Os Filmes Estrangeiros mais Vistos de Todos os Tempos
Os Filmes Estrangeiros mais Vistos de Todos os Tempos - Imagem: Divulgação

Não é segredo para ninguém que o cinema norte-americano é o mais gigantesco quando nos referimos a quantidade e popularidade dentro da indústria. Afinal, as produções com enormes orçamentos, grande investimento de marketing e astros populares são as mais conhecidas. Desse modo, vemos que todo esse investimento se reflete em seus números em bilheterias. Com as tramas que mais contribuíram para a história do cinema. Vale lembrar, que entre as 10 maiores bilheterias de todos os tempos, oito delas pertencem a Disney, onde também faz parte a FOX. Agora, vamos conferir os filmes estrangeiros mais vistos de todos os tempos.

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Lançado ainda no ano de 2002, o clássico brasileiro Cidade de Deus, dirigido por Fernando Meirelles e Katia Lund é o segundo entre os filmes “estrangeiros” mais vistos do mundo. Sendo um dos filmes nacionais mais prestigiados de todos os tempos. Afinal, concorreu a várias categorias no Oscar, além de ser considerado um dos 100 Melhores Filmes da Década pelo The Times. Por fim, ainda é a sexta melhor produção de ação, segundo o jornal britânico The Guardian.

Ou seja, apesar de um mercado gigante, com grandes franquias se superando a cada dia, as produções “estrangeiras” conquistam seus milhões ao redor do mundo. Dessa forma, uma plataforma que conecta professores nativos com alunos, chamada Preply, fez uma pesquisa. Por fim, descobriu que os filmes não americanos são um grande sucesso por todo mundo. Além de filmes, a pesquisa também analisou algumas séries estrangeiras muito populares, com os dados do IMDb.

Por fim, confira uma lista, para quem ficou curioso sobre os filmes estrangeiros mais vistos de todos os tempos citados na pesquisa.

10 – Princesa Mononoke (1997 – Japão)

A animação de fantasia época japonesa, Princesa Mononoke é o décimo filme mais visto do mundo. Assim, a trama do ano de 1997, conta com a direção de Hayao Miyazaki, em uma animação do Studio Ghibli. No Japão, a trama foi ao ar no dia 11 de julho de 1997 pela Toho, enquanto isso, nos Estados Unidos só se passou em 1999. Ainda nos anos 1970, Miyazaki concebeu os primeiros esboços do seu longa. Contudo, o roteiro de um dos filmes estrangeiros mais vistos de todos, começou de vez somente no ano de 1994, com inspiração nas produções do diretor irlandês, John Ford.

Assim, com o orçamento de cerca de “apenas” 23,5 milhões de dólares, alcançou cerca de 169,7 milhões de dólares em bilheteria pelo mundo. Por fim, se tornou um sucesso crítico e comercial, sendo a maior bilheteria do ano de 1997 no Japão. Mas uma das maiores exclusividades dessa animação é que o presidente da Miramax, Harvey Weinstein contratou Neil Gaiman, para fazer o roteiro em inglês.

O filme que que aumentou a popularidade da Ghibli, fora do Japão, foi o maior lançamento da história do Japão, até a chegada de Titanic. Na época, a animação também foi considerada uma das mais caras do país. Com um sucesso crítico, sua nota no Rotten Tomatoes é de 93% de aprovação, com classificação média de 8,00/10. Enquanto isso, no Metacritic, sua nova é de 70 em 100 pontos.

Vale lembrar, que a produção concorreu a prêmios como Mainichi Film Awards, Nikkan Sports Film Awards, Japan Media Arts Festival, Japan Academy Awards, Blue Ribbon Awards, Hochi Film Awards e Saturn Awards ganhando todos as categorias. Também foi indicada ao Annie Awards e ao Golden Satellite Awards.

Por sua vez, Princesa Mononoke trata da natureza e do meio-ambiente, ao mostrar a destruição das florestas. Enquanto Mononoke, representa a ligação entra a natureza e os seres humanos, mas também o desequilíbrio entre ambos. Além disso, temas como sexualidade e doenças também fazem um paradoxo, segundo seu criador.

