Pôster do streaming LGBTFLIX
LGBTFLIX - Divulgação
Fundação:2022
SedeSão Paulo
FundadorONG Vote Lgbt
Atuais donosONG Vote Lgbt
Países que operaBrasil
O que ofereceFilmes e séries

Nos últimos anos, temos testemunhado uma crescente demanda de plataformas diversificadas, buscando englobar cada vez mais um certo público que não está totalmente satisfeito com as plataformas do mercado. E foi nesse sentido que surgiu o LGBTFLIX.

Diferente de outros serviços de streaming convencionais, o LGBTFLIX foi criado com o objetivo específico de oferecer um catálogo abrangente de curtas metragens e documentários que celebram a diversidade sexual e de gênero enquanto ampliam a visibilidade e representatividade da comunidade.

Assim, neste artigo, vamos abordar justamente a origem e evolução da plataforma, e sua relevância dentro do mercado. Para isso, além de acompanhar um pouco de sua história, veremos também algumas das principais produções presentes em seu catálogo. Acompanhe!

Quando foi lançado o LGBTFLIX?

A plataforma LGBTFLIX surgiu no ano de 2022, no Brasil. Mas apesar de ser uma recém nascida no mercado, já mostrou ao que veio, uma vez que em seu primeiro ano de funcionamento atendeu a mais de 400 mil visitantes e tem muito potencial para crescimento.

Quem criou o LGBTFLIX?

O LGBTFLIX não conta com um fundador em pessoa física, por assim dizer. Isso porque o grande nome por trás da criação do serviço é a ONG Vote Lgbt, que atua diretamente em defesa da causa.

Quem são os atuais donos do LGBTFLIX?

Sendo recém criada, o streaming continua nas mãos dos seus idealizadores, ligada diretamente a ONG Vote Lgbt.

O que o LGBTFLIX oferece?

O LGBTFLIX é um streaming totalmente gratuito e com o catálogo completo de filmes lgbt, sendo que em sua maioria são curtas metragens. Além da abordagem do tema como nicho da plataforma, a maior parte de toda a galeria é constituída por cineastas LGBTs e a outra metade por simpatizantes do tema.

O serviço busca oferece um catálogo bem completo a toda a comunidade, com conteúdos de representatividade lésbica, gay, BI, trans e outros. Além disso, a plataforma é muito simples de utilizar e categoriza os conteúdos a cada gênero a que pertence. Assim, para se ter acesso a um tipo, é só clicar em uma das letras que cada uma representa.

Atualmente a galeria do streaming conta com um total de 250 filmes. Uma quantia ainda pequena, mas que é constantemente trabalhada para que esse número se torne cada vez maior.

Uma outra vantagem da plataforma é que ela também dá a oportunidade a cineastas iniciantes que buscam oportunidade de mostrar suas produções. Para isso, o LGBTFLIX conta com opção de que esses criadores possam postar seus conteúdos na plataforma.

Um pouco da história do streaming

Como mencionado, o LGBTFLIX começou sua vida a pouco tempo, a partir da ideia da ONG brasileira Vote Lgbt, uma iniciativa que surgiu no ano de 2014 e reúne apoiadores das mais diversas áreas.

O principal objetivo da causa é justamente trazer representantes de todas as áreas da sociedade com o foco principal na política, participando ativamente em campanhas e movimentos com esse objetivo.

Quando surgiu a pandemia, muitos LGBTs tiveram que viver em espaços onde eram hostilizados por opressores ou simplesmente estavam só, sem muita opção de entretenimento voltado para esse meio. Assim surgiu a ideia de criar uma plataforma que abordasse essa temática.

Como ter acesso ao LGBTFLIX?

A plataforma é realmente muito fácil de acessar. Basta ter um celular ou computador para conhecer o conteúdo. No entanto, como mencionado, o serviço ainda não conta com aplicativo próprio, tendo hoje apenas o site como forma de acesso.

