“O Hobbit: A Desolação de Smaug”, mostra Thorin Escudo de Carvalho e seu grupo, sobre o perigo iminente dos orcs comandados por Azog. Este, ao ser chamado pelo Necromante para ir a Dol Guldur, delega a perseguição a seu filho Bolg.
Sob a orientação de Gandalf, os anões são levados à casa de Beorn, um metamorfo que pode se transformar em urso, onde recebem acolhimento e segurança até os limites da sinistra Floresta das Trevas. Nesse local, Gandalf segue as pistas deixadas pela Fala Negra para investigar o retorno dos Nazgûl, deixando o grupo.
Na floresta, Bilbo usa o anel para resgatar seus amigos das aranhas gigantes, porém começa a perceber sua influência obscura. Eles são capturados pelos elfos de Thranduil, e antigas rivalidades entre elfos e anões ressurgem. Com a ajuda de Bilbo, eles escapam em uma emocionante perseguição rio abaixo, onde elfos e orcs batalham. Kíli é atingido por uma seta envenenada, e o grupo recebe ajuda surpresa de Bard, o barqueiro de Esgaroth. Thorin oferece uma parte do tesouro em troca de apoio, enquanto Kíli e outros permanecem para se recuperar.
Bilbo descobre a entrada oculta de Erebor e é enviado para trazer de volta a Pedra Arken, porém acaba despertando Smaug. O dragão, astuto e intimidador, demonstra estar ciente das intenções dos anões. Enquanto isso, Gandalf é preso por Sauron em Dol Guldur, o exército orc começa a marchar em direção à Montanha Solitária.
Na tentativa audaciosa de soterrar Smaug, os anões reacendem a forja e constroem uma estátua de ouro, mas o plano não dá certo. O dragão, revestido de ouro, voa furioso em direção à Cidade do Lago, deixando Bilbo horrorizado ao presenciar a destruição que se aproxima. O filme termina em um clima de alta tensão, indicando um confronto de grandes proporções.
Direção, arte e efeitos de O Hobbit: A Desolação de Smaug
Podemos notar que no filme “O Hobbit: A Desolação de Smaug” Peter Jackson, optou por explorar mas de efeitos CGI. Nesse aspecto, o trabalho de efeitos visuais se mostrou excepcional. O ápice desse trabalho é o próprio Smaug, os detalhes de seu design, sua movimentação e seu gestual são orgânicos e convincentes, criados pela Weta Digital. O estúdio foi fundado por Jackson.
Richard Taylor líder da Weta Workshop, responsável pela supervisão do design conceitual e direção artística de diversas criaturas, entre elas o visual de Smaug, mostrou um papel crucial para este filme. Além disso, sem ator responsável pela captura de movimento e voz de Smaug, Benedict Cumberbatch, cujas expressões faciais e movimentos corporais foram digitalmente ajustados pela equipe da Weta, esse personagem não teria tanto apelo visual.
O diretor também resolveu expandir a participação de personagens icônicos como, Gandalf e Legolas. Algumas das decisões criativas do cineasta ajudaram bastante a tornar a narrativa mais envolvente.
Portanto, a colaboração entre Peter Jackson e as equipes da Weta Digital e Weta Workshop deu origem a um universo repleto de detalhes, onde Smaug se destaca como um dos dragões mais icônicos do cinema. Simultaneamente, a inclusão de personagens clássicos adiciona camadas narrativas que, apesar de diferentes do material original, ajudam a manter o ritmo e o engajamento do público, destacando a importância do filme como um elemento central na trilogia.
Diferenças entre o livro e o filme
Assim como nome primeiro filme dessa trilogia, “O Hobbit: A desolação de Smaug”, apresenta uma série de decisões criativas que tiveram em relação à obra original. Por exemplo, Legolas e Tauriel não aparecem no livro “O Hobbit”. Mas a inclusão delas na obra se mostrou bem positiva, e mais um laço com a trilogia clássica de 2001. Outras diferenças entre o filme e o livros, são:
Fuga nos Barris: No livro, os anões se escondem em barris e permanecem em silêncio durante a fuga. No filme, eles estão em uma situação exposta, onde podem interagir e até confrontar orcs, o que adiciona uma ação visual intensa.
Confronto com Smaug: Tolkien retrata um encontro mais contido entre Bilbo e o dragão, marcado por sagacidade e um breve diálogo. O filme converte isso em uma cena tensa, prolongada e visualmente impressionante, com armadilhas e atuação dos anões, em contraste com o original mais sutil.
A morte do pai de Thorin: No livro, Thráin II desaparece anos antes da aventura e Gandalf descobre que ele morreu como prisioneiro em Dol Guldur. No filme, Thráin tenta proteger Gandalf, mas acaba sendo dominado e destruído por Sauron diante dos olhos do mago.
Em resumo, O Hobbit: A Desolação de Smaug toma liberdades criativas que, apesar de afastarem a história do conteúdo original, fortalecem a ligação com a trilogia clássica e aumentam o espetáculo visual. Essas alterações, como a adição de novos personagens e ampliação das cenas de ação, aprimoram a experiência no cinema, proporcionando ao público uma visão mais dinâmica e grandiosa da jornada de Bilbo.