Dessa forma, a trama que se passa no final do período Muromachi no Japão (1336 a 1573 dC) foca na aldeia do jovem príncipe Emishi, também chamado de Ashitaka. Um dia, um grande demônio invade sua aldeia, e o rapaz resolve enfrenta-lo. Desse modo ele acaba lutando com o demônio até mata-lo. Contudo, durante o embate, seu braço é feriado e ele se torna o portador da maldição. Nessa, ele vai se corroer até se transformar em um demônio igual ao que matou.

Mas para tentar se curar, ele sai em uma jornada, para a floresta proibida, e vai enfrentar animais fantásticos, princesas amaldiçoadas e os mistérios da natureza. Por fim, ele também vai descobrir que na verdade, são os homens que querem destruir a natureza e que consome seus recursos. Ele ainda conhece San, ou como podemos chamar, a Princesa Mononoke, termo que significa: “seres sobrenaturais que mudam de forma.

Assista “Princesa Mononoke” na Netflix →

9 – A Vida dos Outros (2006 – Alemanha)

Outro entre os filmes estrangeiros mais assistidos de todos os tempos é A Vida dos Outros, ou como diz seu título em alemão Das Leben der Anderen. O drama do ano de 2006 conta com a direção e roteiro de Florian Henckel Von Donnersmarck (O Turista), em seu primeiro longa-metragem. Seu orçamento é de somente US$ 2 milhões, enquanto isso, faturou US$ 77 milhões de dólares em todo mundo.

A produção de um dos filmes estrangeiros mais vistos do mundo foi lançada exatamente 17 anos depois após a queda do Muro de Berlin, que fazia parte da República Democrática Alemã. Desse modo, a abordagem foi aplaudida de pé pelo público do país, sendo considerado louvável por sua autenticidade. Na Alemanha, venceu sete prêmios durante o Deutscher Filmpreis. Incluindo os de melhor filme, melhor diretor, melhor roteiro, melhor ator e melhor ator coadjuvante, estabelecendo um recorde com 11 indicações. Por sua vez, também ganhou o Oscar do ano de 2007, como Melhor Filme Estrangeiro. Desse modo, ainda recebeu um Prêmio BAFTA de Melhor Filme de Língua não Inglesa.

Contudo, ainda foi indicado a inúmeros prêmios pelo mundo, que incluem, British Academy Film Awards, César Awards, European Film Awards entre tantos outros que é impossível citar. Além disso, Henckel von Donnersmarck se tornou o terceiro diretor alemão a receber um Oscar, na categoria.

Vale lembrar, que o pai e a mãe do cineasta pertenciam a Alemanha Oriental, e por ter passado grande parte da vida no local, sabia de detalhes essenciais para a trama. Assim, a produção de sucesso crítico, conseguiu  93% de aprovação no Rotten Tomatoes, e uma classificação média de 8,31/10. Enquanto isso, conseguiu pontuar 89 em 100 no Metacritic. Por fim, apareceu em diversas listas de jornais e revistas prestigiadas.

Dessa forma, a trama de A Vida dos Outros, trás consigo a história do dramaturgo Georg Dreyman da Alemanha Oriental. Por muitos, ele é considerado o modelo perfeito para um cidadão do país. Afinal, nunca contesta o governo ou o regime político em que vive. Mas, o ministro Bruno Hempf decide averiguar se o homem não tem nenhum segredo do governo. Até porque Gerd Wiesler, seu subordinado diz que é necessário o monitoramento.

Por fim, a tarefa fica a cargo de Anton Grubitz , que a princípio não vê nada de errado na vida do homem. Por fim, eles passam a ser vigiados 24 por dia, a todo tempo pelos agentes da Stasi, que na verdade era a polícia secreta da Alemanha Oriental. Contudo, o ministro Hempf acaba sendo atraído por Christa-Maria, namorada do cineasta. A quem começa a chantagear em troca de favores sexuais. O elenco inclui, Ulrich Mühe, Martina Gedeck, Sebastian Koch, Ulrich Tukur e Thomas Thieme.

A Vida dos Outros não está disponível para streaming com um serviço de assinatura.

8 – Oldboy (2003 – Coreia do Sul)

Mais um entre os filmes estrangeiros de maior bilheteria, é o sul-coreano Oldboy, adaptado de um mangá japonês do mesmo nome. A trama do gênero ação neo-noir foi lançada no ano de 2003 e contou com o roteiro e direção de Park Chan-Wook (A Criada). O grande sucesso crítico, venceu o Grand Pix, durante o Festival de Cannes do ano de 2004. Na época, a trama recebeu vários elogios, incluindo do diretor Quentin Tarantino.

