O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Maquinas
O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Maquinas - Imagem: Columbia Pictures

“O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas” se passa dez anos após os eventos que levaram à destruição da Cyberdyne Systems. John Connor, vivendo uma vida nômade desde a morte de sua mãe Sarah, ainda é atormentado pela constante ameaça da Skynet e teme que a malvada inteligência artificial ainda o esteja perseguindo, mesmo depois que o previsto Dia do Juízo Final tenha passado sem que uma guerra estourasse. entre humanos e máquinas.

A história se intensifica quando a Skynet envia o T-X, um Exterminador avançado de metal líquido, para eliminar futuros líderes da Resistência, e a Resistência envia um Exterminador T-850 reprogramado para proteger John e sua futura esposa, Kate. Brewster. À medida que a perseguição se intensifica, John e Kate refugiam-se num mausoléu, onde descobrem as armas que Sarah preparou para o caso de o Dia do Julgamento continuar.

Revelações sombrias surgem quando o Exterminador do Futuro revela que os esforços anteriores de John e Sarah apenas atrasaram o confronto inevitável. A Skynet lançará um ataque no Dia do Julgamento, desencadeando um holocausto nuclear global. Determinado a evitar um destino sombrio, John decide levar Kate para encontrar seu pai, o General Brewster, cujas ações inadvertidamente ativam a Skynet.

A trama se desenvolve ainda mais quando o General Brewster é mortalmente ferido pelo TX, que assume o controle das armas autônomas do CRS. Com a aparente localização do núcleo da Skynet em mãos, John e Kate embarcam em uma jornada para Crystal Peak. No entanto, o que é surpreendente é que a Skynet evoluiu para uma entidade autónoma no ciberespaço, causando massacres horríveis.

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O sacrifício do Exterminador do Futuro para proteger John e Kate marca o clímax da história, concluindo um épico cheio de ação. Será que isso foi feito? Continue lendo para descobrir!

Diretor de O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas

Nesta terceira sequência contamos não mais com a perspectiva genial de James Cameron mas sim com a visão do diretor Jonathan Mostow. A propósito, James Cameron dirigiu “O exterminador do Futuro” e “O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final”, que por sinal tiveram uma recepção muito positiva do público. 

Só para ilustrar, um dos principais motivos pela saída de Cameron estão relacionados às trocas de autoria do filme. A grande questão é, a mudança de uma das figuras mais importantes para uma produção cinematográfica, impactaria de forma negativa ou positiva no filme?

A resposta é que, de fato, os efeitos melhoraram com relação ao segundo filme. Por exemplo, quanto o modelo T-850 (Arnold Schwarzenegger) surgiu em meio a um lugar deserto, e a alta temperatura fez com que a areia ao redor se transformasse em vidro. Um dos vários detalhes que mostram o capricho do diretor nos efeitos visuais do filme.

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Jonathan Mostow também demonstrou seu talento nato em filmes como “Breakdown – Implacável Perseguição” e “U-571 – A Batalha do Atlântico”. Se o diretor tivesse se atentado em um roteiro mais criativo, provavelmente teríamos mais um sucesso na franquia O Exterminador do Futuro, tão bom quanto os dois filmes antecessores.

Elementos de Ação

Arnold Schwarzenegger interpretando T-850 no filme "O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Maquinas"
Arnold Schwarzenegger interpretando T-850 no filme “O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Maquinas” – Imagem: Columbia Pictures

A narrativa complexa explora temas de destino, escolhas morais e o conflito inevitável entre humanos e máquinas. Este filme tenta equilibrar a intensidade da ação com reviravoltas emocionantes, proporcionando uma experiência imersiva aos fãs da série

Por exemplo, com a aparição do modelo T-X podemos ver o resgate a elementos icônicos do “Exterminador do Futuro” surgindo em meio a raios, roubando e matando pessoas logo de cara. (Nostalgia ou mais do mesmo), parece que isso fica a nosso critério decidir.

Cenas bem viscerais ainda preservam o tom obscuro da franquia, como quando T-X atravessou o braço no banco do carro e ao mesmo tempo o corpo do policial que estava dirigindo. 

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Por exemplo, o tom cômico aumenta bastante nesta sequência, como quando acontece a cena do modelo T-850 interagindo inusitadamente com um striper. Dessa maneira, cenas excessivas de comédia tiram a seriedade dessa obra.

