Oculus Quest - Imagem Oculus - Divulgação
Oculus Quest - Imagem Oculus - Divulgação

O tão aguardado (e hypado) lançamento do primeiro Oculus Quest em 2019 marcou um ponto de virada de chave na estratégia do Facebook/META e na indústria da realidade virtual (VR). O novo headset VR da Oculus trouxe não apenas uma evolução em termos de tecnologia e acessibilidade, mas também estabeleceu a nova perspectiva para a experiência de VR autônoma. Veja bem, comparado ao seu antecessor direto, o Oculus Go, o Quest prometia uma experiência bem mais robusta e interativa, com capacidade de rastreamento de movimento agora em seis graus de liberdade (6DoF), superando as limitações de 3DoF do Oculus Go. Enquanto o Oculus Rift S, lançado na mesma época, manteria a dependência de um PC para fazer o trabalho pesado, o Oculus Quest se destacaria como uma opção tudo-em-um, sem a necessidade de fios ligados a um computador externo ou qualquer console de videogames.

A entrada de headsets VR autônomos no mercado de VR despertou algumas convenções, propondo uma abordagem mais flexível e acessível à realidade virtual, os primeiros dispositivos desse tipo, tiveram um apelo mais aplicações em multimídia e social, de modo a contornar suas eventuais limitações de poder de processamento bruto integrado. Oculus Quest veio, portanto, trazer aprimoramentos para essas e outras limitações.

Ao longo do nosso artigo, vamos comentar um pouco sobre as características, inovações, (e algumas limitações) que tornaram o Oculus Quest um produto muito singular em sua época de lançamento. E aí, preparado para mais um artigo de peso?! Então bora lá!

Desenvolvimento do Oculus Quest

No final de 2018, desenvolvedores e entusiastas de realidade virtual do mundo todo se reuniram San Diego, Califórnia, para a conferência de desenvolvedores Oculus Connect do Facebook. E, claro, um dos grandes destaques esperados seria a mais recente versão do Oculus (projeto codinome “Santa Cruz”), um headset de RV autônomo que o Facebook vinha dando pistas do seu desenvolvimento desde 2016 e que estaria para chegar ao mercado já em 2019.

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O projeto Santa Cruz tinha sido apresentado pela empresa como uma nova categoria de dispositivo, os “tudo-em-um”, ficando entre os headsets existentes, com a proposta de imersão semelhante à de headset dependente de PC, porém, sem a necessidade do mesmo. Inclusive, para muitos, o Santa Cruz iria além e, talvez, finalmente levaria a experiências de RV, que antes estavam disponíveis apenas para um pequeno grupo de entusiastas endinheirados, para um público mais amplo.

VR para um publico mais amplo - Imagem Oculus Divulgação
VR para um publico mais amplo – Imagem Oculus Divulgação

Realidade virtual sempre foi algo muito interessante para todos, porém, o usuário médio era facilmente intimidado pelos altos valores a serem investidos e também pela complexidade da montagem de um setup e configurações. Para se antecipar a essa lacuna de mercado, foi lançado então o Oculus Go, um dispositivo mais simples e limitado, mas que foi capaz de introduzir a experiência de VR para um público mais amplo. O feedback positivo do Oculus Go foi uma carta branca para o lançamento de uma linha dedicada a esse interesse.

Maior liberdade de movimento – Era basicamente por isso que todo mundo estava animado com a proposta do Santa Cruz na época. O headset seria baseado em rastreamento de seis graus de liberdade (6DOF). O que significa que ele não só rastrearia para onde você estivesse olhando num ambiente virtual, mas também rastrearia quando você se inclinasse ou desse um passo à frente ou para trás.

