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Kate Bush, Willie Nelson, Sheryl Crow, Missy Elliott e George Michael entre os incluídos no Hall da Fama do Rock and Roll

Colagem com alguns dos artistas incluídos ao Hall da Fama do Rock and Roll nesse ano.
Colagem com alguns dos artistas incluídos ao Hall da Fama do Rock and Roll nesse ano. Da esquerda para a direita. Na primeira coluna: Rage Against the Machine, Bernie Taupin e The Spinners. Na segunda coluna: George Michael, Kate Bush e Willie Nelson. Na terceira coluna: Sheryl Crow, Missy Elliott e Chaka Khan. Na quarta coluna: Link Wray, Don Cornelius e DJ Kool Herc.

A Rock & Roll Hall of Fame Foundation anunciou nessa quarta-feira, o nome dos artistas da indústria fonográfica que serão incluídos, esse ano, no Hall da Fama do Rock and Roll. A lista, inclui desde artistas internacionalmente conhecidos até compositores e artistas com enorme influência na música norte-americana e mundial. Confira abaixo, um pouco mais sobre os artistas incluídos no Hall da Fama do Rock and Roll lista.

Kate Bush

Entre os incluídos desse ano, está a cantora, compositora e produtora inglesa Kate Bush. A artista que está prestes a completar 65 anos de idade fez bastante sucesso no final dos anos 1970 e início dos anos 1980, mas desde a metade dos anos 1990 estava reclusa e tinha deixado a carreira de lado, parando, até mesmo, de fazer shows e de aparecer em público. A partir de 2014, Bush havia voltado aos poucos a fazer alguns shows. Contudo, foi a partir de maio de 2022, que a carreira da artista experimentou um novo ápice de popularidade quando sua música “Running Up That Hill” apareceu em um episódio da badalada série Stranger Things, da Netflix.

A partir daí, a canção se tornou a mais baixada do Spotify em diversos países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Nova Zelândia, Canadá e Austrália. “Running Up That Hill” também atingiu a segunda posição na UK Singles Chart (a parada de sucessos do Reino Unido), superando, inclusive, o terceiro lugar que a canção havia atingido em 1985, quando foi originalmente lançada. Nos Estados Unidos, “Running Up That Hill” chegou a terceira posição no Billboard Hot 100 (a principal parada de sucessos americana), igualmente superando a posição (30ª) atingida pela canção na época de seu lançamento original. Assim, “Running Up That Hill” se tornou a primeira canção de Kate Bush a atingir o Top 10 da Billboard Hot 100.

Além de “Running Up That Hill” diversas outras canções de Kate Bush fizeram bastante sucesso, incluindo, “Wuthering Heights”, “Babooshka” e “Don’t Give Up” (em parceria com Peter Gabriel). Sendo que todos os seus albúns de estúdio ficaram entre os 10 mais vendidos do ano na Inglaterra. Por tudo isso, Bush é considerada uma das mais importantes artistas da indústria musical, não apenas britânica, mas também mundial.

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George Michael

Outro artista que também será incluído no Hall da Fama do Rock and Roll desse ano, é o também britânico George Michael. Falecido em 2016 aos 53 anos de idade, Michael é considerado um dos mais bem sucedidos músicos da história e vendeu mais de 100 milhões de discos em toda a sua carreira. Com uma voz suave e uma beleza inconfundível, o britânico conquistou o mundo ao lado de Andrew Ridgeley, como o dueto Wham!, e também, posteriormente, em carreira solo.

Michael fez muito sucesso durante os anos 1980 e 1990 e teve sete canções alcançando o topo da UK Singles Chart e oito alcançando o primeiro lugar da Billboard Hot 100. Isso sem falar nos inúmeros Grammy Awads (prêmio mais importante da indústria fonográfica norte-americana) e Brit Awards (prêmio mais importante da indústria fonográfica britânica) que ele ganhou em sua carreira. Não à toa, o músico é considerado um dos mais influentes artistas de toda a história da música mundial. Assim como no caso de Kate Bush, a sua inclusão no Hall da Fama do Rock and Roll é mais do que merecida.

