Aquaman 2: O Reino Perdido
Aquaman 2: O Reino Perdido (Trailer Oficial) - Imagem: Warner Bros. Pictures

“Aquaman 2: O Reino Perdido” se passa após quatro longos anos depois de se tornar Rei da Atlântida, Arthur Curry (também conhecido como Aquaman) vive uma vida tanto na terra quanto no mar com sua esposa Mera e seu filho Arthur Jr. Enquanto isso, David Kane (também conhecido como Arraia Negra) busca vingar a morte do seu pai (Jesse Kane) e se une ao biólogo marinho Dr. Stephen Shin para encontrar artefatos da Atlântida.

Kane descobre um tridente negro que promete destruir Arthur. As raias mantas atacam a Atlântida, desviando as suas reservas de orichalcum para a máquina alimentar atlante de Shin, provocando consequências ambientais globais.

Arthur descobre que o uso do orichalcum causou sérios problemas ambientais no passado e pede a ajuda de seu meio-irmão Orm para encontrar Manta. Juntos, eles descobrem que o Tridente Negro foi criado por Kordax, irmão de Atlan e governante do reino perdido de Necrus. 

Manta sequestra o jovem Arthur e leva os heróis até Necrus na Antártica, onde ele enfrenta Manta. Numa batalha feroz, Mera salva Arthur, mas quando Mantan Negra liberta Kordax, o Tridente Negro se torna uma ameaça. Possuído por Kordax, Orm luta contra Arthur, mas acaba se redimindo, destruindo Kordax e o Tridente Negro. À medida que a magia passa, Necrus entra em colapso e Manta recusa ajuda antes de cair em uma fenda.

Os Atlantes decidiram informar Atlântida sobre a morte de Orm e escondê-lo. Percebendo a necessidade de unir os reinos subaquático e superficial para proteger os oceanos, Arthur revelou a existência da Atlântida às Nações Unidas e anunciou sua intenção de tornar o reino um membro. Como tal, Aquaman procura a paz entre os mundos, o fim das ameaças de Necrus e Manta Rays, e propõe uma aliança global para proteger os oceanos.

Easter Eggs de Aquaman 2: O Reino Perdido 

Batalha entre Kordax e a Atlan no filme Aquaman 2: O Reino Perdido
Batalha entre Kordax e a Atlan no filme Aquaman 2: O Reino Perdido – Imagem: Warner Bros. Pictures

Em Aquaman 2 assim como qualquer outro filme de super-heróis possui uma série de referências dos quadrinhos. Esses detalhes minuciosos são facilmente ignorados por nós, o que é realmente uma pena, pois agrega é tornar a obra cheia de curiosidades e ramificações interessantes. Vamos ver algumas dessas histórias:

Tridente de Netuno e de Kordax: 

Quando o Manta Negra (Antagonista) se apossa do Tridente Negro. Como resultado, ele tem uma visão de todo o poder que detém, principalmente o controle de um exército de monstros. Dessa forma, no primeiro filme (Aquaman), acontece a mesma coisa com Aquaman.

Topo, o polvo baterista: 

Este é o cefalópode mais famoso das HQs, normalmente topo participa de forma até recorrente nas missões com Aquaman, nos quadrinhos. No desenho “Jovens Titãs em Ação” no episódio 55 da temporada 2, quando Aqualed leva Ravena a um encontro no fundo do Oceano, vemos uma orquestra, e no centro dela vemos um Polvo tocando bateria. Por fim, Topo passou despercebido por muitos.

O Manta Negra é um Atlante:

No filme conhecemos uma cidade que antes de ser subaquática, resolveu desertar as nações de Atlântida. “Desertores” é literalmente o nome desse povo. Na revista “Black Manta #1” estreada em 2021, no capítulo 4 Dr. Mist revela que Black Manta é um descendente desse povo.

As referências cômicas em Aquaman: O Reino Perdido acrescentam uma dimensão fascinante à narrativa, conectando o filme ao vasto universo dos quadrinhos. Esses detalhes não só homenageiam os fãs mais dedicados, mas também enriquecem a experiência cinematográfica de quem pode não perceber essas nuances. A complexidade e profundidade dessas histórias agregam valor significativo à trama e reforçam a importância de explorar os detalhes mais sutis nessas obras cinematográficas.

