Anora vence o PGA e o DGA Awards

Sean Baker e Mikey Madison, diretor e protagonista de Anora, respectivamente, posam com a estatueta do Critics' Choice Awards. Foto: Jordan Strauss/Invision/AP.
Sean Baker e Mikey Madison, diretor e protagonista de Anora, respectivamente, posam com a estatueta do Critics' Choice Awards. Foto: Jordan Strauss/Invision/AP.

Os últimos dias mostraram como a temporada de premiações pode ser espetacular. Até a sexta-feira, dia 7 de fevereiro, O Brutalista era favorito a vencer os Oscars de Melhor Filme e Melhor Direção e se consagrar como principal filme de 2024. Isso porque, a produção havia vencido o Globo de Ouro no início de janeiro e vinha em uma crescente. Tudo isso mudou radicalmente nesse final de semana.

Isso porque, Anora venceu três importantes premiações entregues nessa sexta-feira e nesse sábado e parece ter tomado a frente de O Brutalista na disputa pelo Oscar. O final de semana quase perfeito de Anora começou na sexta-feira quando a produção venceu o Critics’ Choice Awards de Melhor Filme. Em nosso texto analisando os resultados daquela premiação dizíamos que era difícil cravar quem havia sido o principal vencedor da noite, já que o número de categorias vencidas por cada um dos principais filmes havia sido bem dividido.

Anora, por exemplo, havia vencido Melhor Filme, mas não Melhor Direção, que havia ido para Wicked, e nem Melhor Roteiro Original, que havia sido entregue a A Substância. No entanto, nesse mesmo texto já alertávamos que o principal perderdor do Critics’ Choice Awards havia sido O Brutalista, já que a produção havia perdido o prêmio em três das quatro categorias em que era favorito a vitória, incluindo as importantíssimas categorias de Melhor Filme e Melhor Direção.

No entanto, na ocasião daquele texto, dizíamos que não era possível ainda ter certeza de como isso afetaria a campanha de O Brutalista ao Oscar. Isso porque, a votação da premiação ainda não havia começado e também porque Oscar e Critics’ Choice Awards possuem grupos de votantes muito diferentes, ou seja, quase não existe sobreposição entre os votantes das duas premiações. Dessa forma, era necessário esperar para ver o que ocorreria em outras premiações importantes.

Continue depois da publicidade

Pois a resposta a nossa incerteza veio logo no sábado, 8 de fevereiro, com a vitória de Anora na principal categoria tanto do PGA Awards quanto do DGA Awards. As duas premiações são organizadas e entregues por sindicatos profissionais. No caso do PGA Awards, os indicados e vencedores são escolhidos pelos membros do Producers Guild of America (ou “Sindicato de Produtores da América”), organização que representa produtores de cinema e televisão atuantes nos Estados Unidos. Já no caso do DGA Awards, os indicados e vencedores são escolhidos pelo membros do Directors Guild of America, (ou “Sindicato dos Diretores da América”), organização que representa diretores de cinema e televisão atuantes nos Estados Unidos.

Como já explicamos anteriormente em outro texto, a importância dessas premiações de sindicato vem justamente do fato de que muitos dos que votam nelas também votam no Oscar. Ou seja, existe uma sobreposição entre o corpo de votantes dessas premiações e o corpo de votantes do Oscar. Isso porque, praticamente todos os eleitores do Oscar são filiados a esses sindicados, já que é quase obrigatório ser membro de um desses sindicatos para poder trabalhar em Hollywood.

Vitória no PGA Awards coloca Anora como favorito ao Oscar

Devido ao que foi dito acima, a vitória de Anora no Critics’ Choice Awards e, principalmente no PGA Awards, premiação entregue pelo Sindicato de Produtores, coloca a produção agora a frente de O Brutalista na briga pelo Oscar de Melhor Filme. Isso porque, é comum a coincidência entre os vencedores dessas duas premiações. Nas últimas 21 edições do PGA Awards, 16 produções que venceram o prêmio de Melhor Filme também venceram o Oscar nessa mesma categoria. Ou seja, uma coincidência superior a 76%.