Willie Nelson

Entre os artistas indicados esse ano estão dois intimamente ligados à música country, Willie Nelson e Sheryl Crow. Nelson é uma lenda desse gênero musical e uma de suas figuras mais importantes da música norte-americana. Do alto de seus 90 anos de idade e seus quase 70 anos de carreira, o ator e cantor texano já vendeu mais de 40 milhões de álbuns só nos Estados Unidos e é considerado um dos mais influentes músicos da história.

É também considerado um dos melhores guitarristas da história da música mundial. Entre os diversos prêmios recebidos por Nelson estão vários Grammy Awards e American Music Awards, além de um Prêmio Gershwin, dado pela Biblioteca do Congresso para artistas que fizeram grandes contribuições para a música popular norte-americana.

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Sheryl Crow

Já Sheryl Crow tem uma carreira bem mais curta que a de Nelson, mas também, bastante exitosa. A cantora e compositora norte-americana começou sua carreira profissional em 1987 e logo arrumou trabalho como principal backing vocal de Michael Jackson na turnê de divulgação de seu álbum Bad. Crow trabalhou nessa turnê por cerca de dois anos, entre 1987 e 1989, e normalmente cantava com Jackson as canções que requeriam um dueto, como “I Just Can’t Stop Loving You” e “Man in the Mirror”, por exemplo. Entre o final dos anos 1980 e início dos anos 1990, Crow tentou emplacar, sem sucesso, uma carreira solo. Contudo, suas canções eram gravadas com sucesso por outros artistas, como Celine Dion e Tina Turner.

Em 1994, Sheryl Crow conseguiu finalmente lançar o primeiro álbum de sua carreira. “Tuesday Night Music Club” fez um enorme sucesso devido à canção “All I Wanna Do” que se tornou uma das músicas mais escutadas do ano e atingiu o segundo lugar da Billboard Hot 100. Devido à isso, o álbum acabou se tornando o terceiro mais vendido daquele ano nos Estados Unidos, com 4,5 milhões de cópias vendidas apenas em território norte-americano. A partir daí, Crow não parou mais de fazer sucesso com sua mistura de country, pop rock e blues.

Missy Elliott

O ano também será de homenagens ao hip hop que completa 50 anos em 2023. Por isso, diversos artistas incluídos no Hall da Fama do Rock and Roll nesse ano, são conhecidos por seu trabalho nesse gênero. E entre eles, está Missy Elliott. A cantora, compositora e produtora musical de 51 anos, iniciou sua carreira em grupos de hip-hop, como o “Sista” e o “Swing Mob”, e compondo para rappers, como Aaliyah e Total, até finalmente lançar seu primeiro álbum solo em 1997. Intitulado “Supa Dupa Fly”, o trabalho emplacou diversos hits, incluindo a canção “Sock It 2 Me” que chegou a ser uma das mais tocada dos Estados Unidos e ajudou o álbum a vender mais de 1 milhão de cópias e a ser tornar o terceiro mais vendido em território norte-americano naquele ano, a melhor posição ocupada, até então, por um álbum de uma rapper.

“Supa Dupa Fly” é atualmente considerado um dos melhores álbuns de hip hop da história. Depois do álbum, Missy Elliott não parou mais de fazer sucesso. A artista já vendeu mais de 40 milhões de discos no mundo todo, marca nunca antes alcançada por uma rapper. Não à toa, ela é chamada de “Rainha do Rap”. Depois de já ser incluída no Hall da Fama dos Compositores e receber uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood, esse ano ela será finalmente incluída também, com todo o mérito, no Hall da Fama do Rock and Roll.

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Rage Against the Machine

Outro importante nome do hip hop que será incluído esse ano no Hall da Fama do Rock and Roll é a banda norte-americana Rage Against the Machine, que mistura justamente rap com rock and roll. Conhecido por seu ativismo político, a banda, criada em Los Angeles em 1991, já vendeu mais de 16 milhões de discos no mundo todo.

Apesar de ter lançado apenas quatro álbuns de estúdio em toda a sua carreira, a banda possui trabalhos elogiadíssimos pela crítica especializada e sua mistura de rap, heavy metal e punk rock tem sido extremamente influente no meio musical. A inclusão no Hall da Fama do Rock and Roll é mais uma conquista, entre tantas, de Rage Against the Machine.

