Nesse domingo aconteceu a cerimônia de entrega do BAFTA 2025. O thriller político Conclave foi o grande vencedor da noite ao levar para casa os prêmios de Melhor Filme, Melhor Filme Britânico, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Montagem. A produção que se debruça sobre os bastidores da escolha de um novo Papa e mostra toda a políticagem que está por trás dessa eleição estava indicado em 12 categorias e era o filme com mais indicações ao BAFTA desse ano.
Apesar de, a princípio, não ser favorito a vencer a categoria de Melhor Filme, nós já alertávamos em nosso texto sobre quem iria vencer o BAFTA, que a obra tinha grandes chances de vitória nessa categoria, por ser a produção britânica mais elogiada do ano. Como havíamos dito, o BAFTA é uma premiação britânica e por isso privilegia produções britânicas em detrimento a produções de outros países. Já nas outras três categorias em que Conclave venceu, o filme já era favorito a vitória.
O Brutalista vence categorias importantes do BAFTA, mas perde a principal
Além de Conclave, O Brutalista também venceu em quatro categorias do BAFTA. A produção levou os prêmios de Melhor Direção, Melhor Ator, Melhor Trilha Sonora Original e Melhor Fotografia para casa. A obra, no entanto, acabou perdendo o BAFTA de Melhor Filme, onde era favorito a vitória. Contudo, a vitória de Brady Corbet em Melhor Direção confirma que o cineasta ainda é o principal favorito a levar o Oscar para casa.
Já Anora, que vem tendo uma ótima semana, acabou vencendo em duas categorias, as de Melhor Atriz, surpreendentemente superando Demi Moore, e Melhor Elenco, o que fez com que o elogiado diretor do filme, Sean Baker, acabasse levando pelo menos um BAFTA para casa, já que ele também foi responsável pelo casting do filme. Baker, no entanto, perdeu na categoria de Melhor Roteiro Original, onde ele era considerado um dos favoritos a vitória.
Vencedores e perdedores do BAFTA 2025
Além de Conclave e O Brutalista, pode-se dizer que um dos maiores vencedores da noite foi A Verdadeira Dor. O filme levou duas estatuetas para casa, incluindo uma na categoria de Melhor Roteiro Original, onde o filme não era favorito a vitória. Jesse Eisenberg, que escreveu o roteiro do filme e também dirige e estrela a produção, ficou tão surpreso com a vitória que não sabia direito o que dizer, já que não tinha preparado um discurso.
A animação Wallace & Gromit: Avengança também pode ser considerada uma das grandes vitoriosas da noite. A produção venceu em duas categorias, incluindo Melhor Animação, onde não era favorita a vitória. No entanto, nós já alertávamos que devido ao histórico dos personagens e também devido ao enorme respeito que o cinema britânico tem por Nick Park, criador de Wallace & Gromit, o filme teria grandes chances de vitória nesa categoria. É preciso lembrar sempre que o BAFTA é uma premiação britânica.
A jovem atriz norte-americana Mikey Madison também foi uma das grandes vencedoras da noite ao derrotar Demi Moore na categoria de Melhor Atriz. Sua vitória a coloca definitivamente de volta a briga pelo Oscar. Nós já diziamos em diversas de nossas análises anteriores que as vitórias de Anora no DGA Awards, no PGA Awards e no Critics’ Choice Awards, poderiam ter colocado Madison de volta na briga pelo Oscar de Melhor Atriz. Agora, a vitória no BAFTA confirma essas suspeitas. A jovem atriz parece ser agora a principal adversária de Demi Moore no Oscar, deixando Fernanda Torres um pouco para trás.
Ademais, Emilia Pérez pode ser considerado um dos principais vencedores da noite. A produção levou “apenas” dois BAFTAs para casa, mas conseguiu vencer a categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira, apesar de todos os escândalos que envolveram a protagonista da obra nas últimas semanas. Além disso, o filme também venceu a categoria de Melhor Atriz Coadjuvante, onde era franco favorito a vitória. Dessa forma, Emilia Pérez mostra que apesar de tudo ainda está firme e forte na briga pelo Oscar.
Já entre os maiores “perdedores” da noite, o que mais chama a atenção é A Substância. O elogiado terror corporal só levou um BAFTA para casa, na categoria de Melhor Maquiagem e Cabelo, onde não tinha como perder. No entanto, a produção perdeu o BAFTA de Melhor Atriz, onde era favoritísismo a vitória, e também deixou escapar a vitória em Melhor Roteiro Original, onde também tinha muitíssimas chances de vencer. Resta saber até que ponto esse mal desempenho no BAFTA rá a campanha do filme no Oscar.