Os planos de assinatura do serviço

O LGBTFLIX é realmente um streaming totalmente gratuito, o que o torna muito acessível ao público. Afinal, muitas vezes uma grande maioria não tem acesso a esse tipo de conteúdo.

Apesar de existir já muito material com essa temática, não há um streaming que disponibilize um catálogo focado especificamente no tema, sendo raro encontrar conteúdos LGBTs em alguma plataforma.

Principais produções disponíveis no catálogo LGBTFLIX

Uma forma única de entender mais profundamente a relevância do serviço, é acompanhando algumas das produções de destaques presentes no seu catálogo. Confira!

Eu, Drag isolada

Eu, Drag Isolada é um curta-metragem emocionante e impactante dirigido por Raffa Bitencourt. O filme mergulha na vida de Berê, uma drag queen, durante o período da pandemia.

A narrativa acompanha Berê enquanto ela enfrenta os desafios do isolamento social, lidando com a solidão e as incertezas que permeiam sua carreira e vida pessoal.

O curta retrata de forma íntima e poderosa a experiência única da personagem, que se vê obrigada a enfrentar a ausência de shows e apresentações devido às restrições de distanciamento social. Isso leva a uma reflexão profunda sobre a importância desses espaços para a comunidade LGBTQ+, além de abordar as dificuldades e as transformações que a pandemia trouxe para a vida de artistas e performers.

Raffa Bitencourt, por meio de sua direção habilidosa, mergulha nas emoções de Berê, explorando a solidão, o medo do futuro e a busca por conexão e sentido durante um momento tão desafiador.

O curta-metragem utiliza recursos cinematográficos e visuais impactantes para transmitir a experiência da personagem principal, capturando a essência da sua jornada e transmitindo uma mensagem poderosa.

Disponibilizado na plataforma do LGBTFLIX, Eu, Drag Isolada é uma produção que busca ampliar a visibilidade das narrativas LGBTQ+ e oferecer uma reflexão sobre os impactos da pandemia na comunidade.

Poente

Poente é um curta-metragem aclamado lançado em 2017, com direção e roteiro magistrais de Akira Família. O filme apresenta um elenco talentoso, liderado por Pedro Bosnich no papel de Allen e Gustavo Haddad como David.

A história central de Poente gira em torno de David e Allen, um casal cujo relacionamento se abala quando Allen mergulha em um profundo quadro de depressão.

O espectador vai a um mundo obscuro de tristeza através dos olhos de David, que testemunha o sofrimento de seu amado parceiro. Determinado a ajudá-lo a superar essa jornada de recuperação e restaurar sua saúde mental, David se dedica a oferecer apoio e amor incondicional.

O filme explora de maneira sensível e comovente os desafios emocionais e psicológicos enfrentados por aqueles que sofrem de depressão e seus entes queridos.

Ele retrata a luta de Allen de forma autêntica, mergulhando nas profundezas do seu sofrimento e desespero, ao mesmo tempo em que mostra a resiliência e o amor que podem surgir diante das adversidades.

Poente foi um sucesso tanto a nível nacional quanto internacional, conquistando reconhecimento e diversos prêmios. O curta-metragem foi especialmente honrado no renomado Overcome Film Festival, onde recebeu o prestigioso prêmio de Melhor Curta Nacional. Essa conquista ressalta a qualidade excepcional da produção e a relevância da história contada.

Com uma direção habilidosa, um roteiro impactante e performances cativantes, Poente cativa o público com sua abordagem autêntica e comovente da depressão e do amor.

As sombras

As sombras é um curta-metragem lançado em 2009 dirigido por Marcos Dutra e Juliana Rojas.  A produção é dedicada à memória do saudoso cineasta Walter Hugo Khouri.  O elenco é composto por Helena Albergaria como Angela, Djin Sganzerla como Ana e Silvio Restiffe como Paulo.