The Spinners

Nome super importante do rhythm and blues (ou R&B, como é mais conhecido o gênero), os Spinners foram criados em 1954, mas foi nos anos 1960 e 1970 que a banda alcançou o auge de seu sucesso, se tornando um dos grupos afro-americanos mais conhecidos e mais famosos do mundo todo. Nesse período, diversas canções da banda estiveram entre as mais tocadas nos Estados Unidos e também no Reino Unido.

“Then Came You”, lançada em 1974, em parceria com Dionne Warwick chegou, inclusive, a alcançar o topo das paradas nos Estados Unidos, um grande feito naquela época. Principalmente, levando em consideração que o grupo era composto por artistas negros e tocava gêneros musicais mais populares entre a comunidade afro-americana. Ao longo de quase 70 anos de carreira, os Spinners influenciaram a carreira de diversos artistas e, por isso, receberam inúmeras homenagens, incluindo, uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood em 1976 e, agora, a inclusão no Hall da Fama do Rock and Roll.

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Bernie Taupin, Chaka Khan, Don Cornelius entre outros

Entre os outros artistas que também serão incluídos no Hall da Fama do Rock and Roll desse ano estão nomes como Bernie Taupin, Chaka Khan e Don Cornelius, entre outros. Taupin é o letrista por trás de quase todas as canções de Elton John. Taupin e John formam uma dupla de compositores desde 1967 e escreveram juntas praticamente todos os grandes sucessos da carreira do grande cantor inglês. Sempre com John sendo responsável pela melodia e Taupin sendo responsável pela letra.

“Your Song” (1970), primeiro grande sucesso escrito por Elton John e Bernie Taupin.

Não à toa, Bernie Taupin é considerado um dos maiores compositores da música mundial e sua dupla com Elton John tem sido considerada uma das mais bem-sucedidas da indústria fonográfica. Taupin foi incluído no Hall da Fama dos Compositores em 1992 e, agora, será com toda a justiça, incluída no Hall da Fama do Rock and Roll.

Com mais de 50 anos de carreira e 70 anos de idade, Chaka Khan é outra que, com toda a justiça do mundo, será incluída no Hall da Fama do Rock and Roll. Seu apelido de “Rainha do Funk” não é sem motivo e seus números impressionam. Khan já vendeu mais de 70 milhões de discos no mundo todo, sendo que três de seus álbuns venderam sozinhos mais de 500 mil cópias e um deles vendeu mais de 1 milhão de cópias.

“I’m Every Woman” (1978), um dos maiores sucesso de Chaka Khan.

A artista já recebeu também 10 estatuetas do Grammy Awards (prêmio mais importante da música norte-americana) e é frequentemente incluida em listas de melhores e mais influentes artistas de todos os tempos. Duas de suas canções “I Feel You” (primeiro crossover entre R&B e rap da história) e “I’m Every Woman” são ícones eternos da música mundial.

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Já Don Cornelius não era músico, mas sim apresentador de televisão. Contudo, ele criou o “Soul Train”, programa de televisão que ajudou a apresentar aos Estados Unidos (e também ao mundo) a música de diversos artistas que hoje são considerados ícones da indústria fonográfica mundial. Além disso, o programa também foi responsável por abrir as portas para diversos artistas negros e a popularizar gêneros musicais que antes eram restritos a comunidade afro-americana, como o R&B, o hip hop e o soul.

“Rumble” (1958) de Link Wray.

Além deles, também serão incluídos esse ano no Hall da Fama do Rock and Roll, Link Wray e DJ Kool Herc. Wray era outro artista que transitava entre o country e o rock, sendo um dos pioneiros desse último gênero. Guitarrista genial, Wray foi um dos primeiros músicos a explorar distorções e “tremolos” (repetições rápidas de notas ou variações de amplitude) em uma canção de rock, ao lançar seu hit “Rumble”. A canção, totalmente instrumental e sem voz, chegou a ser uma das mais escutadas dos Estados Unidos em seu ano de lançamento, em 1958. Os efeitos utilizados em “Rumble”, que eram praticamente ignorados em canções de rock, são atualmente amplamente utilizados na música desse e de outros gêneros musicais.

