Trilhas Sonoras Videogame Music- Imagem make use of
Videogame Music- Imagem make use of

A música sempre teve um papel importantíssimo na forma como experimentamos diferentes mídias. Desde teatro, filmes até séries de TV, a arte de contas histórias se apoia nas trilhas sonoras e ganha ainda mais brilha na imaginação dos expectadores.

Se recapitularmos os últimos 50 anos, percebemos que as trilhas sonoras de videogames passaram por uma transformação colossal. O que começou com “bipes e blips” rudimentares se transformou em paisagens sonoras orquestradas, que hoje não apenas acompanham, mas também enriquecem as narrativas dos jogos.

Ao explorar essa evolução, desde as primeiras empreitadas nos videogames dos anos 1970 até as produções altamente sofisticadas de hoje, quero trazer à tona um pouco dos bastidores e examinar como a música veio contribuindo cada vez mais para as propostas dos jogos.

Me acompanhe e, ao final, teremos uma compreensão mais profunda de como as trilhas sonoras moldaram e continuam a influenciar a nossa experiência enquanto jogadores.

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O Início das Trilhas Sonoras nos Videogames (Anos 1970 e 80)

Pergunte a qualquer fã de videogames retrô sobre as trilhas sonoras dos anos 1970 e 80, e você vai ter uma resposta surpreendente, algo que parece quase mágico: as trilhas sonoras daquela época, embora simples, têm o poder de despertar a nostalgia e a paixão em muita gente.

Em uma era marcada por limitações tecnológicas significativas, onde tudo era novidade, se inicia a história das trilhas sonoras nos videogames.

Nos primórdios, as capacidades sonoras eram extremamente restritas, resultando em trilhas sonoras simples (e repetitivas). No entanto, mesmo com essas limitações, os desenvolvedores conseguiram criar experiências memoráveis que ressoam até hoje para quem viveu naquela época.

Nos anos 70, a tecnologia dos videogames estava engatinhando e a parte sonora não seria uma prioridade. Os primeiros jogos eletrônicos, como Pong (1972), não tinham, se quer, músicas ou efeitos sonoros elaborados.

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Pong, por exemplo, era limitado a um som de “bip” cada vez que a bola virtual batia nas paredes ou nas “raquetes” controladas pelos jogadores. A razão para essa simplicidade sonora era a falta de capacidade de armazenamento e processamento nos sistemas da época.

Aliás, a maioria dos sistemas de arcade e dos primeiros consoles domésticos, como o Atari 2600, usavam microprocessadores rudimentares e tinham capacidades de memória extremamente limitadas.

A produção sonora era, portanto, bem básica composta pelas chamadas “ondas quadradas” e “triangulares” geradas por chips de som integrados nos circuitos dos jogos. Em termos simples, era barulho elétrico.

Esses sons eram gerados eletronicamente em tempo real, sem a possibilidade de pré-gravar músicas complexas ou efeitos sonoros como hoje.

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Diante dessas limitações, alguns desenvolvedores começaram a explorar maneiras criativas de usar esses sons disponíveis. Ao invés de músicas complexas, os jogos dos anos 1970 e 80 utilizavam sons simples e repetitivos para criar um tipo de feedback sonoro, que embora rudimentar, parecia capaz de engajar mais os jogadores e melhorar a experiência do jogo de uma forma geral.

Um exemplo clássico é Space Invaders (1978). Desenvolvido por Tomohiro Nishikado, este jogo de tiro espacial tinha uma trilha sonora extremamente minimalista composta por uma série de quatro notas que se repetiam incessantemente e aceleravam à medida que você progredia no jogo.

Inclusive, esse aumento na velocidade da música criava uma tensão crescente, contribuindo para a experiência de jogo ao passo que ia deixando você mais ansioso e focado.

No caso de Space Invaders, Tomohiro Nishikado usou um sintetizador analógico para criar os sons característicos do jogo. Ele ajustou manualmente os osciladores para produzir as notas desejadas, que então foram programadas diretamente no hardware do jogo.

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Outro exemplo icônico é o Pac-Man (1980). Criado por Toru Iwatani, Pac-Man foi um dos primeiros jogos a usar “músicas” distintas para diferentes partes do jogo.

Embora a música principal do Pac-Man seja uma melodia curta e repetitiva, é imediatamente reconhecível e contribuía consideravelmente para a identidade do jogo. Além disso, este jogo incorporava efeitos sonoros específicos para ações como comer pellets e fantasmas, e isso ajudava a criar um feedback auditivo claro e satisfatório para quem estivesse jogando.

A música do Pac-Man foi composta por Toshio Kai, que usou um sequenciador digital para criar as melodias e efeitos sonoros, que foram então codificados no jogo pelo time de desenvolvimento.

Trilhas sonoras Sequenciador Korg_SQ-10 - Imagem Spantax Wikipedia
Sequenciador Korg_SQ-10 – Imagem Spantax Wikipedia

Além do Space Invaders e do Pac-Man, muitos outros jogos dessa época marcaram a história com suas trilhas sonoras, mesmo que simples. Donkey Kong (1981), por exemplo, apresentava uma música de fundo que se repetia continuamente, mas que se tornava uma parte integral da experiência do jogo.