Os headsets de RV dependentes de processamento externo, como o Oculus Rift e o HTC Vive, Playstation VR, embora conectado por cabos, já ofereciam essa tecnologia de rastreio há algum tempo, mas ela ainda estava ausente na maioria dos óculos de RV móveis. O Gear VR da Samsung, o Oculus Go e os óculos Daydream View do Google eram baseados em apenas três graus de liberdade, ou seja, esses headsets até rastreiam para onde você está olhando, mas são incapazes de computar deslocamento no ambiente virtual, logo, se você der um passo para a frente, a imagem também avança e você não estará se deslocando. Ironicamente o usuário estava “preso”, não por cabos, mas pela limitação dos sistemas de rastreamento. Tão perto e tão longe…

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Embora headsets mais robustos como o Oculus Rift e o HTC Vive usassem sensores de rastreamento externo do tipo 6DOF, nem todo mundo queria instalar e calibrar hardware extra para experimentar realidade virtual. O conjunto ficava caro e nada prático para o usuário médio. Então, uma solução mais completa e acessível visava trazer a experiência de VR para um público casual e curioso. O Oculus Go cumpriu esse papel como um produto de entrada mais barato e limitando, preparando o terreno para um produto mais robusto que viria no ano seguinte.

Novos Controles de Movimento – A Oculus não foi a primeira grande empresa a vender um headset de RV autônomo com rastreamento 6DOF para consumidores dos EUA. Esse título desse feito vai para a Lenovo, que se uniu ao Google para desenvolver o Lenovo Mirage Solo. Mas, enquanto o Mirage Solo era capaz de rastrear o deslocamento do usuário em um ambiente virtual, ele não era capaz de rastrear o seu controle, ou seja, a experiência geral acabava sendo quase que similar à do Oculus Go, Gear VR e Daydream View. Já o projeto Santa Cruz, por outro lado, prometia rastrear completamente os seus dois controles, o que inclusive iria permitir aos desenvolvedores adicionar “mãos” aos seus avatares e você poderia ter a experiência interativa de manipular objetos virtuais.

3DoF vs 6DoF - Imagem Red BoxVR
3DoF vs 6DoF – Imagem Red BoxVR

Não só isso, esse grande salto permitiria uma jogabilidade geral muito mais imersiva, como também possibilitaria todos os tipos de outras interações em RV. O Tiltbrush, por exemplo (um app de desenho em que você pode desenhar objetos 3D livremente), simplesmente não dá para jogar sem o rastreamento de controles. Entende o avanço significativo aqui?

O chipset seria um novo modelo de Qualcomm Snapdragon, já que o sistema operacional seria baseado em Android para VR, assim como no Oculus Go, que era mais simples. Isso significa também que seria menos potente que um Oculus Rift conectado a um PC gamer de última geração, porém, haveria agora uma margem um pouco maior para jogos e aplicações com gráficos mais pesados.

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Design e Especificações Técnicas do Oculus Quest

O design e construção do Oculus Quest são uma boa demonstração do compromisso da Oculus/Facebook com a inovação e a qualidade mesmo visando valores mais acessíveis.

Ao desembalar o Oculus Quest pela primeira vez, é impossível não se impressionar com seu design sofisticado e construção de qualidade. Acredito que a experiência de usuário para um produto de consumo dessa natureza já se inicia logo no unboxing e o Oculus Quest é mais uma surpresa agradável nessa questão. O headset exibe um acabamento elegante em preto fosco, com um toque de simplicidade futurista, não tem outro termo melhor. Seu peso de pouco mais de meio quilo e dimensões compactas são uma tentativa de equilibrar robustez e conforto.

O que vem na caixa - Imagem Road to VR
O que vem na caixa? – Imagem Road to VR

A atenção aos detalhes é evidente na escolha dos materiais. O exterior do Oculus Quest é revestido com um material resistente, capaz de suportar o uso regular por muito tempo antes de apresentar sinais de desgaste. As alças ajustáveis (headstraps) são feitas de um material flexível e durável, permitindo um ajuste personalizado à cabeça do usuário, essencial para longas sessões de uso. No entanto, todos os headsets com esse design de headstrap vão deixam seu cabelo repartido no meio após o uso.