Já o DJ Kool Herc foi um dos pioneiros no desenvolvimento do hip hop, principalmente, em Nova York. Nascido na Jamaica, Herc trouxe toda a bagagem musical de sua terra natal para os Estados Unidos, quando sua família emigrou para o bairro do Bronx, em Nova York, em 1967, quando o DJ tinha apenas 12 anos de idade. Em 1973, ainda muito jovem, DJ Kool Herc (ainda com seu nome de nascimento, Clive Campbell) começou sua carreira de “disc jockey”. Foi nessa época, que Herc inventou o “break”, onde ele isolava trechos curtos, mas extremamente percussivos e dançantes das músicas, prolongando e repetindo esses trechos, muitas vezes mesclando trechos de duas gravações diferentes.

Lou Rawls cantando seu hit “You’ll Never Find Another Love Like Mine” em uma das edições do “Soul Train” em 1977.

Essa técnica foi o alicerce, não apenas para o surgimento do hip hop, mas também para o que viria a ser a forma de tocar de grande parte dos DJs modernos, ou seja, a intercalação, repetição, pronlogamento e distorção dos trechos mais dançantes de canções e gravações. Portanto, no ano em que se comemora os 50 anos do hip hop, nada mais justo do que incluir no Hall da Fama do Rock and Roll um de seus criadores.

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Por último, temos o produtor musical, compositor e instrumentista Al Kooper. Em seus mais de 68 anos de carreira, Kooper trabalhou com inúmeros artistas importantes, ajudando a criar o grupo de jazz e rock Blood, Sweat & Tears, em 1967 e também colaborando em diversas canções de sucesso como “Like a Rolling Stone” de Bob Dylan, onde ele toca o órgão, “You Can’t Always Get What You Want”, dos Rolling Stones, onde ele toca a trompa e o piano, e “The Lady’s Not for Sale” de Rita Coolidge, onde ele foi o principal guitarrista.

40 anos do Hall da Fama do Rock and Roll

Esse ano, o Hall da Fama do Rock and Roll completa 40 anos de sua fundação, em 20 de abril de 1983. O local, que além de hall da fama também é um museu, foi fundado pelo produtor, compositor e filantropo turco-americano Ahmet Ertegun. Fundador da Atlantis Records, Ertegun foi uma das figuras mais importantes da indústria fonográfica norte-americano no século XX e ajudou, não apenas a descobrir diversos artistas talentosos, mas também a popularizar diversos gêneros musicais, como o rock, o blues e o R&B.

Ahmet Ertegun, criador do Hall da Fama do Rock and Roll.
Ahmet Ertegun, criador do Hall da Fama do Rock and Roll.

A sede do Hall da Fama do Rock and Roll, onde também fica seu museu, está localizada em um enorme prédio em forma de pirâmide em Cleveland, nos Estados Unidos. A cidade teve grande importância no surgimento do rock and roll, porque foi lá que o disc jockey Alan Freed deu o nome de “rock and roll”, em 1951, ao gênero e começou a tocá-lo em seu programa de rádio. O gesto de Freed ajudou não apenas a popularizar o nome, mas também o gênero, já que aquela foi uma das primeiras vezes em que canções de rock and roll foram tocadas em uma rádio grande de uma das maiores cidades americanas.

Prédio do Hall da Fama do Rock and Roll em Cleveland, nos Estados Unidos.
Prédio do Hall da Fama do Rock and Roll em Cleveland, nos Estados Unidos.

A cerimônia de inclusão oficial de todos esses grandes artistas no Hall da Fama do Rock and Roll acontecerá no próximo dia 3 de novembro, no Barclays Center, em Nova York, nos Estados Unidos. A cerimônia ainda não tem confirmação de transmissão por nenhum canal de televisão ou plataforma de streaming. Confira abaixo, a lista completa dos 13 nomes que serão incluídos esse ano no Hall da Fama do Rock and Roll:

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Categoria de “Performers/Artistas”:

  • Kate Bush
  • Sheryl Crow
  • Missy Elliott
  • George Michael
  • Willie Nelson
  • Rage Against the Machine (Tim Commerford, Zack de la Rocha, Tom Morello e Brad Wilk)
  • The Spinners (Henry Fambrough, Billy Henderson, Pervis Jackson, Bobby Smith e Philippé Wynne)

Prêmio de Influência Musical:

  • DJ Kool Herc
  • Link Wray

Prêmio de Excelência Musical:

  • Chaka Khan
  • Al Kooper
  • Bernie Taupin

Prêmio Ahmet Ertegun:

  • Don Cornelius

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