A última vez que as duas premiações não coincidiram foi em 2020, quando 1917 venceu o PGA Awards de Melhor Filme, mas acabou perdendo o Oscar nessa categoria para Parasita, no que acabou sendo considerada uma das maiores supresas de toda a história do “Prêmio da Academia”. Nos últimos quatro anos, no entanto, todos os filmes que ganharam a principal categoria do PGA Awards também venceram essa mesma categoria no Oscar.

Continue depois da publicidade
Sean Baker discursa após receber o Directors Guild of America Awards. Foto: Emma McIntyre/Getty Images.
Sean Baker discursa após receber o Directors Guild of America Awards. Foto: Emma McIntyre/Getty Images.

Além de Anora, outras três produções cinematográficas também venceram o PGA Awards na noite passada. O documentário Super/Man: A História de Christopher Reeve, que conta a vida do ator Christopher Reeve após o acidente que o deixou tetrapéligo, venceu a premiação na categoria de “Melhor Produção de um Documentário para Cinema”. Curiosamente, a produção não está indicada ao Oscar de Melhor Documentário, mas derrotou Guerra da Porcelana, que está indicado ao Oscar nessa categoria.

Já Robô Selvagem venceu o PGA Awards de “Melhor Produção de uma Animação para Cinema”. A vitória desse filme confirma seu favoritismo para vencer o Oscar de Melhor Animação. Isso porque, aqui como também no Critics’ Choice Awards, Robô Selvagem derrotou Flow que é seu principal adversário na disputa pela estatueta no “Prêmio da Academia”. No mais, diversos outros prêmios em categorias televisivas e honorárias foram entregues no PGA Awards desse ano. No final desse texto, listaremos indicados e vencedores em cada uma delas.

Vitória no DGA Awards coloca Sean Baker como favorito ao Oscar

O final de semana perfeito de Anora ficou completo com a vitória de Sean Baker na categoria de Melhor Direção do DGA Awards. Como dito antes, essa premiação é entregue pelo Sindicato de Diretores da América. Além de dirigir Anora, Baker também co-produziu e escreveu o filme. Portanto, sua vitória no sábado foi arrebatadora. Além disso, com essa vitória ele também já aparece a frente de Brady Corbet na disputa pelo Oscar. Corbet dirigiu O Brutalista e era favorito a vitória no DGA Awards.

Aliás, o trabalho de Corbet era considerado por muitos críticos de cinema como o melhor do ano, com sobras. No entanto, parece que os próprios diretores de cinema dos Estados Unidos discordam desse diagnóstico, já que resolveram premiar Baker e não Corbet. Só para se ter uma ideia, 66 dos 74 diretores que venceram a categoria de Melhor Direção no DGA Awards em um determinado ano também venceram a mesma categoria no Oscar daquele mesmo ano.

Continue depois da publicidade

Ou seja, uma coicidência superior a 89%. Aliás, a última vez em que as duas premiações “discordaram” foi também em 2020, quando Sam Mendes venceu o DGA Awards por seu trabalho em 1917 enquanto Bong Joon-ho acabou vencendo o Oscar por seu trabalho em Parasita. No entanto, como dito antes, essa é até hoje considerada uma das maiores surpresas da história recente do “Prêmio da Academia”.

Além de Sean Baker, outros dois diretores foram premiados em categorias destinadas a reconhecer trabalhos em produções cinematográficas. Brendan Bellomo e Slava Leontyev venceram o DGA Awards de “Melhor Direção em Documentários” pelo trabalho em Guerra da Porcelana, filme que como dissemos antes está indicado ao Oscar de Melhor Documentário e que é um dos favoritos a levar a estatueta para casa.

