Pragmata, a nova IP da Capcom combina ação, hacking e laços emocionais em uma estação lunar isolada. Descubra porque este porde ser o sci-fi mais ambicioso da Capcom.
Após anos de silêncio e adiamentos sucessivos, Pragmata voltou aos holofotes no recente Capcom Spotlight de 26 de junho com revelações promissoras.
O novo trailer e as informações divulgadas reforçam a ambição da Capcom em construir uma nova IP sci-fi que mistura ação intensa, drama emocional e tecnologia de ponta no motor gráfico.
Enredo Promissor
Em um futuro não muito distante, a descoberta de um material revolucionário chamado lunafilamento impulsiona uma nova era tecnológica.

Esse material, pode ser usado para mimetizar qualquer coisa, transforma-se na base para experimentos em uma estação lunar de pesquisa.
Certo “dia”, inesperadamente, todas as comunicações com a base cessam — e o silêncio da Lua passa a esconder algo muito mais inquietante.
É nesse contexto que Hugh Williams, membro de um esquadrão enviado para investigar o ocorrido, acorda desacordado, ferido e sozinho, após um violento abalo sísmico.
Seu time desapareceu. A estação, agora hostil, é patrulhada por robôs programados para eliminar intrusos. E sua única salvação surge na forma mais inesperada possível: uma androide de aparência infantil que o salva.
Ela se identifica como D-I-0336-7 — um número de série, frio e impessoal. Mas Hugh sugere chamá-la de “Diana”.
E é nessa interação aparentemente banal que Pragmata encontra seu núcleo emocional. Diana, criada com lunafilamento e limitada por um banco de dados reduzido, demonstra espanto genuíno diante do gesto.
O nome desperta nela um novo tipo de reação: não programada, não esperada.
A partir daí, os dois formam uma aliança improvável, unindo forças para escapar de uma estação dominada por IAs, máquinas autônomas e um passado esquecido.
Hugh, veterano endurecido pelo tempo, assume uma postura protetora. Diana, curiosa e empática, aprende e evolui diante de cada descoberta.
A jornada deles é marcada não apenas por confrontos e sobrevivência, mas por algo mais profundo: a construção de um vínculo entre o humano e o artificial.
À medida que enfrentam os perigos da estação, fragmentos do passado emergem — memórias corrompidas, visões distorcidas, questionamentos sobre o que é real.
Hugh precisa lidar com suas próprias dúvidas enquanto tenta entender o que Diana representa. Seria ela apenas um produto? Um acidente de laboratório? Ou talvez… a última chance de ele sentir algo verdadeiro de novo?
Pragmata propõe uma ficção científica que olha para dentro. Entre corredores metálicos e isolamento absoluto, ele nos pergunta:
Se até uma máquina pode aprender a amar, o que nos impede de reaprender também?
Jogabilidade Inovadora

Pragmata promete entregar uma experiência de ação e ficção científica que vai além do tiroteio convencional.
O jogo é construído sobre um sistema de combate estratégico em terceira pessoa, que combina ação direta com momentos de pausa tática, através de um sistema de hackeamento em tempo real.
Controlando Hugh, o jogador explora a vasta estação lunar ao lado de Diana, que não é apenas uma parceira narrativa, mas uma peça-chave nas mecânicas de jogo.
A jogabilidade gira em torno da cooperação entre os dois: enquanto Hugh utiliza armas de fogo para eliminar ameaças, Diana pode invadir os sistemas dos inimigos, desabilitar armaduras protetoras e revelar os pontos fracos — tudo isso por meio de um minigame de hacking que exige raciocínio rápido e precisão.
Esse sistema cria um fluxo de combate dinâmico: primeiro o jogador paralisa os sistemas com Diana, depois executa com Hugh.
Quanto mais preciso o hackeamento, maior o dano e a vantagem tática. É uma sinergia entre cérebro e força bruta, onde decisões rápidas moldam o desfecho de cada confronto.

As habilidades únicas de Diana tornam-se não apenas úteis, mas essenciais. E o mais interessante: a forma como ela reage ao mundo também muda com o tempo, refletindo seu crescimento como personagem e IA — uma camada sutil de evolução emocional, aplicada diretamente à jogabilidade.
Combinando ação, puzzles, cooperação assimétrica e uma ambientação opressora, Pragmata promete uma jogabilidade tensa, criativa e intimamente conectada à narrativa. Aqui, cada batalha é uma conversa — entre homem e máquina, entre lógica e emoção.
Ambientação e Exploração
O cenário principal de Pragmata é uma colossal estação de pesquisa lunar, construída pela humanidade mas agora deixada à deriva, controlada por inteligências artificiais autônomas.
A Lua, com seu silêncio sepulcral e atmosfera rarefeita, funciona não apenas como pano de fundo, mas como extensão emocional da narrativa — um reflexo da solidão, do vazio e do isolamento psicológico do protagonista.