Ergonomia – Ergonomicamente falando, o Oculus Quest representou um excelente avanço em relação aos seus modelos anteriores. Já que ele não requer que o usuário esteja ligado a um PC ou console, elimina a necessidade de lidar com cabos incômodos durante a experiência de VR. Isso não apenas aumenta a liberdade de movimento, mas também torna a configuração mais simples e intuitiva para os novos usuários. E isso no final das contas se traduz em menos estresse também.

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Headstraps do Oculus Quest - Imagem Road to VR
Headstraps do Oculus Quest – Imagem Road to VR

A parte interior, onde o material entra em contato com o seu rosto, é acolchoado com uma espuma macia e respirável, o que reduz bastante aquela sensação de abafamento e fadiga, aumentando o conforto durante o uso prolongado.

Mas, por outro lado, devido ao conjunto de hardware embarcado, a parte da frente do Oculus Quest é um pouco pesada e exerce um pouco pressão no rosto do usuário, principalmente depois de algum tempo utilizando. A testa vai ficar vermelha/marcada.

Uma dica interessante que muitos usuários têm feito é adicionar um carregador portátil na parte de trás da tira de cabeça. Isso adiciona um contrapeso que reduz significativamente a pressão do headset contra o rosto, o que pode gerar um alivio e aumentar a sua tolerância para sessões mais longas. Além do mais a bateria pode ser carregada enquanto você joga, desde que o usuário não se incomode com o aquecimento adicional.

Por falar em aquecimento, a ventilação adequada é outro elemento-chave no design do Oculus Quest. Os designers incluíram aberturas discretas para permitir a circulação de ar, reduzindo o acúmulo de calor e evitando o embaçamento das lentes. Este recurso é essencial para manter o conforto durante o uso, especialmente em ambientes mais quentes ou durante sessões de jogos mais intensas. No entanto, em alguns casos pode haver um pouco de vazamento de luz. Uma questão que perdurou em muitos modelos de mesma geração, infelizmente.

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Áudio Integrado – Um aspecto notável do design do Oculus Quest que não poderíamos deixar de comentar é seu sistema de áudio. Ao invés de depender exclusivamente de fones de ouvido externos, o Quest possui auto-falantes embutidos que direcionam o som para os ouvidos do usuário. Este recurso herdado do Oculus Go cria um efeito de som espacial bem legal que aumenta a imersão sem te isolar completamente do ambiente externo. Isso é especialmente útil em ambientes domésticos, onde a consciência do ambiente é importante.

Além disso, para aqueles que preferem uma experiência mais privada ou intensa, há também duas entradas para fones de ouvido P2 de 3,5 mm (uma de cada lado e não me pergunte o porquê). O que te possibilita conectar qualquer fone de ouvido, já que não é um item que vem incluso no Kit do Oculus Quest dessa vez.

Rastreamento 6DoF – O visor frontal do headset abriga sofisticados sensores e 4 câmeras necessários para o rastreamento posicional e mapeamento do ambiente. Essa tecnologia, também conhecida como “inside-out”, que comentamos anteriormente é parte integrante do que tornou o Oculus Quest tão atrativo e revolucionário, permitindo um rastreamento preciso sem a necessidade de sensores externos mapeando o ambiente e as ações do usuário e com 6 graus de liberdade.


Conjunto Ótico – O Oculus Quest tem um avançado conjunto óptico de lentes de Fresnel, essencial para proporcionar uma experiência visual imersiva e confortável. Essas lentes são uma inovação no mundo da óptica, especialmente aplicada em dispositivos de realidade virtual. Elas são diferentes das lentes tradicionais, pois são construídas em um design “escalonado”, quase como anéis concêntricos, que são mais finos e menos volumosos. Este tipo de lente permite que elas sejam mais leves e compactas, sem comprometer a qualidade óptica, inclusive aumentando o limite de compatibilidade para distância interpupilar (IPD).

