Todo mundo que gosta de cinema sabe que um dos aspectos mais importantes de qualquer filme é sua trilha sonora. Tanto é assim, que muitas vezes a trilha se torna tão icônica que passa a ser mais lembrada que o próprio filme, se tornando “um ser” totalmente independente da obra a que ele estava originalmente atrelada. Exemplos disso não faltam, basta pensar em trilhas sonoras icônicas, como a de Star Wars, por exemplo.

Trilhas são importantes para dar o “clima” certo a uma cena, para trazer o espectador para a trama, para introduzir ou, até mesmo, substituir personagens. É isso mesmo, em alguns casos um tema musical é tão bom que ele é capaz de substituir um personagem. Ele não precisa ser mostrado porque o fato de aquele tema estar sendo tocado, indica a presença daquele personagem em cena.

No cinema de terror, a importância das trilhas sonoras é ainda maior. Isso porque, esse é um gênero que depende bastante de conseguir fazer o espectador entrar no clima e “comprar” a trama, dando credibilidade ao que ele está vendo na tela. Só assim, um filme de terror conseguirá alcançar seu objetivo de causar medo, repulsa e estranhamento em seu espectador.

Não a toa, diversas das trilhas sonoras que apresentaremos a seguri nesse texto, são também algumas das melhores e mais notórias trilhas sonoras já produzidas no cinema. Então, sem mais demora, apresentamos a seguir 10 das melhores trilhas sonoras já compostas para filmes de terror. Nossa lista, inclui filmes de subgêneros distintos do cinema de horror, indo do terror sobrenatural, ao slasher, passando pelo thriller. Então vamos lá.

O Exorcista (1973) – Uma das melhores trilhas sonoras da história

Com toda a certeza um dos melhores e mais importantes filmes de terror já produzidos em toda a história. Além disso, é muito provavelmente, o filme de terror sobrenatural mais importante da história da sétima arte. Lançado em 1973 e dirigido por William Friedkin, a produção quebrou inúmeros recordes e barreiras. Produzido a um custo de 12 milhões de dólares, a obra arrecadou mais de 88 milhões de dólares nas bilheterias, na época. Se tornado assim, o filme mais visto de 1973.

No total, até os dias atuais, O Exorcista arrecadou mais de 441 milhões de dólares em bilheterias no mundo todo. A produção não apenas foi um enorme sucesso comercial, como se tornou também um fênomeno cultural, que influenciou profundamente o cinema como um todo. Além disso, O Exorcista mudou completamente a forma como o cinema de terror era visto, se tornando o primeiro filme desse gênero a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme.

Além de roteiro, direção, elenco brilhantes e valores de produção de primeira linha, um dos aspectos que mais chamou atenção em O Exorcista, foi sua trilha sonora. O tema musical principal do filme, chamado “Tubular Bells”, composto pelo músico inglês Mike Oldfield, se tornou um enorme sucesso, vendendo quase 3 milhões de cópias na época do lançamento do filme. Além disso, a canção se tornou extremamente conhecida, a ponto de ser quase que instantâneamente associada a O Exorcista.

“Tubular Bells” acabou por se tornar um dos temas de filme de terror mais conhecidos do mundo e muito gente fica com medo só de ouví-lo, já lembrando das assustadoras cenas de O Exorcista. Devido a esse sucesso, a canção é revenreciada e copiada até os dias atuais. É provável que você também se lembre imediatamente dela (e do filme) ao escutá-la no vídeo que deixaremos abaixo.

A Profecia (1976)

Outro clássico do terror sobrenatural que, aliás, foi feito justamente na esteira do sucesso de O Exorcista, tendo sido lançado três anos depois dele. Produzido em um momento em que o cinema de terror começou a ser realmente respeitado pelos grandes estúdios hollywoodianos, A Profecia é estrelado por Gregory Peck e Lee Remick, intérpretes bastante respeitados em Hollywood. Peck, inclusive, já era naquela época, uma das maiores estrelas do cinema mundial e já havia vencido o Oscar de Melhor Ator.

Ou seja, aqui temos um elenco de primeira linha. O diretor Richard Donner, já tinha dirigido produções cinematográficas e televisivas, mas A Profecia foi seu primeiro grande sucesso comercial. Apesar de ter sido feito em um momento favorável ao cinema de terror, o filme custou menos de 3 milhões de dólares para ser produzido. Contudo, a obra gerou um enorme lucro para a 20th Century-Fox, que distribuiu o filme, arrecadando mais de 60 milhões em bilheterias e se tornando o sexto filme mais visto de 1976.