Nos Estados Unidos, recebeu inúmeros elogios dos críticos locais, conquistando a porcentagem de 81% de aprovação no Rotten Tomatoes. Enquanto isso, no Metacritic, recebeu nota 77 com base em 100 pontos. Além disso, diversos críticos manifestaram sua opinião sobre o longa, com foco nas cenas de ação impressionantes. Vale lembrar que muitas das cenas não tiveram edição, algumas incluíam dezessete tomadas sem pausa.

Por fim, a produção ficou em 64º lugar, na lista de melhores filmes de todos os tempos pela revista Empire. Logo, sendo considerado um dos melhores filmes neo-noir de todos os tempos, e um dos melhores dos anos 2000. Além disso, é considerado um dos 10 melhores filmes asiáticos já feitos, e o terceiro melhor entre o público sul-coreano. Por fim, ganhou até mesmo uma adaptação americana, no ano de 2013, com Josh Brolin, Elizabeth Olsen e Samuel L. Jackson no elenco.

Com um orçamento de US$ 3 milhões, arrecadou US $ 14.980.005 de dólares, sendo também um sucesso financeiro. Afinal, foi visto por cerca de 3.260.000 espectadores na Coreia do Sul em uma das maiores bilheterias de 2003 no país. Contudo, sofreu algumas controvérsias em vários países, devido a cena em que o ator Choi Min-Sik (Lucy) come um polvo ainda vivo. Afinal, para realizar a cena foram utilizados cerca de 4 animais. Além de Choi Min-Sik, o elenco conta com Yoo Ji-Tae (La casa de papel: Coreia), Kang Hye-Jung, Kim Byeong-Ok e Yoon Jin-Seo.

Por fim, a trama segue a vida de Oh Dae-Su, um homem comum, casado e que tem uma filha de 3 anos. Em um determinado dia, ele é preso por estar altamente alcoolizado. Mas ao sair da delegacia, liga para sua casa através de um telefone público. Contudo, o homem desaparece, deixando para trás apenas o presente que havia comprado para sua filha.

Dae-Su acorda em uma prisão, que lembra um quarto de hotel, onde só existe uma televisão ligada. Todos os dias ele recebe um pouco de comida, mas um gás misterioso o faz dormir. Mas através da televisão, fica sabendo que é o principal suspeito pela morte brutal da sua esposa. Sabendo o que espera lá fora, ele passa 15 anos se adaptando ao local, sem ter a mínima ideia de quem o capturou. Por fim, ele consegue escapar, mas acaba preso em um grande esquema de conspiração e violência. Ele está em busca de vingança, mas acaba se apaixonando pela jovem Mi-Do.

Oldboy não está disponível para streaming com um serviço de assinatura.

7 – O Labirinto do Fauno (2006 – México)

O sucesso mexicano do ano de 2006, O Labirinto do Fauno é um dos filmes estrangeiros mais conhecidos pelo mundo a fora. A trama de fantasia, conta com roteiro, direção e produção de Guillermo del Toro (A Forma da Água), em uma distribuição da Warner Bros. No elenco, está Ivana Baquero (Alta mar), Sergi Lopez (Estranhos de Passagem ), Maribel Verdu (Farol das Orcas), Doug Jones (Hellboy) e Ariadna Gil (Alatriste).

As incríveis, ou podemos assim dizer, amedrontadoras criaturas do longa, foram feitas através de animatrônicos e efeito CGI. Assim, as ideias da trama vieram do caderno secreto de Del Toro, com rabiscos e garranchos, que já possuía a 20 anos. Influenciado pelos contos de fada, ele tentou dar continuidade ao seu filme anterior, The Devil’s Backbone (2001). Por fim, considerada a trama um sucessor espiritual.

De acordo com o diretor, ele se inspirou em seus sonhos lúcidos de infância para criar o fauno. Desse modo, afirmando que todas os dias, a meia-noite acordava com um fauno saindo do relógio do avô. A produção aconteceu na floresta de Scots Pine situada na cordilheira de Guadarrama , Espanha Central. Por sua vez, o Homem Pálido, é inspirado na criatura mitológica japonesa, chamada Tenome. Apesar do CGI a trama engloba principalmente uma boa técnica de maquiagem.

