“Demon Slayer: Castelo Infinito”, começa depois de ser capturado na armadilha de Kagaya Ubuyashiki, Muzan Kibutsuji se retira para o Castelo do Infinito, onde mantém o Corpo de Caçadores de Demônios em cativeiro. Sob a direção de Kiriya e suas irmãs, os caçadores buscam mapear o castelo e encontrar Muzan, ao mesmo tempo que enfrentam demônios de alto nível. Shinobu Kocho enfrenta Doma, o assassino de sua irmã, porém é morto quando o adversário adquire imunidade aos seus venenos.
Kanao Tsuyuri, sua discípula, toma o lugar dela na batalha. Zenitsu Agatsuma confronta Kaigaku, um ex-companheiro que se transformou em demônio. Impulsionado pela traição do antigo parceiro, Zenitsu demonstra sua sétima forma da Respiração do Trovão e o vence, sendo resgatado por Yushiro após a luta.
Ao mesmo tempo, Nezuko ingere uma substância desenvolvida por Tamayo e Shinobu para restaurar sua humanidade, permanecendo sob a supervisão de Urokodaki. Tanjiro e Giyu se deparam com Akaza, o demônio de Nível Três, em outro local. Apesar do despertar da marca de Giyu, o adversário os controla até que Tanjiro alcança o “Mundo Transparente” e o “Estado Altruísta”, conseguindo decapitá-lo. Akaza, no entanto, persiste na luta mesmo sem cabeça, até recordar seu passado humano trágico como Hakuji, um jovem que perdeu tudo em nome da vingança. Arrependido, ele se autodestrói e se liberta de Muzan.
Os corvos Kasugai proclamam a vitória de Tanjiro e Giyu, porém a guerra ainda está longe de acabar. Kokushibo e Doma lamentam a derrota de Akaza, enquanto Nakime, promovida à Quarta Lua Superior, controla o castelo para desorientar os caçadores. Ao mesmo tempo, Muzan aprisiona Tamayo em um casulo de carne e se prepara para o confronto final, certo de que a vitória definitiva sobre os Caçadores de Demônios está a caminho.
Direção de Demons Slayer: Castelo Infinito
Demon Slayer: Castelo infinito, dirigido por Haruo Sotozaki, o diretor já dirigiu outros filmes dessa franquia e em todos executou um trabalho excepcional. No geral, o estilo de Haruo Sotozaki em Demon Slayer une fidelidade ao mangá, uso de estética japonesa tradicional com tecnologia moderna, batalhas coreografadas e emocionais, ritmo cadenciado entre ação e drama, além de atenção a detalhes expressivos que humanizam personagens e ampliam impacto visual.
Muito da dinâmica do filme também se deve ao trabalho extraordinário da Ufotable, um dos estúdios mais aclamados da indústria de animação. Os processos de produção deste estudo consiste basicamente em misturar animação frame a frame e pintura a mão, e os espaços em CG. Isso possibilita um controle maior na dinâmica da câmera.
Haruo Sotozaki também roteirizou o filme, e apresenta as histórias dos personagens de forma gradual, revelando passados momentos decisivos. Essa técnica cria empatia até pelos vilões, alterna ação com emoção, usa silêncios e closes, e aborda temas universais que comovem profundamente o público.
Há muitos outros elementos fortes na direção“Demon Slayer: Castelo infinito”, como direção de arte, edição de áudio, tudo feito com capricho. Por isso, esse é, sem dúvidas, um dos melhores filmes do ano.
Melhores cenas de Demons Slayer: Castelo Infinito
Após tantos filmes, o estúdio Ufotable manteve o alto padrão de excelência em Demon Slayer: Castelo Infinito. A mistura do 3D com 2D, o estilo autêntico no traço, e a narrativa bem estruturada proporcionaram cenas impactantes em mais de 2 horas de filmes. Por exemplo, a revelação sobre o passado de Akaza que perdeu sua esposa e sensei por consequência de um ataque covarde. Alguns dos outros momentos mais marcantes do filme são:
Shinobu encontra Douma: A luta entre Shinobu Kocho e Doma, Lua Superior Dois, é intensa e emocional. Shinobu usa golpes rápidos com veneno, mas Doma se adapta e a domina. Seu sacrifício, seu sacrifício, aparentemente inútil virá à tona no próximo filme, permitindo que Kanao Tsuyuri assuma o combate, marcando um momento dramático do filme.
Hashira do Trovão: Zenitsu enfrenta Kaigaku, ex-colega e Lua Superior Seis, em uma luta intensa e emocional. Desafiado pelas provocações e passado trágico de Kaigaku, Zenitsu libera uma sétima forma autodidata da Respiração do Trovão, vence o adversário e recebe aprovação de seu mestre Jigoro, demonstrando crescimento e superação pessoal. Nessa luta ainda é revelado o motivo de Zenitsu adotar uma personalidade tão fria, foi porque seu mestre se culpou pelas escolhas de Haigaku, e cometeu Sepulcro.