Ao longo dos anos, A Profecia se tornou um dos maiores clássicos do cinema de terror, influenciando profundamente esse gênero e sendo lembrado pelo público até os dias atuais. Um dos aspectos mais elogiados da produção é justamente sua trilha sonora que, inclusive, ganhou o Oscar de Melhor Trilha Sonora daquele ano. Composta pelo lendário músico Jerry Goldsmith, a trilha tem como ponto alto, o tema musical principal do filme, chamado de “Ave Satani”.

A canção, interpretada por um coro, em estilo religioso e com letra em latim aparece no filme toda vez que algo sobrenatural irá acontecer. Seu sucesso foi tão grande que, apesar de seu estilo pouco usual para o cinema hollywoodiano, ela foi indicada ao Oscar de Melhor Canção Original. “Ave Satani” é tão efetiva que até hoje faz muita gente se arrepiar e lembrar imediatamente de A Profecia.

Halloween (1978) – Uma das mais brilhantes trilhas sonoras de John Carpenter

Halloween é seguramente o mais importante filme slasher já produzido, esse subgênero do cinema de terror onde um maníaco assassino persegue e assassina (com muito sangue e violência) vítimas inocentes. Apesar de não ter fundado esse subgênero, Halloween lhe deu notoriedade e, mais do que isso, mostrou que ele era comercialmente bastante viável. Graças ao filme, outros clássicos do terror dos anos 1980, como A Hora do Pesadelo, Brinquedo Assassino e Sexta-Feira 13 foram produzidos.

Halloween também foi responsável por dar uma carreira ao diretor John Carpenter e a atriz Jamie Lee Curtis. Carpenter se tornaria um dos mais importantes diretores do cinema de terror e Curtis, uma das mais bem-sucedidas atrizes de sua geração. Produzido de forma independente a um custo de “míseros” 300 mil dólares, valor baixíssimo para o cinema hollywoodiano daquele época, o filme arrecadou 70 milhões de dólares em bilheterias no mundo todo, se tornando um dos 10 filmes mais vistos de 1978.

Halloween também foi responsável por apresentar ao mundo uma das figuras mais emblemáticas da história do cinema, o serial killer Michael Myers (Nick Castle), que inspiraria a criação de outros ícones do cinema de terror, como Jason Voorhees e Freddy Krueger. Com o tremendo sucesso comercial do filme, os estúdios hollywoodianos viram que podiam fazer muito dinheiro com investimentos relativamente pequenos com os filmes slasher e os anos 1980 viram uma profusão deles.

Entre os aspectos mais elogiados e emblemáticos de Halloween está justamente a trilha sonora do filme, composta pelo próprio John Carpenter, que também era músico. Seu tema principal, que é usado sempre que Myers está por perto, foi supostamente composto em apenas uma hora por Carpenter, mas se tornou tão icônico que é instantâneamente reconhecida por muita gente.

A assustadora trilha com tons quase agressivos, até mesmo dispensa a presença de Myers na cena. Já que toda vez que a ouvimos sabemos que o assassino está próximo e vai atacar a qualquer instante. Assim, essa canção gera um suspense arrepiante para muita gente. Por tudo isso, muitos cinéfilos sentem medo só de ouvir esse tema e o associam imediatamente as cenas do filme.

Sexta-Feira 13

Como dissemos na seção anterior, Halloween foi responsável pelo surgimento de diversos filmes parecidos com ele e Sexta-Feira 13 foi um deles. A obra surgiu quase como um “rip-off” de Halloween, ou seja, uma tentativa de lucrar com um filme que está na moda, criando um outro parecido com ele. Saído da mente do diretor Sean S. Cunningham, a obra visava aproveitar o momento em que produções slasher estavam em voga e criar um filme ainda mais chocante do que Halloween.

Tanto é assim que Cunningham começou a promover Sexta-Feira 13 antes mesmo de ter um roteiro pronto para o filme. Ele fez isso afim de eventualmente lucrar com a expectativa em relação a obra e também evitar que sua ideia fosse “roubada” por outro diretor ou estúdio. Produzido ao estilo de Halloween, o filme foi feito com um orçamento de apenas 550 mil dólares, rodado todo em locação e utilizando um elenco de atores iniciantes. A fórmula deu certo e Sexta-Feira 13 acabou arrecadando quase 60 milhões de dólares nas bilheterias do mundo todo.

