50 Cent vai produzir série sobre caso Sean “Diddy” Combs na Netflix

O caso complexo envolvendo o rapper Sean “Diddy” Combs, que atualmente enfrenta diversas acusações e corre o risco de ser condenado à prisão perpétua, será tema de uma série documental. A produção, que será lançada na Netflix, ainda não possui um título oficial ou data de estreia. No entanto, a direção será de Alexandria Stapleton (Reggie), com a participação do rapper 50 Cent como produtor, conforme informações da Variety.

Por meio de suas redes sociais, 50 Cent confirmou o desenvolvimento do projeto, afirmando: “Eu venho contando para vocês sobre toda essa situação estranha, não faço NENHUMA festa do Puffy. Vocês não acreditaram em mim, mas aposto que agora acreditam!”. Com essas palavras, o rapper reforçou suas críticas e trouxe à tona mais detalhes sobre o documentário.

Em um comunicado conjunto, 50 Cent e Stapleton afirmaram:

Por fim, o rapper e a diretora concluíram:

Veja a publicação em detalhes abaixo:

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Uma publicação compartilhada por 50 Cent (@50cent)

50 Cent anunciou pela primeira vez que a G-Unit produziria a série documental no início de dezembro. Na época, Combs havia sido processado por quatro mulheres diferentes, começando pela ex-namorada Cassie Ventura. Desse modo, o processo abriu as portas contra ele, e ele rapidamente chegou a um acordo. Mas a afirmação gerou dúvidas sobre sua veracidade, dada sua trajetória de provocações a Combs nas redes sociais. Afinal, a relação entre os dois sempre foi conturbada.

Na mesma época, 50 Cent compartilhou um vídeo em suas redes, no qual o rapper Mark Curry, da Bad Boy Records, acusava Combs de manipular bebidas em suas festas. Segundo 50 Cent, parte do lucro da série será destinada ao apoio de vítimas de agressão sexual.

Em 2006, 50 Cent fez declarações afirmando que Combs tinha conhecimento sobre o responsável pelo assassinato de Christopher Wallace, mais conhecido como The Notorious B.I.G., que era seu amigo e protegido. Wallace foi morto em 1997, em Los Angeles, enquanto viajava com sua equipe, que incluía Combs. No entanto, até hoje, ninguém foi formalmente acusado pelo crime.

Em 2006, 50 Cent afirmou que Combs sabia a identidade do assassino de Christopher Wallace, o rapper conhecido como The Notorious B.I.G., que foi tanto um protegido quanto melhor amigo de Combs. Wallace foi assassinado em Los Angeles em março de 1997, enquanto viajava em uma caravana com sua equipe, que incluía Combs. Este último estava em um veículo diferente no momento do crime, e ninguém jamais foi acusado pelo assassinato.

Por fim, 50 Cent também insinuou que Combs poderia estar conectado ao assassinato de Tupac Shakur, ocorrido em 1996.

Agora, a série documental sobre Sean “Diddy” Combs está oficialmente em produção pela Netflix.

Caso Sean “Diddy” Combs

Em 17 de setembro de 2024, Sean “Diddy” Combs foi preso em Nova York e indiciado por três graves crimes: conspiração para extorsão, tráfico sexual mediante força, fraude ou coerção, e transporte de pessoas para fins de prostituição.

As acusações contra Diddy não são recentes. Durante anos, o artista enfrentou diversos rumores e denúncias, mas sempre conseguiu se livrar das acusações, até que, recentemente, a justiça americana tomou uma posição mais firme. A prisão do rapper na semana passada, em Nova York, sob acusações de tráfico sexual e extorsão, desencadeou uma grande comoção pública. No momento, Combs está detido em uma prisão federal conhecida por seu ambiente violento. Apesar dos esforços de sua defesa, que solicitou um julgamento em liberdade, o pedido de fiança já foi negado por duas vezes, com as autoridades afirmando que o risco de fuga era elevado.

A prisão de Combs, no entanto, não foi uma surpresa total, visto que ele já esteve envolvido em várias controvérsias ao longo dos anos, principalmente relacionadas a escândalos sexuais. Cassie, ex-namorada do rapper por uma década, foi a primeira a denunciar publicamente as agressões sofridas. Em novembro de 2023, ela entrou com um processo contra ele, alegando ter sido vítima de agressões durante anos. Na ocasião, Combs negou as acusações, afirmando que Cassie estava tentando extorqui-lo, mas a denúncia trouxe à tona outras histórias sobre o comportamento do artista.

Apesar das graves acusações, Diddy era um homem influente na indústria musical e contava com uma defesa robusta, o que dificultou que suas vítimas obtivessem justiça. Cassie acabou entrando em um acordo e encerrando o processo. No entanto, em maio deste ano, um vídeo de 2016 vazou e foi divulgado pela CNN, mostrando Combs agredindo fisicamente Cassie em um hotel. Após a repercussão, ele afirmou que assumia “total responsabilidade” por suas ações, embora isso não tenha revertido a pressão pública sobre ele.

Além do processo de Cassie, outros membros da indústria musical também se manifestaram. Em fevereiro, Rodney “Lil Rod” Jones, ex-funcionário de Combs, o acusou de fazer avanços sexuais indesejados e de forçá-lo a contratar e se relacionar com profissionais do sexo em 2023. Posteriormente, o próprio Jones foi mencionado em outro processo, em abril, movido por Grace O’Marcaigh, que alegou que, enquanto trabalhava em um iate, foi forçada a realizar atos sexuais com o filho de Diddy, Christian “King” Combs, e que o rapper teria subornado o capitão do iate para encobrir o incidente.

Em maio, novas acusações surgiram. A modelo Crystal McKinney alegou que foi drogada e agredida sexualmente por Combs em 2003. Além disso, no início deste mês, Dawn Richard, ex-integrante do grupo Danity Kane, entrou com um processo contra o rapper, acusando-o de abuso verbal, agressão física e sexual, além de causar sofrimento emocional intencional.

Diante de tantas acusações, Combs agora enfrenta um processo no Distrito Sul de Nova York, respondendo por crimes como conspiração de crime organizado, tráfico sexual e transporte para prostituição. O julgamento ainda está por vir, e a expectativa em torno do caso é grande.

Diante de tantas acusações, Combs agora enfrenta um processo no Distrito Sul de Nova York, respondendo por crimes como conspiração de crime organizado, tráfico sexual e transporte para prostituição. O julgamento ainda está por vir, e a expectativa em torno do caso é grande.