Uma luta justa: Na luta final, Tanjiro e Giyu enfrentam Akaza, Lua Superior Três. Apesar do poder do demônio, Tanjiro entra no Mundo Transparente e Estado Altruísta, decapitando-o. Akaza revive memórias humanas, percebe seus erros e se fere fatalmente, encerrando a batalha com redenção e um último sorriso, emocionante e simbólico.
Particularmente, essas foram as cenas mais impactantes do filme, que trabalham bem o drama, ação e estética. Muitos fãs do mangá aguardavam ansiosos por essa adaptação da primeira parte do “Arco do Castelo Infinito”, toda essa espera, de fato, valeu a pena.
Orçamento e bilheteria de Demons Slayer: Castelo Infinito
Antes de tudo, “Demon Slayer: Castelo Infinito” estreou no Japão, e gradualmente foi lançado em outros países. Esse filme só chegou aos cinemas brasileiros em 11 de setembro, e se tornou um dos maiores sucessos comerciais do ano. Muito mais impressionante do que destruir demônios com uma espada é a capacidade de produção do Estúdio Ufotable em fazer produções com um nível cinematográfico elevadíssimo, com “pouco dinheiro”. Essa adaptação custou apenas US$ 20 milhões, chega a ser ridículo pensar que filmes Hollywoodianos que custam literalmente 10 vezes mais não apresentem tamanha qualidade.
“Demon Slayer: Castelo infinito” até o momento atual alcançou uma receita de US$ 620 milhões. É interessante como filmes animados feitos no Japão tendem a se tornar um sucesso estrondoso. Podemos ver fenômenos semelhantes em filmes da Studio Ghibli, por exemplo “Meu Amigo Totoro”. Esse sucesso comercial é um ótimo sinal de que da ansiedade e interesse dos fãs e também garante as futuras continuações.
Crítica
A recepção crítica de Demon Slayer: Castelo Infinito se mostrou extremamente calorosa, consolidando o filme como um sucesso tanto de público quanto de crítica especializada. No Rotten Tomatoes, a obra alcançou impressionantes 98% de aprovação em uma escala baseada em cerca de 10 mil votos, refletindo a apreciação pela qualidade técnica e narrativa. Já no IMDb, a adaptação obteve 8,5/10 estrelas, considerando mais de 41 mil avaliações, demonstrando que o público global também reconheceu seu valor.
O filme foi amplamente elogiado por sua animação de altíssimo nível, pelos detalhes visuais minuciosos e pela direção meticulosa de Haruo Sotozaki, que consegue equilibrar ação intensa com profundidade emocional nas batalhas finais. Entre as críticas, destacam-se o ritmo por vezes lento, o excesso de flashbacks e a duração extensa, mas, mesmo assim, a experiência geral se mostrou memorável e impactante, confirmando o filme como uma obra de destaque no universo dos animes.
Quando o próximo filme será lançado?
Rahul Purini, o CEO da Crunchyroll, confirmou que o arco do castelo infinito vai ser adaptado em uma trilogia de filmes. A trilogia Demon Slayer: Infinity Castle adapta os arcos finais do mangá. O primeiro filme, Akaza Returns, estreou em 2025, enquanto os dois próximos ainda não têm títulos oficiais divulgados. Sabemos que vai, de fato, haver continuações ainda mais se levarmos em conta o sucesso comercial de “Demon Slayer: Castelo Infinito” neste ano. Porém não há datas definidas até o momento.
Há somente rumores que o filme será lançado nos últimos meses de 2026 ou nos primeiros meses de 2027. Além disso, vale ressaltar que esse primeiro filme da trilogia não estreará no streaming durante o ano de 2025, segundo o próprio executivo Mitchel Berger, vice-presidente executivo de Comércio Global da Crunchyroll. Isso reforça o compromisso dos executivos em proporcionar uma experiência única para os fãs do anime.
Conclusão
Em última análise, o filme segue fielmente o mangá, mantendo eventos, batalhas e passados dos personagens. Diferenças incluem maior ênfase dramática, flashbacks detalhados, cortes ou reorganizações de diálogos para ritmo, e cenas adicionais visuais que exploram o Castelo Infinito, aumentando o impacto emocional e cinematográfico sem alterar a essência da história.
Um dos elementos que torna essa franquia memorável, é que o roteirista Haruo Sotozaki consegue se aprofundar nos passados dos antagonistas, e ao mesmo tempo não endossar suas más escolhas. Assistindo o filme, percebemos que apesar do destino trágico dos personagens, seus desfechos se mostram justos porque a história é baseada em princípios e valores.