Além disso, o filme também se tornou o primeiro slasher a ser adquirido e distribuído por um grande estúdio, a Paramount Pictures, e mais que isso, Sexta-Feira 13 também foi distribuído internacionalmente pela Warner Bros., algo incomum na época para um filme tão barato e sem nenhum ator de renome internacional. Entre os principais destaques da obra está justamente sua trilha sonora e em especial seu tema musical principal, que aparece toda vez que o assassino está por perto.

Inspirando-se no que foi feito no clássico Tubarão (1975), o compositor Harry Manfredini tentou criar um tema que pudesse substituir o assassino em cena. Dessa forma, mesmo que ele não aparecesse, o público saberia que ele está por alí. Isso foi feito, porque o assassino de Sexta-Feira 13 só aparece nos momentos finais do filme, já que essa é a grande surpresa da trama. Além disso, Manfredini não queria “manipular” o público.

Por isso, esse tema só era tocado quando o assassino iria agir. Ademais, a canção também era usada para brincar com as emoções do público, muitas vezes sendo tocada e depois parando de tocar, para que o público achasse que nada ia acontecer e então, sem música, o assassino atacava. O tema de Sexta-Feira 13 utiliza um ritmo forte e constante para tentar gerar suspense durante todo o tempo. Contudo, sem dúvida alguma, seu grande destaque é quando as palavras “ki ki ma ma” são sussurradas quase que de uma forma fantasmagórica.

Esse trecho do tema principal do filme, acabou se tornando um marca registrada de todos os filmes da Sexta-Feira 13 e quando ela é tocada, todos sabem que um assassinato está para ocorrer. A ideia de criar esse trecho foi do próprio Sean S. Cunningham que queria que o trecho fosse “cantado” por um coro. Sem orçamento para isso, o próprio Manfredini falou as sílabas de forma ritmada em um microfone e usou um reverberador para criar o efeito de eco que tanto assusta o público.

O mais interessante é que nem todo mundo escuta “ki ki ma ma”, com muita gente achando que o que é dito é “cha, cha, cha”. No entanto, o “ki ki ma ma” vem de “Kill her, mom” (ou “Mate ela, mãe”, em português), dita pela personagem Sra. Voorhees (mãe do famoso Jason Voorhees, protagonista da franquia) durante os últimos minutos de Sexta-Feira 13. O fato é que o eco dessas sílabas ditas no silêncio ainda assusta muita gente.

Suspiria (1977)

Agora vamos sair dos Estados Unidos e ir para a Europa, para falar do que talvez seja a obra mais conhecida de um dos mestres do terror, o diretor italiano Dario Argento. É claro que estamos falando de Suspiria. Lançado em 1977, o filme já fez algum sucesso nas bilheterias quando estreou nos cinemas, mas foi apenas com o passar dos anos que ele realmente conseguiu se tornar o clássico cult que é hoje. Atualmente, Suspiria é considerado um dos mais importantes e influentes filmes de terror da história e Argento se tornou um dos mais reconhecidos diretores do gênero.

Apesar de ser um filme bastante violento, com cenas fortes e chocantes, como era comum no cinema de terror italiano da época, Suspiria também utiliza diversas técnicas para construir um clima tenebroso que leva o espectador a estar sempre em suspense e pronto para ser assustado. Entre os principais aspectos do filme que são utilizados para criar esse clima, está sua trilha sonora, composta pelo próprio Argento em colaboração com o grupo de rock progressivo, Goblin.

O tema musical principal do filme, utilizado quase sempre nos momentos de maior suspense na trama, utiliza a combinação de diversos instrumentos musicais “pouco convencionais”, com uma voz cantarolando sem parar em um tom macabro e assustador. A canção vai se desenhando de uma forma que o suspense aumenta tanto a ponto de quase explodir. Como dito, esse tema é utilizado já nos momentos iniciais de Suspiria e aparece sempre em cenas em que existe suspense e a expectativa de que algo vá acontecer.

Essa canção causa uma forte sensação de estranheza no espectador, um sentimento anti-natural e de algo não está certo. O que combina bastante com a trama do filme, onde uma bailarina americana vai estudar em uma famosa escola de balé europeia, mas chegando lá, se depara com inúmeros acontecimentos estranhos. Durante boa parte do filme, o espectador é deixado sem explicação sobre o que está acontecendo.

