Wicked, Ainda Estou Aqui e Os Melhores Filmes de 2024

Os Melhores Filmes de 2024
Os Melhores Filmes de 2024 - Imagem: Mubi/Sony Pictures Brasil/Universal Pictures

Com a chegada do fim de 2024, é hora de relembrar os momentos mais marcantes do ano no cinema. Apesar de não ser considerado o melhor ano para a indústria cinematográfica, a verdade é que diversas produções se destacaram e geraram muito burburinho nas redes sociais. Mas fica a pergunta: quais foram os filmes que realmente marcaram 2024?

Embora especialistas em bilheteria apontem os fracassos financeiros e críticos e o Oscar note a ausência de um grande fenômeno como Oppenheimer, o foco aqui é outro. Afinal, o que importa de fato é a qualidade das histórias e a experiência proporcionada ao público. Ou seja, mesmo sem números exorbitantes ou prêmios em destaque, o ano trouxe filmes que valem a celebração.

Entre os lançamentos, títulos de grande impacto marcaram presença, como a sequência Duna: Parte 2 no início do ano, que ampliou o universo deslumbrante criado por Denis Villeneuve. Além disso, obras de drama esportiva como Rivais, com atuações notáveis de Zendaya, Josh O’Connor e Mike Faist, e a aguardada adaptação de Wicked, estrelada por Ariana Grande e Cynthia Erivo, conquistaram o público e a crítica.

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Outro ponto alto foi o gênero de terror, que este ano se superou. Normalmente ignoradas em grandes premiações, produções como Longlegs: Vínculo Mortal e A Substância mostraram que o terror pode ser tão impactante no roteiro, fotografia e direção quanto qualquer outro gênero, e não só nos sustos. Afinal, estas obras trouxeram narrativas criativas e atmosferas que prenderam a atenção dos espectadores.

Por fim, chegou o momento de destacar os dez melhores filmes de 2024. Com uma seleção que abrange animações, blockbusters, terror, dramas, ação e muito mais, a lista inclui lançamentos exibidos nos cinemas brasileiros até agora. Em resumo, este ano provou que, apesar dos pesares, o cinema continua a evoluir cada dia mais, tentando entregar o melhor para o público.

10 – Divertida Mente 2

Com uma bilheteria global de impressionantes US$ 1,6 bilhão, Divertida Mente 2 se tornou o maior sucesso de 2024. Produzido com um orçamento de US$ 200 milhões, o longa encantou audiências de todas as idades ao redor do mundo. Além disso, o entusiasmo dos fãs se refletiu nas salas de cinema, onde muitos foram caracterizados como os personagens, criando um espetáculo de memes à parte.

Dando continuidade ao sucesso de 2015, Divertida Mente 2 manteve a abordagem de temas profundos sobre a mente humana com uma narrativa leve e divertida, mas também emocionante. Desta vez, a história também foca em Riley, que agora enfrenta os desafios da adolescência enquanto novas emoções, como a Ansiedade, chegam para desestabilizar sua mente.

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A animação é uma produção conjunta da Pixar e dos Walt Disney Studios. O filme foi dirigido por Kelsey Mann (Purl), produzido por Mark Nielsen e escrito por Meg LeFauve (O Bom Dinossauro). Já o elenco de vozes inclui Amy Poehler (Parks and Recreation), Phyllis Smith (The Office) e Lewis Black (Man of the Year), que retornam aos seus papéis, além de novas adições como Tony Hale (A Garota da Vez), Liza Lapira (Velozes e Furiosos 4), Maya Hawke (Stranger Things), Ayo Edebiri (The Bear), Adèle Exarchopoulos (Azul é a Cor Mais Quente), Paul Walter Hauser (Cruella) e mais.

Embora a sequência fosse esperada, a Pixar só oficializou Divertida Mente 2 em 2022. Uma curiosidade é que, durante o desenvolvimento, foram criadas 27 novas emoções, mas apenas quatro chegaram à versão final do filme. Isso gerou grande repercussão nas redes sociais, que foram inundadas por memes sobre emoções excluídas que sentimos diariamente, mas banais.

Com uma aprovação de 90% no Rotten Tomatoes, o longa foi amplamente elogiado pelo roteiro, que explora com profundidade a adolescência de Riley. Além disso, a introdução da Ansiedade como “vilã” também foi destaque, reforçando a inteligência emocional da franquia.