Já RaMell Ross venceu o DGA Awards por seu trabalho no drama Nickel Boys, em uma categoria destinada a premiar trabalhos de direção estreantes. Dessa forma, apenas diretores fazendo sua estreia em longa-metragens estão aptos a receber o prêmio. Além disso, outros diretores foram premiados no DGA Awards desse ano em categorias destinadas a premiar produções televisivas e também em categorias honorárias.

Sean Baker recebendo o Directors Guild of America Awards. Foto: Emma McIntyre/Getty Images for DGA
Sean Baker, diretor de Anora, recebendo o Directors Guild of America Awards. Foto: Emma McIntyre/Getty Images for DGA

Confira abaixo todos os indicados e vencedores ao PGA Awards e ao DGA Awards desse ano:

Continue depois da publicidade

DGA Awards

MELHOR DIREÇÃO – LONGA-METRAGEM

  • Sean Baker – Anora
  • Jacques Audiard – Emilia Pérez
  • Edward Berger – Conclave
  • Brady Corbet – O Brutalista
  • James Mangold – Um Completo Desconhecido

MELHOR DIREÇÃO – DOCUMENTÁRIOS

  • Brendan Bellomo e Slava Leontyev – Guerra da Porcelana
  • Julian Brave NoiseCat e Emily Kassie – Sugarcane: Sombras de Um Colégio Interno
  • Johan Grimonprez – Trilha Sonora para um Golpe de Estado
  • Ibrahim Nash’at – Hollywoodgate
  • Natalie Rae e Angela Patton – Filhas

MELHOR DIREÇÃO – PRIMEIRO LONGA-METRAGEM

  • RaMell Ross – Nickel Boys
  • Payal Kapadia – Tudo que Imaginamos como Luz
  • Megan Park – Meu Eu do Futuro
  • Halfdan Ullmann Tøndel – Armand e os Limites das Famílias
  • Sean Wang – Dìdi

MELHOR DIREÇÃO – SÉRIE DRAMÁTICA

Continue depois da publicidade
  • Frederick E. O. Toye – Xógum: A Gloriosa Saga do Japão pelo episódio “Crimson Sky” (FX)
  • Alex Graves – A Diplomata pelo episódio “Dreadnought” (Netflix)
  • Hiromi Kamata – Xógum: A Gloriosa Saga do Japão pelo episódio “Ladies of the Willow World” (FX)
  • Issa López – True Detective pelo episódio “Part 6” (HBO)
  • Jonathan Van Tulleken – Xógum: A Gloriosa Saga do Japão pelo episódio “Anjin” (FX)

MELHOR DIREÇÃO – SÉRIE CÔMICA

  • Lucia Aniello – Hacks pelo episódio “Bulletproof” (Max)
  • Ayo Edebiri – O Urso pelo episódio “Napkins” (FX)
  • Duccio Fabbri – O Urso pelo episódio “Doors” (FX)
  • Jeff Schaffer – Segura a Onda pelo episódio “No Lessons Learned” (HBO)
  • Christopher Storer – O Urso pelo episódio “Tomorrow” (FX)

MELHOR DIREÇÃO – FILME PARA TELEVISÃO OU MINISSÉRIE

  • Steven Zaillian – Ripley (Netflix)
  • Kevin Bray – Pinguim pelo episódio “Top Hat” (HBO)
  • Alfonso Cuarón – Difamação (Apple TV+)
  • Jennifer Getzinger – Pinguim pelo episódio “A Great or Little Thing” (HBO)
  • Helen Shaver – Pinguim pelo episódio “Cent’Anni” (HBO)

MELHOR DIREÇÃO – PROGRAMAS ESPORTIVOS, DE VARIEDADES E TALK SHOWS

  • Liz Patrick – Saturday Night Live pelo episódio “John Mulaney/Chappell Roan” (NBC)
  • Paul G. Casey – Real Time with Bill Maher pelo episódio “Jiminy Glick, Andrew Cuomo, Adam Kinzinger” (HBO)
  • Jim Hoskinson – The Late Show with Stephen Colbert pelo episódio “Rep. Alexandria Ocasio-Cortez & Mavis Staples w/ Jeff Tweedy” (CBS)
  • David Paul Meyer – The Daily Show pelo episódio “Indecision 2024: The Democratic National Convention – Plot Twist!” (Comedy Central)
  • Paul Pennolino – Last Week Tonight with John Oliver pelo episódio “India Elections” (HBO)