Assim, a trilha sonora de Suspiria ajuda a causar essa sensação de estranhamento. De que algo naquela escola não está certo. De que algo estranho ocorre alí. Não a toa, ela é talvez o aspecto mais elogiado do filme, a ponto de ter se tornado famosa para além do próprio filme, com algumas pessoas, inclusive, a apontando como uma das principais responsáveis pelo status que Suspiria alcançou ao longo dos anos.

O Bebê de Rosemary (1968)

Agora falaremos de um representante do terror psicológico, um subgênero do cinema de terror que usa o estado psicológico, emocional ou mental dos personagens para assustar, incomodar ou causar desconforto no espectador. Lançado em 1968, O Bebê de Rosemary é um dos principais representantes desse gênero e também um dos melhores e mais respeitados filmes de terror de toda a história do cinema mundial.

Escrito e dirigido pelo cultuado diretor franco-polonês Roman Polanski e estrelado pela respeitada atriz Mia Farrow e por um elenco que conta com nomes como John Cassavetes e Ruth Gordon, o filme foi um enorme sucesso de crítica e público ainda na época de seu lançamento. Produzido a um custo de cerca de 3 milhões de dólares, a produção arrecadou mais de 33 milhões de dólares em bilheterias, se tornando um dos dez filmes mais vistos no mundo em 1968.

Além disso, a produção foi muito bem recebida pela crítica especializada, sendo indicada a diversas premiações, incluindo, indicações ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Roteiro Adaptado. O sucesso de O Bebê de Rosemary também fez com que a carreira de Roman Polanski deslanchasse, tornando-o um nome conhecido em todo mundo. Atualmente, a obra é amplamente considerada um dos melhores filmes de terror de toda a história.

Entre os principais destaques de O Bebê de Rosemary está justamente sua trilha sonora, escrita pelo músico polonês Krzysztof Komeda. O tema principal do filme, a canção “Sleep Safe and Warm”, que depois do filme ficou conhecida como “Lullaby from Rosemary’s Baby” (ou “Canção de Ninar de O Bebê de Rosemary”, em português), é até hoje lembrado, com arrepios, por muita gente.

A canção “interpretada” pela própria Mia Farrow é basicamente uma “canção de ninar” aterrorizante e feita para gerar suspense e medo, cuja letra consiste unicamente na própria Farrow cantando “lá lá lá”, como se estivesse ninando um bebê. A canção combina perfeitamente com a trama do filme, que conta a história de uma mulher que fica grávida, mas começa a suspeitar que seu bebê não é humano, mas sim o filho do Diabo. A mistura da trilha sonora com a trama do filme, faz com que ela se torne ainda mais aterrorizante. Não a toa, O Bebê de Rosemary foi indicado ao Globo de Ouro de Melhor Trilha Sonora Original.

Christine – O Carro Assassino (1983)

O próximo filme da nossa lista também é um clássico dirigido pelo mestre John Carpenter, cujo roteiro é baseado em um dos principais livros de outro mestre do terror, o escritor Stephen King. Christine – O Carro Assassino, foi lançado em 1983, em um período em que diversos livros de King estavam sendo adaptados para o cinema depois do sucesso de Carrie – A Estranha, em 1976. Estrelado por um elenco de atores jovens, Christine foi um sucesso de crítica e público já na época de seu lançamento, arrancando elogios de gente respeitada, como o famoso crítico de cinema, Roger Ebert.

Produzido a um custo estimado de 10 milhões de dólares, a obra arrecadou cerca de 21 milhões de dólares em bilheterias no mundo todo. Atualmente, Christine é consideado um clássico cult e uma das melhores adaptações para o cinema de uma obra de Stephen King. Entre os aspectos que até hoje mais são lembrados pelo público está sua trilha sonora, composta pelo próprio Carpenter em parceria com Alan Howarth.

O tema principal da trilha, usa batidas constantes semelhantes a um coração que trazem uma sensação de suspense e medo, deixando no ar a expectativa de que algo vai ocorrer. Não a toa, a canção é utilizada toda vez que Christine vai atacar, para indicar ao espectador que algo está próximo de acontecer. Assim que as luzes de Christine acendem e esse tema começa a tocar, o espectador já sabe que algo, normalmente um assassinato, irá acontecer.

