Com muita troca de olhares, figurinos impecáveis, cenários de cair o queixo, e o mais importante, romances proibidos, esta lista está recheada de obras de época parecidas com Bridgerton. Assim, contando com várias opções para satisfazer a vontade de quem vai ter que esperar mais um ano para assistir a continuação da série que acompanha os irmãos Bridgerton.
Depois do final da 2º temporada da nossa queridinha Bridgerton, existe todo aquele sofrimento após algo que estávamos esperando há um ano e foi facilmente devorado em questão de horas. Enquanto alguns admiram as obras por tratar de momentos históricos, outros estão mais interessados em rostinhos bonitos.
Enquanto a 3º temporada de Bridgerton não estreia, que tal encontrar outro romance de época para chamar de seu? Existe uma grande variedade de títulos para assistir em vários serviços de streaming diferentes.
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Anne With An E (Série 2017 – 2020)
Já vou começar pela minha série favorita da vida Anne With An E, e como nossa Anne é amada. Anne (Amybeth McNulty), é uma jovem garota órfã e tagarela de cabelos ruivos, que chega na pequena cidade de Avonlea.
Por outro lado, Matthew (R.H. Thomson) e Marilla (Geraldine James) são dois irmãos solteiros, que vivem no campo e decidem adotar um menino para ajudar na fazenda, já que os dois possuem uma idade avançada.
Contudo, acaba ocorrendo uma grande confusão, e quem chega a eles é Anne, e como ela sempre diz, Anne com E no final. Enquanto eles negam a garota por ser uma menina, e de quase sempre ela fazer algumas confusões, os dois acabam se apaixonando por Anne. Assim, eles a adotam como parte da família.
Além disso, ela acaba se relacionando com outras pessoas, conquistando amigos preciosos, cada um uma linda história para contar. Alguns dos personagens que acompanham Anne são, Diana (Dalila Bela), Cole (Cory Grüter-Andrew), Bash (Dalmar Abuzeid), além do querido Gilbert (Lucas Jade Zumann), que mais tarde se tornaria seu grande amor.
Após uma infância horrível, onde Anne passa por orfanatos até casas de famílias que abusam da garota, ela consegue enfim ver uma ponta de esperança no seu futuro.
Dotada de resiliência e um espirito único, Anne possui uma imaginação brilhante, que apesar de muitas vezes acabar causando problemas, prejudicando até meus seus amigos e família, seu jeito a torna uma pessoa singular, impossível de não se apaixonar.
Mas se engana quem acredita que Anne é a única que tem papel central na história. Apesar de ser a personagem principal, a trama trás personagens com histórias diferentes, cada um sendo protagonista de determinado momento.
Assuntos sérios como preconceito racial e étnico, homofobia e machismo são discutidos de forma abrangente, mas com resoluções que acrescentam um pouco a cada um que assiste.
Assista “Anne With An E” na Netflix →
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Dickinson (Série 2019 – 2021)
Em Dickinson podemos acompanhar a vida da maior poetisa de todos os tempos, Emily Dickinson. Ainda no auge da sua juventude, mas já em ascensão, Emily (Hailee Steinfeld)está muito a frente do seu tempo.
As histórias dizem que Emily era uma jovem melancólica e muito reclusa, mas a série a retrata como uma mulher forte e inteligente. Sempre com ideias progressistas para o século XIX, ela faz do seu dom uma arma para enfrentar os obstáculos que sua família e sociedade a colocam.
Por vezes, a trama explora assuntos como desigualdade de gênero e a impossibilidade de expressar a opção sexual, afim de poder realmente ter alguém que ama ao seu lado, em uma sociedade autoritária e machista.
Contudo, um dos destaques da obra vai para a trilha sonora, que incorpora músicas atuais em outra época. Além disso, a obra conta o que acontece sob o ponto de vista imaginativo e olhar interno da protagonista.
A modernidade da trama é mostrada através de palavrões, festas regadas por drogas e bebida e a troca de imagens intimas, algo que não podemos ver em uma série comum de época. Mesmo que, causando certo impacto e até estranheza, acabamos nos acostumando e dando a mão a personagem principal.
Em síntese, o elenco é maravilhoso, as caracterizações são perfeitas e os cenários são de tirar o folego. Afinal, acima de outras paixões, o que Emily mais ama é a escrita, e ela vai fazer de tudo para lutar por esse amor.
Assista “Dickinson” na Apple TV →
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The Great (Série 2020 – Presente)
Uma das obras de época parecidas com Bridgerton é série The Great, uma sátira vagamente baseada na vida de Catarina, A Grande, a governante feminina que ficou mais tempo no poder na Rússia no ano de 1700. A série é estrelada por Elle Fanning e Nicholas Hoult como Pedro II.
A história mostra o que há por trás do casamento entre os jovens, que abusam de casos extra conjugais. Logo, a primeira temporada, concentra-se no desejo de Catarina por matar seu marido, Pedro.