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A música servia para definir o ritmo e a tensão enquanto você tentava salvar Pauline das garras do Donkey Kong.

Durante os anos 70 e 80, a criação de trilhas sonoras para videogames era um processo altamente técnico e desafiador. Com os recursos limitados, os desenvolvedores/compositores tinham que ser incrivelmente criativos para superar as restrições.

Os primeiros consoles e máquinas de arcade utilizavam chips de som específicos para gerar a música e os efeitos sonoros. O Atari 2600, por exemplo, usava o chip TIA (Television Interface Adapter), que podia produzir dois sons simultâneos (2 canais) usando ondas quadradas básicas. Devido à memória limitada, os desenvolvedores precisavam codificar as músicas diretamente no código do jogo, uma tarefa que exigia um profundo conhecimento de programação e teoria musical.

O tempo passou, o mercado de videogames se recuperou do “crash” que sofreu no início de 1983 e esse recomeço precisou de algo que realmente atraísse e reconquistasse o interesse dos consumidores. Não havia, portanto, espaço para consoles e sistemas genéricos que parecessem protótipos.

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O mercado só estaria aberto a produtos inovadores e de alta qualidade, e a Nintendo pegou essa visão ao conceber o Nintendo Entertainment System.

O NES (também conhecido como “Nintendinho”), lançado em 1983, utilizava o Ricoh 2A03, um chip de som mais avançado que podia produzir até cinco canais de som simultâneos. Esses canais incluíam duas ondas quadradas, uma onda triangular, um canal de ruído e um canal de amostragem digital rudimentar. Isso permitia aos compositores criar músicas mais complexas e variadas, mas ainda dentro de limitações estritas, evidentemente.

A composição de música para videogames nesta época muitas vezes envolvia a criação de partituras usando programas de software especializados ou até mesmo papel milimetrado para sequenciamento.

Os compositores precisavam traduzir suas ideias musicais em uma forma que os chips de som pudessem interpretar. Muitas vezes, isso significava trabalhar em estreita colaboração com os programadores para otimizar o uso da memória e garantir que a música pudesse ser reproduzida corretamente pelos chips de som. Aliás, nesse período, além de músico, o cara precisava ser programador para trabalhar com isso.

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Super Mario Bros. (1985), lançado na segunda metade da década de 80 merece destaque. A música tema composta por Koji Kondo tornou-se uma das mais icônicas da história dos videogames. Mesmo com as limitações técnicas do Nintendinho, Kondo fez seu nome, conseguindo criar uma trilha sonora memorável que ajudava a definir a personalidade e o tom alegre do jogo.

Mesmo com as limitações tecnológicas, a introdução das trilhas sonoras dos anos 80 desempenharam um papel crucial na nossa experiência como jogador. Os sons simples, embora rudimentares pelos padrões de hoje, criaram um ambiente imersivo capazes de desenvolver um certo vínculo emocional.

A música e os efeitos sonoros inicialmente ajudavam a dar o feedback ao jogador, sinalizando eventos importantes e criando uma atmosfera única para cada jogo. Essas primeiras trilhas sonoras estabeleceram as bases para a importância de música nos videogames.

Elas mostraram que, mesmo com recursos limitados, as trilhas sonoras podiam aumentar a tensão, criar identidade e tornar a experiência de jogo mais memorável, capaz de criar vínculo emocional profundo. Algo que, sem dúvida, era o que a indústria dos videogames precisava naquele momento para voltar com tudo.

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Mais do que isso, devo dizer; esse impacto inicial pavimentou o caminho para as evoluções futuras, onde as trilhas sonoras se tornariam cada vez mais complexas e sofisticadas, elevando os videogames a um novo patamar de expressão artística.

Dos bipes às Trilhas Sonoras complexas (Anos 90)

Nos anos 90, a tecnologia de áudio deu um salto absurdo, permitindo trilhas sonoras mais complexas e imersivas nos videogames. Esse avanço foi impulsionado pela introdução de novos consoles e computadores pessoais mais potentes, que traziam melhorias na capacidade de processamento e armazenamento dos dados.

Durante esta década maravilhosa, as trilhas sonoras começaram a se afastar dos sons simples e repetitivos, adotando uma abordagem mais sofisticada, principalmente com o uso de música MIDI e a chegada dos consoles de 32 bits.

Mas, um pouco antes disso, com os consoles de 16 bits, como o Super Nintendo Entertainment System (SNES) e o Sega Genesis (Mega Drive), as capacidades sonoras dos videogames já aumentar drasticamente.

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E agora, a profissão de compositor musical se desprendia da programação básica, abrindo espaço para um profissional especializado para composição das trilhas sonoras nos videogames.

Os novos consoles eram capazes de produzir uma gama muito maior de sons e permitiam que os desenvolvedores incorporassem trilhas sonoras mais ricas e detalhadas em seus jogos. Esse período foi marcado pela disputa de mercado muito acirrada entre Sega e Nintendo.