Além disso, também é possível dizer que Anora foi, em alguma medida, um dos perdedores da noite. Apesar da surpreendente vitória em Melhor Atriz, o filme deixou escapar os BAFTAs de Melhor Filme, Direção e Roteiro Original, sendo que em todas essas três categorias a obra tinha boas chances de vitória. Anora saiu do BAFTA com apenas duas vitórias, mas é possível dizer que o filme ainda está muito bem colocado na disputa pelo Oscar, já que venceu dois importantes prêmios de sindicado.
Surpresas e confirmações
É possível dizer sem sombra de dúvidas que a maior surpresa da noite foi a vitória de Mikey Madison na categoria de Melhor Atriz, onde ela derrotou Demi Moore, que era favoritíssima a vitória. Nem mesmo Madison acreditou ao ter seu nome anunciado como vencedora dessa categoria. No entanto, nós mesmos já dizíamos em nosso texto sobre quem iria vencer o BAFTA, que a jovem atriz tinha boas chances de vitória devido ao momento atual de Anora, filme que ela protagoniza e pelo qual estava indicada.
Outra surpresa que poderia ter ocorrido e acabou ocorrendo foi a vitória de A Verdadeira Dor na categoria de Melhor Roteiro Original, onde o filme derrotou A Substância e Anora, que eram mais favoritos a vitória. No entanto, aqui também prevíamos que isso poderia acontecer. Contudo, a vitória de A Verdadeira Dor pegou até mesmo Jesse Eisenberg, roteirista do filme, de surpresa e ele ficou meio sem saber o que falar, já que não tinha escrito um discurso de agradecimento a priori.
As vitórias de Conclave, em Melhor Filme, e Wallace & Gromit: Avengança, em Melhor Animação, até poderiam ser consideradas surpresas por alguns. No entanto, as duas produções já eram competitivas em suas respectivas categorias e nós já havíamos alertado que devido ao fato de o BAFTA ser uma premiação britânica, ele privilegia produções britânicas e, por esse motivo, ambos os filmes tinham muito boas chances de vitória nessas categorias.
A vitóra de David Jonsson em Estrela em Ascenção, uma categoria decidida através de voto popular, também pegou muita gente de surpresa, incluindo, aparentemente, até mesmo o próprio Jonsson. As favoritas a vitória aqui eram Marisa Abela e Mikey Madison. Jonsson, no entanto, aparecia entre os possíveis vencedores e como essa categoria é decidida através de voto popular fica difícil saber exatamente quem tem mais chances de vitória.
Já as principais “confirmações” foram nas categorias de Melhor Direção, Melhor Ator, Melhor Atriz e Ator Coadjuvante, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Filme Britânico. Nessas categorias haviam favorítissimos a vitória e foram eles quem levaram o BAFTA para casa. Em algumas categorias “técnicas” isso também ocorreu, como em Melhor Maquiagem e Cabelo, Melhores Efeitos Visuais, Melhor Figurino e Melhor Design de Produção. No entanto, isso é bem comum em categorias técnicas, onde a disputa pelo vitória parece ser menor do que nas chamadas “categorias principais”.
Abaixo você confere os vencedores em todas as 26 categorias do BAFTA 2025:
Melhor Filme
- Anora – Sean Baker, Alex Coco e Samantha Quan
- O Brutalista – Brady Corbet e Mona Fastvold
- Um Completo Desconhecido – Alex Bookman, Timothée Chalamet, Fred Berger, Alan Gasmer, Alex Heineman, Peter Jaysen e Jeff Rosen
- Conclave – Alice Dawson, Robert Harris, Juliette Howell, Michael Jackman e Tessa Ross (VENCEDOR)
- Emilia Pérez – Jacques Audiard, Pascal Caucheteux, Valerie Schermann e Anthony Vaccarello
Melhor Filme Britânico
- Bird – Andrea Arnold, Tessa Ross, Juliette Howell e Lee Groombridge
- Blitz – Steve Mcqueen, Tim Bevan, Eric Fellner e Anita Overland
- Conclave – Edward Berger, Tessa Ross, Juliette Howell, Michael A. Jackman e Peter Straughan (VENCEDOR)
