Crysis - Divulgação
Crysis - Divulgação


Quando pensamos em jogos que definiram gerações, Crysis (2007) inevitavelmente vem à mente. Mas o que torna este título mais do que apenas outro FPS (First-Person Shooter) em uma época saturada de jogos de tiro? Foi apenas a sua fama de exigir um computador da NASA para rodá-lo? Ou havia algo mais em sua essência que cativou tanto nos gamers quanto a crítica especializada?

Lançado em 2007 pela Crytek e famoso por seu meme “Roda Crysis?”, o jogo não apenas elevou o patamar dos gráficos na época, mas também inovou de maneiras que poucos jogos ousaram tentar. Desde a sua jogabilidade dinâmica até a liberdade de exploração e um nanotraje que se tornaria o centro de tudo, Crysis criou um novo modelo para os jogos de ação. Mas será que era apenas a tecnologia por trás dele que nos deixava boquiabertos, ou havia algo mais em sua narrativa e design de jogo que merece ser contemplado? Vamos falar sobre isso…

Neste artigo, queremos mergulhar mais afundo no mundo de Crysis, explorando cada aspecto que o tornou um ícone no mundo dos games. Vamos falar também sobre os detalhes técnicos que fizeram nossos queixos caírem e os elementos de design que inspiraram muitos jogos e até mesmo filmes que vieram depois. Então, apertem os cintos (e talvez troque sua placa de vídeo), porque vamos descobrir se Crysis era realmente só uma loucura gráfica ou se havia algo mais substancial em sua proposta. “Maximum Armor” e vamos nessa!

Crysis 2007 kit completo
Crysis 2007 – Exclusivo para PC – Imagem do Ebay

História

Quem disse que jogos de tiro são apenas sobre atirar em tudo que se move? Na época, Crysis descontruiu essa noção com uma história que é um verdadeiro coquetel de ficção científica, suspense militar e uma pitada de drama extraterrestre.

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Se for só para resumir tudo: Uma Ilha, Aliens e Uma Conspiração Global. Crysis se inicia em uma ilha aparentemente pacífica no Mar das Filipinas, mas como sabemos, as aparências enganam. Aliens congelados, militares norte-coreanos com planos ambiciosos, e você no meio dessa treta, tentando descobrir o que diabos está acontecendo.

A trama tem boa profundidade e se desenrola como uma cebola, camada por camada, revelando surpresas que deixariam até os roteiristas de Hollywood impressionados. Os aliens não estão apenas de passagem; eles têm um plano, e você, meu amigo, é a peça-chave para impedi-los.

Em Crysis, você é lançado em um cenário que parece tirado de um filme de ficção científica misturado com ação militar tipo Tom Clancy. A trama se passa em 2020 – que era até então o “futuro” – e você assume o papel de Jake Dunn, um soldado das forças especiais dos Estados Unidos, mais conhecido pelo seu codinome: Nomad.

Tudo começa quando arqueólogos americanos fazem uma descoberta impressionante na Ilha de Lingshan, nas Filipinas. Mas, quando a equipe de cientistas é sequestrada pela KPA (Exército Popular da Coreia do Norte), as coisas começam a ficar tensas entre as potencias.

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Nomad e seu esquadrão, equipados com os avançados Nanosuits, são enviados inicialmente para resgatar os cientistas e coletar informações. Parece uma missão de resgate padrão, mas você logo descobre que há algo muito mais sinistro acontecendo na ilha. Sons estranhos e ataques misteriosos despertam a curiosidade logo de cara.

À medida que a missão avança, Nomad e seu esquadrão se deparam com uma força hostil desconhecida e extremamente poderosa. Descobrem que a ilha abriga uma estrutura alienígena gigantesca, escondida sob a terra por milênios.

Os alienígenas, conhecidos como Ceph, são uma raça colonizadora e representam uma ameaça não apenas para a equipe, mas para o mundo inteiro. A estrutura anciã desperta e começa um processo de terraformação na ilha, criando um ambiente hostil e congelante.

Conforme a situação se agrava, os parâmetros da missão mudam de resgate para sobrevivência. Nomad deve lutar contra as forças da KPA e os alienígenas, enquanto tenta desvendar os mistérios da ilha e da estrutura alienígena.

