Todos nós amamos jogar com heróis. Assim, seja com o Batman ou com o Nathan Drake, é ótimo cair na porrada sabendo que você é o mocinho. Dito isso, muitas vezes nós gostamos mais dos vilões do que do personagem principal, não é mesmo? Muitos dos melhores videogames de todos os tempos tem uma história espetacular justamente por conta do seu antagonista.
Por isso reunimos abaixo os 10 vilões mais icônicos dos videogames, indo desde dos bem atuais até os mais clássicos. Vamos lá!
Maldade e carisma: 10 vilões que entraram para a história dos jogos
Maldade, carisma, inteligência, esquisitice e planos geniais: essa é receita para um vilão de qualidade. Assim, é até difícil escolher apenas 10 vilões, já que toda geração possui alguns antagonistas muito icônicos. Assim, a lista abaixo não tem a palavra final, sendo mais baseada em critérios como fama e relevância atual.
E se sentir falta de algum, basta continuar lendo para ver nossas menções especiais.
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G-Man (Half Life 1 e 2)
Half Life pode estar um pouco fora dos holofotes, mas não dá para negar sua importância tanto para os FPS quanto para o mundo dos jogos. Dessa forma, toda a história da invasão é bem interessante, com aquele ar de ficção científica bem no estilo Arquivo X. E assim como na famosa série de tv, o universo de Half Life é envolto em mistérios, com o personagem Gordon Freeman servindo mais como um avatar do jogador do que como um real herói.
E qual é o ápice de todo esse mistério? O G-Man. Não sabemos seu nome verdadeiro, sua origem, se ele possui família ou até mesmo se é humano. Todavia, sabemos de uma coisa: onde há problemas, o G-Man estará lá. E o pior: nem mesmo sabemos se ele realmente é um vilão! Apesar disso, o G-Man marcou época pois mostrou como um vilão de videogame não precisa ser super poderoso, exagerado ou bizarro.
Basta exalar medo, uma sensação de que é capaz de criar algum grande mal e demonstrar a total falta de capacidade do jogador contra ele. E nisso, o G-Man é perfeito.
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Psycho Mantis (Metal Gear Solid)
Então é maldade que você quer? Já pensou em um vilão tão desgraçado que consegue te afetar na vida real? Psycho Mantis com certeza é um dos melhores personagens criado pela louca mente de Hideo Kojima. Presente na obra prima de PS1, Metal Gear Solid, sua boss fight é uma das mais incríveis de todos os tempos.
De início, parece uma luta impossível: Psycho consegue prever cada movimento, cada ataque, por mais rápido que o jogador seja. Para piorar tudo, ele ainda debocha dos outros jogos que você tem no memory card! Tenho certeza que, para os mais desavisados, isso deve ter sido de explodir a mente.
E assim como ele podia interagir com o mundo fora do videogame, era preciso fazer algo fora das telas para derrotá-lo: trocar o controle de plug. Dessa forma, Psycho Mantis não conseguia mais ler seu controle e finalmente você conseguia acertá-lo. Anos depois, quando uma personagem com poderes bem parecidos apareceu em Metal Gear Solid 4, o jogo também interagiu com o jogador através do controle.
Por conta dessa quebra da quarta parede, o vilão ganhou um lugar especial no ranking de grandes vilões.
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Pyramid Head (Silent Hill)
A maioria dos personagens dessa lista são os vilões principais em seus jogos. Ou seja: possuem uma grande participação na história e são importantes para a trama. Esse não é o caso do Pyramid Head. Assim, teoricamente, ele deveria ser apenas um entre vários monstros horríveis que estão espalhados por Silent Hill 2.
Todavia, seu design bizarro, suas aparições ainda mais estranhas e o ambiente que o cerca tornaram ele o grande símbolo da franquia. A primeira vez que você o encontra já faz cada pelo do corpo arrepiar, mesmo que exista uma grade entre o monstro e o jogador.
Depois, na famosa cena com a enfermeira, vemos um dos momentos de maior horror da série. Também é muito chocante ver o Pyramid Head matando Maria, assim como testemunhar o final dos dois monstros da espécie no fim do jogo. Claro, também há a questão do que o ser representa: ele é a encarnação da raiva reprimida de James Sunderland, tendo relação com a forma como James encara a morte de sua esposa. Inclusive, cada cena em que aparecem estão intrinsecamente conectadas à forma como James está se sentido no momento.
Uma pena que o personagem não foi bem usado em mais nenhuma obra. Inclusive, sua participação no filme Silent Hill Revelação é horrorosa, mas no sentido de ser péssima mesmo.
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Superman (Injustice 1 e 2)
O Superman é um dos heróis mais famosos já criados. Seja nos quadrinhos ou no cinema, é impossível discordar do seu sucesso ininterrupto há mais de 80 anos. Apesar disso, o personagem sempre teve uma certa dificuldade ao ser adaptado para o mundo dos jogos, com apenas um ou outro jogo que se destacou.