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Lentes de Fresnel - Imagem Road to VR
Conjunto ótico do Oculus Quest – Imagem Road to VR

O conjunto ótico oferece um campo de visão (FoV) de 93° horizontal e 93° vertical e um campo de visão renderizado de até 104° horizontal e 100° vertical.

Além disso, o headset possui um botão de ajuste manual para distância interpupilar, que varia de 58 a 72 mm. Aproximar ou separar as lentes permite acomodar diferentes usuários, garantindo uma visualização precisa e confortável para todos. Essa funcionalidade estava ausente no Oculus Go e foi alvo de críticas negativas, apesar das lentes de Fresnel serem um paliativo.

Ao contrário das lentes convencionais, que são grossas e pesadas, as lentes de Fresnel são finas e leves já que levam menos material na superfície. Isso contribui para uma redução de peso total do headset. É possível observar que praticamente nenhum headset de realidade virtual, não importando o fabricante, deixou de receber esse tipo de lente depois de 2016.

Controles Touch do Oculus Quest

O Oculus Quest vem com dois controles de movimento, um para cada mão. Estes controles são ergonômicos e possuem um layout intuitivo de botões de ação, direcionais analógicos (igual aos de um DualShock) e gatilhos, projetados para serem facilmente manuseáveis sem a necessidade de olhar para eles constantemente. A resposta tátil e a sensibilidade dos controles contribuem para uma experiência de interação bem mais natural e responsiva nos ambientes de realidade virtual.

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Mas o que chama mesmo a atenção são os aros localizados na parte de cima dos controladores. Eles não são apenas uma extravagância de design, eles possuem sensores que rastreiam movimentos das mãos, o que permite reconhecer gestos e adicionar funcionalidades bem interessantes em jogos. Você pode fazer um “joinha”, abrir e fechar a mão e muito mais! Os sensores conseguem captar dados com precisão suficientes para o software traduzir em animações dentro dos ambientes virtuais.

Controles Oculus Touch - Imagem Oculus Divulgação
Controles Oculus Touch – Imagem Oculus Divulgação

O headset em si é equipado com sensores que rastreiam os movimentos dos controles no espaço, permitindo uma maior interação com ambientes virtuais como pegar e arremessar objetos, acionar alavancas, apertar botões, manejar armas e etc.

Além do mais, há um sistema de resposta hepática nos controles que transmite sensações de vibração na palma da mão. E embora os controles possuam muita tecnologia integrada, eles são alimentados apenas por pilhas do tipo AA (uma em cada um) que ficam num compartimento bem discreto, protegidas por uma tampinha magnética. Tudo isso seguindo o design realmente futurista.

Por último, mas não menos importante, os controles Touch possuem alças de segurança para evitar que o usuário os arremessem ou derrubem acidentalmente. (Quem aí lembro dos Wii Remote sendo arremessados nas TVs?)

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Hardware Integrado

Display: Dual OLED, exibindo uma resolução de 1440×1600 por olho, com layout de subpixel “PenTile Diamond”. Nesse layout, cada pixel é composto por 2 subpixels dispostos em uma matriz de padrão de diamante, em vez de uma matriz tradicional de RGB (vermelho, verde, azul).

Taxa de Atualização: 72 Hz, menor que a do Rift S, mas suficiente para um bom equilíbrio entre fluidez e autonomia da bateria.

Chipset: Qualcomm Snapdragon 835, embora não fosse o mais atual, fornece um desempenho sólido e eficiente para a proposta.

CPU: Octa-core Kryo 280 (4 x 2.45 GHz, 4 x 1.9 GHz)

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GPU: Adreno 540

Armazenamento: Opções de 64 GB e 128 GB, sem suporte para cartão SD.