MELHOR DIREÇÃO – ESPECIAIS

Continue depois da publicidade
  • Beth McCarthy-Miller – The Roast of Tom Brady (Netflix)
  • Hamish Hamilton – 96ª Edição do Oscar(ABC)
  • David Paul Meyer – The Daily Show Presents A Live Election Night Special With Jon Stewart: Indecision 2024: Nothing We Can Do About It Now (Comedy Central)
  • Glenn Weiss – 77ª Edição do Tony Awards (CBS)
  • Ali Wong – Ali Wong: Single Lady (Netflix)

MELHOR DIREÇÃO – REALITY SHOWS

  • Neil DeGroot – Gordon Ramsay: Uncharted pelo episódio “The Cliffs of Ireland” (National Geographic)
  • Joseph Guidry – Deal or No Deal Island pelo episódio “Are You Decisive?” (NBC)
  • Ari Katcher – Jerrod Carmichael Reality Show pelo episódio “Road Trip” (HBO)
  • Patrick McManus – American Ninja Warrior pelo episódio “Las Vegas Finals 4” (NBC)
  • Mike Sweeney – Conan O’Brien Must Go pelo episódio “Ireland” (Max)

MELHOR DIREÇÃO – PROGRAMAS INFANTIS

  • Amber Sealey – FORA DE MIM (Disney+)
  • Kat Coiro – As Crônicas de Spiderwick pelo episódio “Welcome to Spiderwick” (The Roku Channel)
  • Michael Goi – Avatar: O Último Mestre do Ar pelo episódio “Aang” (Netflix)
  • Jim Mickle – Sweet Tooth pelo episódio “This Is a Story” (Netflix)
  • Jennifer Phang – Descedentes: A Ascensão de Copas (Disney+)

MELHOR DIREÇÃO – COMERCIAIS

  • Andreas Nilsson – Hennessy’s “Board Game”, Andrex’ “First Office Poo”, Apple’s “One More, Apple” e Virgin Media’s “Whizzer”
  • Lance Acord – Volkswagen’s “An American Love Story”
  • Kim Gehrig – Sirius XM’s “A Life in Sound”, Nike’s “Am I A Bad Person” e Apple’s “Find Your Friends”
  • Tim Heidecker and Eric Wareheim – CeraVe’s “Michael CeraVe”
  • Ivan Zachariáš – Apple’s “Flock”

PRÊMIO PELO CONJUNTO DA OBRA

Continue depois da publicidade
  • Ang Lee

PGA Awards

MELHOR PRODUÇÃO DE UM LONGA-METRAGEM PARA CINEMA ou MELHOR FILME

  • Anora
  • O Brutalista
  • Um Completo Desconhecido
  • Conclave
  • Duna: Parte Dois
  • Emilia Pérez
  • A Verdadeira Dor
  • Setembro 5
  • A Substância
  • Wicked

MELHOR PRODUÇÃO DE UM DOCUMENTÁRIO PARA CINEMA

  • Super/Man: A História de Christopher Reeve
  • Gaucho Gaucho
  • Mediha
  • Rainha do Everest: No Topo com Lhakpa Sherpa
  • Guerra da Porcelana
  • We Will Dance Again

MELHOR PRODUÇÃO DE UMA ANIMAÇÃO PARA CINEMA

  • Robô Selvagem
  • Flow
  • Divertida Mente 2
  • Moana 2
  • Wallace & Gromit: Avengança

MELHOR PRODUÇÃO DE UMA SÉRIE DRAMÁTICA

Continue depois da publicidade
  • Xógum: A Gloriosa Saga do Japão (FX)
  • Mal de Família (Apple TV+)
  • A Diplomata (Netflix)
  • Fallout (Prime Video)
  • Slow Horses (Apple TV+)

