Em End of Abyss o abismo também te observa. Prepare-se para uma descida que não tem volta e um terror sem fundo.
Mostrado na Summer Game Fest 2025, End of Abyss, o novo projeto da estreante Section 9 Interactive — com publicação da Epic Games — não é apenas mais um jogo de terror.
É uma carta de amor tortuosa ao desconforto, ao desconhecido e à solidão.
Com raízes criadas por dois veteranos de Little Nightmares, este é um terror sci-fi que não se contenta em assustar. Ele quer te desorientar.
Se aprofunde nos detalhes a seguir…
Terror Em Perspectiva Isométrica
Com estética meticulosamente sombria, End of Abyss mergulha o jogador em um complexo subterrâneo abandonado, onde a técnica de combate Cel é enviada para investigar sinais misteriosos.
O que começa como uma missão técnica rapidamente se transforma em uma jornada pelas entranhas do horror.
A visão top-down/isométrica não é apenas estilística — ela limita, distorce, sufoca.
Você vê, mas não enxerga. Anda, mas não avança. Está armado, mas vulnerável.
O game flerta com um tom claustrofóbico em tempo integral, com corredores apertados, salas que respiram e um silêncio quebrado por chiados metálicos.
Há algo aqui que lembra Signalis, Dead Space e Akira, mas tudo filtrado por uma lente muito mais impiedosa.
Apesar de ser publicado pela Epic Games Publishing — que muitas vezes apoia projetos independentes — o estúdio mantém autonomia criativa e desenvolvimento interno, sem pertencer a grandes conglomerados como Sony ou Microsoft.
Combate Tático e Inimigos Com Fome de Carne
Aqui parece não há espaço para o “corre e atira” estilo Doom.
Cel precisa escanear inimigos, analisar pontos fracos e adaptar seu arsenal — que inclui pistola, shotgun e dispositivos eletrônicos — conforme a situação.
As criaturas são grotescas, imprevisíveis e algumas chegam a se dividir em múltiplos monstros. Um único erro é suficiente para morrer.
O botão de rolar substitui a mira. Cada movimento é uma aposta. Os encontros são breves, brutais, e o terror nunca é estilizado. Ele é orgânico. Ele dói.
Um Metroidvania Feito Para Se Perder
A progressão é não-linear. Você volta, destranca portas antigas com novas habilidades e redescobre o ambiente com outros olhos — ou talvez com menos sanidade.
A exploração é um personagem à parte: ela sugere atalhos, esconde segredos e exige persistência. Nada é entregue de graça. Tudo é conquistado com medo.
Vale mencionar que a demo revelada é apenas 10% do jogo completo, mas já oferece uma ideia do labirinto mental que está por vir.
Nada foi dito sobre narrativa muito aprofundada — só o suficiente para desconfiarmos que há mais sob as camadas metálicas do que parece.
Basicamente a formula do Hype moderno: Não diz nada, não mostra muito e deixa a mente do publico trabalhar por conta própria.
Quando Vamos Descer ao Abismo?
End of Abyss está previsto para 2026, chegando ao PC (via Epic Games Store), PlayStation 5 e Xbox Series X|S. Ainda não há confirmação de dublagem ou legendas em português.
Tem medinho de água? Pois bem, o abismo está prestes a se abrir — e End of Abyss não quer apenas que você olhe para dentro. Ele quer te puxar.
Este é o tipo de jogo que não te deixa dormir bem depois. E se cumprir o que promete, será mais do que uma revelação. Será um trauma interativo.