- Gladiador 2 – Ridley Scott, Douglas Wick, Lucy Fisher, Michael Pruss, David Scarpa e Peter Craig
- Hard Truths – Mike Leigh e Georgina Lowe
- Kneecap – Música e Liberdade – Rich Peppiatt, Trevor Birney, Jack Tarling, Naoise Ó Cairealláin, Liam Óg Ó Hannaidh e Jj Ó Dochartaigh
- Lee – Ellen Kuras, Kate Solomon, Kate Winslet, Liz Hannah, Marion Hume, John Collee e Lem Dobbs
- Love Lies Bleeding: O Amor Sangra – Rose Glass, Andrea Cornwell, Oliver Kassman e Wereonika Tofilska
- The Outrun – Nora Fingscheidt, Sarah Brocklehurst, Dominic Norris, Jack Lowden, Saoirse Ronan e Amy Liptrot
- Wallace and Gromit: Avengança – Nick Park, Merlin Crossingham, Richard Beek e Mark Burton
Melhor Filme em Língua Não-Inglesa
- Ainda Estou Aqui (Brasil) – Walter Salles, Rodrigo Teixeira e Martine de Clermont-Tonnerre
- Tudo Que Imaginamos Como Luz (Índia) – Payal Kapadia, Thomas Hakim e Julian Graff
- Emilia Pérez (França) – Jacques Audiard, Pascal Caucheteux, Valerie Schermann e Anthony Vaccarello (VENCEDOR)
- Kneecap – Música e Liberdade (Irlanda) – Rich Peppiatt, Jack Tarling e Trevor Birney
- A Semente do Fruto Sagrado (Alemanha) – Mohammad Rasoulof, Rozita Hendijanian, Amin Sadraei, Jean-Christophe Simon, and Mani Tilgner
Melhor Atriz
- Cynthia Erivo – Wicked
- Karla Sofía Gascón – Emilia Pérez
- Marianne Jean-Baptiste – Hard Truths
- Mikey Madison – Anora (VENCEDORA)
- Demi Moore – A Substância
- Saoirse Ronan – The Outrun
Melhor Ator
- Adrien Brody – O Brutalista (VENCEDOR)
- Timothée Chalamet – Um Completo Desconhecido
- Colman Domingo – Sing Sing
- Ralph Fiennes – Conclave
- Hugh Grant – Herege
- Sebastian Stan – O Aprendiz
Melhor Atriz Coadjuvante
- Selena Gomez – Emilia Pérez
- Ariana Grande – Wicked
- Felicity Jones – O Brutalista
- Jamie Lee Curtis – The Last Showgirl
- Isabella Rossellini – Conclave
- Zoe Saldaña – Emilia Pérez (VENCEDORA)
Melhor Ator Coadjuvante
- Yura Borisov – Anora
- Kieran Culkin – A Verdadeira Dor (VENCEDOR)
- Clarence Maclin – Sing Sing
- Edward Norton – Um Completo Desconhecido
- Guy Pearce – O Brutalista
- Jeremy Strong – O Aprendiz
Melhor Elenco
- Anora — Sean Baker e Samantha Quan (VENCEDOR)
- O Aprendiz — Stephanie Gorin e Carmen Cuba
- Um Completo Desconhecido — Yesi Ramirez
- Conclave — Nina Gold e Martin Ware
- Kneecap: Música e Liberdade — Carla Stronge
Melhor Direção
- Anora — Sean Baker
- O Brutalista — Brady Corbet (VENCEDOR)
- Conclave — Edward Berger
- Duna: Parte 2 — Denis Villeneuve
- Emilia Pérez — Jacques Audiard
- A Substância — Coralie Fargeat
Melhor Roteiro Original
- Anora – Sean Baker
- O Brutalista – Brady Corbet e Mona Fastvold
- Kneecap: Música e Liberdade – Rich Peppiatt
- A Verdadeira Dor – Jesse Eisenberg (VENCEDOR)
- A Substância – Coralie Fargeat
Melhor Roteiro Adaptado
- Um Completo Desconhecido – Jay Cocks e James Mangold
- Conclave – Peter Straughan (VENCEDOR)
- Emilia Pérez – Jacques Audiard
- Nickel Boys – Joslyn Barnes e RaMell Ross
- Sing Sing – Clint Bentley, Greg Kwedar, John “Divine G” Whitfield e Clarence Maclin
Melhor Edição
- Anora — Sean Baker
- Conclave — Nick Emerson (VENCEDOR)
- Duna: Parte 2 — Joe Walker
- Emilia Pérez– Juliette Welfling
- Kneecap: Música e Liberdade — Julian Ulrichs e Chris Gill
Melhor Figurino
- Blitz — Jacqueline Durran
- Um Completo Desconhecido — Arianne Phillips
- Conclave — Lisy Christl
- Nosferatu — Linda Muir
- Wicked — Paul Tazewell (VENCEDOR)
Melhor Maquiagem e Cabelo
- Duna: Parte 2 — Love Larson e Eva Von Bahr
- Emilia Pérez — Julia Floch Carbonel, Emmanuel Janvier, Jean-Christophe Spadaccini e Romain Marietti
- Nosferatu — David White, Traci Loader e Suzanne Stokes-Munton
