Gorr foi o primeiro vilão introduzido na aclamada fase do autor Jason Aaron à frente das histórias do Deus do Trovão, sendo um personagem relativamente novo nos quadrinhos da Marvel.
O Carniceiro dos Deuses foi apresentado em 2013, e acabou se tornando uma peça-chave no arco, ao tornar Thor indigno, e consequentemente incapaz de empunhar o Mjölnir.
O personagem começou sua saga, caçando o filho de Ondin incansavelmente em três linhas temporais diferentes.
No passado onde o Filho de Odin ainda era imaturo e irresponsável, a atual versão heroica do Universo Marvel, e o Thor do futuro, que se tornou um Rei amargurado e solitário.
Gorr estava em busca não apenas de matar o portador do Mjölnir, como também conseguir informações sobre o paradeiro de outros Deuses, em especial dos asgardianos, para que assim possa continuar sua chacina.
A origem de Gorr- O Carniceiro dos Deuses
Gorr nasceu há cerca de 3.000 anos em um planeta sem nome e com pouquíssimos recursos, onde água e comida eram completamente escassos.
Ele perdeu sua família por conta das dificuldades do lugar e também pelo descaso por conta dos Deuses.
O personagem apareceu pela primeira vez na segunda edição da revista Thor: Deus do Trovão, lançada em 2013. A história foi criada pelo roteirista Jason Aaron e conta com belos desenhos de Esad T. Ribic.
Em sua infância, Gorr aprendeu que se adorasse os Deuses, eles escutariam suas preces. No entanto, mesmo com suas todas a suas orações e pedidos, nunca obteve as respostas, ou mesmo a ajuda que tanto necessitava.
Durante uma batalha mortal entre dois Deuses que houve em seu planeta, Gorr viu a oportunidade de obter a posse da Omniscura, ou Necrolâmina.
A arma era utilizada por Knull, O “Deus dos Simbiontes” e se trata de um artefato de imenso poder, que ficou conhecida como a Matadora de Deuses.
Essa espada foi forjada pelo próprio Knull com os barulhos do martelo celestial e do fogo quente da forja, além disso ela contêm uma consciência própria chamada All-Black.
Com esta poderosa arma, o Deus dos Simbiontes foi capaz até mesmo de decepar a cabeça de um Celestial no passado.
Esta cabeça ficou à deriva no espaço, se tornando mais tarde o que conhecemos como a cidadela Knowhere ou Lugarnenhum.
Knull usou esse local para aumentar mais ainda os poderes da espada através das propriedades cósmicas, tornando-a uma arma virtualmente indestrutível.
Ao empunhar a Necrolâmina, Gorr obtém poderes como força e velocidade sobre-humana e manipulação de matéria, sendo capaz de projetar armaduras para proteger seu corpo.
Além disso ele é capaz de regenerar partes decepadas, característica que o torna praticamente imortal, e ainda consegue criar cópias de si mesmo, e se tornar invisível.
Com a arma em mãos, o vilão tem a capacidade de ferir e até mesmo matar criaturas celestiais, incluindo Deuses considerados imortais.
Isso vai de encontro aos planos do personagem de acabar com toda a raça divina, se tornando assim, o Carniceiro dos Deuses.
A origem de seu ódio só seria revelada ao fim do primeiro arco, onde descobrimos que Gorr cresceu em um planeta de extrema miséria que confiava cegamente em divindades.
Vendo seus filhos e entes queridos morrendo naquele ambiente hostil, cheio de monstros e predadores ferozes, ele se desespera cada vez mais.
Mesmo com incessantes preces, os Deuses nunca socorreram o jovem e muito menos a sua família nos momentos de necessidade.
Porém, esquecido pelos Deuses cósmicos, ele nutriu um ódio mortal, pois acreditava que tais seres poderiam salvá-lo da miséria na qual se encontrava.
Após perder muitos entes queridos, ele entende que tais entidades ignoraram todas os pedidos de seu povo enquanto guerreavam sem sentido.
A partir daí ele comete seu primeiro assassinato, e inicia sua cruzada de extermínio divino pela galaxia, viajando pelo cosmos por milhares de anos em busca de vingança.
O próprio Deus do Trovão teve sérias dificuldades ao enfrentar Gorr, sendo necessárias três versões do herói, vindas de realidades temporais diferentes para derrota-lo.
A primeira batalha entre os dois aconteceu no século IX, onde Thor o feriu gravemente, arrancando seu braço.
O Carniceiro dos Deuses viajou através da linha temporal e eliminou diversos deuses no decorrer das eras, ganhando reconhecimento entre as entidades cósmicas que o viam como um ser poderoso e letal.
A Saga de Jason Aaron e a importância do vilão
Jason Aaron assumiu os roteiros dos quadrinhos do Thor em 2012, e de lá para cá, as histórias envolvendo o herói vem sendo muito elogiadas, tanto pela crítica, quanto pelos fãs do personagem.
Muito disso se deve ao fato do autor se utilizar de uma excelente construção dos personagens em uma saga épica, além de conseguir criar uma ótima história e anexa-la à uma belíssima arte, graças ao brilhante trabalho de Esad Ribic e Russell Dauterman.
Aaron respeita todas as necessidades de um épico, atraindo o foco do leitor através de questões filosóficas, como o poder que é concedido aos Deuses e o seu dever em usá-lo para proteger os mais fracos.
Gorr: O Carniceiro dos Deuses é apresentado logo no início da história, e de cara o autor já é capaz de plantar uma questão importantíssima no inconsciente dos leitores e na do próprio Thor.
O vilão coloca brilhantemente em cheque, a maneira com que os Deuses utilizam seus poderes e se eles realmente são dignos das posições que ocupam perante seus adoradores.
Essa abordagem é levantada por Gorr e funciona como o alicerce para tudo o que vem a seguir no arco, até mesmo nas histórias atuais do Deus do Trovão.
Jason Aaron consegue explorar as facetas do herói, mas não somente de um único Thor e sim, de diversas versões do personagem.
O autor introduz um jovem Thor imaturo, um rei Thor que já está mais cansado e amargurado e ironicamente uma versão feminina de Thor, que se trata na verdade de uma humana que foi considerada digna do seu poder.
Não é por acaso que Thor acaba se tornando um personagem do sexo oposto. Claramente Jason Aron se utiliza desta temática para abordar uma questão bastante atual, sobre mulheres que vêm assumindo posições que até então, eram exclusivamente masculinas.
Da mesma forma o autor explora a luta contra o câncer de Jane Foster e nos mostra a dualidade que existe no fato de uma humana ter se tornado digna do poder de um Deus e um Deus que não é digno de possuir seu próprio poder.
Este conceito é algo que fica bem destacado dentro da trama, sendo que em diversos momentos a narrativa nos traz de volta à mesma questão.
A abordagem utilizada pelo autor, foi capaz de trazer um tom diferenciado e inovador para as histórias e também adicionou diversos elementos importantes para o cânone do Deus do Trovão.
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