Conectividade: USB-C para vídeo, WiFi 5 e Bluetooth 5.0 LE.

Video via Cabo: USB-C (Oculus Link)

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Video Wireless: WiFi streaming (AirLink, Virtual Desktop)

Bateria: Capacidade de 3648 mAh, com vida útil de até 3 horas e tempo de carga de aproximadamente 2 horas.

O que vem no Kit do Oculus Quest?

Caixa do Oculus Quest - Imagem Road to VR
Caixa do Oculus Quest – Imagem Road to VR
  • Headset: A peça principal do conjunto.
  • Controles: 1 par de controles Oculus Touch
  • Espaçador: Uma cobertura facial que aumenta o espaço entre as lentes e o seu rosto, essencial para quem usa óculos de grau.
  • Cabo Oculus Link: USB-C de 3 metros que permite conectar o Oculus Quest a um PC, dando acesso a uma gama ainda maior de jogos e aplicativos de VR e também serve para carregar o headset.
  • Carregador: Adaptador AC/DC USB-C bivolt para recarregar bateria do headset.
  • Pilhas AA: o kit fornece um par de pilhas alcalinas para os controles.
  • Documentação: panfleto de instruções e guia de referência para orientação geral.

Experiência de Usuário no Oculus Quest

A experiência do usuário no processo de configuração que é surpreendentemente simples e intuitiva. Conforme vamos explorando o dispositivo, é possível perceber por que ele recebeu tantos elogios, mas também por que atraiu algumas críticas.

É impressionante ver como um dispositivo de realidade virtual pode ser tão amigável e convidativo ao aprendizado. Veja bem, em comparação com outros sistemas de VR que exigiam extensas configurações, o Oculus Quest se sobressai por sua didática aos iniciantes com uma experiência de tutorial muito envolvente e divertida que te absorve desde o primeiro minuto e te dá tempo para se acostumar com a nova experiência.

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Para começar a usar, tudo que o você precisa é de um smartphone com o aplicativo da Oculus para completar a configuração inicial. O aplicativo está disponível tanto para Android quanto para iOS, tornando o Quest acessível para uma ampla gama de usuários. Uma vez que o aplicativo Oculus está instalado, ele guia o usuário através de uma série de etapas fáceis de seguir.

Isso inclui emparelhar o headset com o smartphone, criar uma conta Oculus (ou fazer login em uma existente), e uma explicação detalhada sobre como criar um ambiente de jogo seguro usando o sistema de rastreamento Guardian.

Vale mencionar que esse sistema é uma característica bem interessante, pois através dele você vai definir um perímetro físico dentro do qual você pode se mover com segurança, evitando risco de colidir com os objetos do ambiente real. Isso é muito bem-vindo para quem dispões de espaços menores para jogar.

O tutorial “Primeiros Passos” é FANTÁSTICO e vai guiar você através dos conceitos básicos de realidade virtual. Isso inclui movimentos fundamentais como olhar ao redor, caminhar e interagir com objetos virtuais. É como estar nascendo no ambiente virtual. Os controladores vão sendo são introduzidos de maneira divertida e interativa, com exercícios que demonstram como pegar, soltar, jogar e manipular itens no ambiente virtual. Esse processo não só te ensina os conceitos de VR, mas também já demonstra a precisão e a resposta dos controladores do Oculus Touch.

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Tutorial Primeiros Passos do Oculus Quest
Tutorial Primeiros Passos do Oculus Quest

Não dá para negar que foi projetado para introduzir praticamente qualquer pessoa na realidade virtual por meio das várias atividades e mini-jogos. Você pode experimentar atividades como dança com robôs, tambores virtuais, ou até mesmo um pequeno jogo de tiro ao alvo. Para se ter uma ideia, depois de alguns passos, os controles Touch são retirados da interface e você passa a enxergar apenas as suas mãos virtuais.