Em 27 de maio de 2006, O Labirinto do Fauno estreou no Festival de Cinema de Cannes. Lançado nos cinemas, somente em outubro do mesmo ano. Por fim, muito bem recebido pela crítica, com elogios aos efeitos visuais, direção, cinematografia e performance do elenco. Com um orçamento de US$ 19 milhões, a produção conseguiu faturar US $ 83 milhões de dólares pelo mundo.

Desse modo, ainda ganhou vários prêmios, como três categorias no Oscar e três prêmios BAFTA. Além de ser nomeado ao Globo de Ouro, Goya Awards e até mesmo ao National Society of Film Critics. Além disso, entrou para mais de 50 listas como um dos melhores filmes do ano, e até mesmo da história. No Rotten Tomatoes, alcançou a incrível marca de 95% de aprovação, em uma média de 8,1/10, no Metacritic, pontou 98 de 100.

A trama se passa no ano de 1944 na Espanha, onde oficialmente a Guerra Civil já terminou. Contudo, um grupo de rebeldes ainda luta nas montanhas ao norte de Navarra. Junto a sua mãe Carmen, Ofelia se muda para a região, e conhece seu novo padrasto, um oficial fascista que pretende acabar com a vida dos guerrilheiros do local.

Se sentindo sozinha, ela faz amizade com a jovem cozinheira da casa, Mercedes que na verdade é o contato secreto dos rebeldes. Mas ao passear pelos jardins da mansão, a garota acaba descobrindo um labirinto, que trás um mundo de fantasia. Contudo, a abertura desse mundo, trará consequências para ela e todos a sua volta.

O Labirinto do Fauno não está disponível para streaming com um serviço de assinatura.

6 – A Vida é Bela (1997 – Itália)

Em mais um entre os filmes estrangeiros mais famosos de todos os tempos, está o italiano a A Vida é Bela, do ano de 1997. Seu diretor é Roberto Benigni, que co-escreveu a trama junto com Vincenzo Cerami. Dessa forma, a comédia dramática é levemente inspirada no livro In the End, I Beat Hitler, do escritor Rubino Romeo Salmonì e do próprio pai de Benigni. Afinal, ele passou dois anos da vida no Campo de Concentração Bargen-Belsen durante a Segunda Guerra Mundial.

Assim, a trama incorpora elementos de ironia e comédia negra. Na época, um filme sobre guerra não era interessante no país, e muitos desacreditaram na ideia de Benigni que era um comediante. Mas o cineasta fez um ótimo trabalho ao incorporar algumas imprecisões históricas a fim de distinguir a história que precisava contar do verdadeiro holocausto. Por fim, a trama foi filmada em Toscana, na Itália.

Desse modo, no ano de 1997 estreava A Vida é Bela, com distribuição da Cecchi Gori Distribuzione. Mais tarde no ano de 1998, a produção foi exibida durante o Festival de Cinema de Cannes. No dia 22 de outubro de 2001, a obra foi ao ar pela emissora italiana RAI. Por fim, foi o filme mais assistido da história da televisão no país. Além do sucesso comercial, foi elogiado por sua história, performance, enredo e fusão entre drama e comédia. Com um orçamento de US$ 20 milhões, faturou mais de US $ 230 milhões de dólares pelo mundo.

Logo, também ganhou o Grand Prix, em Cannes, além de nove prêmios David di Donatello. Além disso, cinco prêmios Nastro d’Argento e dois European Film Awards. Por fim, três Oscars, incluindo Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Ator. Ainda concorreu a prêmios como César Awards, Critics’ Choice Awards e Toronto International Film Festival. Sendo o filme de língua estrangeira com a maior bilheteria norte-americana desde O Tigre e o Dragão.

Benigni se tornou um herói nacional, e até mesmo o papa João Paulo II assistiu a uma exibição privada do filme, com o próprio diretor. O elenco conta com Roberto Benigni (Pinóquio), Nicoletta Braschi (O Tigre e a Neve) e Giorgio Cantarini (Gladiador) no elenco principal.

Por sua vez, a trama se passa durante a Segunda Guerra Mundial. Na Itália, onde o judeu Guido e seu filho Giosuè são levados a um campo de concentração nazista. Por estar longe da sua mulher, ele precisa fazer de tudo, para fazer seu filho acreditar que está em uma brincadeira, e não sobrevivendo a um momento aterrorizante da história. Por fim, a trama mostra um pai fazendo de tudo, e usando da imaginação para proteger o menino do terror e da violência que o cerca.