O Mega Drive (Genesis) da Sega utilizava um chip de som Yamaha YM2612, que permitia a síntese FM (Modulação de Frequência) e PCM (Modulação por Código de Pulso), oferecendo até 6 canais de áudio simultâneos.

Este chip era capaz de gerar sons complexos e polifônicos, adequados para músicas dinâmicas e efeitos sonoros detalhados. Entretanto, os compositores de trilha sonora ainda tinham que programar diretamente os sons e efeitos usando as capacidades de síntese do YM2612.

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Além do YM2612, o console da Sega também tinha um chip de som adicional, o SN76489 PSG (Programmable Sound Generator), que fornecia 4 canais de áudio adicionais. Este chip era usado principalmente para efeitos sonoros e músicas simples, complementando as capacidades mais avançadas do YM2612.

Os compositores geralmente usavam linguagens de programação específicas, como assembly, para programar diretamente os padrões musicais e efeitos sonoros no hardware do Mega Drive, aproveitando ao máximo as capacidades de síntese e polifonia do YM2612 para criar trilhas sonoras imersivas e dinâmicas.

E isso, se traduzia em trilha sonoras completas, com camadas e camadas de efeitos sonoros, tornando a “guerra dos consoles” muito mais interessante.

Sonic the Hedgehog (1991) para o Sega Genesis se destacou por sua trilha sonora marcante. Composta por Masato Nakamura, a música de Sonic aproveitava bem as capacidades sonoras do Genesis/Mega Drive para criar temas vibrantes e dinâmicos que complementavam perfeitamente a ação rápida do jogo.

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O Super Nintendo, por outro lado, saia na frente utilizando o poderoso chip de som Sony SPC700 desenvolvido pelo lendário Ken Kutaragi, que mais tarde se tornaria famoso por seu trabalho na criação do PlayStation.

Esse chip de áudio revolucionário permitia uma melhoria significativa na qualidade sonora dos jogos em comparação com as gerações anteriores de consoles, além de facilitar muito a vida dos programadores e compositores.

Super Mario World (1990), lançado para o SNES, é um exemplo perfeito de como a tecnologia avançada do chip de som SPC700 foi utilizada. A trilha sonora, composta por Koji Kondo, apresentou uma variedade de temas musicais que se adaptavam a diferentes ambientes dentro do jogo, criando uma experiência auditiva coesa e envolvente.

O SPC700 não só suportava a geração de sons sintetizados tradicionais, como também tinha a capacidade de reproduzir amostras de áudio digitalizadas. Isso significava que os compositores de trilha sonora podiam incorporar gravações de áudio “realistas” e complexas diretamente nos jogos, proporcionando uma experiência auditiva muito mais rica e imersiva.

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E além das capacidades avançadas de reprodução de áudio, o chip também oferecia recursos para síntese sonora em tempo real, permitindo aos desenvolvedores criar e manipular sons de maneira dinâmica durante a reprodução dos jogos. The Legend of Zelda: A Link to the Past (1991), também para o SNES, apresentou uma trilha sonora rica e atmosférica, composta por Koji Kondo.

A música de Zelda utilizou a capacidade do SNES de reproduzir amostras de som para criar um mundo sonoro envolvente que aprimorou significativamente a narrativa e a imersão do jogo.

Essa combinação de capacidades tornou o SNES conhecido por suas trilhas sonoras de alta qualidade, contribuindo significativamente para a evolução da música em videogames e estabelecendo um padrão elevado para os consoles que se seguiram.

Essas tecnologias possibilitaram a criação de trilhas sonoras que podiam imitar instrumentos de maneira mais convincente, oferecendo uma experiência auditiva muito mais polida e imersiva.

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Final Fantasy VI (1994), desenvolvido pela Square para o SNES, é amplamente reconhecido por sua trilha sonora épica, composta por Nobuo Uematsu.

Uematsu aproveitou ao máximo as capacidades do SPC700 para criar uma das trilhas sonoras mais memoráveis e emocionantes da história dos videogames, combinando temas orquestrais com influências de rock e eletrônica.

Processamento de Áudio Dedicado

O verdadeiro salto na qualidade das trilhas sonoras nos videogames veio com a introdução dos consoles de 32 bits, como o PlayStation da Sony, lançado em 1994. A principal inovação trazida por esses consoles, além dos bombásticos gráficos 3D, foi o uso de uma unidade de processamento de áudio (SPU) e também CDs como mídia de armazenamento, em vez dos tradicionais cartuchos.

Os CDs ofereciam uma capacidade de armazenamento muito maior, permitindo que os desenvolvedores incluíssem faixas musicais completas e de alta qualidade em seus jogos.

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Essas tecnologias revolucionaram a maneira como as trilhas sonoras eram produzidas e implementadas. Os compositores agora podiam gravar músicas orquestradas e faixas com qualidade de CD, proporcionando uma experiência auditiva muito mais rica e imersiva.