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As revelações sobre os Ceph e suas intenções são perturbadoras, e Nomad se vê no meio de uma batalha que pode decidir o destino da humanidade.

O jogo atinge seu clímax com uma batalha épica, onde Nomad precisa usar todas as habilidades fornecidas pelo seu Nanosuit para enfrentar a ameaça alienígena.

O final de Crysis deixa várias questões em aberto, preparando o terreno para as sequências do jogo e expandindo o universo para histórias ainda mais elaboradas. Crysis é uma mistura bem executada de ação militar tática e ficção científica, com reviravoltas que mantêm você envolvidos do início ao fim.

Apesar de toda essa complexidade no enredo, o jogo ganhou um estigma de ser apenas sobre “gráficos pesados”, o que se prova totalmente inverdade ao conhecer a riqueza de sua história.

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Personagens Principais

Jake “Nomad” Dunn – Nosso herói é um jovem soldado da Força Delta do Exército dos Estados Unidos e usa o Nanotraje experimental fornecido pelos EUA. Embora não tenha sido a primeira escolha para a Equipe Raptor, ele assumiu o lugar de Sean O’Neill após um incidente durante um exercício de treinamento.

Jake "Nomad" Dunn - Crysis
Jake “Nomad” Dunn – Crysis

Major Laurence “Prophet” Barnes– Líder do esquadrão e o coração estratégico da equipe. Com sua perspectiva única e compreensão do verdadeiro perigo que os alienígenas representam, ele é mais do que um mero soldado – é um visionário que esconde segredos.

Ele é um veterano experiente das operações militares, incluindo a Operação Tempestade no Deserto e a Operação Liberdade Duradoura na Guerra ao Terror. Antes de ingressar no Exército dos EUA, ele passou anos estudando. Durante uma operação antidrogas apoiada da CIA, onde civis foram mortos, Prophet ficou revoltado com a morte de inocentes e atacou brutalmente seus supervisores da CIA, o que resultou em sua prisão. Na cadeia, ele percebeu a necessidade de “realmente merecer” sua punição e começou a se envolver em confrontos com outros prisioneiros. Mais tarde, ele recebeu uma proposta para ser liberado da prisão em troca de serviços especiais. Prophet se tornou o primeiro soldado a experimentar o Nanosuit.

Um fato curioso é que, no decorrer da história, Prophet parece desenvolver uma conexão quase simbiótica com o nanotraje. Essa relação entre homem e mpaquina é um ponto intrigante na narrativa de Crysis e serviu de background para os jogos seguintes.

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Major Laurence "Prophet" Barnes - Crysis
Major Laurence “Prophet” Barnes – Crysis

Sergeanto Michael “Psycho” Sykes – Um Guerreiro Com um Toque de Loucura, Psycho, por outro lado, é a alma da equipe. Com seu humor ácido e tendência para a imprudência, ele adiciona humanidade e alívio cômico à intensidade do enredo.

Antes de se juntar à Equipe Raptor, Psycho serviu no SAS (Serviço Aéreo Especial) por alguns anos. Sua seleção para ingressar na Equipe Raptor foi baseada em sua experiência e histórico como agente do SAS.

Ele pode ser o alívio cômico do grupo, mas sua bravura e habilidades de combate são inquestionáveis. Ele enfrenta perigos com um sorriso sarcástico, mostrando que mesmo em meio ao caos, há espaço para um pouco de insanidade. Apesar disso, por trás do humor e da irreverência, Psycho é um personagem complexo. Sua personalidade vibrante esconde as cicatrizes de batalha, tanto físicas quanto emocionais, dando profundidade ao seu papel na história.

Sergeanto Michael "Psycho" Sykes - Crysis
Sergeanto Michael “Psycho” Sykes – Crysis

General Ri-Chan Kyong – O vilão que você adora odiar. Kyong não é um general sedento de poder e além disso é um homem com uma visão, embora um tanto quanto distorcida. Sua busca pelo controle dos alienígenas é um lembrete de que, às vezes, a maior ameaça vem da ambição humana. Em uma situação apocalíptica, nosso maior inimigo pode ser nós mesmos.