Elenco do Filme

Não muito instigantes, tão pouco bem desenvolvidos, os personagens apresentados neste filme não se destacam mais do que o convencional. Podemos usar como parâmetro o John Connor vivido pelo até então jovem ator Edward Furlong no segundo filme, e cuja a sua atuação de fato convencia um afeto genuíno entre seu personagem e o T-800. Claro que também podemos destacar alguns pontos positivos de alguns atores:

Nick Stahl (interpretando John Connor):

  1. Prós: Starr interpreta um John Connor mais maduro, enfatizando o impacto emocional de liderar a resistência. Seus monólogos apesar de clichês captam a profunda proposta entre a guerra entre humanos e máquinas.
  2. Contras: Podemos apontar para uma certa falta de intensidade em comparação com John Connor de Edward Furlong em Terminator 2.

Claire Danes (interpretando Kate Brewster):

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  1. Prós: Danes tem uma atuação bem caricata como Kate, porém mostra muita resiliência e determinação em meio ao caos. Sua química com Starr ajuda a apoiar a narrativa romântica.
  2. Contras: Aparenta muito que o desenvolvimento de seu personagem poderia ter sido mais aprofundado, uma vez que ela assume uma das figuras femininas mais importantes do filme, bem como Sarah Connor.

Ademais, Kristanna Loken e Arnold Schwarzenegger fizeram seus personagens dando vida a uma rivalidade mortal. Todas as cenas mais incríveis capazes de prender a nossa atenção foram protagonizadas por estes dois. Eles tiveram uma ótima presença em frente às telas. Portanto, a neutralidade define bem a performance do elenco em geral, mas ainda sim, são o que me fariam assistir o filme novamente, isso e as lutas de duas máquinas mortais vindas do futuro. 

Crítica

De um ponto de vista técnico a obra é bastante interessante, o cineasta Jonathan Mostow construiu cenários e cenas incríveis. Porém, quando analisamos o roteiro, simplesmente não vemos muita diferença se comparado ao filme 2. Inegavelmente, “O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas” parece ter usado o mesmo roteiro do segundo filme onde podemos dividi-lo em 3 partes:

  1. Dois robôs, dois objetivos: Tanto no segundo filme quanto no terceiro há um robô com o objetivo de matar John Connor e outro robô a fim de protegê-lo. Basicamente acrescentaram algumas funcionalidades que nem se destacam tanto de suas versões anteriores.
  2. Ênfase na inevitabilidade do destino: No filme 2 e 3 exploram a ideia de que o destino é inevitável, mesmo quando se tenta mudar o curso dos acontecimentos futuros. Este tema é uma constante na série “O Exterminador do Futuro”.
  3. O Julgamento Final: Literalmente trouxeram o mesmo problema do segundo filme para essa sequencia, onde a Skynet deseja causar um holocausto nuclear.

Muito provavelmente, o final de “O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final” teria fechado essa saga de forma bem amarrada e sem furos de roteiro. E para reforçar isso podemos mencionar os vários prêmios conquistados pela segunda sequência. 

Como consequência, 46% de aprovação no Rotten Tomatoes indica uma ideia de como o desempenho do filme baixou. De forma lamentável, “O Exterminador 3: A Rebelião das Máquinas” decepcionou a maior parte do público.

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Primeiro Impacto Negativo da Franquia

Apesar das melhorias na qualidade visual do filme, a visão de Jonathan Mostow trouxe um tom bem menos obscuro para a obra. Nesse sentido, com a atmosfera que antes causava medo e tensão, neste filme se mostra quebrada por momentos de comédia. 

Dessa maneira, o que resta é uma ação frenética para nos prender a trama. Tais mudanças, me conquistaram, porém não conquistou os milhares de fãs, entusiastas de máquinas aniquiladoras de humanos – suspeito que nem todos gostam de ter sua franquia de terror favorita transformada em uma comédia. 

Como resultado, isso refletiu diretamente na recepção do público, ora que poderia esperar por isso, não é mesmo? Além do Rotten também podemos destacar as avaliações do IMDB, a taxa de aprovação caiu de 90% a 100% para 60% a 70%, uma queda pouco brusca para uma franquia que estava indo bem na crítica. 

Além disso, também coloca a prova o ditado: ”Não se mexe em time que tá ganhando”, esse filme abriu caminho, como posso dizer… para a ladeira a baixo, pois as sequências posteriores foram exterminadas pela crítica.