Assista “ A Vida é Bela ” no Oldflix →

5 – Parasita (2019 – Coreia do Sul)

O filme sul-coreano Parasita, do ano de 2018 é um enorme sucesso no mundo inteiro, conhecendo ou não o mercado cinematográfico da Coreia do Sul. A trama conta com o aclamado diretor Bong Joon-Ho, que dirigiu e co-escreveu o roteiro junto com Han Jin-Won, que por sua vez produziu o longa.

Já o roteiro foi baseado em uma peça, escrita pelo próprio Joon Ho ainda no ano de 2013. Enquanto ele ainda trabalhava no filme Expresso do Amanhã. Anos depois, ele adaptou para um rascunho de quinze páginas, divididas em três partes diferentes por Jin Won. Assim, após terminar Okja (2017), Bong voltou e terminou de vez o roteiro. Esse por sua vez, também se inspirou no filme coreano The Housemaid, de 1960 e no caso Christine e Léa Papin de 1930.

O sucesso da CJ Entertainment, apresenta seu elenco composto pelas estrelas do país, Song Kang Ho (Memórias de um Assassino), Lee Sun-Kyun (My Mister), Cho Yeo-Jeong (A Concubina do Imperador), Choi Woo-Shik (Train to Busan), Park So-Sam (Passarela de Sonhos), Jang Hye-Jin (Pousando no Amor), Park Myung-Hoon (La casa de papel: Coreia) e Lee Jung-Eun (Juvenile Justice).

As filmagens começaram em março de 2018, sendo finalizadas em 124 dias. A cidade de Seul foi o plano de fundo da obra, enquanto Hong Kyung-Pyo foi o diretor de fotografia. Desse modo, a casa da família Park foi construída em um terreno ao ar livre, enquanto o subsolo e o primeiro andar eram gravados em um set. Por sua vez, a casa da família Kim, também foi construída no set, devido a cena de inundação. Sendo assim, a trama principal de Parasita, atinge o conflito de classes, desigualmente social e a disparidade da riqueza, como é possível ver claramente ao assistir.

A produção estreou no dia 21 de maio de 2019 durante o Festival de Cannes, com uma obra sul-coreana ganhando pela primeira vez a Palma de Ouro. Por muitos críticos, a produção é considerada a melhor de 2019, como também o melhor filme sul coreano de todos os tempos, e um dos maiores do século XXI. Com um orçamento de “apenas” US $ 15,5 milhões de dólares, Parasita conseguiu a marca de US $ 263 milhões de bilheteria por todo mundo.

Por fim, acabou ganhando a categoria de Melhor Filme do Ano no Oscar, uma conquista depois de mais de 60 anos. Além disso, recebeu prêmios no Globo de Ouro, por melhor filmes estrangeiro e no Premio BAFTA por Melhor Filme de língua não inglesa. Ainda assim, se tornando o primeiro filme estrangeiro a ganhar o Screen Actors Guild Award pela atuação do elenco, desde a Vida é Bela, sendo um dos filmes estrangeiros mais vistos do mundo.

No Rotten Tomatoes, alcançou uma pontuação extraordinária de 99% de aprovação em uma classificação média de 9,4/10. Enquanto isso, no Metacritic, conseguiu incríveis 96 pontos entre 100. Os grandes críticos elogiaram a trama, com foco na direção, roteiro e atuação. Ao que tudo indica, uma série spin-off está em desenvolvimento inicial pela HBO.

Em Parasita, acompanhamos a história da família Kim, que vive em um apartamento semi-subsolo, ou seja, um banjiha em Seul. Todos estão desempregados, e passam boa parte do tempo dobrando caixas de pizza para pagar as despesas do lugar sujo e apertado. Um dia, o filho mais novo da família, Ki-Woo encontra seu amigo Min-Hyuk. Como presente de despedida por ir estudar fora, ele o entrega uma pedra de erudito, que promete riqueza a quem tem. Desse modo, sabendo que o menino e sua família têm dificuldades, ele sugere que Ki Woo dê aulas de inglês para a filha mais velha da família Park.

