Antes de The Batman, Robert Pattinson era o purpurinado vampiro Edward Cullen. E ainda antes disso, foi Cedrico Diggory, estrela da casa de Lufa-Lufa em Harry Potter. Em seguida, ele também teve sua era de galã de filmes de romance, como Lembranças e Água para Elefantes. Eventualmente, chegando aos dias de hoje e encarnando o novo e temperamental Bruce Wayne. É sim, possível dizer que durante toda a sua carreira, ele fez alguns filmes bem interessantes.
O ator atravessou gêneros e estilos, passando entre filmes de grande escala, para outros não tão conhecidos. Além disso, alguns de seus trabalhos mais interessantes, muitas vezes passaram despercebidos. Finalmente, se você quiser saber mais sobre os filmes de Robert Pattinson depois de assistir The Batman, aqui está uma lista de alguns dos melhores papéis do ator. Desde coadjuvante até protagonistas de sucesso, o ator é sim, muito bom.
Cosmópolis (2012)
No mesmo ano em que a parte final da saga Crepúsculo chegou aos cinemas, a primeira colaboração de Pattinson com o diretor David Cronenberg estava em competição em Cannes. Baseado no romance de Don DeLillo, o filme segue um jovem bilionário (Robert Pattinson) e o que ele faz em seu dia.
Principalmente dentro de seu escritório que na verdade é uma limusine personalizada. Enquanto ele perde toda a sua fortuna e vai do céu ao inferno em pouco tempo. Neste filme, Pattinson se mostra extremamente frio por fora, mascarando sua fúria por dentro. Se algum papel fosse um precursor de seu Batman, seria esse.
Mapas para as Estrelas (2014)
A segunda colaboração de Pattinson com Cronenberg funciona bem nesta sátira distorcida de Hollywood. O filme traz distúrbios familiares e obsessão pela fama. Pattinson interpreta Jerome, desta vez, ele é o motorista de limusine que sonha em ser um ator.
O rapaz é contratado pela problemática Agatha, vivida por Mia Wasikowska, onde os dois acabam se relacionando. Jerome é vagamente baseado em Burce Wagner, que escreveu o roteiro. O rapaz é um dos muitos aspirantes a Hollywood que trabalham o dia inteiro até conseguir sua grande chance.
O filme é sombrio, estranho e exagerado. E por final, Jerome é um dos personagens menos vistos no filme. Já Julianne Moore ganhou aplausos e prêmios por seu papel. A atriz interpretou Havana Segrand (que também tem um caso com Jerome). Neste filme, Robert Pattinson mostra charme, versatilidade e um sotaque americano sólido.
The Rover – A Caçada (2014)
The Rover – A caçada tem tons de Mad Max, mas não é de longe tão divertido. Contudo, este faroeste distópico do diretor David Michôd dá um novo sabor para Pattinson. Sendo na verdade, este, um tipo de papel arriscado que poderia arruinar um filme se não fosse tratado adequadamente.
Ele interpreta Reynolds, um homem ligeiramente lento e completamente dependente do irmão criminoso Henry (interpretado por Scoot McNairy). Quando Henry rouba o carro do violento Eric (Guy Pearce) e deixa seu irmão ferido para trás, Eric força Reynolds a acompanhá-lo em uma viagem para recuperar seu veículo.
Tudo isso em um cenário de uma Austrália pós-apocalíptica. Enquanto Reynolds e Eric começam como inimigos, no final do filme eles chegam a um entendimento.
A Cidade Perdida de Z (2016)
Charlie Hunnam pode ser o protagonista da verdadeira história de aventura do diretor James Gray, todavia Robert Pattinson é o destaque. Uma espécie de ajudante do obstinado explorador Percy Fawcett, Pattinson interpreta Henry Costin, que acompanha Fawcett em uma missão perigosa na Amazônia.
Um Pattinson barbudo e emaciado passou por sua maior transformação física até agora para o papel. Onde supostamente envolveu uma filmagem difícil na Colômbia, que o elenco e a equipe tiverem que aguentar criaturas rastejantes, juntamente com uma exaustão física.
Fawcett é o foco, com seu desejo de encontrar a Cidade Perdida quase certamente levando à morte dele e de seu filho. Entretendo, é mais do que um alívio quando Costin decide não acompanhá-los em sua missão final.