Assim, quando a Warner anunciou o lançamento de Injustice: God Among Us, ninguém imaginou que a obra faria o Superman entrar para o hall da fama de vilões. A abordagem pega uma ideia simples: o que aconteceria se alguém fizesse o Superman ultrapassar seus limites?
Dessa forma, a franquia mostra o herói indo para o dark side após o Coringa literalmente destruir Metrópolis, logo após enganar o próprio Superman para matar a Lois Lane. Para piorar, Lois estava grávida do primeiro filho do casal.
Com esse acontecimento, a personalidade de Kar-El muda completamente. Primeiro, ele mata brutalmente o vilão. Depois, anuncia que não permitirá mais atos semelhantes na terra, estabelecendo uma nova ordem mundial.
E, claro, esta nova ordem mundial envolve muita violência e a morte de vários outros heróis. Esse Superman do mal fez tanto sucesso que o jogo foi adaptado para quadrinhos e animações, além de influenciar o futuro que o personagem teria nos cinemas caso Zack Snyder prosseguisse com seu trabalho.
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Shao Kahn (Mortal Kombat)
Continuando no mundo dos jogos de luta, Mortal Kombat tem um panteão de vilões icônicos. Goro, Shang Tsung, Shinnok, Kronika e até o mítico Emac são apenas alguns dos personagens maléficos que amamos controlar. Todavia, há um cara que está sempre lá, seja sentado em seu trono ou apenas em voz: Shao Kahn!
O imperador-guerreiro do submundo está presente desde o primeiro jogo, embora só realmente possa ser enfrentado no segundo. Assim, quem o enfrentou na época com certeza ficou traumatizado com a surra que levou. Shao Kahn era conhecido por ser apelão ao extremo, principalmente nos arcades. E mesmo quase 30 anos e diversos jogos depois, ainda é um dos personagens mais divertidos de enfrentar – e de jogar também!
Em termos de história, talvez o vilão não seja o mais bem escrito do mundo, mas foi essa dificuldade absurda que o tornou tão famoso. E, sinceramente, um bom antagonista em um jogo merece uma boss fight de respeito, o que Shao Kahn faz com louvor.
Ah, e ele ainda é o chefe do segundo melhor vilão: Shang Tsung, o mago que também está presente desde o primeiro jogo.
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Oficial Tenpenny (GTA: San Andreas)
Oh s*it, here we go again! Achamos que não é necessário explicar o que é GTA, certo? Assim, se hoje o GTA V faz tanto sucesso, esse caminho começou a ser trilhado lá atrás, com o GTA III. Logo depois, GTA Vice City melhorou o que já era bom. Mas foi com GTA: San Andreas que a Rockstar se tornou o que é hoje.
San Andreas é uma obra perfeita, cujo personagem principal, CJ, ainda permanece na nossa memória. Entretanto, logo no início do jogo conhecemos uma figura que fez total diferença para a história do jogo: o Oficial Tenpenny. Corrupto, perverso, secretamente aliado dos Ballas e um babaca, Tenpenny aparece logo que CJ desembarca em Los Santos, sendo a melhor forma de mostrar o lugar ruim que a cidade se tornou.
Durante o jogo, ele se revela responsável pela morte da mãe de CJ, além de ter sido o responsável por fazer com que Big Smoke traísse a Groove Street Families. E tudo isso com a voz perfeita de Samuel L. Jackson, que sabe xingar como ninguém.
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Nêmesis (Resident Evil 3)
Sim, nós quase infartamos quando aqueles cachorros do inferno pularam da janela no RE 1. Depois, foi preciso investir em terapia após a constante perseguição do Mr. X no RE 2. Mas nenhum inimigo nos fez chorar, desmaiar, sair correndo, derrubar o controle no chão e depois correr para debaixo da cama como o Nêmesis fez no Resident Evil 3.
O monstrão dentuço foi o ápice do horror da série, já que era implacável e invencível. Assim, ele sempre estava lá, cada vez mais perto, esperando apenas um vacilo da pobre Jill. E o pior: quando ele nos alcança, é o famoso “barata voa”, com o jogador ficando nervoso, gastando toda sua munição e sofrendo para escapar com vida.
Hoje em dia, esse tipo de vilão que não pode ser vencido já é comum, com a própria franquia tendo utilizado o conceito na maravilhosa Lady Dimitrescu. Apesar disso, na época de lançamento do RE3 isso foi uma verdadeira revolução, contribuindo para elencar a série como principal franquia de survival horror.
Ele também aparece na adaptação para cinema Resident Evil: Apocalipse e no remake de RE 3, mas sem todo o impacto e qualidade do original.
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Ganondorf
The Legend of Zelda não é somente uma das principais franquias da Nintendo, mas também uma série que definiu grande parte do que vemos nos jogos hoje. Dessa forma, seu plot pode ser resumido em uma eterna luta do bem contra o mal, representados pelas diversas encarnações de Link e Ganondorf. Ainda, a série adiciona mais um elemento a essa luta, a personagem Zelda, formando os 3 lados da Triforce.