Melhores cenas de O Hobbit: A Desolação de Smaug
Um dos saltos que “O Hobbit: A Desolação de Smaug” com relação a “O Hobbit: Uma jornada Inesperada” é com relação à narrativa. Se o primeiro primeiro filme apresentou sequências incríveis como, por exemplo, a fuga da Misty Mountain, o segundo filme trouxe ainda mais cenas como essa. As cenas mais marcantes dessa adaptação são:
A raça mais poderosa do filme: Quando Bilbo e os outros conseguem despistar os Orcs e chegam a Anduin Vale. Mas, logo começam são perseguidos pelo guardião daquele bosque, Beorn, até o abrigo de sua casa, onde eles conseguem entrar pouco antes de ele alcançá-los. Um detalhe que levantou muitas dúvidas, é de como os Orcs mataram cada indivíduo sobrando da espécie, apenas, Beorn.
Elfos Negros: Bilbo e os anões enfrentam uma batalha pela sobrevivência cercados por aranhas na Floresta das Trevas. Legolas e Tauriel chegam, exterminam diversas aranhas com precisão e libertam os prisioneiros. Apesar de hostis aos anões, os elfos evitam sua morte imediata, conduzindo-os sob custódia para o reino élfico.
A desolação de Smaug: No auge da história na Montanha Solitária, Thorin e os anões tentam retomar Erebor distraindo Smaug. Eles preparam armadilhas engenhosas entre labirintos de ouro e máquinas antigas. Enquanto Thorin o provoca, o dragão, irado, corta o ar com chamas. Smaug, furioso, voa em direção à Lagoa da Cidade.
Há vários outros momentos alucinantes em “O Hobbit: A Desolação de Smaug”, como o ataque das aranhas da Floresta Negra. O que muitos não sabem é que aquelas aranhas são descendentes de Ungoliant, uma criatura primordial de origem misteriosa e poder imenso, que em um momento da Primeira Era chegou a quase destruir Morgoth (o mestre de Sauron). Esses elementos trazem à tona a riqueza narrativa do filme, e o torna inesquecível.
Orçamento e bilheteria de O Hobbit: A Desolação de Smaug
“O Hobbit: A Desolação de Smaug” teve um orçamento estimado entre US$ 270 milhões, se mostrando como um dos filmes mais caros de 2013. Filmes como “Guerra Mundial Z” provavelmente excedem esse valor, e Man of Steel teve um orçamento similar, enquanto “O Cavaleiro Solitário” também ficou próximo.
O retorno financeiro que “O Hobbit: A Desolação de Smaug”, de US$ 959 milhões, concretizou o filme como um dos maiores sucessos de bilheteria do ano. Em outras palavras,“O Hobbit: A Desolação de Smaug” ficou atrás somente de fenômenos como “Frozen”, “Meu Malvado Favorito 2”, e “Homem de Ferro 3”. Assim, esse longa consolidou sua posição como um dos filmes mais rentáveis da franquia.
Trilha sonora do filme
A trilha sonora do filme “O Hobbit: A Desolação de Smaug”, composta pelo ilustre Howard Shore, se destacou bastante, principalmente nas sequências de ação. Por exemplo, na cenas em que Bilbo e os Anões estão presos na Floresta Negra, e são resgatados por Legolas e Tauriel. A coreografia dos elfos se mostra precisa e bem elaborada, e tudo fica ainda mais intenso por esta acompanhada da faixa “Flies and Spiders” e “The Forest River”.
Howard Shore apresenta novos leitmotifs para personagens e lugares, entrelaçando a história com timbres instrumentais distintos. Por exemplo, as flautas etéreas de Mirkwood contrastam com a ressonância cavernosa de Erebor, ao mesmo tempo em que diminui a utilização de temas nostálgicos como Misty Mountains. Como resultado, temos uma paisagem sonora que não celebra a aventura, mas leva o espectador por um percurso repleto de suspense e ameaça iminente.
Dessa maneira, “O Hobbit: A Desolação de Smaug” conquistou grandes prêmios como Hollywood Music In Media Awards (HMMA) 2014: ganhou na categoria Melhor Trilha Original, Filme de Ficção Científica/Fantasia, pela direção musical de Shore.
Conclusão
“Se isso vai terminar em fogo, então todos nós queimaremos juntos.” – O Hobbit a Desolação de Smaug. Essas palavras, ditas por Thorin Escudo de Carvalho, mostram que o rei anão já estava sendo dominado pela obsessão e a ganância. A grande mensagem do filme é que de nada adianta ter todo ouro do mundo se o preço e ser dominado pela corrupção.
Além disso, o filme rico de diversas lições de vida As histórias paralelas de Bard, Legolas e Tauriel destacam que proteger os inocentes é tão corajoso quanto enfrentar dragões. Ao final, o filme ressalta que as riquezas podem destruir reinos, mas é a coragem altruísta que mantém viva a esperança de um futuro melhor.
“O Hobbit: A desolação de Smaug” vai muito mais além do que apenas um espetáculo visual. Peter Jackson trouxe nesse filme o que há de melhor no universo de Tolkien, aventura, mensagens fortes e profundas, e apelo visual. Até a próxima!