Precisamos Falar Sobre Kevin é um drama psicológico emocionante que investiga a complexa e perturbadora relação entre Eva Khachadourian e seu filho Kevin. Eva, que já foi uma escritora de viagens de sucesso, agora mora sozinha em uma casa degradada perto da prisão, onde visita Kevin. Tudo se passa através dos olhos de Eva enquanto ela luta com as lembranças estava com Kevin e lida com a hostilidade de seus vizinhos.
Kevin demonstrou indiferença e desprezo por Eva desde a infância, claramente nutrindo ódio e antagonizando-a deliberadamente. Seu comportamento, incluindo choro constante apenas perto de Eva e resistência ao treinamento para usar o banheiro, define uma criança difícil e controladora. Embora Eva tentasse se conectar com ele, Kevin fingiu ser afetuoso na frente de seu pai, Franklin, e o mesmo rejeitava as preocupações dela.
À medida que Kevin crescia, sua hostilidade aumentava, levando-o a recorrer a táticas manipulativas. Por exemplo, ele ameaçava revelar a verdade sobre seu braço quebrado, a menos que Eva cumprisse seus desejos. No entanto, um breve momento de ternura ocorre quando Kevin fica doente e expressa seu amor por Eva enquanto ela lê para ele. Este breve momento de calor desaparece rapidamente à medida que a personalidade ressentida de Kevin ressurge.
A chegada da segunda filha, Celia, a tensão aumentava ainda mais, à medida que o desdém de Kevin por sua irmã alegre se torna aparente. O animal de estimação de Celia morre misteriosamente e Eva descobre seus restos mortais no triturador de lixo é suspeita de que Kevin esteja envolvido. Apesar das preocupações de Eva, Franklin continua com o zagueiro Kevin, prejudicando o casamento e levando Eva ainda mais ao isolamento.
A história atinge um clímax arrepiante quando, poucos dias antes do aniversário de 16 anos de Kevin, ele orquestra um massacre em sua escola. Com isso, ele usa suas habilidades com arco e flecha para prender e matar vários estudantes aprisionados. A natureza implacável de Kevin é revelada quando Eva se depara com a verdade devastadora sobre suas ações, que incluem os assassinatos de Franklin e Celia.
Num final comovente e inesquecível, Eva visita Kevin na prisão e vê-o transformar-se num homem deprimido e preocupado, à espera de transferência para uma instalação para adultos. Quando Eva finalmente faz a pergunta por que ele matou, a resposta incerta de Kevin ressalta o mistério de suas motivações. Isso deixa Eva lutar com as complexidades da maternidade, da culpa e do legado persistente da violência de Kevin.
Diretor do Filme Precisamos Falar Sobre Kevin
“Precisamos Falar Sobre Kevin” foi dirigido pelo diretor Lynne Ramsey, um cineasta pouco conhecido mas que possui obras bem fascinantes em sua carreira como por exemplo, “Você Nunca Esteve Realmente Aqui”, “O Romance de Morvem Callar”, “O Lixo emo Sonho”, dentre outros. De fato, o cineasta tem uma visão bem peculiar intrincada em suas obras.
“Precisamos Falar Sobre Kevin” foi dirigido pelo diretor Lynne Ramsey, um cineasta pouco conhecido mas que possui obras bem fascinantes em sua carreira como por exemplo, “Você Nunca Esteve Realmente Aqui”, “O Romance de Morvem Callar”, “O Lixo e o Sonho”, dentre outros. De fato, o cineasta tem uma visão bem peculiar intrincada em suas obras.
A cor vermelha é frequentemente associada a sangue e violência, e sua presença contínua no filme pode simbolizar a natureza sangrenta e perturbadora das ações de Kevin. O uso do vermelho também cria um forte contraste com o ambiente calmo e cotidiano do filme, destacando a presença sinistra e destrutiva do garoto psicopata. Isso pode ser percebido em cenas onde objetos vermelhos se destacam em ambientes neutros, criando uma sensação de dissonância e desconforto.
Em que foi baseado este filme?
Baseado no romance aclamado pela crítica de Lionel Shriver, Precisamos Falar Sobre Kevin foi um sucesso não apenas como adaptação cinematográfica, mas também como resultado de sua excelente resposta do público. Com mais de 3.900 resenhas na Amazon apenas pela tradução, o livro se destaca como uma obra que intriga os leitores que buscam uma narrativa envolvente e provocativa.