- A Substância — Pierre-Olivier Persin, Stéphanie Guillon, Frédérique Arguello e Marilyne Scarselli (VENCEDOR)
- Wicked — Frances Hannon, Laura Blount e Sarah Nuth
Melhor Trilha Sonora Original
- O Brutalista — Daniel Blumberg (VENCEDOR)
- Conclave — Volker Bertelmann
- Emilia Pérez — Camille e Clément Ducol
- Nosferatu — Robin Carolan
- Robô Selvagem — Kris Bowers
Melhor Design de Produção
- O Brutalista — Judy Becker e Patricia Cuccia
- Conclave — Suzie Davies e Cynthia Sleiter
- Duna: Parte 2 — Patrice Vermette e Shane Vieau
- Nosferatu — Craig Lathrop
- Wicked — Nathan Crowley e Lee Sandales (VENCEDOR)
Melhor Som
- Blitz — John Casali, Paul Cotterell e James Harrison
- Duna: Parte Dois — Ron Bartlett, Doug Hemphill, Gareth John e Richard King (VENCEDOR)
- Gladiador 2 — Stéphane Bucher, Matthew Collinge, Paul Massey e Danny Sheehan
- A Substância — Valérie Deloof, Victor Fleurant, Victor Praud, Stéphane Thiébaut e Emmanuelle Villard
- Wicked — Robin Baynton, Simon Hayes, John Marquis, Andy Nelson e Nancy Nugent Title
Melhor Efeitos Visuais Especiais
- Better Man – A História de Robbie Williams — Luke Millar, David Clayton, Keith Herft e Peter Stubbs
- Duna: Parte 2 — Paul Lambert, Stephen James, Gerd Nefzer e Rhys Salcombe (VENCEDOR)
- Gladiador 2 — Mark Bakowski, Neil Corbould, Nikki Penny e Pietro Ponti
- Planeta dos Macacos: O Reinado — Erik Winquist, Rodney Burke, Paul Story e Stephen Unterfranz
- Wicked — Pablo Helman, Paul Corbould, Jonathan Fawkner e Anthony Smith
Melhor Filme Infantil & Familiar
- Flow – Gints Siibalodis e Matīss Kaža
- O Menino e o Mestre – Kirk Hendry, Neil Boyle e Camilla Deakin
- Wallace and Gromit: Avengamça – Nick Park, Merlin Crossingham e Richard Beek (VENCEDOR)
- Robô Selvagem – Chris Sanders e Jeff Hermann
Melhor Estreia de um Roteirista, Diretor ou Produtor Britânico
- Hoard — Luna Carmoon
- Kneecap: Música e Liberdade — Rich Peppiatt (VENCEDOR)
- Fúria Primitiva — Dev Patel
- Santosh: Vozes da Hierarquia — Sandhya Suri, James Bowsher, Balthazar de Ganay Alan McAlex e Mike Goodridge
- Sister Midnight — Karan Kandhari
Melhor Documentário
- Diários da Caixa Preta – Shiori Itō, Hanna Aqvilin e Eric Nyari
- Daughters – Natalie Rae, Angela Patton e Sam Bisbee
- Sem Chão– Basel Adra, Hamdan Ballal, Yuval Abraham e Rachel Szor
- Super/Man: A História de Christopher Reeve – Ian Bonhôte, Peter Ettedgui, Otto Burnham e Connor Schell (VENCEDOR)
- Will & Harper – Josh Greenbaum, Jessica Elbaum, Will Ferrell e Christopher Leggett
Melhor Curta-Metragem Britânico
- The Flowers Stand Silently, Witnessing – Theo Panagopoulos e Marissa Keating
- Marion – Joe Weiland, Finn Constantine e Marija Djikic
- Milk – Miranda Stern e Ashionye Ogene
- Rock, Paper, Scissors – Franz Böhm, Ivan e Hayder Rothschild Hoozeer (VENCEDOR)
- Stomach Bug – Matty Crawford e Karima Sammout-Kanellopoulou
Melhor Curta-Metragem de Animação Britânico
- Adiós – José Prats, Natalia Kyriacou e Bernardo Angeletti
- Mog’s Christmas – Robin Shaw, Joanna Harrison, Camilla Deakin e Ruth Fielding
- Wander to Wonder – Nina Gantz, Stienette Bosklopper, Simon Cartwright e Maarten Swart (VENCEDOR)
Melhor Longa-Metragem de Animação
- Flow – Gints Zilbalodis e Matīss Kaža
- Divertida Mente 2 – Kelsey Mann e Mark Nielsen
- Wallace and Gromit: Avengança – Nick Park, Merlin Crossingham e Richard Beek (VENCEDOR)
- Robô Selvagem – Chris Sanders e Jeff Hermann
Melhor Fotografia
- O Brutalista — Lol Crawley (VENCEDOR)
- Conclave — Stéphane Fontaine
- Duna: Parte 2 — Greig Fraser
- Emilia Pérez — Paul Guilhaume
- Nosferatu — Jarin Blaschke
Astro em Ascensão (Voto Popular)
- Marisa Abela
- Jharrel Jerome
- David Jonsson (VENCEDOR)
- Mikey Madison
- Nabhaan Rizwan