Além disso, a capacidade de armazenamento dos CDs permitia a inclusão de vozes, efeitos sonoros mais detalhados e músicas com maior complexidade. Afinal, a necessidade de programar sons diretamente no hardware era um problema que ficara no passado agora.

Unidade de Processamento de Áudio (SPU): O PS1 utilizava o processador de áudio Sony SPU (Sound Processing Unit), que era responsável pelo processamento e pela reprodução de áudio nos jogos. Este chip foi projetado para lidar com múltiplos canais de áudio em tempo real, oferecendo até 24 canais polifônicas para efeitos sonoros e trilhas musicais.

MIDI (Musical Instrument Digital Interface): O PlayStation suportava MIDI, permitindo que os desenvolvedores criassem trilhas sonoras dinâmicas e interativas através da síntese de instrumentos musicais virtuais. Isso proporcionava flexibilidade na composição musical e permitia que as músicas se adaptassem às ações do jogador dentro do jogo.

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O MIDI (Musical Instrument Digital Interface) era um padrão digital que permitia a comunicação entre instrumentos musicais eletrônicos, computadores e outros dispositivos musicais.

Ele transmite dados de eventos musicais como as notas, durações e outros parâmetros, mas não transmite áudio diretamente. MIDI é amplamente utilizado na produção musical, performance ao vivo, jogos e educação musical devido à sua capacidade de controlar e sincronizar instrumentos virtuais, sequenciadores e outros equipamentos de forma padronizada e flexível.

Em termos mais simples, o console recebe uma partitura detalhada e executa utilizando sua biblioteca ou sintetizador interno.

Faixas de Áudio em CD: Além da capacidade MIDI, muitos jogos do PS1 incluíam faixas de áudio digitalizadas diretamente nos discos CD-ROM. Essas faixas podiam ser reproduzidas durante as cenas de introdução, cutscenes ou como parte da trilha sonora do jogo, oferecendo uma qualidade de áudio bem superior em comparação com os consoles que dependiam apenas de tecnologia de síntese sonora.

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Para quem não sabe, os jogos que continham sua trilha sonora em Faixa de Áudio podiam ser reproduzidos em um aparelho mini-system como se fossem um CD de música comum.

Efeitos Sonoros Avançados: O SPU do PS1 suportava uma variedade de efeitos sonoros avançados, como reverb (reverberação), chorus (coro), delay (atraso) e outros efeitos de processamento de áudio em tempo real. Isso permitia aos desenvolvedores criar ambientes sonoros imersivos e realistas dentro dos jogos.

Compressão de Áudio: E, por fim, para otimizar o armazenamento de dados nos discos CD-ROM, o PS1 utilizava técnicas de compressão de áudio, como ADPCM (Adaptive Differential Pulse Code Modulation), para reduzir o tamanho dos arquivos de áudio sem comprometer significativamente a qualidade sonora.

Munidos com toda essa tecnologia, os compositores tinham um leque gigante de possibilidades para explorar o uso de trilhas sonoras. Neste período surgiu os efeitos dinâmicos e trilhas sonoras adaptativas que se moldavam as situações nas cenas.

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É importante trazer também que durante os anos 90, os computadores pessoais começaram a desempenhar um papel considerável na evolução das trilhas sonoras dos videogames.

A chegada das placas de som, como a Sound Blaster da Creative Labs, permitia que os PCs reproduzissem músicas e efeitos sonoros de alta qualidade. Isso levou a uma maior diversidade nas trilhas sonoras dos jogos de PC, que agora podiam competir em pé de igualdade com os consoles.

Vários jogos dos anos 90 são lembrados até hoje por suas trilhas sonoras icônicas, que se beneficiaram enormemente das melhorias tecnológicas da época.

Resident Evil (1996) para o PlayStation revolucionou as trilhas sonoras de jogos de terror. Composta por Makoto Tomozawa, Akari Kaida e Masami Ueda, a trilha sonora usava sons ambientais e temas tensos para criar uma atmosfera de suspense e medo, fundamental para a experiência de jogo.

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A música composta por sons em MIDI contribuía para a sensação de isolamento e perigo constante, tornando-se um elemento essencial para o impacto emocional do jogo.

Tomb Raider (1996), também para o PlayStation, apresentou uma trilha sonora composta por Nathan McCree, que misturava música orquestral com sons ambientais. As composições de McCree criaram uma atmosfera de exploração e mistério, acompanhando Lara Croft em suas aventuras arqueológicas.

A música de Tomb Raider ajudava a definir o tom do jogo, proporcionando uma experiência auditiva que se alinhava perfeitamente com a grandiosidade dos cenários explorados.

Castlevania: Symphony of the Night (1997) trouxe uma revolução na série Castlevania com sua trilha sonora composta por Michiru Yamane.

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Utilizando a capacidade de armazenamento de CDs do PlayStation, Yamane criou uma trilha sonora rica e diversificada, que incluía elementos de rock gótico, música clássica e eletrônica. A música não só complementava a ação do jogo, mas também ajudava a construir a atmosfera sombria e misteriosa do castelo de Drácula.