Morando em uma casa isolada, no meio da floresta vive um casal, Paulo que cuida de sua esposa Ângela que sofre de alguns problemas psicológicos. Para auxiliá-los a psiquiatra Ana passa grande parte de seus dias com eles. Assim o casal acaba desenvolvendo um envolvimento com a profissional.

Felicia

Felicia é uma produção dirigida pela Suprema Filmes. O elenco conta com Marina Pizatto como Felicia, Bruna kirsten como Marina, Paulo semblanlli como thales, Denise Franzen como Dorotéia e Lucas Fraga como Lucas

A história do curta gira em torno de Felícia, uma advogada bem realizada no trabalho, mas que vive um relacionamento no qual não é feliz. Ao conhecer uma escritora chamada Marina, ela começa a se interessar romanticamente pela moça.

Manas Kill

Manad kill é um curta metragem dirigido por Instachino. O elenco principal conta com Bruno Sacramento, Caio Jesus e Rayane Cristina.

A produção é inspirada em clássicos do pop e cinema. A história central gira em torno de uma transsexual chamada Mikaela. A jovem se muda de sua cidade natal para Belém e para sobreviver em sua nova cidade começa a trabalhar online como stripper.

Transbaixada

Transbaixada é curta, documentário dirigido por Renan Collier. O elenco conta como Alessia Almeida, Julianna Barbosa e Kakau Ferreira.

Material é um documentário bem interessante e esclarecedor de como realmente é a vida de trans na baixada fluminense. Tudo se transmite pelo relato de mulheres que passam por isso na pele. As entrevistadas são de uma ex prostituta que vivia na Itália, uma mulher que trabalha na FioCruz e uma cantora de funk.

Rapaz em amarelo

Rapaz em amarelo é um curta-metragem lançado em 2018, com direção e roteiro de Lucas Hossone. A obra foi produzida com o propósito de servir como o trabalho de conclusão de curso da turma de 2017 de Bacharelado em Imagem e Som da Universidade Federal de São Carlos.

O elenco é formado por Paulo Azevedo como Rodolfo, Carlos Jordão como Alberto, Chica Portugal como Vera, Micheline Lemos como Gilda e Paulo Gabriel como Borges.

O filme nos leva ao Brasil, no ano de 1981, especificamente a um pequeno escritório de advocacia. O enredo gira em torno de Rodolfo, o contador do local. Ele tenta manter uma distância de sua vida profissional e pessoal.

No entanto, tudo sai do seu controle quando a empresa contrata um estagiário bem afeminado e nada discreto em relação a sua sexualidade e vestimentas, que são sempre bem coloridas.

O curta fez muito sucesso sendo exibido em diversos festivais de cinema, várias indicações a premiações, além de levar alguns deles como Alazão Selvagem Festival Paulista de Cinema Universitário.

The Walking Gay

The Walking Gay é uma divertida e irreverente web série que faz um divertido trocadilho com a famosa série “The Walking Dead”. Enquanto a obra original aborda um apocalipse zumbi, o derivado cômico traz um cenário totalmente diferente e hilário. Um mundo em que a população heterossexual se transforma em gays.

A trama de The Walking Gay se desenrola em um contexto em que o maior pesadelo dos homofóbicos se torna realidade. Um surto misterioso varre o mundo, fazendo com que a grande maioria dos indivíduos heterossexuais se torne homossexual.

Esse evento inusitado vira de cabeça para baixo a vida de personagens intolerantes e conservadores, que agora são minoria em uma sociedade predominantemente LGBTQ+.

Os protagonistas da série são os últimos sobreviventes dessa “pandemia gay”, que se encontram em uma luta constante para encontrar um abrigo seguro. Enquanto enfrentam os desafios de um mundo transformado e lidam com as reações peculiares dos personagens convertidos, eles precisam se unir e buscar um refúgio onde possam viver em paz.