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O General Kyong comanda as tropas da KPA nas Ilhas Lingshan. Diferentemente da maioria dos soldados coreanos sob seu comando, ele recebeu uma educação independente e é considerado um estudioso experiente. Kyong passa mais tempo no Ocidente e tem uma visão crítica dos Estados Unidos, os considerando imperialistas agressivos e militares envolvidos em ações ilegais, especialmente após a Guerra do Iraque e a Guerra do Vietnã. Ele acredita que o governo dos EUA coloca em risco a vida de seus soldados, tornando-os ignorantes das supostas missões humanitárias da Coreia do Norte.

General Ri-Chan Kyong - Crysis
General Ri-Chan Kyong – Crysis

Kyong ouviu falar de descobertas arqueológicas lideradas pelo Dr. David Rosenthal, que poderiam ajudá-lo a encontrar um artefato com poder ilimitado. Ele conseguiu um protótipo do Nanosuit e o distribuiu para suas tropas. Kyong forçou Rosenthal e sua equipe de pesquisa a ajudá-lo a encontrar o artefato nas Ilhas Lingshan, ameaçando-os e evacuando civis da área. Ele estava interessado nas descobertas da equipe de pesquisa e na possível tecnologia militar que poderia surgir delas. Para acelerar o processo, ele dividiu a equipe de pesquisa para explorar a energia gerada pelos Cephs na ilha, que ele desejava adquirir. Kyong também estava ciente do interesse da CIA na ilha.

Motor Gráfico CryEngine 2

Mais do que um jogo com gráficos a frente do seu tempo, Crysis foi uma demonstração de poder de fogo tecnológico da Crytek. Graças ao seu motor gráfico CryEngine 2, o jogo estabeleceu um novo nivel de realismo gráfico, deixando alguns até se perguntando: “Isso é mesmo um jogo?”. A CryEngine 2 foi uma verdadeira revolução, sendo mais direto e se tornou objeto de estudo em algumas escolas de produção de jogos. O jogo apresentou gráficos fotorrealistas, física avançada e ambientes interativos que redefiniram o que esperávamos dos jogos de PC em 2007, 2008, 2009, 2010…Tão absurdo que era impensável rodar em um console, até então.

CryEngine 2 - Imagem moddb.com
CryEngine 2 – Imagem moddb.com

Mas o que exatamente fazia da CryEngine 2 algo tão especial? Primeiro, há o detalhamento visual extremo. De folhagens que se movem com o vento a efeitos de partículas detalhados, tudo em Crysis parece vivo. A iluminação dinâmica e as sombras realistas criam uma imersão sem precedentes. Mas não é só uma questão de estética; a CryEngine 2 permitia que os desenvolvedores criassem um mundo onde quase tudo reagia de maneira realista à presença do jogador, o que abria a possibilidade de experimentação. O jogo é um verdadeiro Playground virtual em que é possível passar horas experimentando possibilidades, como amontoar uma tonelada de barris de combustível e tacar fogo em tudo (só para ver o PC dar tela azul).

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DirectX 10

O CryEngine 2 foi uma das primeiras engines a implementar uso de DirectX 10, mas também era compatível com o 9.0c. Para os não iniciados, isso é como dizer: “Posso falar tanto latim quanto grego antigo”. A título de curiosidade, havia também um patch não-oficial que permitia jogar no DirectX 9.0c com praticamente o praticamente o mesmo nível de detalhes do DirectX 10. – Não oficialmente, claro, mas quem está contando? – Além disso a retro compatibilidade era algo indispensável naquela época, pois a maioria dos sistemas ainda não eram compatíveis com DX10.

Renderização Avançada

Renderização de Longa Distância e LOD (Level of Detail) – A CryEngine 2 introduziu um sistema de renderização de longa distância inovador. O sistema de LOD ajustava dinamicamente a qualidade dos objetos baseado na distância, mantendo um desempenho otimizado. Quanto mais distante do objeto, menor é a quantidade de polígonos, shades e qualidade das texturas. Essa tecnologia se tornou popular na indústria dos videogames a partir de então.