Assista “Divertida Mente 2” no Disney+ →

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9 – Rivais

Rivais, conhecido internacionalmente como Challengers, foi uma das grandes obras cinematográficas de 2024. Dirigido por Luca Guadagnino (Me Chame pelo Seu Nome), o filme conta com atuações marcantes de Zendaya (Duna), Josh O’Connor (The Crown) e Mike Faist (West Side Story), além de uma trilha sonora impactante composta por Trent Reznor e Atticus Ross. Com uma narrativa envolvente, Rivais dominou as discussões do primeiro semestre.

A direção de Guadagnino é impecável, acompanhada de elementos técnicos que elevam o filme. Enquanto isso, a edição, assinada por Marco Costa, é ritmada e dinâmica, e a trilha sonora mistura orquestrações dissonantes com a energia nostálgica do techno-house. A combinação de elementos evidencia a genialidade de Reznor e Ross, parceiros frequentes do diretor.

O roteiro, escrito por Justin Kuritzkes, aborda temas como poder, amor e obsessão de maneira provocativa. Sem excessos ou clichês românticos, a narrativa caminha por questões complexas com uma abordagem sutil, consolidando o filme como uma obra distinta dentro de seu gênero.

Já a história gira em torno de um campeão de tênis em declínio, que enfrenta, em um torneio, seu ex-melhor amigo e ex-namorado de sua esposa. O reencontro traz à tona antigas rivalidades, culminando em um final tenso, considerado um dos mais memoráveis do cinema recente.

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Inicialmente previsto para setembro de 2023, o lançamento foi adiado devido à greve SAG-AFTRA daquele ano. Por fim, Rivais estreou em Sydney em março de 2024 e chegou aos cinemas norte-americanos no mês seguinte, distribuído pela Amazon MGM Studios. Apesar dos contratempos, o longa manteve seu apelo junto à crítica.

Uma curiosidade é que o elenco treinou intensamente tênis por meses, dispensando, em grande parte, o uso de dublês. Esse cuidado trouxe realismo às cenas de jogo, que são um dos destaques do filme. No entanto, Rivais arrecadou apenas US$ 96 milhões globalmente, sendo US$ 50,1 milhões nos Estados Unidos e Canadá e US$ 45,9 milhões em outros territórios. Embora modesto comercialmente, o longa foi amplamente celebrado pela crítica especializada.

Com 88% de aprovação no Rotten Tomatoes, Rivais foi aclamado como uma obra de excelência. O filme também foi premiado no Gotham Awards e recebeu indicações ao Globo de Ouro, reafirmando seu feito no cenário cinematográfico.

Assista “Rivais” no Prime Video →

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8 – Deadpool & Wolverine

Deadpool & Wolverine foi, sem dúvida, o maior destaque do MCU em 2024, e o único por sinal. Após anos em que os fãs se sentiram desanimados com o estúdio, esta produção trouxe de volta o entusiasmo perdido. Sob a direção de Shawn Levy (O Projeto Adam), o longa marcou a estreia oficial do irreverente Mercenário Tagarela no universo da Marvel Studios. Além disso, o público foi agraciado com o aguardado retorno de Ryan Reynolds como Deadpool e Hugh Jackman como Wolverine, reacendendo memórias inesquecíveis.

Com uma bilheteria global de mais de US$ 1 bilhão, o filme conquistou o título de segunda maior arrecadação do ano, atrás apenas de Divertidamente 2. A narrativa, repleta de momentos hilários e de grandes participações especiais, proporcionou uma jornada cheia de ação pelo multiverso. Enquanto isso, o formato, aliado ao humor característico do protagonista, garantiu que tanto novos quanto antigos fãs se sentissem conectados à história.

Embora a trama apresente alguns momentos que podem parecer desconexos ou pouco desenvolvidos, a sensação de rever rostos tão queridos compensa qualquer falha. Para completar, a trilha sonora é um dos destaques do filme, com músicas como “Like a Prayer”, de Madonna, e “Iris”, do Goo Goo Dolls, surgindo nos momentos perfeitos para emocionar o público. Graças a uma campanha de marketing criativa, o longa entregou uma narrativa que equilibra nostalgia e novidade, agradando tanto os fãs do irreverente Deadpool quanto os amantes do icônico Wolverine.