O rapaz finge ser um estudante da Universidade Yonsei, e consegue o emprego. Mas ao iniciar o trabalho, ele acaba enchendo os olhos com a vida luxuosa dos donos da casa, tão diferente da sua. Por fim, toda família Kim através de um plano começam a se infiltrar na casa, cada um com um emprego diferente. Entretanto, todos os segredos e as mentiras que construíram vai sair muito caro.

Assista “Parasita” na Claro Now →

4 – A Viagem de Chihiro (2001 – Japão)

Outra grande animação japonesa que é considerada um dos melhores filmes estrangeiros é A Viagem de Chihiro. A trama do ano de 2001 possui o roteiro e a direção de Hayao Miyazaki (Meu Amigo Totoro) em um projeto do Studio Ghibli, e distribuição da Toho. Miyazaki escreveu o roteiro após se basear na filha de dez anos do seu amigo Seiji Okuda. Que por sinal, é um dos produtores do filme, e morava em uma cabana onde Miyazaki visitava todo verão.

Com um orçamento de US$ 15 milhões de dólares, a produção começou em fevereiro de 2000. Mais tarde, a Walt Disney Pictures, financiou cerca de dez por cento do custo total da produção. Para só então, ser responsável pela distribuição na América do Norte. A animação começou a ser feita através do uso de computadores, com a tecnologia disponível na época. Sendo por fim, a maior dificuldade, reduzir o tempo do longa, e deletar cenas que eram importantes para os criadores. Enquanto isso, os edifícios que aparecem no filme, são baseados na arquitetura clássica de Tóquio.

Por fim, A viagem de Chihiro estreou no dia 20 de julho de 2001, e imediatamente recebeu aclamação universal. Desse modo, bateu o recorde do seu sucesso anterior, Princesa Mononoke. Ao total, a produção arrecadou cerca de  US$ 395,8 milhões de dólares nas bilheterias mundiais. Na época, foi a maior bilheteria entre os filmes internacionais da história do cinema antes de estrear nos Estados Unidos. Além disso, ficou 19 anos no topo dos filmes de maiores bilheterias do país, até ser ultrapassado por Demon Slayer, em 2020.

Além do sucesso público, foi aclamado universalmente pelos críticos, como um dos melhores filmes do século 21 e uma das melhores animações de todos os tempos. Desse modo, a produção ganhou trinta e cinco prêmios, que incluiu um Oscar de Melhor Animação, sendo até hoje o único filme desenhado a mão de língua estrangeira a fazer esse feito. Além disso, recebeu prêmios no Japan Academy Award, Berlin International Film Festival, Hong Kong Film Awards, New York Film Critics Online, Saturn Awards entre tantos outros.

Ainda é considerado um dos melhores 50 filmes para crianças, pelo British Film Institute, e o quarto melhor filme do século 21 pela BBC. No ano de 2017, foi eleito o segundo melhor filme do século pelo The New York Times. No Rotten Tomatoes, sua aprovação é de 97% em uma classificação média de 8,5/10. Enquanto isso, no Metacritic conseguiu uma nota de 96 entre 100 pontos.

Desse modo, a trama envolve elementos japoneses como ambientalismo, sobrenaturalismo, cultura tradicional e consumismo ocidental. E logo, acompanha uma garota de dez anos chamada Chihiro. A menina é caprichosa, e ao descobrir que precisa se mudar fica furiosa. Durante a viagem, a família para em uma cidade que não possui habitantes. Mas os pais da garota, decidem comer a comida dos locais enquanto ela passeia pelo lugar.

Por fim, a menina encontra Haku, um garoto que diz que ela precisa ir embora o mais rápido possível. Mas para a surpresa da garota, ao voltar para os seus pais, eles se transformaram em porcos gigantes pela bruxa Yubaba. Assim, ela aceita trabalhar na casa de banho da bruxa, a fim de encontrar uma maneira de libertar seus pais e a si mesmo. Mas por fim, ela vai entrar em uma jornada fantástica, por um mundo de espíritos e seres fantásticos.

Assista “A Viagem de Chihiro” na Netflix →

3 – O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (2001 – França)

Quem nunca se apaixonou pela curiosa, carismática e adorável Amelie que atire a primeira pedra. A produção do ano de 2001 está entre os filmes estrangeiros mais fantásticos de todo mundo. Enquanto Jean-Pierre Jeunet (Alien – O Regresso) dirige a trama, Guillaume Laurant (O Homem que Ri) assina o roteiro junto ao diretor. As filmagens do longa ocorreram no ano de 2000. Assim, o cenário principal foi Paris, mas precisamente no Café des 2 Moulins, onde a protagonista trabalha.