Diferença do filme com relação aos quadrinho

Neste filme em específico os roteiristas parecem ter feito um mix, misturando mais de uma história para originar o enredo. Talvez isso incomode muitos aqueles que preferem a fidelidade à obra. Contudo, é válido pensar que a adaptação de obras cartunescas, de fato podem ser bem mais flexíveis, que em algumas vezes podem ser até positivas. Como por exemplo, “Constantine”, “Capitão América: Guerra Civil”, “Logan”, “Batman: O Cavaleiro das Trevas”, e muitos outros. Que tal vermos algumas modificações neste filme:

Kordax, o rei da Cidade Negra: 

  • A princípio, no filme Kordax foi apresentado com uma aparência humana, e posteriormente se tornou um ser desfigurado. 
  • Nas HQs este personagem tem um físico semelhante ao de um humano. Contudo, seu corpo coberto com escamas, pele verde, carregando uma face ameaçadora, caracterizam este personagem.

Necrus, o reino perdido:

  • Necrus, no filme teve sua origem como qualquer outra cidade atlantis, que se desenvolve exponencialmente em um período curto de tempo com a exploração do orichalcum. 
  • Nas HQs, essa cidade é governada por um tirano chamado Mongo, e sua eventual aparição é influenciada por um satélite alienígena.

O verdadeiro irmão de Atlan: 

  • No filme Kordax é o irmão do Rei Atlan, bom, e eles têm uma relação bem destrutiva chegando ao ponto de quase se massacrarem.
  • Nas HQs, Orin I° é o irmão de Atlan, os dois também entraram em guerra. A princípio, Atlan perdeu, mas retornou ao trono em uma revanche.

“Aquaman 2: O Reino Perdido” integra habilmente vários enredos de quadrinhos para trazer ao público uma experiência rica e dinâmica. Reconstruções de personagens como Kordax, a evolução de Orn e relações familiares complexas proporcionam uma trama bem divertida. Essa abordagem única de combinar diferentes elementos da história aumenta a singularidade do filme, atraindo tanto os fãs de quadrinhos quanto os espectadores casuais.

Diretor de Aquaman 2: O Reino Perdido

James Wan, o diretor de Aquaman 2: O Reino Perdido
James Wan, o diretor de Aquaman 2: O Reino Perdido em uma entrevista para o canal “Warner Bros. Pictures Brasil” – Imagem: Warner Bros. Pictures

James Wan dirige mais uma vez a sequência de Aquaman e acompanhando ele podemos notar a mesma perspicácia e a atenção nas estética do filme. O contraste forte e a paleta de cores dominadas por tons de azul, verde, e cinza, realçou os oceanos e os ecossistemas que nele estão. Todo um ecossistema que tem suas cores ainda mais vibrantes com luzes neon, em alguns momentos do filme não sabemos se estamos em atlantes ou em uma rave.

Brincadeiras à parte, o jeito que o cineasta implementou características as evolutivas de criaturas abissais para criar um estilo único para o visual de Aquaman é simplesmente estonteante. Esse aproveitamento das luzes e cores estava presente no primeiro filme, mas em “Aquaman 2: O Reino Perdido” isso está ainda mais forte.

Todo este estilo visual é surpreendente visto a tendência do diretor de dirigir filmes que em sua maior parte está envolvido em uma atmosfera sombria. Posto isso, podemos destacar “Invocação do Mal”, “Sobrenatural (2015)”, “Jogos Mortais”, “Gritos Mortais”, e vários outros filmes bons de terror.

Dessa forma, sua habilidade em criar atmosferas sombrias em filmes de terror e criar harmoniosamente  o universo subaquático de Aquaman com a grandeza, consolida James Wan como um cineasta versátil, capaz de entregar filmes excepcionais em uma variedade de cenários.

Crítica

Deixando um pouco de lado aquele velho estigma de que o gênero de super-heróis está saturado, vamos dar uma conferida na forma como o filme foi organizado. James Wan, o diretor por trás dessa adaptação, ainda entregou um filme muito estético, explorando de forma bem extensiva as cidades subaquáticas, as paisagens do fundo do oceano. 

O efeito disso é bem interessante, pois é difícil tirar o olho da tela quando se quer observar as lindas paisagens do filme mesmo que tudo seja feito por computação gráfica, mas e daí? Não vejo as pessoas reclamarem do filme “O Show de Truman – O Show da Vida”. 

Brincadeiras a parte, o filme tem mais pontos positivos do que negativos, como ótimas cenas de batalha, dito isso, não dá para deixar de destacar a incrível coreografia da batalha final entre Aquaman e Manta Negra, no qual os golpes eram bem sincronizados e realmente convincentes.