Por outro lado Pedro II, não possui escrúpulo algum e é bastante depravado, além de não ter a mínima ideia de como governar.
Ou seja, Catarina, que possui certo talento para liderar, e ama o país, sonha em assumir o governo. Ela se importa de verdade com o povo e tem compaixão pelos pobres, mesmo demorando a entender como tudo funciona de fato.
A obra expõe que por trás de figurinos exagerados e festas com fartura, a realeza também pode ser acessível, sendo pessoas comuns, com feitos de sobra, mas com algum amor no coração.
Contudo o resultado é uma série cômica, extremamente exagerada onde tudo se mistura, é um verdadeiro caos na corte. Além disso, há mais cenas fortes, dos que as citadas acima, sexo, nudez e um pouco de sangue.
O destaque fica em torno da construção da personagem Catarina, que começa bem inocente e vai crescendo aos poucos.
Por mais que a série use de sátira, são aquelas cenas absurdas que não sabemos se podemos rir ou ficar com pena da protagonista, por sofrer tantas manipulações mentais como abuso físico.
- Gentleman Jack (Série 2019 – Presente)
Em mais uma das obras de época parecidas com Bridgerton, com assuntos que são muito paltados na nossa realidade atual, temos Gentleman Jack.
A série conta a história de Anne Lister (Suranne Jones), uma mulher lésbica do século XIX, e sua saga para ser reconhecida como mulher de negócios.
A trama é um grande sucesso da HBO Max, e mostra como uma obra com personagens principais LGBTQIA+ pode agradar os mais diversos públicos. Mostrando que representatividade é importante em todos os contextos sim.
Por ser bem diferente das mulheres da época, Anne Lister foi apelidada pejorativamente como Gentleman Jack. Desde que Anne se comportava como um cavalheiro para época, ou seja, vestia roupas pretas, estudava, viajava e administrava a herança e propriedade da família.
Além disso e o mais importante, ela não escondia sua preferência sexual de ninguém. Ou seja, um “ultraje” para os moradores da Inglaterra rural.
A história de Lister é verdadeira viu? E graças as suas habilidades tudo foi registrado em seus quarenta diários de viagem. Sua escrita era detalhada e até mesmo incluía os menores detalhes, como: o que comia, temperatura e o melhor, seus romances com outras mulheres.
O drama é extremamente bem produzido, uma mistura entre drama, humor e muito romance. O visual é elegantíssimo, vestidos, propriedades e paisagens luxuosas, é de encher os olhos.
Ainda sim, o destaque da história se dá pela narração de Anne, a personagem quebra a quarta parede e diz ao expectador de um jeito muito engraçado seu ponto de vista. Além do mais, o modo calculista que Anne tenta ao máximo mostrar suas habilidades perante aos outros empresários é fabulosa.
O elenco, mesmo não tão conhecido é maravilhoso, a química entra as personagens é grande. Os demais também possuem grande destaque, como a esposa de Anne Lister, Ann Walker (Sophie Rundle) que amadurece muito ao longo do tempo.
Assista “Gentleman Jack” na HBO Max →
- Downton Abbey (Filme 2019)
Depois do sucesso da série de televisão britânica Downton Abbey transmitida entre 2010 à 2015 e contando com seis temporadas. A história teve sua adaptação para filme em 2019 que ainda ainda conta com uma sequência que será lançada agora em Maio, Downton Abbey: A New Era.
Downton Abbey mostra a história da família Crawley, que é proprietária de um grande território rural do condado de Yorkshire na Inglaterra, no inicio do século XX.
O filme continua com o mesmo enredo da série, e conta com o retorno de grande parte do elenco original. Ambientado em 1927 a trama mostra a ida do Rei e da Rainha da Inglaterra a residência da família Crawley.
O filme é capaz de atrair fãs antigos e novos, em uma incrível história cheia de subcamadas. Contanto com a apresentação de vários personagens e uma quantidade de arcos infinitas, a obra consegue amarrar tudo muito bem, dando origem a um filme maravilhoso.
Downton Abbey é capaz de mostrar toda a burocracia e sociedade inglesa da época. Onde membros da corte, nobreza e empregados, precisam seguir uma série de regras e protocolos, cada um de acordo com sua bolha. Contudo, eles acabam se misturando, e isso resulta nos melhores momentos da série. Além disso, há muita fofoca, por trás dos eventos.
Apesar de abordar temas completamente diferentes, esta é uma das obras de época parecidas com Bridgerton. Os conflitos são na verdade espelhados em eventos reais da história inglesa. O filme também critica seriamente o sistema social que causa divisão de classes, e o acumulo de poder que demorou muito para acabar, e que na verdade, se pensarmos, existe até hoje.
Por fim, tudo isso torna Downton Abbey uma série riquíssima em ser vista. Já que a rotina de cada personagem, por mais que ambientada em sua posição social e por menor que seja sua classe social, mostra com clareza cada ponto de vista.
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