Assim, no dia 25 de abril de 2001, a produção estreou nos cinemas, contanto com a direção da UGC-Fox Distribution. Mais tarde, teve exibições feitas em vários festivais pelo mundo. Por fim, ganhou muitos elogios da crítica e o premio de Melhor filme Durante o European Film Awards. Mais tarde, também recebeu quatro prêmios César, incluindo Melhor Filme e Diretor. Também recebeu prêmios no British Academy Film Awards, Globo de Ouro, Toronto International Film Festival entre outros. Também ganhou dois Oscars, incluindo Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Roteiro Original.

Além disso, foi um grande sucesso comercial, arrecadando cerca de US$ 174,2 milhões em todo o mundo contra um orçamento de US$ 10 milhões. O Fabuloso Destino de Amélie Poulain alcançou uma aprovação de 89% no Rotten Tomatoes, com uma nota média de 8,10/100. Por sua vez, no Metacritic, conquistou 69 entre 100 pontos. Por fim, ainda deixou sua marca pelo mundo, em termos de estilo e moda.

Na trama acompanhamos a jovem e inocente Amélie, que deixa sua família no subúrbio e passa a morar no bairro parisiense de Montmartre, onde começa a trabalhar como garçonete. Em um determinado dia, ela encontra uma caixa escondida no interior do banheiro da sua casa. Logo, pensa que é um pertence do antigo morador. Por fim, decide procurar o homem chamado Dominiquie.

Ao reparar que o homem ficou emocionado, com a alegria em rever o objeto, Amelie passa a adquirir uma nova visão do mundo. Assim, através de gestos pequenos, ela ajuda todos que estão em sua volta. E só assim, consegue ver algum sentido em sua existência. Mas Amelie ainda sente falta de ser amada, e quer viver um grande amor.

Além de Audrey Tautou (O Código Da Vinci), o elenco apresenta Mathieu Kassovitz (Le Bureau des Légendes), Lorella Cravotta, Serge Merlin, Jamel Debbouze, Claire Maurier, Clotilde Mollet, Isabelle Nanty, Dominique Pinon, Artus de Penguern, Yolande Moreau, Urbain Cancelier e Maurice Bénichou.

Assista “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” na Claro Now →

2 – Cidade de Deus (2002 – Brasil)

O Brasil jamais poderia ficar da lista dos filmes estrangeiros mais vistos de todos os tempos. Assim, Cidade de Deus, também é um dos filmais mais importantes de todos os tempos, não só aqui mas no mundo. Com produção da 02 Filmes, Globo Filmes e Videofilmes, a trama é uma adaptação do roteirista Braulio Mantovani (A Teia), do livro homônimo do autor Paulo Lins. Já a direção, é de Fernando Meirelles (Dois Papas), com a co-direção de Kátia Lund (Mulheres da Terra).

A produção da obra começou ainda no ano de 1997, quando Meirelles recebeu de presente o livro de Paulo Lins. Mais tarde, eles já tiveram a ideia da adaptação e em 1998 o roteiro já estava mais ou menos pronto. Durante esses anos, o diretor trabalhou em uma oficina de atores, com cerca de quatrocentas pessoas que estavam fazendo testes para o filme. Contudo, as filmagens duraram apenas nove semanas, em 2001.

Desse modo, o longa que é um marco na reconstrução da produção de cinema brasileiro foi lançada no ano de 2002. Mudando toda a visão do que o mundo pensava ter o cinema brasileiro. Cidade de Deus estreou no Festival de Cinema de Cannes, com aclamação crítica e universal. Apesar de ter muitos problemas na hora da distribuição internacional, isso não foi páreo para o sucesso.

O filme conta com com 90% de aprovação no Rotten Tomatoes, e 79 pontos de 100 no Metacritic. No mundo, atraiu um total de 3.307.746 de espectadores. Pelos críticos, foi considerado uma obra-prima, de um vislumbre ao mesmo tempo chocante, mas também deslumbrante das favelas do Rio de Janeiro. Tratando do cotidiano e da contradição da sociedade brasileira, além é claro da violência e tráfico de drogas.