Escrito por um time de peso composto pelo próprio Ryan Reynolds, junto a Rhett Reese (Zumbilândia), Paul Wernick (G.I. Joe: Retaliação) e Zeb Wells, o filme já figura entre as 20 maiores bilheteiras da história.

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O elenco, cuidadosamente mantido em segredo até o lançamento, foi um dos pontos altos, proporcionando surpresas empolgantes. Além disso, com 78% de aprovação no Rotten Tomatoes, a produção reafirmou o talento da franquia em entregar uma comédia de ação que sabe o que faz.

Assista “Deadpool & Wolverine” no Disney+ →

7 – Robô Selvagem

Já o emocionante Robô Selvagem, produzido pela DreamWorks, surpreendeu por tocar profundamente seus espectadores. Eu nunca pensei que iria chorar tanto com uma animação, depois de Como Treinar o Seu Dragão 3. Bem, mais uma vez, a DreamWorks sabe como fazer uma obra de tirar lágrimas dos olhos de qualquer adulto.

Com uma animação belíssima, que aprimora ainda mais o estilo visual consagrado em O Gato de Botas 2, o filme traz verdadeiras pinturas em movimento. E, para complementar, conta com um elenco de vozes notável, incluindo Lupita Nyong’o (Um Lugar Silencioso: Dia Um), Pedro Pascal (Gladiador) e Kit Connor (Heartstopper), que emprestam suas vozes aos personagens de maneira magistral.

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A trama aborda temas como pertencimento, amor e maternidade, emocionando em cada detalhe. Roz, uma robô que naufraga em uma ilha deserta, enfrenta desafios para se adaptar ao novo ambiente. No entanto, ao se aproximar dos animais locais, ela desenvolve laços profundos e se torna mãe adotiva de um ganso órfão, criando uma história que toca o coração de qualquer espectador.

Combinando aventura e ficção científica, o filme é inspirado no livro de mesmo nome, lançado em 2016 por Peter Brown. A adaptação para o cinema foi dirigida por Chris Sanders (Os Croods) e chegou às telonas em 18 de dezembro de 2024. O sucesso foi imediato. Contando com um orçamento de US$ 78 milhões, a produção arrecadou US$ 324,1 milhões em bilheteria mundial, demonstrando a força de uma narrativa bem construída.

Recebendo impressionantes 97% de aprovação no Rotten Tomatoes, Robô Selvagem já se destacou em premiações como o Hollywood Music in Media Awards e o Celebration of Cinema and Television. Não é surpresa que o filme seja um dos favoritos para levar o Oscar e o Globo de Ouro na categoria de Melhor Animação, consolidando a DreamWorks como um dos estúdios mais influentes da indústria.

Por fim, Robô Selvagem reafirma que as animações podem ir além do entretenimento, entregando mensagens profundas e universais. Mais uma vez, a DreamWorks provou sua capacidade de criar obras que transcendem gerações, emocionando e encantando públicos de todas as idades e de qualquer local do mundo.

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“Robô Selvagem” está disponível para aluguel no Google Play, Apple TV e Prime Video.

6 – Longlegs: Vínculo Mortal

O ano de 2024 foi marcado por diversas surpresas cinematográficas, principalmente no terror, e Longlegs: Vínculo Mortal certamente está entre elas. Apesar de ter causado mais repercussão internacionalmente com memes e comentários nas redes sociais, o longa dirigido por Oz Perkins (Legalmente Loira) conquistou o público ao apresentar Nicolas Cage como um serial killer assustador. A trama intrigante e recheada de elementos peculiares agradou especialmente aos amantes do gênero de terror.

A história acompanha Lee Harker (Maika Monroe), uma agente do FBI que é chamada para reabrir um antigo caso arquivado de um assassino em série. Enquanto avança em sua investigação, Lee descobre uma conexão perturbadora com o criminoso. Destaque também para Alicia Witt (Orange Is the New Black) que interpreta Ruth Harker, a mãe religiosa de Lee, e surpreende o público com uma performance marcante e uma reviravolta impressionante.