Oculus Quest Além dos Jogos

A promessa do Oculus Quest sempre foi de ir além da experiência em jogos, com um apelo comercial de ser uma ferramenta versátil para filmes, educação e aplicações profissionais também. A proposta de oferecer experiências imersivas e interativas abriam novas possibilidades em diversas áreas, mostrando que o uso da realidade virtual poderia extrapolar muito além do entretenimento com games e proporcionar um vasto leque de possibilidades em outras áreas, como filmes, mídias, educação e até aplicações profissionais e corporativas.

Filmes e Multimídia

O Oculus Quest reinventou a forma como poderíamos consumir conteúdo de multimídia. Com o dispositivo, assistir a filmes se transforma em uma experiência imersiva. Os usuários podem assistir a filmes em 3D ou 360 graus, sentindo como se estivessem dentro da cena. Plataformas como Netflix, YouTube VR e Amazon Prime Video estão disponíveis no Quest, oferecendo uma vasta biblioteca de conteúdo em realidade virtual, bem como acessar conteúdo adulto.

Além disso, o dispositivo possibilitaria a exploração de galerias de arte virtuais e shows ao vivo em VR. A imersão oferecida pelo headset eleva a experiência de visualização e áudio espacial a um nível completamente novo, criando uma sensação de presença física em eventos e exposições. Esse poderia até ser um dos primeiros vislumbres do Meta-Verso.

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Aplicações Educacionais

No campo educacional, o Oculus Quest demonstrou um potencial enorme, pois ele oferece uma nova dimensão ao aprendizado, tornando-o mais interativo e engajante para os mais jovens. Estudantes poderiam realizar viagens virtuais a locais históricos, explorar o corpo humano em 3D, ou até mesmo simular experiências científicas em um ambiente virtual seguro e controlado, podendo replicar diversos cenários possíveis em física, química e outros tipos de simulação.

O headset também se mostra uma ferramenta valiosa na educação a distância, permitindo que alunos participassem de aulas imersivas e interativas, superando as barreiras do ensino tradicional. Esta abordagem poderia seria particularmente útil durante um período de isolamento como o da pandemia de 2020. Em disciplinas que se beneficiam de visualizações tridimensionais, como arquitetura, engenharia e biologia os horizontes seriam expandidos sem precedentes.

Aplicações Profissionais

As aplicações profissionais do Oculus Quest são igualmente impressionantes. Em campos como arquitetura e design de interiores, profissionais podem usar o Quest para criar e visualizar modelos 3D de estruturas e espaços. Isso permite uma melhor compreensão do design e uma apresentação mais impactante para os clientes. Imagine como um arquiteto ou engenheiro poderia guiar seus clientes através de um tour virtual detalhado dentro de uma estrutura 3D em fase de projeto.

No setor de saúde, o Quest tem sido utilizado para treinamento de procedimentos médicos, oferecendo uma forma segura e eficaz de simular situações cirúrgicas. Além disso, está sendo explorado como uma ferramenta de terapia para condições como fobias e PTSD, possibilitando experiências controladas e imersivas para tratamentos. E não para por aí…

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Empresas também têm adotado o Oculus Quest para treinamentos imersivos, criando simulações de cenários de trabalho reais, desde operações industriais até treinamentos de habilidades sociais. Essa abordagem tem mostrado melhorias significativas na retenção de conhecimento e na eficácia do treinamento. Essas são as maiores evidencias por trás do interesse crescente da Meta em realidade virtual, investindo pesadamente na linha Quest.

Compatibilidade com Outras Plataformas e Softwares

Um dos maiores atrativos do Oculus Quest era sua compatibilidade com uma ampla variedade de plataformas e softwares. Por meio do Oculus Link, os usuários poderiam conectar seu Oculus Quest a qualquer PC, desbloqueando assim acesso a todo o catálogo do Oculus Rift também, bem como a jogos VR do SteamVR. Ou seja, mesmo sendo um headset autônomo, o Oculus Quest não estava limitado aos jogos e aplicativos de sua própria loja. Ponto positivo para a Oculus!