Por outro lado, algo que incomoda um pouco no filme foi a facilidade com que Orm (Mestre dos Oceanos) superou as diferenças com Aquaman, pois no filme anterior ele foi massacrado, e consequentemente passou 4 anos aprisionado e maltratado. Dessa maneira, fica bem forçada a relação entre os dois, no começo de suas jornadas, mas até o final deste filme isso melhora

No geral, o filme é levemente impactante, dando apelo bem mais com ação e comicidade. Um filme, bem despretensioso, que verdadeiramente vai fechar essa etapa do DCEU com uma boa impressão.

Principais Mudanças em Aquaman 2: O Reino Perdido

Para o bem ou para o mal, algumas nuances podem atingir de forma diferente os filmes de uma sequência. Dessa maneira, não é incomum notarmos que uma continuação de um filme pode não atender nossas expectativas uma vez de já criar parâmetros assistindo seu antecessor. Em Aquaman o Reino Perdido podemos apontar alguns detalhes que mudaram no filme, como por exemplo:

Tempo reduzido de tela de Amber Heard: A decisão de reduzir o tempo de tela de Amber Heard pode ter sido uma estratégia para minimizar possíveis polêmicas e distanciar o filme de questões pessoais polêmicas envolvendo a atriz. Os estúdios de cinema muitas vezes procuram evitar associações negativas que possam afetar a recepção de suas obras pelo público.

Ausência de Willem Dafoe: A ausência de Willem Dafoe em “Aquaman 2” marca uma notável lacuna na continuação, deixando os fãs do primeiro filme, onde interpreta Vulko, com uma sensação de vazio. O carisma e a presença única de Dafoe trouxeram um toque especial ao personagem de Vulto, tornando-o significativo na trama original de Aquaman.

Contexto Histórico: Atualmente, os filmes de heróis vivenciam uma peculiaridade polarizadora e, para alguns espectadores, a saturação do gênero é vista como um desafio à inovação e ao frescor narrativo. Tudo isso leva críticas às fórmulas previsíveis e à falta de originalidade em algumas produções. Este contexto afeta a recepção pública de filmes como Aquaman 2, especialmente em comparação com o seu antecessor. Apesar deste fator não ser propriamente deste filme, ainda sim, tem total impacto na obra.

Basicamente, estas mudanças, sejam estratégicas ou resultantes de eventos externos, até certo ponto moldam a nossa experiência enquanto público. Dessa maneira, impactando também a forma como a sequência se mostra com relação ao seu antecessor.

Orçamento e Bilheteria do Filme

Neste momento, é muito cedo para tirar conclusões firmes sobre “Aquaman 2: Reino Perdido”. Segundo informações do Box Office Mojo, o filme ainda está nos cinemas e sua receita acumulada de bilheteria atingiu US$ 397 milhões. No entanto, esse número é insignificante em comparação com o desempenho do primeiro filme, que arrecadou mais de um bilhão de dólares. Ainda será necessário aguardar o término do ciclo de exibição e avaliar outras métricas, como resposta crítica e recepção do público, para formar uma visão mais completa do sucesso ou dos desafios desta sequência.

A capacidade de um filme superar seu antecessor nas bilheterias depende muitas vezes de vários fatores, como a manutenção ou o crescimento de uma base de fãs, a percepção da qualidade da produção e o apelo geral da narrativa. Considerando a situação atual e a comparação entre os dois filmes, é improvável que Aquaman 2 iguale ou supere as conquistas notáveis ​​alcançadas pelo primeiro filme.

Melhores Cenas de Aquaman 2: O Reino Perdido 

Entre as inúmeras cenas que destacam a capacidade do filme de aliar comédia e ação, algumas se destacam como verdadeiros picos emocionais. De fato, este filme rende cenas alucinantes que nos prendem do início ao fim. Algumas dessas cenas marcam nossa memória, como por exemplo:

