Diante da repercussão, majoritariamente negativa, da terceira temporada de “Bridgerton”, que trouxe uma mudança significativa na história de Francesca Bridgerton (Hannah Dodd), a autora dos livros que inspiraram a série, Julia Quinn, usou as redes sociais para defender a decisão e pedir a compreensão dos fãs.
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Afinal, enquanto apresentava o romance entre Penelope Featherington (Nicola Coughlan) e Colin Bridgerton (Luke Newton), além de Benedict Bridgerton (Luke Thompson) explorando sua bissexualidade, a terceira temporada do sucesso da Netflix também mostrou o casamento da tímida musicista Francesca Bridgerton e John Stirling (Victor Alli).
No entanto, no último episódio, conhecemos Michaela Stirling (Masali Baduza), a prima de John, ao invés de Michael. Ou seja, a principal alteração na trama envolve o interesse romântico de Francesca.
Explicando um pouco melhor, nos livros, seu grande amor é Michael Stirling, que se torna seu marido. Todavia, na série da Netflix, Michael é transformado em Michaela, criando um relacionamento lésbico para a sexta filha Bridgerton.
Julia Quinn, responsável pela série de livros que inspirou Bridgerton, quebrou o silêncio sobre a revolta de uma parte dos fãs em relação a essa mudança na história de Francesca.
Sabendo da surpresa e do desapontamento de alguns fãs com a mudança, Julia Quinn reafirmou seu compromisso com a diversidade e a representatividade em sua obra, ao dizer: “Muitas fãs de Bridgerton expressaram sua surpresa e, para algumas, a decepção com a reviravolta no fim da terceira temporada de Bridgerton — que Michael Stirling, com quem Francesca eventualmente se apaixona em ‘O Conde Enfeitiçado’, seria, na verdade, Michaela. Qualquer um que tenha visto uma entrevista minha nos últimos quatro anos sabe que estou profundamente comprometida com o mundo de Bridgerton ficando mais diverso e inclusivo conforme a história é adaptada dos livros para as telas. Mas mudar o gênero de um personagem principal é uma grande mudança, então quando Jess Browell me contou seus planos de mudar Michael para Michaela na série, eu precisei de mais informações antes de concordar com isso.”
Quinn admitiu que a mudança proposta pela showrunner Jess Brownell também lhe pareceu um pouco radical à primeira vista. No entanto, a autora revelou que elas tiveram longas conversas sobre os planos para a história de Francesca na série, especialmente sobre como o amor da personagem por seu marido, John, não deveria ser diminuído para abrir caminho para Michaela.
Desse modo, a escritora afirmou sua confiança na visão de Shondaland para Bridgerton, bem como seu desejo de que o espírito dos livros permaneça na adaptação para a televisão, especialmente no que diz respeito ao amor de Francesca por John.
Vale lembrar que, em O Conde Enfeitiçado, John morre de um aneurisma cerebral dois anos após seu casamento com Francesca. Enquanto isso, Michael, que a cobiça desde que ela se casou com John, acaba assumindo o cargo de conde de Kilmartin e junto a Frannie, como é apelidada no livro, os dois engatilham um novo romance, após 4 anos de viuvez.
Além disso, a escritora reiterou confiança no time criativo por trás de Bridgerton, dizendo que a temporada de Francesca – venha quando vier – tem o potencial de ser “ainda mais tocante” do que seu livro original, considerando o tempo de tela expandido dado a John.
Por fim, a autora agradeceu aos fãs pela compreensão:
Confira a carta na íntegra no Instagram oficial de Julia Quinn:
Bridgerton acompanha a história da Família Bridgerton, um clã de aristocratas vivendo em Londres durante o período da Regência, no início do século XIX. Mesmo durando poucas décadas, a Regência é conhecida como uma época de grandes avanços e tendências diferenciadas nas belas-artes, arquitetura, moda e etiqueta.
Apesar da confirmação, a quarta temporada ainda não garantiu data de estreia, mas deve chegar somente em 2026. Enquanto isso, as três temporadas de Bridgerton estão disponíveis no catálogo da Netflix.