Shaders e Texturas Realistas – Os shaders avançados simulavam materiais reais de maneira convincente. Texturas de alta resolução e Normal Maps proporcionavam uma riqueza visual muito superior, desde a superfície rugosa das rochas até a translucidez das folhas. O modo como a luz se comportava sobre determinado objeto, cria a ilusão de profundidade, eliminando a necessidade de alta contagem de polígonos. Outra otimização essencial para exibir modelos visualmente bonitos, porém, mais “leves” para serem processados em tempo real.

Destruição de Ambiente – Grande destaque para a destruição realista. A CryEngine 2 permitia a destruição realista de diversos componentes do cenário. Árvores podiam ser derrubadas e quebradas em diversos pedaços menores, cabanas podiam ser despedaçadas, e tudo isso não era apenas visual, mas também influenciava a jogabilidade. Imagine desmoronar um barraco em cima dos inimigos? Legal, né?

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Física Livre – A engine de Crysis garantia que cada objeto no mundo do jogo reagisse de forma consistente às forças aplicadas, fossem explosões ou simples interações com o jogador, criando um mundo mais imersivo e crível que inovou demais na época. Claro que, em alguns casos, essa liberdade na física podia gerar diversos bugs como objetos sendo lançados com muita velocidade contra uma superfície a aponto do sistema “colisão” não parar o objeto e ele atravessar direto, ou pior, enroscar e ficar em estado de sobreposição. “Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades…”

Iluminação Dinâmica e Sombras – A iluminação é um dos diversos pontos fortes da CryEngine até hoje. A luz natural do motor gráfico muda de acordo com a hora do dia, afetando de maneira realista a aparência do mundo e a paleta de cores. As sombras são calculadas em tempo real também, adicionando naturalidade e realismo. Os efeitos como neblina, chuva e transições de dia para noite foram retratados com um nível de detalhe impressionante, contribuindo para a atmosfera única da Ilha.

Inteligência Artificial (IA) Avançada – Apesar de não ser um aspecto diretamente ligado aos gráficos, a IA em Crysis era parte integrante da experiência imersiva que a CryEngine 2 proporcionava. Os inimigos reagiam de maneira inteligente às ações do jogador, procurando cobertura, flanqueando e respondendo de maneira realista aos eventos do jogo. Não era como ter um localizador nas costas, os inimigos tinham que te encontrar de forma natural. Era perfeitamente possível despistar os inimigos e mudar a abordagem de “rambo” para “Sam Fisher”, se é que você me entende.

Otimização

A CryEngine 2 de moto geral era polemica por seu alto requisito de hardware, uma consequência da sua avançada tecnologia. Uma das questões mais significativas com Crysis foi seu uso limitado dos núcleos da CPU. Apesar de ser um jogo tecnicamente avançado, ele não foi otimizado para aproveitar totalmente os CPUs multicore que rapidamente se tornaram padrão nas gerações seguintes.

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O jogo foi programado principalmente para utilizar até quatro núcleos, o que na época era o melhor disponível no mercado, pois os CPUs topo de linha eram Quad-Core. No entanto, essa limitação se tornou um gargalo mais aparente conforme as GPUs evoluíram, o que gerava um desbalanceamento entre Processador e Placa de Vídeo.

Com a evolução das GPUs, a limitação do uso de apenas quatro núcleos de CPU começou a criar um gargalo muito evidente. GPUs modernas, muito mais potentes, ficam subutilizadas no sistema porque o processador não consegue processar instruções suficientemente rápido. Isso significa que, mesmo com uma placa de vídeo muito poderosa e um processador de 32 núcleos, o jogo não alcança o potencial total que poderia se tivesse sido otimizado para utilizar 8,16,32 núcleos ou mais, como se tornou comum hoje em dia.

Embora tenham ocorrido atualizações e modificações por parte da comunidade, o núcleo do motor gráfico do jogo permaneceu o mesmo. Isso limitou a eficácia de tais atualizações em melhorar significativamente o desempenho em hardware mais moderno e mais poderoso.

