entre elas, de Melhor Atriz Coadjuvante para Leigh e Melhor Diretor para Hitchcock. Sendo considerado por muitos e até hoje, o melhor filme do diretor e seu trabalho mais famoso.
Apesar do baixo orçamento, e do tema controverso, naquele tempo a produção recebeu críticas mistas. Contudo, o tema fez com que o público fosse em massa ao cinema. Posteriormente, foi reavaliado pelos críticos e estudiosos de direção, conquistando muitos elogios. Os elogios se dão ao trabalho de câmera, atmosfera intensa e ótimas performances. Por fim, considerado um dos melhores filmes de terror de todos os tempos, e um marco do gênero em si.
Além disso, no Rotten Tomatoes, sua taxa de aprovação é de 96%, ou seja, ótima. Hitchcock morreu em 1980, e após isso, a Universal Pictures desenvolveu três sequencias, um remake, um spin-off e uma série para televisão.
Por fim, a trama acompanha Marion Crane, uma mulher que roubou US$ 40 mil dólares, para tentar mudar sua vida. A fim de escapar da polícia, ela passa a se hospedar no Bates Motel, onde conhece o proprietário do local, Norman Bates. Contudo, na mesma noite, Crane é brutalmente assassinada enquanto tomava banho. Assim, um investigador particular, a irmã e o amante de Marion começam a tentar desvendar o assassinato.
Assista “Psicose” no GloboPlay →
4 – O Exorcista (1973)
Outro clássico do terror foi um dos casos mais conhecidos por provocar desmaios nos cinemas, assim como Terrifier. Afinal, o ano era 1973, para quem acompanhou o caso na época, ficou sabendo do rebuliço, que diga-se de passagem, é conhecido até hoje. Durante as primeiras exibições do longa-metragem, algumas pessoas vomitaram, gritaram, choraram e até mesmo desmaiaram durante o filme.
O dono de uma rede de cinemas na cidade de Toronto, disse que teve que limpar o banheiro várias vezes naqueles dias, devido ao entupimento dos vasos. Mais que isso, existem até mesmo rumores de mulheres que sofreram aborto espontâneo e pessoas que tiveram ataques cardíacos. Mas convenhamos, embora os efeitos estejam meio ultrapassados para 2022, o longa-metragem ainda segue aterrorizante.
Logo, O Exorcista é uma produção do gênero terror sobrenatural, sob direção de William Friedkin (Killer Joe), baseado no roteiro de William Peter Blatty, também responsável pelo romance de 1971. Na época, o livro foi um best-seller, e queriam muito fazer uma adaptação para os cinemas. Contudo, o orçamento era baixo e a produção não conseguia escalar atores famosos.
Mas esse empecilho, se tornou um grande trufo, afinal, apesar da Warner Brothers, contestar a escolha, o elenco formado por Ellen Burstyn (A Incrível História de Adaline), Max von Sydow (Minority Report), Lee J. Cobb (O Homem do Oeste), Kitty Winn (O Golpe de Sorte), Jack MacGowran (A Dança dos Vampiros), Jason Miller (Vengeance) e Linda Blair (Sweet Hostage), fizeram o sucesso da trama acontecer.
Com muitas controvérsias, entre contestações devido ao filme misturar religião e terror, a produção estreou com críticas mistas. Contudo, há quem diga que o público fez fila para assistir ao longa, que teve ingressos esgotados imediatamente. Assim, com um orçamento de US$ 12 milhões de dólares O Exorcista conseguiu incríveis $ 441,3 milhões de lucro, em um dos maiores filmes do estúdio.
Contudo, algumas polêmicas giram em torno da trama, afinal, um jornal psiquiátrico afirmou que a produção causava “neurose cinematográfica. Além do mais, naquele tempo não havia restrições, e crianças podiam assistir ao filme livremente.
Enquanto isso, existe também a teoria que o set de filmagens foi amaldiçoado, um incêndio o destruiu quase por completo. Além disso, alguns membros da equipe e elenco morreram, ou sofreram lesões permanentes. Há quem diga que não era nada fácil trabalhar com a produção, que até mesmo agredia alguns funcionários para dar o melhor de si.
Mas por fim, O Exorcista marcou uma era, ao ser o primeiro filme de terror a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme. Além disso, recebeu outras nove indicações, que incluem Melhor Roteiro Adaptado e mais. Desse modo, sua sequência, foi até o ano de 2017, durante a chegada de It: A Coisa o filme para maiores de idade de maior bilheteria da história.
Por vezes, a produção também é citada como uma das grandes obras da história, e um dos filmes favoritos de todos os tempos. No Rotten Tomatoes, sua aprovação é de 83% com elogios aos efeitos especiais, em uma das obras mais assustadoras dos últimos 100 anos.
