Produzido pelo Marvel Studios e distribuído por Walt Disney Pictures, Eternos é o vigésimo sexto filme a fazer parte do Universo Cinematográfico Marvel, que passa por uma evidente expansão em sua “Fase 4”.
O longa conta com a direção da vencedora do Oscar, Chloé Zhao (“Nomadland”- 2020), que também escreveu o roteiro, em parceria com Patrick Burleigh (em seu segundo roteiro de longa-metragem) e os primos Ryan Firpo e Kaz Firpo (os dois estreando).
Zhao foi contratada no final de setembro e obteve liberdade do estúdio para usar sua assinatura própria, já conhecida por seus planos abertos, em mais locações do que os filmes anteriores do Marvel Studios costumam ser rodados.
Eternos é estrelado por Gemma Chan, Richard Madden, Kumail Nanjiani, Lia McHugh, Brian Tyree Henry, Lauren Ridloff, Barry Keoghan, Don Lee, Harish Patel, Kit Harington, Salma Hayek e Angelina Jolie.
Embora desconhecidos do grande público, a equipe já protagonizou arcos incríveis, enquanto esteve nas mãos de lendas dos quadrinhos, como Neil Gailman, John Romita Jr., Walter Simonson, entre outros.
Os personagens foram criados em 1976 por Jack Kirby, mas indícios apontam para que o autor já tivesse o conceito de alguns deles no início da década de 1950, antes mesmo da própria marca Marvel Comics existir.
O mais interessante sobre os arcos envolvendo Os Eternos nos quadrinhos, é que geralmente estão ligados aos primórdios da vida na Terra, e à origem de seres poderosos e entidades, que são muito importantes para o desenvolvimento do Universo expandido.
Com isso, podemos dizer que a Marvel está abrindo uma porta para a introdução de diversos personagens no cinema, e vem se aproximando cada vez mais do que já vem fazendo nas páginas das HQ’s à viárias décadas
Vale lembrar que Chloé Zhao vem de uma sequência de produções muito específicas, que nada tem a ver com o que é proposto por esse “novo” universo cósmico e suas entidades cósmicas.
Até aqui, a crítica fez questão de exaltar o talento da diretora, mas ao mesmo tempo, de contrapor a sua inexperiência com filmes de super-heróis, que na verdade, exigem anos de imersão.
Particularmente, essa repercussão negativa por parte dos analistas de cinema, já era algo esperado, logo quando começamos a ver os trailers divulgados pelo estúdio, que já demonstravam a visão diferenciada que Zhao trazia ao adaptar a obra para o live-action.
Jack Kirby criou os Eternos e os Celestiais como parte de seu pacote de liberdade criativa que foi prometido pela Marvel Comics em 1976, como forma de trazê-lo novamente para suas páginas.
Tendo criado o Quarto Mundo para a DC nos anos anteriores, o autor inspirou-se neste seu universo, mesclando ao conceito por trás do famoso livro do escritor suíço Erich Von Däniken, “Eram os Deuses Astronautas?” (Chariots of the Gods?), publicado em 1968.
Em sua teoria, ele diz basicamente, que a Terra já foi visitada por extraterrestres que conviveram com os humanos no passado, concluindo que tudo que não tem uma explicação óbvia e imediata, como a construção das piramides por exemplo, só pode provir de tecnologia alienígena.
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Kirby tentou responder à pergunta feita por Von Däniken, criando os gigantescos e antiquíssimos Celestiais, basicamente os próprios “Deuses Astronautas”, que pousaram em nosso planeta para realizar suas experiências genéticas e biológicas.
O resultado disso, foi não só na evolução da raça humana, como também a criação de duas novas formas de vida muito distintas entre si.
Os Deviantes, de aspecto monstruoso e com intenções destrutivas, e os Eternos, que eram equivalentes aos deuses gregos, imortais, belos e poderosos que tinham o objetivo de proteger os humanos da ameaça de seus irmãos menos privilegiados.
A série original durou apenas doze edições, e ao longo das décadas, apesar de não muito frequentemente, esses personagens acabaram ressurgindo e foram retrabalhados, passando por reboots e sendo adaptados ao Universo Marvel, com os Celestiais até ganhando mais destaque que suas criações.
O enredo que a equipe de Zhao criou para o longa do Marvel Studios, mantém o conceito geral de deuses astronautas introduzido por Kirby, a partir da obra de Däniken, mas de fato, acaba alterando alguns conceitos.
Ao invés de Eternos e Deviantes terem sido criados a partir de experimentos na Terra, eles na verdade são raças criadas pelo Celestiais, com os Deviantes sendo um projeto falho, que evoluiu e passou a eliminar vidas em vários planetas.
Os Eternos, por sua vez, foram criados em resposta ao problema, com o grupo de 10 membros que protagoniza o longa, tendo a missão de serem os guardiões do planeta e extinguir a raça dos Deviantes.