MELHOR PRODUÇÃO DE UMA SÉRIE CÔMICA

  • Hacks (Max)
  • Abbott Elementary (ABC)
  • O Urso (FX / Hulu)
  • Segura a Onda (HBO)
  • Only Murders in the Building (Hulu)

MELHOR PRODUÇÃO DE UMA MINISSÉRIE OU ANTOLOGIA

  • Bebê Rena (Netflix)
  • Feud: Capote vs. The Swans (FX)
  • Pinguim (HBO)
  • Ripley (Netflix)
  • True Detective: Night Country (HBO)

MELHOR PRODUÇÃO DE UM FILME PARA TELEVISÃO OU STREAMING

  • A Noite que Mudou o Pop (Netflix)
  • Bagagem de Risco (Netflix)
  • The Killer (Peacock)
  • Rebel Ridge (Netflix)
  • A Batalha do Biscoito Pop-Tart (Netflix)

MELHOR PRODUÇÃO DE UM PROGRAMA NÃO-FICCIONAL PARA TELEVISÃO

Continue depois da publicidade
  • Steve! (Martin) um documentário em 2 partes (Apple TV+)
  • 30 for 30 (ESPN)
  • Conan O’Brien Must Go (Max)
  • The Jinx: A Vida e as Mortes de Robert Durst (HBO)
  • Bem-vindos ao Wrexham (FX)

MELHOR PRODUÇÃO DE UM GAME SHOW

  • Traidores (Peacock)
  • The Amazing Race (CBS)
  • RuPaul’s Drag Race (MTV)
  • Top Chef (Bravo)
  • The Voice (NBC)

MELHOR PRODUÇÃO DE UM PROGRAMA DE VARIEDADES OU TALK SHOW

  • Saturday Night Live (NBC)
  • Ali Wong: Single Lady (Netflix)
  • The Daily Show (Comedy Central)
  • Last Week Tonight with John Oliver (HBO)
  • The Late Show with Stephen Colbert (CBS)

MELHOR PROGRAMA ESPORTIVO

  • Simone Biles Rising (Netflix)
  • Fórmula 1: Dirigir para Viver (Netflix)
  • Hard Knocks: Offseason with the New York Giants (HBO)
  • A Copa do Mundo de Messi – A Ascensão da Lenda (Apple TV+)
  • Triumph: Jesse Owens and the Berlin Olympics (History Channel)

MELHOR PROGRAMA INFANTIL

Continue depois da publicidade
  • Vila Sésamo (Max)
  • Avatar: O Último Mestre do Ar (Netflix)
  • A Rocha Encantada: de volta à caverna (Apple TV+)
  • Percy Jackson e os Olimpianos (Disney+)
  • Bob Esponja Calça Quadrada (Nickelodeon)

MELHOR PROGRAMA CURTO

  • Shōgun – The Making of Shōgun (FX)
  • The Crown: Farewell To A Royal Epic (Netflix)
  • Hacks: Bit By Bit (Max)
  • The Penguin: Inside Gotham (HBO)
  • Real Time with Bill Maher: Overtime (HBO)

PRÊMIO DE INOVAÇÃO

  • Orbital (Cosm Studios / Planetary Collective / Kuva)
  • Critterz (Native Foreign)
  • Emperor (Atlas V / Reynard Films / France Télévisions)
  • Impulse: Playing with Reality (Anagram / Floréal / France Télévisions)
  • The Pirate Queen with Lucy Liu (Singer Studios)
  • What If…? – An Immersive Story (Marvel Studios / ILM Immersive / Disney+)

CONJUNTO DA OBRA

  • Taika Waititi

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Veja também:

Nós usamos cookies e outras tecnologias, conforme nossa Política de Privacidade, para você ter a melhor experiência ao usar o nosso site. Ao continuar navegando, você concorda com essas condições.