Syphon Filter (1999) é outro exemplo de como as trilhas sonoras começaram a se integrar mais profundamente com a narrativa dos jogos. Composta por Chuck Doud (que hoje é um dos maiores produtores da Sony/Playstation), a trilha sonora combinava elementos de música eletrônica e orquestral para criar uma atmosfera de tensão e ação, sustentando uma fantasia de superespião.

A música acompanhava perfeitamente o ritmo acelerado das missões de espionagem do jogo, aumentando a imersão do jogador na história de Gabe Logan.

Nos anos 90, a música nos videogames começou a desempenhar um papel mais ativo do que nunca na narrativa dos jogos. Muitos jogos começaram a incluir músicas licenciadas de artistas famosos em suas trilhas sonoras, criando uma experiência auditiva que ressoava com a cultura popular e ajudava a definir a identidade dos jogos.

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Um dos exemplos mais icônicos do uso de música licenciada até hoje, talvez seja a franquia de GTA.

O Crescimento das Trilhas Sonoras Orquestradas (Anos 2000)

Nos anos 2000, as trilhas sonoras dos videogames continuaram a evoluir de maneira impressionante, mas agora, mais do ponto de vista artístico do que tecnológico.

Essa década marcou a ascensão das trilhas sonoras orquestradas, a colaboração crescente com artistas e compositores renomados e a profissionalização da produção musical nos jogos.

A evolução da tecnologia dos consoles e computadores, juntamente com a crescente aceitação dos videogames como uma forma legítima de arte, fez com que as trilhas sonoras se tornassem mais sofisticadas e complexas.

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Com a chegada dos consoles de sexta geração, como o saudoso PlayStation 2, Xbox clássico e Nintendo GameCube, a capacidade de armazenamento e processamento continuou a crescer. Esses consoles eram capazes de reproduzir músicas de qualidade CD e até mesmo de gravações orquestradas, elevando a qualidade das trilhas sonoras dos jogos a novos patamares.

Final Fantasy X (2001), para o PlayStation 2, é um excelente exemplo dessa tendência. A trilha sonora, composta por Nobuo Uematsu, Masashi Hamauzu e Junya Nakano, apresentou uma combinação de música orquestrada e sintetizada que criou uma atmosfera emocional e épica.

Uematsu, em particular, é conhecido por sua habilidade em criar melodias memoráveis e emotivas que se tornaram sinônimos da série Final Fantasy. Para aqueles que acompanham seu trabalho, já perceberam que seu estilo é marcado por uma mistura de temas épicos, românticos e sombrios, sempre buscando evocar fortes emoções no jogador.

Halo: Combat Evolved (2001), desenvolvido pela Bungie e lançado para o Xbox, também né um marco na evolução das trilhas sonoras dos videogames.

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A música de Martin O’Donnell e Michael Salvatori utilizava uma mistura de coro, orquestra e instrumentos eletrônicos para criar uma trilha sonora dinâmica e envolvente, que se tornou icônica no mundo dos jogos.

O’Donnell é particularmente conhecido por suas composições que combinam elementos tradicionais e modernos, criando uma sensação de grandiosidade e imersão.

Need for Speed: Underground (2003), da Electronic Arts, também teve uma trilha sonora marcante que influenciou jogos até hoje. A trilha sonora incluía músicas de artistas de hip-hop, rock e eletrônica, como Lil Jon, Mystikal, e The Crystal Method.

A música ajudava a criar uma sensação de velocidade e adrenalina, complementando a ação de corrida noturna nas ruas urbanas, aproveitando a tendência gerada pelo filme Velozes e Furiosos.

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Colaborações com Artistas e Compositores Renomados

Nos anos 2000, a indústria dos videogames começou a atrair a atenção de artistas e compositores renomados, que viam nos jogos uma nova oportunidade para expressão artística. Essas colaborações resultaram em algumas das trilhas sonoras mais memoráveis da década.

The Elder Scrolls III: Morrowind (2002), para o Xbox e PC, teve sua trilha sonora composta por Jeremy Soule, um compositor conhecido por seu trabalho em trilhas de filmes.

A música de Morrowind é grandiosa e imersiva, capturando perfeitamente a sensação de exploração e aventura que o jogo oferece.

Soule é famoso por sua habilidade em criar atmosferas vastas e épicas, utilizando orquestrações ricas e detalhadas que se adaptam perfeitamente ao mundo aberto e explorável dos jogos The Elder Scrolls. Soule é, inclusive, considerado por muitos como “o John Williams dos videogames”.

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Não é para menos… Ele, que esteve envolvido nas trilhas sonoras de todos os jogos de Harry Potter, em diversas plataformas, foi capaz de criar temas originais que fizeram um paralelo merecido com os temas dos próprios filmes.

Além disso, ele é o compositor de uma das trilhas sonoras mais famosas do universo dos videogames: The Elder Scrolls – SKYRIM

Metal Gear Solid 2: Sons of Liberty (2001), para o PlayStation 2, contou com a contribuição de Harry Gregson-Williams, um compositor de trilhas sonoras de filmes de Hollywood. Sua música trouxe uma qualidade cinematográfica ao jogo, elevando a narrativa e a imersão. Gregson-Williams é conhecido por suas composições que mesclam música eletrônica com orquestrações tradicionais, criando trilhas sonoras que são ao mesmo tempo modernas e emotivas.