Isso até o momento em que eles descobrem que, na verdade, são como androides, incapazes de evoluir, com a função de deixar os planetas em condições ideias para que novos Celestiais possam emergir de seu interior, destruindo tudo no processo.
Particularmente, o estúdio acertou ao escolher Chloé Zhao, uma vez que a similaridade da história com traços bíblicos, pede o comando de alguém capacitado, que possa a acertar exatamente o meio termo existente entre a religiosidade e as relações humanas.
Por mais que os Eternos excedam as qualidades da mortalidade terrestre, o filme precisaria fazer com que estes personagens saíssem do seu patamar quase divino, associando a personalidade e os conflitos de cada um deles, aos sentimentos e às fraquezas dos humanos, a fim de criar uma conexão com o público.
Afinal de contas, mesmo representando uma vertente diferenciada ao trazer novas possibilidades para a expansão criativa do UCM, a produção nunca deixou de ser um filme de super-heróis, e a tão criticada/amada “fórmula Marvel”, não deixaria de estar presente.
Zhao tinha como vantagem, o fato de não estar trabalhando com personagens muito conhecidos (até mesmo pelos leitores de quadrinhos), e ter que basicamente introduzir tudo do zero, quase como um filme completamente independente da linha narrativa principal do UCM.
Precisamos relembrar que essa característica foi muito bem aproveitada por James Gunn, que transformou Os Guardiões da Galáxia, personagens que tinham expressividade, em um grande sucesso de público, e atualmente uma das equipes mais queridas dentro da Marvel.
Também precisamos admitir que Zhao não teve medo de trabalhar, o que resultou em um filme que carrega os traços contemplativos característicos de sua filmografia, mas que ao mesmo tempo, não foge tanto assim do caminho que o estúdio vem traçando em suas produções.
Chloé é conhecida por sempre dar mais destaque a um ou dois personagens em suas obras, e imaginamos como foi desafiador para uma recém-chegada na ficção, precisar fazer isso com 10 protótipos de deuses, que estão vivendo no planeta há cerca de 5.000 anos.
Nesse aspecto a diretora fez um trabalho incrível, dando a cada um, o seu tempo de tela, enquanto Sersi (Gemma Chan) vinha sutilmente assumindo seu papel como a verdadeira líder da equipe.
Embora o desenrolar do enredo se apoie em toda essa estrutura de práticas e conflitos internos, ainda assim é possível enxergar a falta de perspectiva que alguns críticos tanto apontam como falhas.
Apesar de terem seu espaço, poucos personagens conseguem estabelecer ligações sentimentais com propósitos humanizados, como é o caso de Gilgamesh (Don Lee) e Thena (Angelina Jolie), por exemplo.
Sabemos que os dois têm uma relação muito intensa, mas em nenhum momento vemos essa ligação sendo construída, só está lá, e precisamos lidar com o fato de que ela existe.
O mesmo acontece com Druig (Barry Keoghan) e Makkari (Lauren Ridloff), que somente esboçam um tipo de carinho especial um pelo outro.
Contudo, poucos pensaram na complexidade que a obra requer para funcionar como um todo, onde as várias facetas propostas pela obra original e as adaptações feitas no filme precisariam se tornar algo palpável.
Chloé teve que seguir uma estrutura muito distante da sua zona de conforto, tendo ainda que ceder ao padrão Marvel em alguns aspectos, com a introdução de seus personagens, além do bom e velho derramamento de textos expositivos.
Com isso, vários elementos que a diretora sempre fez questão de trabalhar em seus filmes de maneira subjetiva e discreta, acabou caindo por terra, onde mais uma vez, temos o roteiro pegando na mão do público e explicando tudo em seus mínimos detalhes.
Chegamos ao ponto dos diálogos fazerem questão de conectar Ikaris com a lenda grega de Ícaro, de forma que todos possam se lembrar do simbolismo existente em sua imagem voando em direção ao sol, ou mesmo que Gilgamesh (Don Lee) se torne um mito na Mesopotâmia, através da ilusões criadas pela Duende (Lia McHugh).
Ainda assim, muitas vezes nos deparamos com o uso depreciativo da expressão “Fórmula Marvel”, como se aparentemente fosse algo ruim, ou pior ainda, que somente a Marvel utiliza esse modelo em suas produções, e que essa fórmula é exclusiva do estúdio.
Em primeiro lugar, esses críticos precisam entender que sem um tipo de estrutura minimamente sólida, não existiria a menor possibilidade de se criar um Universo compartilhado como o UCM ou qualquer coisa desse tamanho.
Como prova disso, temos observado o trabalho da DC, que apesar de trazer algumas boas produções isoladas, não consegue emplacar seu universo compartilhado, e ao invés disso, acabou fazendo séries e filmes que não se conectam.