Não há como falar de Longlegs sem mencionar a característica perturbadora de Nicolas Cage, que, com sua atuação, certamente traumatizou os espectadores. Ainda que o filme não seja perfeito do começo ao fim, ele compensa com atuações brilhantes e uma atmosfera densa que captura a atenção do início ao fim. Assim, Longlegs: Vínculo Mortal entrega uma experiência singular, mesmo com alguns altos e baixos.

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Anunciado originalmente em novembro de 2022, o filme superou as expectativas ao arrecadar US$ 127 milhões mundialmente, com um orçamento de menos de “apenas” US$ 10 milhões. Sua estreia foi recebida com aclamação crítica, alcançando 86% de aprovação no Rotten Tomatoes. De acordo com J. Hurtado, do ScreenAnarchy, o filme surge como “uma obra-prima, onde cada quadro é um pesadelo visualmente deslumbrante”.

Assista “Longlegs: Vínculo Mortal” no Prime Video →

5 – Duna: Parte 2

Ambição, grandiosidade e majestade definem Duna: Parte 2, um dos filmes mais aguardados de 2024. Sob a direção de Denis Villeneuve (Blade Runner 2049), a continuação de Duna (2021) trouxe uma das experiências cinematográficas mais marcantes dos últimos tempos. A narrativa explora temas como a criação de lendas messiânicas, acompanhada de visuais espetaculares que elevaram o nível da ficção científica.

Baseado na obra clássica de Frank Herbert, o filme contou com o retorno de um elenco estrelado, liderado por Timothée Chalamet (Wonka) como Paul Atreides. Enquanto isso, Zendaya (Rivais), Rebecca Ferguson (Silo), Florence Pugh (Midsommar), Austin Butler (Elvis) e Javier Bardem (Mãe!) também se destacaram, entregando performances profundas e trazendo complexidade aos seus personagens.

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No segundo filme da franquia, Paul Atreides alia-se a Chani e aos Fremen para buscar vingança contra aqueles que conspiraram para destruir sua família. No entanto, ele enfrenta um dilema entre seu amor por Chani e seu papel crucial no destino do universo. A trama aborda essa dualidade de forma refinada, enriquecendo o arco do protagonista.

Duna: Parte 2 é um exemplo do cinema blockbuster em sua melhor forma. Desde a fotografia impecável de Greig Fraser à trilha sonora envolvente de Hans Zimmer, passando por cenas de ação meticulosamente elaboradas, cada elemento contribui para uma experiência cinematográfica inesquecível. Assim, o filme encerra a primeira parte da jornada de Paul de maneira magnífica.

Com a confirmação de Duna: Messias, terceiro filme da franquia, Duna: Parte 2 já se consolida como um marco na história do cinema. Sem dúvida, a produção se posiciona como um dos melhores filmes não apenas da década, mas também do século.

Já a recepção crítica foi igualmente impressionante. Afinal, no Rotten Tomatoes, o filme obteve 92% de aprovação com base em 450 críticas, alcançando uma média de 8,4/10. Os efeitos visuais e as atuações foram amplamente elogiados, consolidando Duna: Parte 2 como um marco da ficção científica contemporânea.

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Assista “Duna: Parte 2” no Max →

4 – Wicked

Chegando só no final do ano como um dos favoritos de 2024, Wicked entrega exatamente o que prometeu desde o início de sua divulgação. Afinal, a produção encanta desde os primeiros minutos com atuações extraordinárias de Cynthia Erivo (The Outsider) e Ariana Grande (Scream Queens). O musical, dirigido por Jon M. Chu (Podres de Ricos), teve o desafio de adaptar o aclamado espetáculo da Broadway para o cinema e conseguiu cativar até mesmo aqueles que desconheciam a magia da obra teatral.

No papel de Elphaba, Cynthia Erivo brilha ao trazer sua experiência no teatro. A atriz, que já possui um prêmio Tony, adiciona profundidade à icônica Bruxa Má do Oeste. Ponto forte da trama, sua interpretação revela as complexidades de uma mulher que luta por justiça social enquanto enfrenta a exclusão e a marginalização.

Por outro lado, Ariana Grande surpreende ao assumir um papel cômico, criando uma personagem cheia de vaidade e egoísmo, mas que esconde um coração bondoso e vulnerável. Juntas, as duas atrizes exibem uma química emocionante e digna de elogios, deixando uma marca profunda em cada cena.