Vale ressaltar, porém, que alguns leitores consideraram uma abordagem do romance ampla e desafiadora, já que o autor entrelaça a trama principal com casos reais de psicose infantil e adolescente. Esses elementos acrescentam profundidade e contexto à história, mas também excluem uma atenção particular por parte do leitor para absorver todas as nuances e camadas apresentadas.
Ainda assim, o livro se destaca não apenas pela narrativa complexa, mas também pelo preço acessível nas lojas digitais, o que o torna obrigatório para quem tem interesse em explorar temas profundos e polêmicos sobre as nuances da natureza humana e das doenças mentais.
Recomendado para leitores atraídos por esses temas e que buscam uma experiência literária estimulante, precisamos falar sobre o Kevin oferece uma jornada emocional e intelectualmente desafiadora que certamente deixará uma marca de tensão.
Diferenças Entre o Livro e o Filme
Para os fãs do livro, muitas diferenças se mostram gritantes. Isso faz total sentido se levarmos em conta o número de páginas do livro em que o filme foi baseado. Essas são algumas diferenças entre o filme e o romance:
Apatia de Kevin:
- No filme, Eva visita recorrentemente Kevin na cadeia e seus diálogos não são desenvolvidos. Não percebemos como o garoto pensa após ter cometido o atentado na escola.
- No livro, quando Eva também vai visitar o filho psicopata na prisão, através das conversas entre eles dois, percebemos a satisfação de Kevin ao alcançar os noticiários do mundo todo ao cometer os assassinatos..
Relação entre pai e filha:
- No filme, notamos que Franklin (O Pai) e Celia (A Caçula) possuem um laço afetivo muito forte, bem como na cena em que os dois dançam e riem juntos como se fossem as pessoas preferidas um do outro.
- No livro, Franklin e Celia têm uma relação menos íntima, sendo que a indiferença tende a parte mais pelo lado do patriarca.
Encontro Final:
- No final do filme, quando Eva vai visitar Kevin pela última vez, ela questiona as motivações do garoto de executar atores tão monstruosos. Em resposta Kevin afirma que achava que antes sabia de seus motivos, mas que não sabe mais, e então ela abraça ele e vai embora.
- No final do livro, Eva faz os mesmos questionamentos e Kevin dá praticamente as mesmas respostas. Mas antes de Eva ir embora, o garoto dá a ela o olho de vidro que pertencia a Célia. E mostrando ainda mais indiferença.
De fato, muitos detalhes foram relegados no filme. Por fim, questões mais reflexivas sobre os desafios da maternidade, o passado dos personagens, transtornos na infância são algumas das coisas abordadas dentro do livro em paralelo a história da família Khatchadourian.
Elenco do filme Precisamos Falar Sobre Kevin
O elenco de “Precisamos Falar Sobre Kevin” reúne talentosos atores que oferecem performances marcantes e cativantes. Entre eles, destacam-se nomes familiares como John C. Reilly, Siobhan Fallon Hogan e Alex Manette, conhecidos por suas atuações em comédias pastelão, e nesta adaptação não entregam interpretações intensas e profundas.
Ezra Miller como Kevin: “Precisamos falar sobre Kevin” foi uma obra importante na carreira do ator Ezra Miller, na verdade é o primeiro filme que alcançou sucesso em sua filmografia. Apesar do ator não ser o protagonista do filme, não é exagero concluir que ele roubou a cena na maior parte do filme dando vida a um dos personagens mais odiados do cinema. Portanto, sua performance é uma das coisas que tornam este filme tão memorável.
Tilda Swinton como Eva: A atriz já participou de sucessos anteriores a este filme, como por exemplo Vanilla Sky, “As Cronicas de Narnia”, e o filme genial “Constantine”. Ela mostra uma sensibilidade profunda ao interpretar uma personagem cheia de frustrações, e em certo ponto do filme, isolada e solitária. As expressões dela foram tão genuínas que conquistou prêmios importantes como o European Film Award como melhor atriz.