A expressão “Fórmula Marvel” parece querer rebaixar o mérito de outras fórmulas utilizadas em Blockbusters, como se Zack Snyder não tivesse anteriormente pensado em uma fórmula para a DC (que particularmente, poderia ter funcionado), ou mesmo que James Wan não utilize sua fórmula em “Invocação do Mal“, “Anabelle“, entre outras.
O que muda aqui, é que havendo uma ligação mais forte entre todos os longas e não apenas uma estrutura de continuação, é necessário ir alguns passos adiante, para garantir que uma linha de acontecimentos não fique perdida.
Eternos pode ser que uma produção que não agrade por diversos motivos, com um roteiro mais lento e uma história completamente nova, que acaba sendo um pouco confusa por apresentar elementos desconhecidos para quem não é leitor de quadrinhos.
Mas não podemos negar que se trata de uma obra que tem a clara intenção de instigar a reflexão sobre nossas transformações perante novos conceitos e como reagimos quando sentimos que não devemos aceitar um contexto que nos foi imposto.
Precisamos admitir ainda, que o estúdio acertou em cheio nas escolhas de elenco e produção, assim como Chloé Zhao se mostrou versátil ao definir um nicho que poderia ser explorado também pelos filmes populares.
O longa traz um diferencial, tardio, mas necessário, afinal de contas, tem uma chinesa em sua direção, o primeiro super-herói LGBTQIA+ do estúdio, a primeira personagem (e atriz) deficiente auditiva e diversas etnias representadas entre os protagonistas.
Toda aquela história de que a Marvel retirava o desejo sexual dos seus personagens, também ficou no passado, uma vez que um dos temas de Eternos, é o desenrolar de um romance ao longo dos séculos, com direito a uma cena bem picante.
Para começar, Zhao a era desconhecida fora do cinema independente quando assumiu a direção do longa em 2018, e só agora em 2021, se lançou ao estrelato, graças ao sucesso do premiado “Nomadland”.
Além disso, ela é a primeira pessoa do leste asiático a ganhar um Oscar na categoria de direção, e a segunda mulher na história do cinema a realizar este feito:
“Quando cheguei a Marvel já tinha um encaminhamento e esses personagens foram escritos dentro disso, então fiquei muito impressionada com sua luta pela diversidade… Essa é uma das razões pelas quais fui atraída para o projeto.”
A diversidade era algo que já tinha sido abraçado em outras produções do estúdio, como em “Pantera Negra” e “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis“, mas com certeza Eternos eleva a proposta para outro nível.
A protagonista é Gemma Chan, inglesa com ascendência chinesa, a mexicana Salma Hayek também tem um papel de destaque, junto ao paquistanês Kumail Nanjiani e ao sul-coreano Don Lee.
Temos Lauren Ridloff, que tem ascendência mexicana e de fato é deficiente auditiva, o que revela que a produção realmente pensou em ser inclusiva já na escolha do elenco.
Outro papel importantíssimo no filme é o de Brian Tyree Henry, o intérprete de Phastos, o primeiro herói assumidamente gay e negro do MCU. Já o ator libanês Haaz Sleiman é o marido do personagem na história.
Contudo, entre algumas vitórias, ainda temos algumas derrotas, uma vez que o filme não pode ser lançado na Arábia Saudita, Kuwait, Catar, Bahrein e Omã, devido à representação de um casal gay.
Os cinemas dos Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Líbano e Egito, exibem uma versão editada do filme, que não tem todas as cenas de amor.
A China censurou a exibição de Eternos, o que foi associado ao fato de Zhao ter feito comentários que desagradaram o governo, em uma entrevista de 2013 para a revista Filmmaker, na qual ela descreve o país como “um lugar onde há mentiras por toda parte”.
Vale lembrar que o mesmo aconteceu com “Nomadland”, bem como “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”, que também foi barrado por lá, após comentários parecidos, feitos pelo ator Simu Liu em 2017.
Os problemas de Eternos
Existe uma reclamação em comum entre os críticos de cinema, que acreditam que o UCM se encontra em uma constante, lançando produções padronizadas, que apesar de entregarem um certo nível de entretenimento, pouco oferecem substancialmente ao público.
Chloé Zhao tenta fundir sua visão narrativa com um mundo de super seres, e o resultado foi um filme diferente de alguns projetos mais recentes do Marvel Studios, onde a história é contada com mais paciência do que estamos acostumados em obras deste estilo.
A diretora adora abordar a perspectiva do ser humano perante a magnitude da natureza, mas a verdade é que em poucos momentos de Eternos, conseguimos nos conectar com a dinâmica que ela está buscando.
Uma das possíveis explicações é o fato de o diretor de fotografia Joshua James Richards, com quem Zhao costuma trabalhar, não ter exercido sua função como de costume.
