Bungie, a desenvolvedora que criou Halo virou sinônimo de inferno corporativo. E quem diz isso não são haters — são os próprios ex-funcionários.
A Bungie, um dia reverenciada como um dos estúdios mais criativos da indústria, agora enfrenta acusações pesadas de ex-funcionários que pintam um cenário sombrio: clima de medo, decisões sem sentido, egos inflados e uma cultura que sufoca a criatividade em nome de metas agressivas e lucro rápido.
A bomba estourou após uma série de relatos publicados por veículos como o The Game Post, Manual dos Games e fóruns como ResetEra, expondo o que muitos chamaram de “a morte da alma da Bungie”.
“A Paixão Morreu. O Que Restou Foi a Planilha.”
De acordo com os relatos, o ambiente de trabalho desandou após a aquisição pela Sony em 2022. Funcionários descrevem um estúdio dominado por líderes que ignoram feedbacks, tratam os desenvolvedores como peças substituíveis e aplicam políticas de microgerenciamento sufocante.
“Você entra querendo criar o próximo Halo. Sai se perguntando se ainda gosta de videogame.”
Aparentemente, o foco passou a ser exclusivamente comercial. O mantra agora é “entregar, cortar custo e escalar”, mesmo que isso custe a saúde mental da equipe ou a qualidade do projeto.
O resultado? Criativos desmotivados, projetos travados e um ciclo vicioso de demissões silenciosas.
Destiny Em Queda, Marathon à Deriva
O impacto já pode ser sentido nos principais produtos da empresa. Destiny 2 vem enfrentando queda de engajamento, atraso em conteúdos e críticas sobre repetição e falta de inovação.
Enquanto isso, Marathon, o ambicioso reboot sci-fi do estúdio, estaria preso em ciclos de decisões conflitantes, retrabalho massivo e, segundo fontes internas, sem uma visão clara do que quer ser.
Um projeto de US$ milhões com cara de barco à deriva.
Da Bungie dos Jogadores à Bungie dos Investidores
Os fãs não perdoaram. No X (Twitter), frases como “Essa não é mais a Bungie que eu conheci” e “Transformaram um ícone em uma empresa qualquer” estão se multiplicando. O silêncio do estúdio — e da própria Sony — só aumenta a sensação de que algo muito errado está acontecendo.
A Bungie criou mundos épicos, revolucionou gêneros e marcou uma geração na história dos videogames. Mas talvez o maior inimigo agora esteja dentro dos próprios portões.