Esse é um ponto negativo. E essa limitação do motor gráfico em termos de otimização da CPU reflete as normas e expectativas da época em que foi desenvolvido. Naquele momento, a maioria dos PCs de jogos não possuía mais de dois ou quatro núcleos, e os programadores da Crytek não previram a rápida evolução para CPUs multithread. Sendo assim, o jogo roda melhor em processadores que entregam mais performance por núcleo individual do que performance somada em multithread. Fica a dica!

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Mecânicas do Jogo

Se você já jogou Crysis vai ter percebido que ele não se destaca apenas pelos seus gráficos impressionantes. Sua jogabilidade também era inovadora e dinâmica, trazendo mudanças no padrão clássico de jogos de tiro em primeira pessoa. O jogo oferecia uma combinação única de táticas de combate, exploração e interação com o ambiente, criando uma experiência de jogo rica e variada.

Ao contrário de muitos FPS lineares da época, Crysis apostava em ambientes mais abertos, oferecendo aos jogadores a liberdade de abordar objetivos de várias maneiras. Esse esquema livre permite estratégias distintas, desde ataques furtivos até combates diretos e intensos ou uma mistura dos dois, já que mesmo depois de ser avistado, você poderia “sumir” e alternar entre avançar na surdina ou sair metralhando geral.

O mundo de Crysis não era apenas um pano de fundo de guerrinhas; era um playground tático. Você pode interagir com quase todos os elementos do ambiente – dirigir veículos, destruir a vegetação para melhor visibilidade, e até usar objetos como armas improvisadas. Se você quisesse pegar uma pedra no chão e atira-la na cabeça de um inimigo para causar dano, era perfeitamente possível.

O Nanosuit

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O elemento mais emblemático da jogabilidade de Crysis é, sem dúvida, o Nanosuit, ou Nanotraje. Mais do que uma mera armadura nano tecnológica, ele é um elemento central para a experiência no jogo. Força, Velocidade, Armadura e Invisibilidade, o Nanotraje possui quatro modos principais, cada um oferecendo habilidades distintas.

Crysis - Nanosuit
Crysis – Nanosuit

Maximum Strength – O modo força permite saltos mais altos, arremessar objetos com mais violência para causar dano, segurar o recuo das armas de fogo e potencializar o dano dos socos e coronhadas.

Maximum Speed – O modo velocidade transforma o jogador em um velocista, além de se mover mais rapidamente de forma geral. Isso se reflete até no Reload das armas.

Maximum Armor – O modo de armadura, ativado por padrão, proporciona uma blindagem balística que fornecendo resistência a determinada quantidade de dano.

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Cloak Engaged – O modo camuflagem utiliza de microcameras espalhadas pelo traje que capturam a luz ao redor e refletir em sua superfície, gerando uma camuflagem eficiente para olhares desatentos. No entanto, sua sombra ainda está lá e se fizer barulho ou passar muito perto de um inimigo, ele vai te detectar e fazer um escândalo. Esse modo drena muita energia do nanotraje quando está em movimento e se você resolver dar um tiro, a energia vai a zero imediatamente.

Habilidades do Nanosuit
Habilidades do Nanosuit

Cada modo do Nanotraje incentiva diferentes estilos e possibilidades de jogada. Os jogadores podiam alternar entre os modos rapidamente, adaptando-se às situações de combate em tempo real. Isso adicionava elementos de estratégia e permitia que os jogadores experimentassem e criassem suas próprias táticas para os desafios da jornada.

Embora o nanotraje nos dê capacidades sobre-humanas, ele não nos torna invencíveis. É importante saber usar os recursos limitados do equipamento, pois eles levam um tempo para recarregar entre um uso e outro.

Personalização das armas

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Como diria Juan Cortez: “A ferramenta certa para o serviço certo”… Em Crysis, a arte da guerra vai além da simples escolha das armas; trata-se de moldá-las para cada ocasião que surge.

Modificação de armas em tempo real
Modificação de armas em tempo real

O jogo permite que você ajuste suas armas em tempo. Essa flexibilidade é vital, pois cada situação pode exigir uma mudança repentina na abordagem. Seja uma missão mais furtiva ou um confronto direto, você tem o poder de escolha para adaptar seu arsenal conforme necessário sem precisar de uma bancada de serviço. Tudo na mão tipo lego!