The Walking Gay utiliza o contexto da série original para trazer uma abordagem humorística e satírica sobre questões de intolerância e preconceito. Através de situações cômicas e diálogos bem-humorados, a série desafia estereótipos e desconstrói conceitos preconcebidos, promovendo a inclusão e a aceitação.

Com um elenco talentoso e roteiros criativos, a série cativa o público com seu humor inteligente e perspicaz. Além disso, oferece uma oportunidade de reflexão sobre as questões LGBTQ+ de uma maneira leve e divertida, ao mesmo tempo em que aborda temas relevantes relacionados à diversidade e respeito.

Megg – a margem que migra para o centro

Megg – a margem que migra para o centro é um documentário lançado em 2019, dirigido por Larissa Nepomuceno Moreira e Eduardo Sanches.

No curta, Megg Rayara dá um depoimento emocionante e esclarecedor sobre como foi sua vida acadêmica, sendo travesti e negra. Assim, fala sobre esse marco tão importante na sua vida que foi seu diploma acadêmico e principalmente como é ser a primeira travesti a conquistar o título de doutora no Brasil.

A produção ganhou bastante destaque sendo apresentado em vários festivais e ganhando vários prêmios importantes no meio da indústria.

Quem sou eu?

Quem sou eu? É um documentário realizado em 2019 como projeto de conclusão de curso da Fiam-faam centro universitário. Uma realização do cervo produções e direção geral de Leandro Vaz.

O piloto tem uma conversa muito pertinente de como é o mercado de trabalho para pertencentes a comunidade lgbtqia +.

No primeiro episódio ouvem várias pessoas trans, que já estão estabelecidas no mercado de trabalho. E alguns que ainda não tiveram a oportunidade de se estabelecer neste cenário. O objetivo da produção é justamente mostrar como apesar de muito já se ter sido feito ainda há muito o que se mudar na sociedade neste sentido.

Depois do almoço

Depois do almoço é um curta-metragem lançado em 2009, e dirigido por Rodrigo Diaz Diaz. O elenco conta com Lulu Pavarin, como Naná, e Gilda Nomacce, como Andréia. 

Era somente mais um domingo com amigos almoçando juntos, jogando conversa fora. Até que o assunto se torna sonhos eróticos e Naná resolve contar um sonho picante que teve com a amiga. 

O curta foi indicado a vários prêmios e levou uma boa quantia deles, inclusive o de melhor curta-metragem e melhor roteiro no terceiro festival de Paulínia em 2010, entre outros.

Considerações finais sobre o LGBTFLIX

O surgimento do LGBTFlix como um serviço de streaming dedicado à comunidade LGBT+ no Brasil, representa um marco importante na indústria do entretenimento. Ao oferecer um catálogo diversificado e inclusivo a plataforma tem proporcionado uma representação autêntica e positiva da experiência LGBT+.

Através do LGBTFLIX, histórias antes negligenciadas encontram um espaço para serem contadas, permitindo que indivíduos da comunidade se vejam representados na tela. Essa representação é essencial para o fortalecimento da identidade e da autoestima, além de promover a empatia e o entendimento entre o público em geral.

Por fim, ao abordar questões relacionadas à identidade de gênero, orientação sexual e desafios enfrentados pela comunidade LGBT+, o LGBTFLIX desempenha um papel crucial na educação e conscientização sobre a diversidade. O serviço de streaming oferece uma plataforma para debates e discussões importantes, contribuindo para a quebra de estereótipos e preconceitos e, assim então, promovendo a inclusão e a igualdade.

Carioca, estudante de Direito, servidora pública e apaixonada por vídeo games, tecnologia e cultura pop em geral. Tenho como hobbies consumir e produzir conteúdos relacionados a esses temas que me interessam, e adoro passar horas adquirindo conhecimento sobre os assuntos que mais gosto, tanto que mantenho um canal no Youtube sobre games há 4 anos. Meu contato com inglês vem de longa data, quando notei que para ter acesso a todo um universo de informações, dominar a língua era fundamental.

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