A crescente complexidade das trilhas sonoras nos videogames exigiu uma abordagem mais profissional à produção musical. As grandes empresas de jogos começaram a estabelecer departamentos de áudio dedicados e a contratar compositores e músicos em tempo integral. Essa profissionalização permitiu que as trilhas sonoras fossem desenvolvidas em paralelo com o jogo, garantindo uma integração mais harmoniosa entre música e gameplay.

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A geração do PlayStation 2, Xbox e GameCube trouxe avanços significativos na tecnologia de áudio dos consoles, que permitiram trilhas sonoras mais complexas e imersivas.

O PlayStation 2 utilizava o SPU2 (Sound Processing Unit), que suportava até 48 canais de som e a reprodução de áudio em 48 kHz. Essa unidade de processamento de som era capaz de gerar áudio tridimensional, proporcionando uma experiência de som mais envolvente.

Além disso, o PS2 tinha suporte para formatos de compressão de áudio como MP3, permitindo que os desenvolvedores incluíssem faixas de alta qualidade sem consumir tanto espaço de armazenamento.

Já o Xbox da Microsoft foi o primeiro console a incluir um disco rígido interno, que facilitou o armazenamento de grandes quantidades de dados de áudio. Ele também utilizava o chip de som NVIDIA MCPX, que suportava som surround Dolby Digital 5.1 em tempo real, uma novidade significativa para a época. Isso permitiu uma imersão sonora ainda maior nos jogos, com som direcional preciso.

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O GameCube da Nintendo usava um processador de áudio da MIPS Technologies que suportava som surround Dolby Pro Logic II. Embora não tivesse as mesmas capacidades de armazenamento do Xbox, o GameCube ainda conseguia oferecer áudio de alta qualidade, com suporte para até 64 canais de áudio simultâneos.

God of War (2005), para o PlayStation 2, apresentou uma trilha sonora composta por Gerard Marino, Ron Fish, Mike Reagan, Cris Velasco e Winifred Phillips.

A música, que combina orquestra e elementos eletrônicos, ajudou a criar a atmosfera épica e intensa do jogo, contribuindo absurdamente para a experiência de jogo. Marino e Velasco são conhecidos por suas composições que combinam intensidade rítmica e complexidade harmônica, criando músicas que são ao mesmo tempo grandiosas e ferozes.

Shadow of the Colossus (2005), também para o PlayStation 2, teve sua trilha sonora composta por Kow Otani. A música orquestrada do jogo é minimalista e emocional, complementando perfeitamente a sensação de solidão e grandiosidade das batalhas contra os colossos.

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Otani é celebrado por sua habilidade em usar melodias simples e arranjos orquestrais para evocar emoções profundas e criar uma sensação de vastidão e mistério e, neste caso, vai de encontro com toda a grandiosidade de Shadow of the Colossus.

The Elder Scrolls IV: Oblivion (2006), para o Xbox 360 e PC, mais uma vez contou com a composição de Jeremy Soule. A trilha sonora de Oblivion é expansiva e imersiva, utilizando uma orquestra completa para criar uma atmosfera de aventura e mistério.

Como é claramente perceptível, Soule continuou a desenvolver seu estilo característico, combinando temas épicos com detalhes intrincados que enriquecem a experiência de exploração do jogador.

Bully (2006), desenvolvido pela Rockstar Games, apresentou uma trilha sonora única composta por Shawn Lee. A música de Bully é uma mistura eclética de rock, jazz e música orquestral, refletindo a variedade de situações e ambientes que o jogador encontra na academia Bullworth. A trilha sonora ajuda a criar uma atmosfera de nostalgia e rebeldia juvenil, complementando a narrativa do jogo.

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Os anos 2000 marcaram um período de crescimento significativo na qualidade e na complexidade das trilhas sonoras dos videogames. A ascensão das trilhas orquestradas, as colaborações com compositores renomados e a profissionalização da produção musical permitiram que a música dos jogos se tornasse mais sofisticada e integrada à experiência do jogador. Essas inovações estabeleceram um novo padrão para as trilhas sonoras dos videogames, que continuou a ser a base das décadas seguintes.

A Diversificação e a Integração com a Narrativa

Dos anos 2010 em diante, a evolução das trilhas sonoras dos videogames continuou a se expandir, com uma diversificação sem precedentes nos estilos musicais e uma integração cada vez mais profunda com a narrativa dos jogos.

A música tornou-se uma ferramenta essencial para a construção de mundos, desenvolvimento de personagens e imersão do jogador.

De 2000 para cá, a diversidade dos estilos musicais nos videogames aumentou significativamente. Os compositores começaram a explorar uma ampla gama de gêneros, desde a música clássica e orquestral até o rock, eletrônico jazz e músicas étnicas.