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A produção recria o mundo de O Mágico de Oz e explora a amizade improvável entre Elphaba e Glinda antes de se tornarem a Bruxa Má do Oeste e a Bruxa Boa do Sul, respectivamente. Com músicas memoráveis e visuais deslumbrantes, o filme se consolidou como um dos maiores destaques cinematográficos de 2024.

O elenco fantástico ainda conta com as atuações de Jonathan Bailey (Bridgerton), Bowen Yang (Saturday Night Live), Peter Dinklage (Game of Thrones), Michelle Yeoh (Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo) e Jeff Goldblum (Kaos). No Rotten Tomatoes, o filme alcançou uma aprovação de 88%, comprovando o entusiasmo tanto do público quanto da crítica especializada.

Com sua estreia, Wicked gerou grande comoção, especialmente entre os fãs de musicais e a comunidade LGBTQIAPN+, mostrando-se como um dos maiores fenômenos culturais do ano. Vale lembrar que o público já aguarda ansiosamente a sequência, intitulada Wicked: For Good, programada para novembro de 2025.

“Wicked” segue em cartaz nos cinemas.

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3 – Ainda Estou Aqui

No início de 2024, poucos conheciam Ainda Estou Aqui, mas o filme rapidamente se tornou um dos mais comentados e procurados nos cinemas brasileiros. O longa colocou Fernanda Torres (Os Normais) em destaque global, com aparições nas principais revistas de cinema, além de conquistar o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Veneza. Agora, o Brasil, mais uma vez, surge como forte candidato ao Oscar.

Apesar de um certo cisma que ainda persiste em relação ao cinema nacional, Walter Salles demonstra, mais uma vez, a força do Brasil no cenário internacional com o emocionante drama Ainda Estou Aqui.

Inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, a trama acompanha Eunice Paiva, que passou décadas em busca de respostas sobre o desaparecimento de seu marido durante a ditadura militar. Por meio dessa história pessoal, o longa aborda um dos períodos mais sombrios da história brasileira, consolidando-se como uma das maiores realizações do cinema nacional recente.

Com uma atuação profundamente comovente de Fernanda Torres, o filme é inspirado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva. Dessa forma, a trama acompanha Eunice Paiva, que passou décadas em busca de respostas sobre o desaparecimento de seu marido durante a ditadura militar. Por meio dessa história pessoal, o longa aborda um dos períodos mais sombrios da história brasileira, consolidando-se como uma das maiores realizações do cinema nacional recente.

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Embora ainda não tenha sua indicação ao Oscar garantida, Ainda Estou Aqui está muito próximo de chegar lá. Para muitos brasileiros, há um sentimento de que o Oscar perdido de Fernanda Montenegro por Central do Brasil, também dirigido por Walter Salles, precisa ser redimido, especialmente considerando que ela perdeu para Gwyneth Paltrow em Shakespeare Apaixonado.

No Rotten Tomatoes, o filme possui 92% de críticas positivas, com uma nota média de 7,3/10. No Metacritic, a média é de 79/100. O elenco conta ainda com atuações marcantes de Selton Mello (O Auto da Compadecida) e da já consagrada Fernanda Montenegro, o que engrandece ainda mais a produção.

“Ainda Estou Aqui” segue em cartaz nos cinemas.

3 – Anora

Anora é uma comédia dramática americana lançada em 2024, escrita, dirigida e editada por Sean Baker (The Florida Project). A trama acompanha o turbulento casamento entre Anora (Mikey Madison), uma jovem profissional do sexo, e Vanya Zakharov (Mark Eydelshteyn), filho de um oligarca russo. O elenco coadjuvante inclui Yura Borisov (Cidade de Gelo), Karren Karagulian (Red Rocket) e Aleksei Serebryakov (Anônimo).

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Embora categorizado como drama, Anora desafia rótulos e mistura elementos de diferentes gêneros cinematográficos. Logo nos primeiros minutos, há uma atmosfera que mescla realismo mágico e estética marcante. Depois, o filme explora a efemeridade do prazer em contraste com a dureza da realidade, transmitida por meio de cores contrastantes e uma fotografia sofisticada de Drew Daniels.