Quem assina a fotografia do filme é um dos contratados da Marvel, Ben Davis, em seu quinto longa no MCU, e o resultado pode ser considerado como um inevitável desencontro visual.
Davis, até consegue emular alguns aspectos da visão de Chloé Zhao para esta grande produção, mas a montagem parece desperdiçar os maiores talentos da diretora.
É como se existissem dois formatos de narrativa dentro de uma mesma obra, que até conseguem se comunicar, mas sem alcançar seu potencial total.
O roteiro se deixa levar pelas explicações demasiadas, enquanto esquece de desenvolver o o mais necessário para tornar a trama interessante, que é o motivo da presença dos Deviantes no presente.
Enquanto eles servem muito bem para ilustrar a função dos Eternos e colocar o plano dos Celestiais em xeque, a grande verdade é que, quando eles reaparecem depois de séculos, a função deles dentro no enredo geral é insignificante.
Além disso, não podemos deixar de notar o seu visual extremamente genérico, com monstros lagartóides e acinzentados sem expressão, que claramente foram fotografados no escuro para economizar a resolução do CGI.
Esse tipo de problema deveria ser algo do passado para a Marvel, utilizado como manobra em produções que precisam contar os centavos do orçamento, e não a blockbusters que custam mais de 200 milhões de dólares.
Mas muito além da aparência grotesca desses personagens, não conseguimos entender o porquê de eles sequer estarem no filme.
A única explicação que temos, é que eles existiram para servir como peões na trama de assassinato de Ajak por Ikaris, pois isso é tudo que a presença dos Deviantes influenciam na trama do longa.
O próprio Kro (Bill Skarsgård), capaz de evoluir ao absorver os poderes dos Eternos, é um personagem que consegue ser menos importante do que Dane Whitman, que só está no filme para mostrar que existe no UCM.
Mesmo com essa mescla entre erros e acertos, acreditamos que o saldo do longa seja considerado positivo pelo estúdio, e que os Eternos darão as caras novamente, seja em uma continuação direta, ou mesmo para fazer frente em futuras ameaças.
Não que eles sejam necessários para as tramas que ocorrem no planeta Terra, mas sim porque eles abrem diversas possibilidades para o universo cósmico do UCM, o que tem se mostrado um caminho interessante para se explorar em futuras produções.
Considerando a maneira como a história termina, com um grupo de Eternos saindo pelo espaço para procurar seus companheiros e esbarrando com Eros/Starfox (o já citado irmão de Thanos interpretado por Harry Styles) e Pip, o Troll (Patton Oswalt).
Nas histórias em quadrinho, o personagem normalmente está conectado com Adam Warlock, que estará em Guardiões da Galáxia 3. Portanto ainda há muita coisa para ser explorada nesse círculo pouco explorado do UCM.
E o mesmo vale para os Eternos que foram abduzidos por Arishem, demonstrando seu descontentamento, mas poupando suas vidas, de forma que ele possa julgar a Terra com base nos HD’s de suas criações sobre a Humanidade.
Esse é um fio narrativo muito interessante, que certamente exigiria uma continuação, e na verdade é o que acreditamos que deve acontecer, afinal, a capacidade da Marvel em trabalhar seu universo de maneira sólida, de fato, tem se mostrado vitoriosa na grande maioria das vezes.
Não podemos esquecer da cena pós-créditos envolvendo Dane Whitman e a mítica Espada de Ébano, o que o coloca a poucos passos de se transformar no Cavaleiro Negro.
A cena que parece desconexa do restante do filme, e de fato é, abre espaço para o personagem que terá relevância no futuro imediato do UCM, e ao que tudo indica, estará conectado com o próximo filme do Blade.
Por todos esses novos elementos que o longa foi capaz de introduzir, acreditamos que não existem motivos para uma crítica tão pesada, como vimos antes do lançamento, uma vez que Eternos provavelmente veio para dar início a uma nova fase da Marvel no cinema.
Entendemos que todos esperavam mais de Chloé Zhao pelos prêmios que ela vem acumulando nos últimos anos, mas de fato, criou-se uma grande expectativa, frustrada pelas adaptações da diretora quanto ao seu trabalho dentro da Marvel.
Particularmente, Eternos é o projeto mais ousado, como em alguns anos não a Marvel se arriscava em fazer, com um trabalho até bastante autoral, embora ainda amparado por sua tão questionada fórmula.
Talvez, por este motivo o longa não tenha conseguido funcionar por completo, sendo que o estúdio poderia ter afrouxado as amarras, e deixado sua competente diretora caminhar um pouco mais por fora da caixa.
E aí cinéfilo, o que achou da nossa crítica? Tem uma visão diferente sobre Eternos do Marvel Studios?
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