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Essa diversificação permitiu que as trilhas sonoras dos jogos se tornassem únicas e adaptadas ao contexto específico de cada jogo.

The Last of Us (2013), da Naughty Dog, apresentou uma trilha sonora composta por Gustavo Santaolalla. Conhecido por seu trabalho em trilhas sonoras de filmes, Santaolalla trouxe um estilo único para o jogo, utilizando guitarras acústicas e outros instrumentos de cordas para criar uma atmosfera sombria e melancólica. A música de The Last of Us é fundamental para transmitir o peso emocional da história e dos personagens.

O uso de instrumentos acústicos cria uma sensação de intimidade e proximidade, fazendo com que o jogador sinta cada nota como um sussurro direto ao coração. As melodias são simples, mas carregadas de emoção, refletindo perfeitamente o tom sombrio e melancólico do jogo.

Em meados da década de 2010, a música começou a desempenhar um papel ainda mais ativo na narrativa dos jogos. As trilhas sonoras não serviam apenas como pano de fundo, mas também como um meio de contar histórias e desenvolver personagens. Essa integração mais profunda ajudou a criar experiências de jogo mais cinematográficas e emocionantes.

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Doom (2016), desenvolvido pela id Software, trouxe uma das trilhas sonoras mais intensa e energética de todos os tempos. A trilha sonora de Doom é uma mistura explosiva de heavy metal e música eletrônica.

Mick Gordon é conhecido por sua abordagem inovadora e experimental. Para Doom, ele utilizou uma combinação de instrumentos tradicionais e eletrônicos, além de sons gerados por sintetizadores modulares, para criar uma trilha sonora agressiva e única que complementa a ação frenética do jogo.

Gordon enfatiza a importância de criar uma experiência auditiva imersiva que corresponda à intensidade do jogo. A trilha sonora de Doom é projetada para aumentar a adrenalina do jogador, ajudando a manter o ritmo acelerado da jogabilidade. Gordon acreditava que a trilha sonora deveria ser uma extensão da própria identidade do jogo.

Em suas composições, Gordon utilizou técnicas de sound design avançadas e processamento digital de áudio para criar texturas sonoras complexas. Ele também usou gravações de fontes inusitadas, como serras elétricas e outros objetos metálicos, para adicionar camadas de ruído e distorção à música.

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Mick Gordon valorizou muito o feedback dos jogadores e dos fãs da série “Doom”. Ele mencionou que a resposta positiva da comunidade foi uma das maiores recompensas de seu trabalho, inspirando-o a continuar inovando e experimentando em futuros projetos.

Trilhas Sonoras Salvando Títulos

Aposto como você conhece algum jogo cuja trilha sonora é o melhor de tudo. De fato, alguns jogos não apenas ficaram fizeram sucesso pelo gameplay em sim, mas também pelas músicas.

Barry Leitch e Top Gear – um exemplo clássico de como uma trilha sonora pode salvar e até definir um jogo é Top Gear. Lançado em 1992, este jogo de corrida marcou história em grande parte devido à sua trilha sonora poderosa, composta por Barry Leitch.

A música de Top Gear é conhecida até hoje por suas melodias cativantes e energéticas, que ficaram gravadas na memória de muitos jogadores.

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Leitch conseguiu criar uma trilha sonora que não apenas complementava o ritmo acelerado do jogo, mas também adicionava uma camada de emoção e personalidade que nos fazia quererem voltar para mais corridas.

A faixa “Las Vegas” é particularmente famosa, com seu ritmo pulsante e melodia pegajosa que se tornaram instantaneamente reconhecíveis e icônicas no mundo dos videogames.

Uma curiosidade interessante sobre Barry Leitch é que ele também compôs para outros jogos populares, mas sua contribuição em Top Gear é muitas vezes destacada como uma das mais memoráveis trilhas sonoras de sua carreira inteira.

A trilha sonora de Top Gear exemplifica como a música pode elevar um jogo de corrida a um novo patamar, tornando-o inesquecível para os jogadores e sendo um desafio absurdo para qualquer musico que queira se arriscar em um cover musical.

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Olivier Deriviere – A franquia “Obscure” é outro grande exemplo que gostaria de trazer. Além de ser um dos meus favoritos, particularmente falando o jogo conta com um trabalho de trilha sonora de altíssimo nível.

Embora fosse jogo muito bom para 2004, Obscure estava longe de ser o mais original, bebendo da fonte de vários títulos consolidados no mercado como Resident Evil, Alone in the Dark e Silent Hill. No entanto, a trilha sonora do maestro e compositor francês Olivier Deriviere foi responsável por dar um primor muito especial para os jogos “Obscure 1” (2004) e “Obscure 2” (2007).

Obscure segue um grupo de estudantes tentando sobreviver em uma escola infestada por monstros. A atmosfera de terror e suspense se apoia muito nas composições de Deriviere, que usou uma combinação de música orquestral e elementos eletrônicos para dar vida ao ambiente sombrio e opressor do jogo.