As compatibilidades com softwares populares de realidade virtual, bem como os motores gráficos da Unity e Unreal Engine, abriram portas para desenvolvedores independentes criarem ainda experiências VR personalizadas. Essa flexibilidade tornava o Quest uma escolha atrativa tanto para jogadores quanto para criadores de conteúdo VR. Esse acolhimento da comunidade de desenvolvedores veio como parte da herança do Oculus Rift desde suas origens de Kickstarter.

O suporte da Oculus para a comunidade de desenvolvedores sempre foi um ponto forte no ecossistema do Rift e hoje do Quest. A empresa oferece recursos para os desenvolvedores, incluindo documentação detalhada, tutoriais e suporte técnico, incentivando a inovação e a criação de novos conteúdos. Essa foi uma das maiores ações para que a tecnologia de realidade virtual pegasse tração de mercado lá em 2014, e continua presente até hoje.

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Além disso, o compromisso da Oculus com atualizações regulares de software e melhorias no sistema operacional mantém o Quest na vanguarda da tecnologia de VR, garantindo que ele permaneça relevante e eficiente com o passar do tempo e o lançamento de suas gerações subsequentes.

A linha Quest é a escolha ideal para quem busca uma introdução acessível e abrangente ao mundo da realidade virtual ou para usuários que preferem mais a conveniência e a facilidade de uso acima do desempenho gráfico absoluto.

A capacidade de saltar rapidamente para jogos e aplicativos sem obstáculos é algo que aprecio particularmente, tornando a experiência mais fluida e agradável logo no tutorial.

Para concluir, as atualizações de software são baixadas automaticamente quando o headset está conectado ao Wi-Fi e carregando, assim que você tem sempre acesso às mais recentes melhorias e novos recursos sem interrupções inconvenientes.

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Pros e Contras do Oculus Quest - Imagem Oculus Divulgação
Pros e Contras do Oculus Quest – Imagem Oculus Divulgação

Prós e Contras do Oculus Quest

Percorremos um longo caminho explorando diferentes aspectos do Oculus Quest, mas avaliando de forma mais objetiva, listamos os pontos positivos e negativos do dispositivo.

Prós

  • Tudo-em-um – Como um dispositivo autonomo, o Oculus Quest oferece liberdade de movimento sem a necessidade de um PC ou console externo.
  • Preço Total – Considerando que não requer hardware adicional, o custo total do Quest é bastante competitivo.
  • Facilidade de Uso – Com uma configuração simples e uma interface de usuário intuitiva, é acessível até para novatos em VR.
  • Versatilidade – Sua compatibilidade com diferentes plataformas e softwares, junto com o suporte para desenvolvedores, abre um mundo de possibilidades.

Contras

  • Limitações de Hardware – Apesar de robusto, o Snapdragon 835 não pode oferecer a mesma potência gráfica que sistemas VR baseados em PCs poderosos.
  • Peso e Conforto – A parte frontal é um pouco pesada e pode causar desconforto em sessões prolongadas.
  • Relação Bateria vs Recarga – Com uma vida útil de bateria de aproximadamente 3 horas, sessões mais longas podem exigir uma pausa para recarga.
  • Vazamento de Luz – pode haver um pouco de vazamento de luz na interface de rosto.

Apesar de alguns pontos negativos, o Oculus Quest nos proporciona muito mais benefícios. Custando entre $399 (64 GB) e $499 (128 GB) poderia ser uma excelente porta de entrada para a experiência de VR para usuários menos exigentes.

Espero que você tenha curtido nosso artigo completo sobre o Oculus Quest. Se você é um potencial comprador ou simplesmente curioso sobre esta tecnologia incrível, deixe suas dúvidas, críticas e sugestões aqui embaixo nos comentários. Obrigado a até a próxima, pessoal!

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