Por fim, trama acompanha os acontecimentos da cidade de Georgetown, Washington, onde uma mãe e sua filha se mudam para uma nova casa. A mãe é uma atriz famosa, e passa boa parte do dia fora, e com o passar dos dias, vê que a menina começar a ter um comportamento estranho. Assustada com o fato, ela a leva ao psiquiatra, depois disso a um padre, que afirma que a garota está possuída por um demônio. Logo, um sacerdote, especialista em exorcismo, começa a combater o demônio, ao tentar livrar a menina da possessão.
Assista “O Exorcista” no HBO Max →
3 – A Bruxa de Blair (1999)
A Bruxa de Blair é um dos primeiros filmes do gênero found footage, que se destaca por seu estilo de filmagem, que aposta na ideia de supostas gravações amadoras. Então, quando foi ao ar nos cinemas, o marketing levou a crer que o filme se tratava de uma história real. Assim, ao retratar um espécie de filmagem amadora, onde a câmera está constante balançando, e a imagem sai tremida, isso em si já é um problema. Afinal, a experiência de um falso documento, incluiu movimentos bruscos, com a câmera em perspectiva de primeira pessoa.
Desse modo, muitas pessoas que viram ao filme, tiveram náuseas, tontura, vômito e certo incomodo. Além disso, ao também se tratar de uma obra de terror, a ansiedade batia forte, o que fez os expectadores se sentirem ainda piores. Por fim, como tudo era mais moderno e responsável, alguns cinemas exibiram um alerta antes da exibição do filme.
Enquanto isso, A Bruxa de Blair é um filme de 1999, do gênero terror sobrenatural com direção dupla de Daniel Myrick (The Woods Movie) e Eduardo Sánchez (Eles Existem). O desenvolvimento da trama começou ainda em 1993, por estudantes de cinema na Florida. Logo, os dois diretores decidiram por um filme, que juntasse estilos que eles acreditavam ser assustadores, com base em alguns documentários de terror.
Por sua vez, as filmagens começaram em 1997, após um longo período de pré-produção, e um grande roteiro final. Tudo isso, em um período de oito dias na em Maryland, onde Neal Fredericks (Abominável(, diretor de fotografia supervisionou o acontecimento. O elenco por si só, eram amadores, e alguns não sabiam ao menos segurar uma câmera, o que contribui para experiência
Um detalhe bem macabro era que os dentes encontrados pelos personagens do longa eram restos humanos verdadeiros, obtidos por um dentista. Enquanto isso, os personagens não tinham nome, e foram tratados pelos nomes reais, no caso, Heather Donahue (Cadáveres 2) , Michael C. Williams (Força Especial) e Joshua Leonard (Se Eu Ficar).
Contra um orçamento de apenas US $ 200,000, A Bruxa de Blair conseguiu o feito de arrecadar US $ 250 milhões em todo o mundo. Logo, se tornando um dos filmes independentes mais lucrativos de todos os tempos. Além disso, teve derivados, que incluem sequências, romances, histórias em quadrinhos e até videogames. Por fim, também deu origem ao gênero que mais tarde, ficaria marcado em filmes de sucesso como Atividade Paranormal e Cloverfield.
Sua estreia ocorreu durante o Festival de Cinema de Sundance, com os críticos dando notas positivas ao longa. Contudo, durante as primeiras exibições, a opinião publica foi um tanto quanto dividida. No Rotten Tomatoes, a produção teve aprovação de 86%, sendo considerado um marco na história do cinema. Também recebeu prêmios durante o Golden Trailer Awards e o Independent Spirit Awards.
A trama companha a história de três estudantes de cinema, que caminham por Black Hills no estado de Maryland durante o ano de 1994. Afinal, o intuito deles é fazer um documentário sobre a lenda local nomeada de Bruxa de Blair. Contudo, os três estudantes desaparecem, e após um ano, os equipamentos de filmagens, como rolos de filmes e fitas é encontrado no local. E assim, são as imagens registradas pelo trio, que o público realmente assiste.
Assista “A Bruxa de Blair” no HBO Max →
2 – Jogos Mortais III (2006)
A franquia Jogos Mortais é uma das mais famosas e populares do gênero de terror. Afinal, a produção se caracteriza por cenas de mutilação, sangue e muito desconforto. Não é à toa, que durante o terceiro longa-metragem, em apenas um dia, três ambulâncias tiveram que atender pedidos de emergência nos cinemas. Ao que tudo indica, algumas pessoas desmaiaram em decorrências das cenas fortes. Por fim, um porta-voz do serviço de emergência no Reino Unido chegou até mesmo fazer um pedido, que as pessoas que fossem sucessíveis a passar mal, não fossem ver o filme.