Seja acoplando lunetas para tiros de longo alcance ou preparando-se para um combate corpo a corpo, o jogo vai oferecendo cada vez mais opções para cada cenário. Além de acessórios, muitas armas possuíam modos de tiro secundário e até terciário, podendo alternar entre automático, semiautomático ou rajadas, e você também tinha acesso a tipos diferentes de munições.

Hoje em dia parece não ser lá grande coisa, mas essas mecânicas interessantes foram um dos elementos mais inovadores de Crysis e vários jogos adotaram em sua estrutura posteriormente.

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A Verdadeira Face de Crysis

Então, você achava que Crysis era só um jogo pesado? Pense de novo! Há um equívoco comum quando se fala de Crysis: que ele era apenas um benchmark para placas de vídeo. Mas vamos esclarecer que Crysis não era apenas uma vitrine tecnológica, era um pacote completo de entretenimento interativo.

Você já viu aquele meme do desenho do cavalo, onde começa com um desenho incrivelmente realista e termina com rabiscos? Bem, diferentemente desse meme, Crysis é o cavalo inteiro — e que cavalo!

Crysis - Batalhas épicas
Crysis – Batalhas épicas

Gráficos + História + Jogabilidade: A Crytek foi muito competente em entregar os principais elementos que compõe um jogo de excelência. A história pode não ser de um livro best-seller, mas não é nada rasa e o enredo é bem estruturado e executado.

Crysis oferece uma história que, à primeira vista, pode parecer só mais uma trama de ação e ficção científica. Mas, ao dar uma segunda olhada, você percebe que é uma narrativa bem estruturada, com personagens interessantes e uma trama que vai além de simples explosões e tiroteios.

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Contudo, é importante fazer essas avaliações com relação ao que se esperava de um game da geração PS3 e XBOX 360, claro.

Considerações finais

À medida que refletimos sobre Crysis, é importante considerar os aspectos que o tornaram tão icônico, assim como os desafios que enfrentou. Em uma visão mais objetiva dos pontos altos e baixos vamos destacar:

Prós

Gráficos Revolucionários – Estabeleceu um novo padrão em gráficos e física na época do seu lançamento. A ambientação é viva e imersiva.

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Jogabilidade Inovadora – Introduziu várias mecânicas táticas e interativas, com liberdade de exploração e estratégias diversas. Faça do seu jeito!

Personalização de Armas – Ofereceu um sistema de personalização de armas avançado e adaptativo.

Narrativa Envolvente – Apesar de não ser comparável a um best-seller literário, a história era cativante e bem estruturada.

Ditou tendência – Deixou um legado importante na indústria de jogos, influenciando o desenvolvimento de vários títulos daí em diante.

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Contras

Exigências de Hardware – mesmo depois de certo tempo lançado, era notório por requerer um hardware de alto desempenho, limitando seu acesso.

Percepção Pública – Frequentemente mal interpretado como um jogo focado apenas em gráficos.

Otimização e Desempenho – Enfrentou problemas com otimização, especialmente em relação ao uso limitado dos núcleos da CPU e a transição de APIs (DX9c para DX10)

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Vale a pena jogar hoje em dia?

Claro que sim! Crysis foi um fenômeno em seu tempo e envelheceu muito bem. Ele nos mostra que os jogos podem ser obras de arte visual, experiências de imersão profunda e playgrounds de inovação tecnológica.

Mais do que isso, Crysis foi uma aposta ambiciosa e nos fez pensar sobre o salto de geração dos gráficos nos jogos. Em 2021 a Crytek lançou um remaster da trilogia Crysis, trazendo tecnologias atuais como Ray Trace e Directx 12.

Ainda assim, a versão original não se intimida e, em muitos casos, é melhor do que o remaster. Se você quer a melhor experiência, não podemos deixar de recomendar a versão original de 2007.

Crysis está disponível para PC, PS3, PS4, PS5, Xbox One, Series S/X e Nintendo Switch.

E ai, seu PC rodava Crysis? Espero que tenha gostado do artigo e obrigado por nos ler até aqui. Não deixe de acompanha nossos artigos de análise e compartilhe com seus amigos.

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