Link representa a coragem, enquanto Zelda representa a sabedoria. Por fim, Ganondorf é a encarnação do Poder. E como esse simbolismo funciona bem! Enquanto o jogador consegue sentir perfeitamente a coragem ao controlar Link, Ganon é a epítome do poder, sempre retornando e sempre tentando conquistar Hyrule.
Cada uma das suas encarnações é única e original, mesmo sendo o mesmo personagem. Em Link to the Past, seu formato de porco é desafiador e um final boss excelente. Em Ocarina Of Time, o embate épico contra ele contribui para que a obra seja considerada o melhor jogo já feito. Mesmo no subestimado Wind Waker, a versão melancólica e arrependida do antigo vilão consegue emocionar novos e velhos fãs.
Assim, Ganondorf merece estar entre os três melhores vilões da história dos jogos, tanto por sua qualidade nos diversos jogos que aparece como por ter influenciado praticamente tudo que veio depois.
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Vaas (Far Cry 3)
“Eu já te contei a definição de insanidade? Insanidade é fazer a mesma exata coisa, de novo e de novo, sempre esperando que a m*rda mude. É loucura! A primeira vez que alguém me disse isso, achei que estava me zoando, então atirei no cara”. Se você, lá em 2012, jogou Far Cry 3, temos certeza que ouviu esse diálogo na sua mente.
Assim, se hoje a franquia Far Cry é o que é, não foi por causa dos seus protagonistas. Não, o grande responsável pelo boom da série foi Vaas Montenegro, personagem interpretado por Michael Mando no terceiro jogo. A atuação insana de Mando somada ao texto excelente fez com que Vaas se tornasse um vilão do nível do Coringa.
Seus diálogos são afiados, sua voz entra na sua mente e até sua expressão facial denota uma loucura totalmente consciente e controlada, do tipo que só está presente em homens muito perigosos. E ele prova ser esse exato tipo de homem durante o jogo.
Seu impacto foi tão grande que a Ubisoft praticamente fez os próximos jogos da série usando seus vilões como ponto central. Apesar disso, nenhum conseguiu ser tão icônico quanto Vaas.
Todavia, vale dizer que logo em seguida Far Cry 4 trouxe um personagem quase tão bom quanto Vaas: Pagan Min, o ditador maluco.
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Bowser
Pode falar o que for, mas nenhum vilão consegue superar o ícone que Bowser se tornou. Assim como o próprio Mario, ele é um desses personagens que conseguiu furar a bolha e se tornou famoso não só entre os gamers, mas também entre o público geral.
Mesmo quem nunca jogou algo da série ainda reconhece a tartaruga espinhenta como o vilão do encanador bigodudo. Também é preciso destacar que não é apenas uma questão de imagem: suas batalhas são absurdamente divertidas e a Nintendo consegue se destacar mesmo após tantos jogos.
E apesar da premissa ser um pouco infantil, Bowser já foi bem explorado e possui uma personalidade muito carismática, sendo o clássico vilão atrapalhado e bonachão. Inclusive, alguns dos melhores momentos do maléfico rei dos koopas não é fazendo malvadezas, mas estando ao lado dos irmãos Mario e Luigi em alguma aventura RPG.
Menções especiais
10 é muito pouco para enumerar vilões icônicos do mundo dos jogos. Por isso, abaixo estão alguns vilões que merecem ser mencionados:
- Coringa: Vilão principal da série Arkham, ficou marcado nos três jogos pela dublagem genial de Mark Hamill.
- Big Smoke: Quem não ficou irado com essa traição tem um pedaço de gelo no lugar do coração! Big Smoke era o melhor amigo do CJ, mas depois se revelou um dos responsáveis pela morte de sua mãe e pela perda de poder da Groove Street.
- Sephiroth: Final Fantasy 7 é considerado por muitos o melhor RPG já feito. Assim, o vilão de cabelos e espada longa é um dos pontos altos dessa obra. Além dele, Kefka, o vilão de Final Fantasy 6, também possui um lugar especial no coração dos fãs.
- Glados: The cake is a lie. E nada mais precisa ser dito. Assim, Portal traz uma inteligência artificial mais perversa que muitos monstros e humanos da lista. E aquele final chocante só reforça isso!
- Andrew Ryan: Would you kindly… Com essa simples frase, Andrew Ryan manipulou o jogador para que atos horríveis fossem feitos na fracassada utopia de Rapture, em Bioshock.
- Albert Wesker: Wesker é aquele vilão super maléfico, bem maniqueísta. Apesar disso, sua presença durante grande parte da franquia Resident Evil foi marcada por embates incríveis e vários plots twists.
- Revolver Ocelot: É bem complicado entender a história completa da série Metal Gear Solid. Dito isso, acompanhar o surgimento, desenvolvimento e fim de Revolver Ocelot foi uma jornada e tanto para os fãs da série.
Conclusão
Olha, mesmo com as menções especiais, essa foi uma lista complicada de ser feita. O mundo dos games possui tantos vilões icônicos quanto heróis, com alguns jogos inclusive tendo uma presença mais forte do vilão. Além disso, geralmente as melhores batalhas costumam acontecer justamente contra esses personagens.
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