Prepare o bolso — ou melhor, proteja sua sanidade. A Sony parece ter perdido completamente o bom senso.
O que antes já era visto como um hobby caro virou um escárnio total: jogos base na PSN brasileira estão ultrapassando a marca dos R$ 400, e não estamos falando apenas de lançamentos.
Jogos que já estavam no mercado, inclusive alguns com meses ou até anos de existência, sofreram reajustes significativos e agora estampam preços que fariam qualquer jogador se revoltar.
O aumento não é apenas pontual — é um novo padrão. Um novo normal. Um novo pesadelo.



A justificativa oficial? Flutuação cambial, alinhamento com o mercado internacional, política regional de precificação.
Mas nenhuma explicação faz sentido quando você vê Death Stranding 2, Rise of the Ronin e até Demon’s Souls (lançado em 2020!) encostando nos R$ 400, com algumas versões premium chegando a R$ 455.
É isso mesmo: quase 30% de um salário mínimo por um único jogo em mídia digital, que você nem pode revender, emprestar ou doar.
Para muitos, a sensação é de traição. O Playstation, que já foi símbolo de acessibilidade e paixão gamer, agora parece ditar seus preços como quem ignora completamente a realidade brasileira.
O problema é mais profundo do que parece: se até os jogos antigos estão subindo, o que esperar dos próximos lançamentos? R$ 450? R$ 500? GTA VI a R$ 600??
A revolta nas redes sociais é previsível, mas ainda tímida frente ao impacto real.
A pergunta que fica é: até onde o público gamer está dispostos a deixar rolar? E, mais importante: até onde a Sony pretende testar a nossa tolerância (e o nosso limite no cartão)? PS5 PRO a US$ 699 teria sido um teste?
Não É Só No Brasil
Vale mencionar que a polêmica em torno dos preços abusivos não é exclusividade do Brasil.
Recentemente, a Sony foi alvo de uma ação coletiva na Holanda, movida pela organização Stichting Massaschade & Consument, que acusa a empresa de praticar preços injustos na PlayStation Store.
Segundo a denúncia, os jogos digitais custam, em média, 47% mais do que suas versões físicas no país — uma disparidade que afeta diretamente cerca de 1,7 milhão de consumidores holandeses e pode gerar uma indenização de até €435 milhões.
O processo, iniciado em junho de 2025, expõe um cenário global de descontentamento, em que a Sony vem sendo criticada por manter controle total sobre os preços de sua loja digital, sem oferecer alternativas competitivas.
O Cerco Está Se Fechando?
A ação movida na Holanda pode ser apenas o começo de uma reação em cadeia contra a política de preços da Sony.
Especialistas em direito do consumidor enxergam o processo como um marco na luta contra práticas abusivas em mercados digitais fechados.
Afinal, se até mesmo países europeus com renda superior estão questionando a disparidade de valores na PlayStation Store, o que resta para o jogador brasileiro, que paga proporcionalmente mais e recebe proporcionalmente menos?
Playstation – Pay Has No Limits! (“pagar não tem limites”)
Uma resposta
O pobre não tem vez mesmo kkkkkkk 🥲