Do lado de fora, paisagens áridas, crateras extensas e a constante presença da Terra no céu reforçam a sensação de afastamento.
A arquitetura da estação mescla estética funcional com um ar de mistério: estruturas suspensas por cabos, antenas gigantescas e portais magnéticos sugerem um passado de avanços científicos agora esquecidos.
Fora das batalhas, a exploração ganha profundidade com puzzles ambientais, caminhos bloqueados por IA, portas trancadas e dispositivos de segurança que só Diana pode manipular.
A estação lunar, embora fria e “vazia”, está viva — monitorando, reagindo e tentando impedir o avanço da dupla a todo custo.
Cada sistema hackeado, cada desvio em uma rota, cada escolha na hora de explorar ou atacar define o ritmo do progresso.
A presença de Diana contrasta com a frieza do ambiente. Enquanto Hugh tenta sobreviver, a estação tenta elimina-lo — sensores o seguem, portas se trancam sozinhas, e mensagens enigmáticas surgem nos painéis.
Tudo indica que há algo ou alguém controlando os sistemas com intenções desconhecidas.
Pragmata usa o isolamento como uma mecânica narrativa, criando tensão constante não por sustos fáceis, mas pela inquietação provocada pela vastidão vazia e o medo do desconhecido. A Lua nunca pareceu tão próxima — e, ao mesmo tempo, tão distante da humanidade.
RE Engine e Gráficos Absurdos
Pragmata está sendo desenvolvido na consagrada RE Engine, a mesma tecnologia que deu vida a franquias como Resident Evil e Devil May Cry.
No entanto, aqui ela é levada a novos patamares — não apenas para entregar gráficos bonitos, mas para construir uma ambientação futurista imersiva, sensorial e inquietante.
A Capcom tem apostado alto no uso de ray tracing, simulação de luz volumétrica e reflexos dinâmicos que transformam a estação lunar em um espaço vivo, com sombras profundas e uma atmosfera quase palpável.
Mas o grande destaque técnico aqui é o sistema de física capilar e de tecidos, projetado especialmente para Diana.
Seus cabelos longos, loiros e finos se movimentam com precisão, principalmente em baixa gravidade, ondulando de forma natural com cada passo ou giro do corpo.
As roupas e detalhes sutis do rosto, como os reflexos nos olhos, dão uma sensação de humanidade surpreendente para uma figura que claramente não é humana.
O design dos robôs também impressiona: os androides inimigos têm carcaças articuladas, sistemas hidráulicos visíveis e animação fluida.
O próprio Hugh conta com armamentos tecnológicos de ponta e um traje cheio de microdetalhes, como painéis móveis, iluminação adaptativa e hologramas integrados ao visor.
Mesmo com tudo isso, a Capcom revelou que o jogo terá suporte a 60 FPS nas plataformas de nova geração, prometendo fluidez mesmo em ambientes cheios de partículas, colisões e manipulação de física em tempo real.
Duvida? O trailer foi todo capturado em um PS5 Pro.
Quando Chega?
Originalmente previsto para 2022, o jogo foi adiado diversas vezes. Mas agora, a Capcom confirmou uma nova janela para 2026, com versões para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC (Steam).
Pragmata parece beber da mesma fonte emocional que encantou os jogadores em The Last of Us (2013): a conexão paternal entre um homem calejado e uma criança vulnerável (mas surpreendentemente forte).
No caso da Capcom, temos Hugh, o astronauta solitário, e Diana, a androide de aparência infantil, numa dinâmica que sugere tanto proteção quanto dependência mútua — exatamente o tipo de relação que tantos jogadores procuraram reviver após a desconstrução narrativa entre Joel e Ellie em The Last of Us Part II.
Em um mundo onde até os sentimentos parecem simulados, Pragmata pode ser a tentativa mais humana que a Capcom já fez — justamente por colocar no centro da jornada aquilo que tantos jogadores perderam: o desejo de se apegar a alguém.
Uma resposta
Excelente conteúdo, esse jogo promete muito, já vou até colocar na minha lista Steam pra jogar!