Uma curiosidade interessante é que a trilha sonora original foi gravada com a Orquestra Nacional de Paris, um feito impressionante para um jogo desenvolvido por um estúdio pequeno e pouco conhecido, a Hydravision Entertainment (RIP).

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Deriviere emprega uma abordagem melódica em suas composições, sincronizando a música com as emoções que cada cena do jogo quer transmitir. Isso significa que a trilha sonora desperta emoções no jogador, aumentando a intensidade durante os momentos de perigo e criando uma sensação de alívio durante os momentos de calma.

A música de Obscure é caracterizada por suas melodias sombrias e arranjos orquestrais intensos. Deriviere, que estava em seu início de carreira, utilizou corais góticos e cordas dissonantes para criar uma atmosfera de constante tensão, medo e apego emocional.

Por exemplo, a música tema “Empty School” do primeiro jogo, com seu coro assustador e piano melódico, define imediatamente o tom do jogo. À medida que os jogadores exploram a escola e enfrentam os monstros, a trilha sonora se modifica sutilmente, utilizando ritmos pulsantes e crescendos dramáticos para aumentar a adrenalina.

Em Obscure 2, ele expandiu essa abordagem. Demonstrando amadurecimento como profissional, Deriviere incorporou ainda mais variação dinâmica e complexidade instrumental. As faixas de ambos os jogos foram claramente projetadas para manter os jogadores em um estado de alerta constante, nunca permitindo que eles se sintam completamente seguros. No entanto, Obscure 2 apresenta uma montanha russa emocional, destacando medo, ódio, paixão e tristeza.

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Para quem não é músico, o “crescendo” é uma variação temporal de ritmo em que o volume da música aumenta gradualmente. Nos momentos de suspense, a música torna-se mais sutil, usando sons ambientes para criar uma sensação de antecipação e incerteza.

Partindo para o segundo jogo, Obscure 2 recebeu camadas adicionais em suas composições. Há momentos de medo e tensão, momentos de ação e fúria e momentos de tristeza, luto e desilusão.

A montanha-russa emocional que o roteiro cria se apoia fortemente na trilha sonora. Por exemplo, a música tema de Obscure 2, “Corruption with Rage and Melancholy”, com seus sons eletrônicos, coro assustador, violinos tensos e batidas rítmicas, define imediatamente o tom do jogo. À medida que vamos explorando a nova escola e enfrentamos os monstros mais bizarros, a trilha sonora muda de acordo com cada emoção.

O trabalho de Deriviere em “Obscure 1 e 2” demonstra como uma trilha sonora bem composta pode elevar a experiência de um jogo de baixo orçamento. A música não apenas complementa a narrativa, mas também influencia diretamente a forma como os jogadores percebem e reagem aos eventos da narrativa.

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A capacidade de Deriviere de combinar elementos musicais tradicionais com técnicas modernas de composição resulta em trilhas sonoras que são tanto inovadoras quanto inesquecíveis. E isso porque ele ainda estava em seus primeiros trabalhos como compositor.

Graças à sua habilidade em criar atmosferas sonoras que mergulham os jogadores em mundos de terror e suspense, Olivier Deriviere solidificou sua posição como um dos compositores mais talentosos da indústria dos videogames, chegando a produções mais conhecidas como a série de jogo The Plague Tale.

Assim como Olivier Deriviere fez com “Obscure”, Barry Leitch mostrou que a música pode ser o diferencial que transforma um bom jogo em uma experiência extraordinária.

Considerações Finais

A importância da música nos videogames é inegável, e seu impacto na experiência do jogador é profundo. A música nos videogames tem um impacto profundo na experiência do jogador. Ela é essencial para a criação de atmosferas imersivas, intensificação das emoções e construção de narrativas envolventes.

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Estudos mostram que a música pode aumentar a sensação de presença, influenciar as respostas emocionais e até melhorar o desempenho dos jogadores. Exemplos como Skyrim, The Last of Us, Journey e muitos outros demonstram como a trilha sonora pode transformar um bom jogo em uma experiência inesquecível.

À medida que a tecnologia avança e as colaborações entre compositores e desenvolvedores se tornam mais sofisticadas, o papel da música nos videogames continua a crescer, elevando o meio a novos patamares de arte e entretenimento.

A evolução das trilhas sonoras nos videogames ao longo das décadas é uma história de inovação, criatividade e impacto cultural. Desde os sons simples dos anos 70 e 80 até as trilhas orquestradas e diversificadas dos anos 2000 e 2010, a música nos jogos tem desempenhado um papel crucial na criação de experiências imersivas e emocionantes.

Compositores talentosos e colaborações frutíferas com desenvolvedores de jogos têm elevado as trilhas sonoras a um novo patamar de sofisticação e importância.

Aposto que você se lembra de algum jogo justamente pela trilha sonora marcante. As conexões podem ser tão fortes que, mesmo uma imagem, “ganha som” na sua mente. Quer um exemplo?

Obrigado por acompanhar essa jornada pela evolução das trilhas sonoras nos videogames. Que a música continue a nos encantar e transportar para mundos fantásticos em cada nova aventura.

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