Bom Comportamento (2017)
Muitos dos papéis de Robert Pattinson em filmes independentes como The Rover e Mapas para as Estrelas foram papéis coadjuvantes. Mas foi seu papel principal em Bom Comportamento de 2017 que pode ter realmente virado a maré pós-Crepúsculo em termos de seu reconhecimento como um excelente ator.
Pattinson estrela como Connie, uma assaltante de banco que faz um assalto ousado. Mas por fim, tem seus planos indo por água abaixo quando seu irmão mais novo Nick (co-diretor Benny Safdie) acaba indo preso.
No filme, Pattinson interpreta um criminoso empático e com sua moral em conflito. Ele se destaca em meio à direção de hipercinética de Benny e Josh Safdie. Logo, mais uma vez o ator prova que é capaz de levar uma narrativa de destaque.
High Life (2018)
Neste drama de ficção cientifica, Robert Pattinson interpreta novamente um criminoso condenado. O longa é da aclamada diretora francesa Claire Denis. Pattinson interpreta Monte, um dos prisioneiros que está no corredor da morte e são enviados para investigar um buraco negro como uma fonte de energia potencial. Além disso, também atuam como cobaias para os experimentos bizarros envolvendo inseminação artificial na tutela da médica Dibs vivida por Juliette Binoche.
Como você pode imaginar a partir dessa sinopse, a missão não sai exatamente conforme o planejado. Com os prisioneiros tendo contato com os médicos, os pilotos e uns aos outros. No entanto, Pattinson emerge como um protagonista complexo e até mesmo um anti-herói. Sua evolução de prisioneiro cínico para figura paterna compassiva é crível por toda parte.
O filme em si é pensativo, visualmente impressionante e tão desafiador quanto qualquer um dos trabalhos anteriores de Denis. Sem mencionar uma fatia subestimada de cinema de ficção científica em que Pattinson tem chance de brilhar.
O Farol (2019)
O filme do diretor Robert Eggers, mostra dois homens presos em um farol quando uma tempestade cai. Um deles é Thomas Wake, um velho cão do mar, vivido por Willem Dafoe. Já seu aprendiz Thomas Howard, vivido por Pattinson é um misterioso jovem com um passado a se esconder.
Os dois trabalham, brigam, bebem, dançam, discutem e alucinam em um ciclo interminável que começa a parecer uma tortura para o jovem, com o passar do tempo.
O longa parece uma obra-prima real, filmado em preto e branco em uma proporção quase quadrada. O que na realidade, foi extremamente difícil fisicamente para os dois atores na vida real. Em conclusão, ambas as performances são extraordinárias, sendo um filme estranho mas muito fascinante.
Tenet (2020)
Este é um filme independente que pode ter escapado dos críticos, acima de tudo merece inclusão apenas por reconhecer o excelente desempenho de Robert Pattinson. O filme tráz John David Washinton, e Kenneth Branagh fazendo o papel de vilão, mas Pattinson traz um calor especial e carisma para um filme.
Pattinson interpreta Neil, passado/futuro melhor amigo/colega/braço direito do Protagonista. É um filme que precisa ser visto mais de uma vez para realmente entender o quão importante Neil é, e o sacrifício que ele faz. A atuação de Pattinson é encantadora e sutil, sem tirar o espaço do protagonista.
Sempre o Diabo (2020)
Quando o diretor Antonio Campos deu a Robert Pattinson o roteiro de seu novo filme de terror, noir, perguntou diretamente ao ator quem ele gostaria de interpretar. A primeira escolha de Pattinson foi Teagardin, afinal e sem dúvida o pior do bando de assassinos e desajustados que povoam o filme.
O filme é baseado no livro de mesmo nome, de Donald Ray Pollock, que segue o povo de Knockemstiff, Ohio, após a Segunda Guerra Mundial. Teagardin é um verdadeiro monstro. Um religioso pedófilo, Preston Teagardin mostra desprezo em todas as cenas e Pattinson faz o papel com força, dominando o sotaque de Knockemstiff e criando um vilão verdadeiramente memorável e repugnante.
Este é um filme cheio de performances incríveis, além disso Pattinson se destaca e combina bem com a atmosfera, mostrando que sua escolha foi bem feita e que não tem medo de desafios.
E pra quem ainda não está satisfeito, pode se convencer da boa atuação de Robert Pattinson em The Batman que ainda está em exibição nos cinemas do Brasil.