Além disso, a franquia que é famosa pelas cenas chocantes, entregou suas melhores cenas durante o terceiro filme. Durante o seu lançamento, além dos desmaios, muitas pessoas se retiraram das salas de cinema, por não conseguirem ver a produção até o último minuto. Muito parecido, com o que ocorreu em Terrifier 2, este ano.
Desse modo, Jogos Mortais III conta com direção de Darren Lynn Bousman (Spiral: From the Book of Saw), com base no roteiro de Whannell e James Wan (Invocação do Mal), seu lançamento foi em 2006. Parecido com seu sucessor, a continuação teve sua confirmação durante a estreia do segundo filme. Logo, as filmagens começaram em Toronto, no meio do ano, com objetivo de ser o filme mais emocional da trilogia.
O elenco conta com a presença de Tobin Bell (A Última Chamada), Shawnee Smith (Becker), Angus Macfadyen (Spartacus), Bahar Soomekh (Missão Impossível 3), Dina Meyer (A Última Chance) e Mpho Koaho (Dirk Gently).
Enquanto isso, o orçamento de US$ 10 milhões, da produção da Lionsgate, conseguiu arrecadar $164.9 de dólares pelo mundo. Até hoje, é a maior bilheteria da franquia internacionalmente, considerando se um filme para maiores de idade, diferente dos anteriores. Logo, também estreou em primeiro lugar em 3.167 cinemas no país de origem e em quinto internacionalmente.
Por fim, a produção recebeu críticas mistas, e até mesmo negativas dos críticos, com apenas 28% de aprovação no Rotten Tomatoes. Alguns especialistas, acreditavam que as cenas de flashback atrapalharam o desenvolvimento do filme. Além disso, o enredo teve críticas severas, como o exagero de sangue. Contudo, Bell recebeu indicações durante o MTV Movie Awards na categoria Melhor Vilão. Além do mais, também garantiu indicação de Melhor Filme de Terror durante o Saturn Awards.
Dessa vez, a produção acompanha Jeff Denlon, um homem cujo filho morreu durante um acidente causado por um motorista bêbado. Ele está nas mãos de Jigsaw, que agora conta com Amanda, sua atual assistente após participar duas vezes dos jogos mortais, enquanto John Kramer (Jigsaw) está acamado nos estágios finais do seu câncer. Assim, Amanda tem como seu alvo Lynn Denlon, esposa de Jeff, e a leva para a casa abandonada para cuidar de Jigsaw. Afinal, Lynn precisa cuidar do assassino, antes que seu marido morra neste jogo mortal.
Assista “Jogos Mortais III” no HBO Max →
1 – Grave (2016)
Grave foi uma das produções mais comentadas durante seu lançamento no Festival de Toronto. Afinal durante a sua exibição, várias pessoas passaram muito mal, vomitando e até mesmo desmaiando durante o filme. Por fim, os paramédicos tiveram que ser acionados ao local, para socorrer o público assim como Terrifier 2. Ryan Werner, encarregado do marketing da obra, teve que fazer um pronunciamento ao jornal The Guardian sobre os acontecimentos.
As cenas do longa-metragem, são extremamente nojentas, trazendo dilaceração explicita, membros mutilados e muito sangue. Por sua vez, a direção é de aclamada cineasta francesa Julia Ducournau (Titane), que também fez o roteiro. Enquanto isso, o elenco é composto por Garance Marillier (Os Segredos de Madame Claude), Ella Rumpf (Tokyo Vice) e Rabah Nait Oufella (@Arthur.Rambo – Ódio nas redes).
A produção de 2016 também também teve sua exibição na ala internacional do Festival de Cinema de Cannes, ganhando imediatamente o Prêmio FIPRESCI. Além disso, recebeu outras honras em festivais na Europa, durante o Cinema de Sitges, Gérardmer e o de Paris.
Somente um ano depois, teve lançamento limitado aos Estados Unidos, pela Focus World. Se torando uma produção aclamada pela crítica. Afinal, a maioria dos elogios se deram a direção e roteiro de Ducournau. Além disso, alguns críticos disseram que Grave foi um filme de terror muito elegante, mas ao mesmo tempo perturbador e sangrento. No Rotten Tomatoes, sua aprovação é de 93%, enquanto conquistou 81 pontos entre 100 no Metacritic, atingindo o marco de aclamação universal.
Por fim, a trama acompanha Justine, uma jovem tímida e vegetariana. Ela começa a estudar o curso de veterinária, na mesma faculdade que sua irmã Alexia frequenta, se tornando caloura. Contudo, a jovem passa a sofrer bullying, e durante o trote admissão é forçada a comer carne animal pela primeira vez em sua vida. A partir desse momento, a garota muda por completo, e passa a cometer diversas atrocidades. Por fim, descobrimos que a família escondia um segredo, que era melhor ter sido guardado para sempre.