  • Resgate do irmão: Arthur percebe que a única forma de localizar o Manta Negra é através de seu irmão Orm, uma vez que os dois já teriam formado uma aliança no passado. Aquaman se infiltrou com Topo (Polvo Espião) na tribo dos desertores, onde seu irmão estava preso. Mas quando estavam prestes a sair daquele lugar, os guardas descobriram a presença deles, e uma perseguição carregada de cenas cômicas dá sequência aos eventos.
  • Batalha em Atlantes: Quando Manta Negra está executando seu plano de roubar o Orichalcum em um dos depósitos mais bem protegidos em Atlantis, ele se depara com um obstáculo. O mesmo a quem ele culpa pela morte de seu pai, Aquaman. Já em posse do Tridente Negro, Manta Negra e Aquaman travam um combate devastando uma parte da cidade.
  • Batalha Final: Quando Manta Negra, agora totalmente possuído por Kordax, está em Necrus prestes a usar o sangue do filho de Arthur para libertar totalmente seu mestre, o herói chega com toda a sua fúria. Agora um combate bem coreografado domina a cena. Com o tridente de Atlan e o Tridente de Kordax respectivamente nas mãos de Aquaman e Manta Negra, lutando para decidir o futuro do mundo.

Em meio às grandes cenas e reviravoltas de “Aquaman: O Reino Perdido”, a atuação magnética de Yahya Abdul-Mateen II como Arraia Negra se destaca como um dos pontos mais fortes do filme. Portanto, ele dá vida a um antagonista com uma combinação fascinante de intensidade e complexidade que intimida e acrescenta camadas extraordinárias à história.

Trilha Sonora do Filme

Composta pelo músico Rupert Gregson-Williams, o álbum de “Aquaman 2: O Reino Perdido” deixa o filme ainda mais repleto de emoção. De modo geral, desde a mixagem até as músicas, a parte sonora do filme não deixa a desejar. Por exemplo, quando Aquaman mobiliza um exército de baleias para cauterizar as armas de som do submarino do Manta Negra. De fato, as sobreposições de som desta cena dão uma noção muito grande de espaço e distância dos animais, e os deixam mais convincentes.

Voltando a trilha sonora do filme, as mais marcantes estão vinculadas ao antagonista do filme, sempre com sons ameaçadores e impactantes. Assim, entre essas músicas podemos destacar, “Necrus Arrival”, “Black Manta Lair”, e “Manta On The Bridge”. Além disso, os prestígios recebidos pelo músico como, Satellite Awards e o IFMCA Awards reforçam ainda mais o talento do músico. Portanto, é evidente a capacidade do compositor em adaptar a partitura às nuances da narrativa, enriquecendo as emoções transmitidas pela trama.

Onde Assistir Aquaman 2: O Reino Perdido

O cinema é o local perfeito para vivenciar toda a grandiosidade visual e sonora que esta produção deste filme oferece, e também o único local atualmente. A enorme tela do cinema, o som surround e a atmosfera envolvente proporcionam uma experiência única para apreciar plenamente cada detalhe do reino subaquático.

A boa notícia para quem prefere ficar sozinho, ou “Antissociais”, como são carinhosamente chamados, é que em breve poderão mergulhar na trama de Aquaman 2: O Reino Perdido no conforto de sua casa. O filme estará disponível para transmissão na HBO Max, serviço de streaming oficial da Warner Bros. Para quem aprecia a tranquilidade e desfruta do encanto solitário do seu próprio reino. Por fim, esta opção, futuramente, proporcionará a máxima comodidade para ver filmes no horário mais adequado.

Conclusão

“Literatura, pintura e música – Jason Momoa” – estas três palavras definem as três principais formas de arte, revelou o carismático ator em entrevista ao famoso Shanghai Daily. De uma forma fascinante, esses três elementos artísticos se entrelaçam e permeiam todas as cenas de Aquaman: O Reino Perdido.

O trabalho vai além de meros filmes de ação e aventura para apresentar uma narrativa compreensível e perspicaz, ao mesmo tempo que aborda a alarmante questão da poluição dos oceanos. Não apenas revelamos o abismo de um reino maravilhoso e vertiginoso, mas também evocamos poderosamente os problemas ambientais iminentes que lançam cada vez mais uma sombra sobre a continuidade da vida no nosso planeta . Ao incorporar esse tema atual e impactante, “Aquaman 2” torna-se uma obra que não só diverte, como também provoca a reflexão das pessoas sobre a responsabilidade ambiental.

James Wan encerra sua contribuição ao Universo Estendido da DC com habilidade magistral, entregando uma obra que supera as expectativas para um final triunfante. Ao combinar a visão única do diretor com a sensibilidade de Jason Momoa para diferentes formas de arte, o filme não apenas conclui uma saga, mas deixa uma marca na produção cinematográfica digna de atenção e atenção duradouras.

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