O mais interessante é que a trilha sonora de Christine também está abarrotada de canções de rock dos anos 1950, já que Christine é um carro modelo Plymouth Fury fabricado em 1957. Aliás, a canção “Bad to the Bone” (ou “Mal até os Ossos”, em tradução literal para o português), da banda George Thorogood and the Destroyers, é usada frequentemente no filme para, de alguma forma, descrever Christine que, aliás, em seu rádio, só toca músicas antigas.

A Hora do Pesadelo (1984)

Continuando nossa lista, agora vamos falar de outro filme slasher, aliás, um dos maiores clássicos do gênero, A Hora do Pesadelo. Mais do que um simples filme slasher em que um assassino sai matando desenfreadamente, A Hora do Pesadelo tem também um componente sobrenatural e psicológico muito forte. Por esse motivo, ele se tornou não apenas um clássico do slasher, mas também um dos melhores filmes de terror já produzidos em toda a história do cinema mundial.

Nascido da mente de Wes Craven, que se tornaria ele próprio um dos maiores nomes do cinema de terror, A Hora do Pesadelo lida com temas delicados, como a fronteira entre o real e o imaginário, experiências traumáticas, sexualidade, estupro e assassinato de crianças. Por toda sua complexidade, o filme foi bem recebido pela maioria da crítica especializada quando foi lançado, sendo considerado por muitos, uma espécie de revigoramento de um subgênero que, já naquela época, estava saturado.

Além disso, A Hora do Pesadelo também foi um enorme sucesso de público. Produzido por cerca de 1 milhão de dólares, o filme arrecadou 57 milhões de dólares em bilheterias no mundo todo, se tornando um extrondoso sucesso comercial. O sucesso foi tamanho que transformou aNew Line Cinema, estúdio que produziu e distribuiu o filme, em um dos grandes estúdios de Hollywood. Sendo que antes do filme, ele era apenas um estúdio muito pequeno que distribuia filmes baratos e produzidos de forma independente.

Ademais, A Hora do Pesadelo também foi responsável por apresentar ao mundo, uma das figuras mais conhecidas do cinema mundial, o serial killer Freddy Krueger. Uma produção tão icônica assim, só poderia contar com uma trilha sonora de primeira linha. Composta por Charles Bernstein, a trilha do filme conta com dois destaques, seu tema principal e também a canção tema de Freddy Krueger. O tema musical principal da obra foi composta afim de gerar suspense e medo no espectador e até hoje é lembrado por muita gente.

Combinado a esse tema temos também a canção que é cantada por vozes infantis todas as vezes em que Freddy está para atacar. Chamada de “One, Two, Freddy’s Coming For You” (ou “Um, dois, Freddy Está Vindo Atrás de Você”, em tradução literal para o português), ela foi também composta por Bernstein em parceria com Alan Pasqua e é baseada em uma cantiga de roda britânica do século XIX, chamada “One, Two, Buckle My Shoe”. Com certeza todo mundo que já assistiu A Hora do Pesadelo, saiu da sessão com essa canção na cabeça, tamanha sua força.

Psicose (1960) – Uma das trilhas sonoras mais marcantes

É provável que esse filme até mesmo dispense apresentações. Amplamente considerado um dos mais importantes filmes já feitos na história do cinema, Psicose é também o maior clássico do “mestre do suspense”, Alfred Hitchcock, que é igualmente, um dos maiores diretores da história da sétima arte. Lançado em 1960, a obra foi um imenso sucesso de público, arrecadando cerca de 32 milhões em bilheterias e se tornando o segundo filme mais visto de 1960, só perdendo para outro clássico, Spartacus.

O filme também foi indicado a diversos prêmios, incluindo, os Oscar de Melhor Diretor e Melhor Atriz Coadjuvante, entre outros. Como quase toda a obra de Hitchcock, Psicose não foi bem entendida pela crítica especializada da época e recebeu algumas críticas negativas assim que estreou nos cinemas. Com o passar dos anos, no entanto, a obra se tornou um dos maiores clássicos da história do cinema e também um dos filmes mais influentes de toda a sétima arte.

A produção é creditada por muitos historiadores como o precursor do filme slasher, subgênero do cinema de terror, sobre o qual já falamos extensivamente nesse texto. Entre os muitos pontos altos de Psicose, está sua brilhante trilha sonora, composta pelo genial compositor e maestro norte-americano Bernard Herrmann, que até hoje é lembrada por todo mundo. Herrmann é unanimemente considerado um dos maiores compositores para cinema da história. Por isso, seu trabalho em Psicose não poderia ser menos do que brilhante.