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Melhores Cenas de O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas

Lista de alvos do modelo T-X
Lista de alvos do modelo T-X – Imagem: Columbia Pictures

Apesar de tudo, “O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas” apresenta muitas cenas de ação intensas e momentos inesquecíveis. Cenas que categorizam uma boa obra de ação. Aqui estão algumas das cenas mais famosas do filme:

O filme conta com diversas cenas memoráveis, principalmente em termos de ação e efeitos visuais. Aqui estão algumas cenas que muitas pessoas consideram dignas de nota:

  • Monólogo de introdução: A narração feita por John no início do filme é bem intuitiva e ajuda quem não acompanhou a sequência até agora a entender a proposta do filme. (Ponto positivo). Isso ainda é organizado com uma sequência de cortes bem equilibrada e melodias carregadas de drama e suspense.
  • A Morte do Protagonista: Quando estão fugindo da T-X em um trailer velho, o T-850 revela algumas coisas que aconteceram no futuro. Dentre essas coisas, a revelação mais surpreendente é a que o próprio T-850 exterminou John antes de ser capturado e reprogramado.
  • Ogivas Nucleares: O evento mais importante do universo de “O Exterminador do Futuro” acontece no final deste filme, que é quando finalmente a Skynet invade os computadores do mundo inteiro e lançar ogivas nucleares e causando uma calamidade a nível global.
  • Perseguição na avenida: Somos imergidos ao máximo no ambiente e nos cenário quanto a T-X persegue Connor, T-850, e Kate. O jeito que a  destruição de prédios, carros, e outros espaços foram projetados enriquecem ainda mais a cinematografia do filme.

Essas cenas destacam a intensidade e a ação características do filme, ao mesmo tempo que incorporam elementos-chave da trama. Em conclusão, cada cena contribui para a experiência geral de “O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas”.

Orçamento e Bilheteria do Filme

Custando pouco mais de US$ 187 milhões, “O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas” trouxe cenas bem memoráveis como quando o T-850 abre o próprio peito para fazer reparos técnicos. Essa cena resgata um pouco também a plasticidade do primeiro filme, ao usar próteses e bonecos mecânicos a fim de chegar mais próximo da fisiologia humana.

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Vale ressaltar que o custo deste filme foi mais caro que a soma dos filmes 1 e 2, até o momento de sua estreia. Além disso, sua receita arrecadou bem menos proporcionalmente falando, em comparação com os filmes anteriores. Estimada em US$ 433, a bilheteria deste marcou o que seria um sinal negativo para a saga.

Se você já assistiu Power Rangers sempre se perguntou “Onde estão os civis durante as batalhas devastadoras? Pois bem, essa obra causa este mesmo efeito. Por exemplo, na cena que o antagonista persegue John e Kate não vemos civil algum em meio a cidade. Isso tornou a cena artificial de uma forma muito “escrachada”. De fato, um dos problemas do filme não é o orçamento, e sim a forma como ele é usado para construir uma cinematografia que deixa muito a desejar.

Trilha Sonora de O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas

Além da mudança na direção, também foi mudado o músico à frente do álbum de “O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas”. Brad Fiedel compôs os álbuns do filme 1 e filme 2, sendo eles predominantemente de músicas metálicas bem comuns em filmes de terror. 

Por outro lado, neste terceiro filme contamos com Marco Beltrami na trilha musical do filme. Assim, podemos notar o domínio não de músicas que arremetem filmes clássicos de terror, mas sim, de suspense, drama e ação. Músicas lentas e melancólicas como “Rádio” reforça uma atmosfera de perda e um pouco de esperança também, claro dentro do contexto do filme.

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E músicas como “Magnetic Personality”, carregadas de percussão, realça não um clima de horror mas de ação. Portanto, o álbum deste filme é mais uma prova que reforça a mudança de uma franquia de terror legítimo para uma obra de ação e perseguição.

Onde Assistir O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas

Os streamings mais populares, que disponibilizam o filme até o presente momento são a Amazon Prime Video e a Apple TV. Além disso, podemos assistir no Youtube por R$ 19,90. Eu sei que são muitas comparações que na sua concepção podem até ser não convidativas. 

Contudo, uma vez que um filme apresenta uma sequência bem construída, é difícil analisar obras posteriores sem criar certos tipos de parâmetros. Eventos como esse aconteceram com sagas como “Esqueceram de Mim”, “Os Mercenários”, “Premonição” e muitos outros. Com isso, não deixe de assistir este filme, principalmente se você é um fã da franquia, pois como um filme de ação essa produção vai te render cenas incríveis.

Conclusão

“O futuro não está escrito, nós fazemos o nosso próprio destino” – O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas. Esta frase falada por John Connor no começo do filme nos convida a refletir sobre consequências… ironicamente, o julgamento final (Futuro que estava escrito) ocorreu e nenhuma tentativa de mudar o destino realmente funcionou. 

No fim das contas contemplamos o mundo sendo explodido por bombas atômicas, e os protagonistas se escondendo em um abrigo nuclear. Assim, dando margem para uma continuação e uma esperança, não para a raça humana, mas para a saga “O Exterminador do Futuro”. Se a continuação deste filme foi boa ou não, você poderá conferir em uma análise de sua sequência. Até a próxima!

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