Atores e roteiristas fazem piquete em frente aos estúdios da Paramount em Los Angeles na sexta-feira, 14 de julho de 2023. Foto de Chris Pizzello/AP Photo
Atores e roteiristas fazem piquete em frente aos estúdios da Paramount em Los Angeles na sexta-feira, 14 de julho de 2023. Foto de Chris Pizzello/AP Photo

Segundo reportagem do site norte-americano Deadline, apesar da greve iniciada na última sexta-feira, 14 de julho, o Sindicato dos Atores dos Estados Unidos (SAG-AFTRA) vai permitir que seus filiados trabalhem em produções verdadeiramente independentes. Contudo, existem algumas regras para que essa permissão seja concedida. A primeira delas é que os responsáveis pela produção não estejam filiados a Aliança de Produtores de Cinema e Televisão, a AMPTP, (ou “Alliance of Motion Picture and Television Producers”, no original em inglês), a instituição que representa grande parte dos maiores estúdios e produtoras dos Estados Unidos.

Membros do Sindicato dos Atores (SAG-AFTRA) anunciando o início da paralisação. Foto de Frazer Harrison/Getty Images.
Membros do Sindicato dos Atores (SAG-AFTRA) anunciando o início da paralisação. Foto de Frazer Harrison/Getty Images.

Além disso, aqueles produtores independentes (não filiados a AMPTP) interessados em contar com profissionais do SAG-AFTRA em suas produções durante o período da greve devem assinar um “acordo temporário” com o Sindicato. Ainda não está claro o que é exatamente esse acordo ou quais os termos contidos nele, mas já se sabe que uma das cláusulas exige que esses produtores aceitem retroativamente os termos de qualquer eventual acordo que for assinado entre o SAG-AFTRA e a AMPTP.

Profissionais em início de carreira são os que mais sofrem com a greve

Ou seja, os produtores que assinarem esse “acordo temporário” terão que depois assinar um acordo permanente quando a greve eventualmente acabar e as duas instituições, SAG-AFTRA e a AMPTP, chegarem a um acordo de trabalho definitivo, aceitando os termos desse acordo assinado pelas duas instituições. A exceção aberta pelo Sindicato pode permitir que muitos produtores pequenos e profissionais em início de carreira continuem a trabalhar durante o período de greve.

Fran Drescher, presidente da SAG-AFTRA, em protesto durante a Greve do Sindicato dos Atores. Foto de Gary Baum/THR Staff.
Fran Drescher, presidente da SAG-AFTRA, em protesto durante a Greve do Sindicato dos Atores. Foto de Gary Baum/THR Staff.

Esses profissionais que ainda não se estabeleceram profissionalmente costumam receber salários menores e serem os que mais sofrem durante períodos de paralisação já que, muitas vezes, eles não podem ficar sem trabalhar e sem gerar renda durante muito tempo. Além disso, produtores independentes, não filiados ao AMPTP, costumam estar a frente de produções pequenas, com mercado limitado e que não geram assim tanto lucro. Portanto, não são o “alvo” principal dessa greve do SAG-AFTRA, cuja luta é mais contra os grandes estúdios que lucram bilhões todos os anos.

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