Herrmann conseguiu criar uma trilha sonora tão incrível que ela não apenas ficou mais famosa que o próprio filme como virou sinônimo de filme de terror. O tema musical principal da obra, tocado na famosa cena do chuveiro, acabou de tornando também sinônimo de assassinato. Quando você ouve esse tema, você sabe que alguém vai ser morto a facadas, não importa em que filme seja. O tema ficou tão famoso que é comumente utilizado em paródias e em inúmeras produções televisivas e cinematográficas, já que todo mundo é capaz de imediatamente entender a referência.

É possível afirmar sem sombras de dúvidas que essa é uma das trilhas sonoras mais famosas de toda a história do cinema mundial. Você pode até nunca ter assistido a Psicose, afinal de contas estamos falando de um filme com quase 65 anos de idade, mas você com toda a certeza já escutou a trilha sonora que Bernard Herrmann compôs para ele.

Tubarão (1975) – Uma das melhores trilhas sonoras de John Williams

Já que estamos falando de trilhas sonoras que se tornaram mais famosas que os próprios filmes, não poderíamos deixar Tubarão de fora. É claro que aqui estamos “trapaceando” um pouco, já que Tubarão é mais um thriller (ou suspense) do que necessariamente um filme de terror. Mas já que incluimos Psicose, porque não incluir também essa outra obra-prima. Se Bernard Herrmann foi um dos maiores compositores para cinema da história, John Williams é, sem sombra de dúvidas, o maior compositor para cinema vivo.

Aos 92 anos de idade, é possível afirmar sem medo de errar, que você já escutou um tema musical composto por ele. E foi justamente Williams quem compôs a genial trilha sonora de Tubarão. Lançado em 1975, o filme revolucionou completamente o cinema e lançou a carreira de outro gênio, o diretor Steven Spielberg. Não é nem preciso dizer que o filme foi um enorme sucesso de crítica e público.

Produzido a um custo de 9 milhões de dólares, Tubarão arrecadou só nos Estados Unidos, na época de seu lançamento, a bagatela de 133 milhões de dólares. Se tornando com folga, não apenas o filme mais visto de 1975, mas também o filme mais visto da história da cinema. Recorde esse, que só seria quebrado dois anos depois, com o lançamento de Guerra nas Estrelas. E não apenas isso, nos mercados internacionais o filme arrecadou ainda mais. Calcula-se que até hoje o filme tenha arrecadado mais de 470 milhões de dólares, o que faz dele a sétima maior bilheteria da história da sétima arte, se ajustada a inflação.

O filme, obviamente, foi indicado a muitos prêmios, incluindo o Oscar de Melhor Filme. Entre os aspectos mais elogiados dessa obra-prima está justamente sua trilha sonora que, inclusive, ganhou o Oscar daquele ano. O tema musical principal da trilha, utilizado toda vez que o tubarão está próximo ou existe perigo de ataque, acabou se tornando até mais famoso que o próprio filme, tornando sinônimo de perigo e ameaça próxima.

Williams compôs o tema justamente para que ele fosse “ameaçador” e lembrasse o ataque de um tubarão real “instintivo, implacável, imparável”. O tema funcionou tão bem que acabou substituindo o próprio tubarão no filme. Isso porque, os tubarões mecânicos utilizados no filme davam tanto problema que estavam atrapalhando as filmagens. Assim Spielberg decidiu diminuir seu uso e só mostrar o tubarão quando realmente fosse necessário. Dessa forma, em diversas cenas de ataques do animal, apenas partes do tubarão ou apenas a reação da vítima do ataque é mostrada, com a trilha de John Williams se encarregando de “fazer o resto” e criar a ilusão de que o tubarão realmente esteve alí.

Por tudo isso, o próprio Steven Spielberg admitiu que sem a trilha sonora de John Williams, Tubarão só teria feito metade do sucesso que fez. Depois disso, Williams comporia a trilha sonora de quase todos os filmes de Spielberg, o que resultaria em uma das mais frutíferas parcerias do cinema moderno e incluiria outras trilhas sonoras geniais, como as de Indiana Jones, E.T. O Extraterrestre (1982) e Jurassic Park (1993).

Conclusão

E aí, gostou da nossa lista? Tentamos lista algumas das melhores e mais clássicas trilhas sonoras e temas musicais presentes em filmes de terror. Se você gostou, não esqueça de deixar um comentário e acompanhar nosso site para mais listas desse tipo.

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