Vivemos tempos de múltiplas atividades e economias paralelas. Muitas pessoas recorrem a trabalhos extras como entregas e serviços autônomos para complementar a renda. Sean Baker utiliza essa realidade como pano de fundo em Anora. Afinal, a protagonista, interpretada com magnetismo por Mikey Madison, vê no casamento com um herdeiro russo uma oportunidade de escapar da insegurança financeira.

No entanto, as tentativas dos pais do noivo para anular o casamento acrescentam tensão à trama. Equilibrando humor e crítica social, o filme evidencia as dificuldades de escapar das engrenagens do sistema.

Anora estreou em 21 de maio de 2024, no 77º Festival de Cinema de Cannes, onde foi premiado com a Palma de Ouro. O lançamento nos cinemas ocorreu em 18 de outubro, distribuído pela Neon. O longa foi amplamente elogiado e figurou entre os 10 melhores filmes de 2024 segundo o National Board of Review e o American Film Institute.

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Por fim, recebeu cinco indicações ao Globo de Ouro, incluindo Melhor Filme – Comédia ou Musical, Melhor Atriz e Melhor Diretor. Com um orçamento de US$ 6 milhões, arrecadou US$ 29,1 milhões globalmente, consolidando-se como o maior sucesso de bilheteria de Baker.

Já no Rotten Tomatoes, o filme possui 95% de aprovação com base em 286 críticas, registrando nota média de 8,7/10. O consenso destaca: “Uma crônica excepcional de Sean Baker sobre a luta pela sobrevivência na América, com uma performance ousada de Mikey Madison, Anora é um drama romântico envolvente.”

“Anora” está disponível para aluguel no Prime Video e MUBI.

1 – A Substância

Vamos para o favorito de quem vos fala: o grande destaque de 2024 que surpreendeu o público foi A Substância. Quando o projeto foi anunciado, poucos previam seu sucesso avassalador. Mas o body-horror dirigido por Coralie Fargeat (Reality+) ganhou notoriedade ao abordar temas como envelhecimento feminino e padrões de beleza irreais perpetuados pela indústria do entretenimento. Além de ser um dos filmes mais comentados do ano, tornou-se fenômeno cultural nas redes sociais, impulsionado por debates e memes.

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Demi Moore e Margaret Qualley brilham em atuações arrebatadoras, conduzindo o público por uma narrativa perturbadora e envolvente. Enquanto isso, Coralie Fargeat, diretora e roteirista, demonstra domínio sobre a linguagem do gênero, utilizando-a para explorar a relação tóxica e complexa que temos com a estética. O resultado é um filme provocativo e visualmente impactante.

Premiado como Melhor Roteiro no Festival de Cannes 2024, A Substância traz Demi Moore como Elisabeth Sparkle, uma atriz veterana demitida por ser considerada “velha demais” para a TV. Determinada a recuperar seu prestígio, Elisabeth experimenta uma substância milagrosa capaz de rejuvenescer seu corpo. Entretanto, a transformação exige que ela compartilhe sua vida com Sue (Margaret Qualley), sua versão mais jovem e aperfeiçoada. Assim, o filme mergulha em uma jornada surreal e angustiante, explorando os limites da identidade e do controle sobre o próprio corpo.

A produção recebeu aclamação crítica, com 89% de aprovação no Rotten Tomatoes e uma pontuação de 78/100 no Metacritic. Além disso, é considerado um forte candidato a prêmios importantes em 2025, incluindo Satellite Awards, Critics’ Choice Movie Awards e o Globo de Ouro.

A obra desafia convenções e provoca reflexões sobre vaidade, envelhecimento e obsessão pela juventude. A narrativa funciona como um espelho distorcido da sociedade contemporânea, revelando suas inseguranças e contradições. Ao mesmo tempo, entrega um espetáculo visual grotesco e fascinante, mantendo o público cativado do começo ao fim.

Com direção precisa e atuações memoráveis, o longa consolida-se como um dos mais marcantes do ano. A química entre Demi Moore e Margaret Qualley fortalece a trama, tornando as interações entre as personagens ainda mais intensas e verossímeis. Por fim, o roteiro constrói momentos de tensão e surpresa, mantendo o espectador constantemente intrigado.

Assista “A Substância” no MUBI →

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