Por fim, a produção recebeu quatro indicações no Oscar, como Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Edição e Melhor fotografia. Contudo, acabou não ganhando nenhum, afinal os assuntos que o filme debatia, eram considerados fortes demais para a academia. Também recebeu e venceu muitas categorias no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.

Por sua vez, o elenco é formado por estrelas como Alexandre Rodrigues (A Technologia Social), Leandro Firmino (Impuros), Douglas Silva (Amor de Mãe), Alice Braga (O Esquadrão Suicida), Seu Jorge (Marighella), Matheus Nachtergaele (O Auto da Compadecida), Darlan Cunha (Meu Tio Matou um Cara), Michel Gomes (Nos Tempos do Imperador) e muitos outros.

Por fim, a trama acompanha o personagem Buscapé, um adolescente pobre, preto e sensível que cresce em torno de muita violência na Cidade de Deus. Afinal, a favela carioca que começou a ser construído em 1960 é um dos lugares mais violentos do país. Mas para mudar o destino de ser bandido, ele encontra na fotografia uma motivação, tentando fazer carreira na profissão. Desse modo, ele acaba retratando através da câmera, o cotidiano do local onde mora, e a violência que não tem fim.

Além de protagonizar, o personagem narra todo o desenrolar da trama. Assim, todo ponto de vista do que acontece é feito por ele. Mas ao final, tudo que o jovem quer, é não ter que cair na desgraça que viu seus amigos e familiares passando por toda vida.

Assista “Cidade de Deus” no Globo Play →

1 – Intocáveis (2011 – França)

Mas quem fica em primeiro lugar entre os filmes estrangeiros mais vistos de todos os tempos é o francês Intocáveis, de 2011. A comédia com drama conta com a direção de Olivier Nakache (Mais Que Especiais) e Éric Toledano (Assim é a Vida). Sem mais detalhes, após apenas nove semanas do seu lançamento, a produção já se tornou o maior sucesso de bilheteria francesa. Ainda dentro do país, ocupa o terceiro lugar entre os filmes mais vistos de todos os tempos. Atrás de A Riviera Não é Aqui (2008) e Titanic (1997). E logo, é o filme mais lucrativo da história da França.

O maravilhoso elenco é composto por François Cluzet como Philippe, Omar Sy como Bakary “Driss” Bassari, Audrey Fleurot como Magalie, Anne Le Ny como Yvonne, Clotilde Mollet como Marcelle, Alba Gaia Bellugi como Elisa e Josephine de Meaux como Nathalie Lecomte.

Com um orçamento de US$ 10,8 milhões, a produção arrecadou cerca de 426,6 milhões de dólares de lucro. Apesar de ser um dos filmes estrangeiros mais vistos, conta com “apenas” 75% de aprovação no Rotten Tomatoes, e 57 pontos entre 100 no Metacritic. Por alguns europeus, o longa não é considerado tão bom quanto deveria, principalmente pelos ingleses. Mas vale lembrar que 5% do lucro do filme foi doada ao Simon de Cyrène, uma associação que ajuda pessoas com paralisia.

Contudo, Intocáveis ganhou o prêmio César, com Sy como melhor ator recebendo mais sete indicações. Por sua vez, ganhou o prêmio Tokyo Sakura Grand Prix durante o Festival Internacional de Cinema de Tóquio e o Prêmio de Melhor Ator para François Cluzet e Omar Sy. Contudo, apesar das tentativas, não foi selecionado para concorrer a categoria de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar de 2012. Mas foi nomeado no European Film Awards, Golden Globe Awards, Goya Awards e muitos outros.

Por sua vez, acompanhamos na trama a história de Philippe um grande aristocrata podre de rico que fica tetraplégico após sofrer um acidente. Ao precisar de um assistente, ele contrata Driss, um jovem com muitos problemas, e sem nenhuma habilidade para cuidar de ninguém. Contudo, com o passar do tempo, Driss aprende suas funções, apesar de ainda cometer alguns erros.

Mas a cada dia que faz, Philippe acaba gostando mais do jovem, que não o vê como um pobre coitado. E é desse jeito, que a amizade entre a dupla vai crescendo e ambos começam a fazer parte da vida do outro. Além de também começarem a enxergar o mundo do outro de forma diferente.

Assista “Intocáveis” no Globo Play →

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