O elenco diversificado e talentoso de informações sobre Kevin é um dos principais motivos de destaque do filme. A capacidade dos espectadores de transmitir emoções complexas, explorar as profundezas da psique humana e criar personagens memoráveis importantes contribui muito para a riqueza e intensidade da narrativa. Dessa forma, eleva o filme a um nível de excelência no cinema contemporâneo.
Crítica
O filme não levanta questões sobre a responsabilidade de Kevin por suas ações. Contudo, para quem acompanha a psicologia, há um debate polêmico que é, até que ponto sua condição psicológica ou isenta da responsabilidade moral ? Até que ponto o seu mal é uma escolha consciente e não está relacionada com a sua psicose? Essas questões éticas e filosóficas permeiam a narrativa e aprofundam a natureza de Kevin como personagem perturbador e interessante.
Essa perspectiva me fez assistir o filme com outros olhos, contudo é impossível não odiar este personagem (Kevin). Ezra Miller teve uma performance incrível nesta obra. Nesse sentido, a sua postura indiferente, o seu ar de superioridade, e seu olhar depreciativo se conectaram bem com as características que um psicopata supostamente possui.
Além disso, a interação do ator com Tilda Swinton (Eva) expressa uma revolta quase genuína. Dessa maneira, os dois convencem facilmente qualquer um que são uma mãe e um filho que se odeiam muito. A carga dramática do filme depende muito do roteiro e das atuações, e inegavelmente o segundo elemento é o ponto mais forte do filme.
Isso tudo foi o suficiente para construir uma produção cinematográfica de baixo custo e verdadeiramente impactante. Uma prova disso são as avaliações no IMDB.
Trilha Sonora Do Filme
A trilha sonora do filme Precisamos Falar Sobre o Kevin desempenha um papel crucial na criação da atmosfera e da atmosfera emocional da história. A música, principalmente um clássico como “Psicose”, não só acompanha as cenas, mas também transmite mensagens profundas e perturbadoras que se entrelaçam com a narrativa. A sinfonia imersiva e visceral dessa música aumenta a intensidade do filme, imergindo o público nos aspectos psicológicos dos personagens e nas complexidades das relações familiares exploradas na trama.
Ao longo do filme, cada nota e melodia carrega um significado simbólico e emocional, refletindo a tensão e o conflito subjacentes entre mãe e filho, bem como as consequências devastadoras de suas interações. Escolhas cuidadosas na trilha sonora, como a inclusão de um psicopata assassino, acrescentam uma dimensão sombria e perturbadora à narrativa. Portanto, tudo isso aprofunda a experiência do espectador e destacando as questões centrais discutidas no filme sobre culpa, responsabilidade e a natureza da violência.
Onde Assistir o Filme Precisamos Falar Sobre Kevin?
“Precisamos Falar Sobre Kevin” está disponível gratuitamente no Youtube até o presente momento. Contudo, em caso de remoção essa adaptação também se encontra na Plataforma da Amazon Prime Vídeos.
Conclusão
Precisamos falar sobre Kevin é um estudo aprofundado da ambiguidade moral e da complexidade da natureza humana. A linha tênue que separa o mau comportamento inerente às condições mentais como a psicose é explorada através do relacionamento entre Eva e Kevin, proporcionando um terreno fértil para reflexões profundas sobre a culpa, a responsabilidade e a natureza do ser humano.
Este dilema ético obriga-nos a questionar até que ponto a psicopatia seja alguém da responsabilidade pelas suas ações. A sociedade muitas vezes procura respostas claras e um problema claro, mas casos como o de Kevin mostram que a realidade é muito mais complexa. A linha entre o mal e a doença mental não é apenas clara; Muitas vezes é intangível e incerto, desafiando-nos a reavaliar nossos conceitos de justiça e compaixão.
No final, precisamos de reflexões para falar sobre Kevin, que não oferece respostas simples, mas suscita dúvidas sobre a natureza humana. A luta de Eva para compreender o seu filho psicopata é uma metáfora para a luta mais ampla da humanidade para compreender a intersecção entre o mal e a doença mental.
O filme nos lembra que por mais que busquemos categorizações simples, uma verdadeira compreensão da condição humana requer uma abordagem mais profunda e empática. Afinal, a linha entre o mal e a psicopatia não é apenas estreita, mas também remota. Reflete a complexidade inerente à alma humana.