007: First Light finalmente apareceu em uma apresentação oficial. O retorno dividiu os fãs de James Bond e dos jogos de espionagem entre encanto e frustração. De um lado, os visuais impressionam. Do outro, o desempenho gera dúvidas sérias sobre a qualidade da experiência final.
Visual de tirar o fôlego
Logo de cara, sites como a PC Gamer elogiaram a atmosfera cinematográfica. Os cenários chamam atenção, como o Grand Carpathian Hotel, repleto de detalhes. A iluminação também brilha, ajudando a criar o clima típico de um filme de espionagem.
A IO Interactive, conhecida pela franquia Hitman, mostrou mais uma vez que domina a direção artística. O nível de imersão visual coloca o jogador no coração da ação. É um jogo que, à primeira vista, encanta os olhos.
Quedas de desempenho preocupam
Mas o encanto começa a ruir quando o assunto é desempenho. Durante cenas de ação intensa, o site Tech4Gamers relatou quedas bruscas na taxa de quadros. E não foram os únicos a perceber isso. Nas redes sociais, muitos espectadores notaram o mesmo problema e zombaram da situação com piadas como “007 rodando a 7 FPS”.

O TheGamer reforçou a crítica. Segundo o portal, o uso exagerado de motion blur e a falta de fluidez atrapalharam a apresentação. O ScreenHub ainda apontou falhas na inteligência artificial. Os inimigos pareciam lentos e pouco responsivos, o que quebra a imersão e o realismo.
Apesar das críticas, boa parte da imprensa defendeu o jogo. O NoobFeed argumentou que é cedo para julgar o título. Sim, existem quedas de desempenho e falhas de dublagem. No entanto, o lançamento ainda está distante. A data marcada é 27 de março de 2026. Ou seja, ainda há tempo hábil para ajustes.
Glacier Engine
Um dos pontos mais comentados nas análises de 007: First Light foi o uso da Glacier Engine, motor gráfico proprietário da IO Interactive – o mesmo utilizado nos jogos da franquia Hitman.

Reconhecida por sua fidelidade visual e flexibilidade técnica, a engine é capaz de criar ambientes detalhados e atmosferas cinematográficas. Um exemplo claro disso é o Grand Carpathian Hotel, cenário que impressionou durante a apresentação de First Light.
No entanto, mesmo com toda essa expertise, ainda há arestas a aparar. As quedas bruscas na taxa de quadros e o uso excessivo de efeitos como motion blur indicam que o desempenho precisa de ajustes significativos.
Curiosamente, os problemas lembram desafios enfrentados por jogos na Unreal Engine 5. Embora sejam motores diferentes, o padrão se repete: visuais de ponta que cobram caro em performance.
Há também indícios de que o jogo está sendo desenvolvido sobre uma versão mais avançada da engine, chamada Glacier Next. Isso explicaria tanto o salto visual quanto a instabilidade técnica.
Atualizar e evoluir um motor gráfico próprio é sempre um processo delicado (e caro). Nesse contexto, apresentar o jogo em um estágio ainda cru pode ter sido tanto um ato precipitado quanto uma jogada estratégica.
Assim como James Bond, a IO Interactive vive de riscos calculados. Mostrar cedo os problemas de performance foi uma tentativa de conquistar a confiança do público – ou um vacilo técnico que pode virar munição contra o próprio jogo antes do lançamento?
No final das contas, o que você acha disso? Até que ponto um jogo consegue ser imersivo se o desempenho foi prejudicado?














