Análise | Maze Runner: A Cura Mortal

Maze Runner: A Cura Mortal
Maze Runner: A Cura Mortal/Trailer - Imagem: Maze Runner: A Cura Mortal

“Maze Runner: A Cura Mortal”, se passa depois de descobrirem que Minho está sendo transportado para a “Última Cidade”, local da WCKD, Thomas, Newt e Frypan resolveram desobedecer às instruções do Braço Direito e embarcar em uma missão de salvamento. Ao mesmo tempo, Minho é submetido a torturas e experimentos na busca por uma cura para o vírus Fulgor. 

Ao longo da jornada, o grupo é atacado por Cranks, porém é resgatado por Brenda e Jorge, que se juntam à missão. Quando chegam às muralhas fortificadas da cidade, eles presenciam civis sendo violentamente oprimidos pela WCKD e acabam sendo capturados por rebeldes mascarados comandados por Gally, que surpreendentemente sobreviveu.

Gally apresenta Lawrence, chefe de uma revolta local, que auxilia o grupo a se infiltrar na cidade. Durante o plano, Newt admite que está infectado, e Thomas se compromete a buscar uma cura. Eles sequestram Teresa, que voltou a trabalhar para a WCKD, e a utilizam para invadir a sede da organização. Nesse local, conseguem salvar Minho, porém Janson, o líder de segurança, descobre a estratégia e começa uma perseguição. Ao analisar o sangue de Thomas, Teresa descobre que ele tem anticorpos que podem curar o vírus.

Enquanto Lawrence se sacrifica para criar oportunidades na muralha e permitir a invasão dos rebeldes, a cidade mergulha no caos. Newt, consumido pelo Fulgor, perde a razão e, em um momento trágico, tira a própria vida na frente de Thomas. No interior do edifício em chamas, Janson assassina Ava Paige e tenta capturar Thomas, porém é morto pelos Cranks libertados. Teresa auxilia Thomas a fugir, porém perde a vida durante o desabamento do prédio.

Thomas e os sobreviventes fogem para uma ilha isolada, onde os Imunes finalmente encontram paz. Lá, Thomas descobre uma carta de Newt em seu pingente, agradecendo por sua amizade e pedindo que ele cuide dos demais.

Direção de Maze Runner: A Cura Mortal

“Maze Runner: A Cura Mortal” contou com a direção de Wes Ball, o mesmo cineasta de filmes predecessores. Nessa sequência, o diretor manteve a consistência visual, mas o filme apresentou reforço na cinematografia de Gyula Pados e efeitos visuais ampliados, cenários urbanos destruídos e maquiagem mais realista, elevando a escala e intensidade do desfecho da franquia. Além disso, de toda trilogia, “Maze Runner: A Cura Mortal” é a sequência mais carregada de drama. 

Além disso, o roteirista T.S. Nowlin tenha mantido o roteiro, “Maze Runner: A Cura Mortal” aumentou a carga dramática ao focar nos conflitos emocionais de Thomas, explorando dilemas morais, relacionamentos e perdas importantes, como a morte de Newt e Teresa, criando um desfecho mais emocional e reflexivo para a trilogia. No mais, essas decisões para um tom mais profundo e incisivo, tornou “Maze Runner: A Cura Mortal” uma conclusão, equilibrada, envolvente e satisfatória.

O que aconteceu depois de Maze Runner: A Cura Mortal

Até agora, não há uma sequência direta dos acontecimentos de Maze Runner: A Cura Mortal. James Dashner, o autor, finaliza a narrativa de Thomas e seus amigos nesse ponto. Depois disso, ele lançou apenas prequelas, “Ordem de Extermínio” e “Febre Letal”, que detalham a origem do vírus Fulgor e a construção do Labirinto. No entanto, em 2022, Dashner lançou “The Maze Cutter”, que se passa 73 anos após os acontecimentos finais da trilogia original.

Este livro marca o início de uma nova série, seguindo os descendentes dos Clareanos na ilha mencionada no final de A Cura Mortal. A chegada de um grupo de desconhecidos do continente abala o equilíbrio dessa nova civilização, reacendendo o ciclo de mistério, sobrevivência e conflito. Portanto, mesmo que os personagens originais não voltem, The Maze Cutter atua como uma sequência espiritual, ampliando o universo e exibindo os efeitos da saga original em um futuro remoto.

Melhores cenas do filme

“Maze Runner: Cura Mortal” foi o filme mais longo e mais caro de toda a trilogia. Essa superprodução contou com a melhor tecnologia da época e isso possibilitou diversas cenas intensa e visualmente instigantes. Por exemplo, logo no início, Thomas, Newt e o grupo executam uma ousada missão para salvar Minho. A sequência mistura ação frenética, tiroteios e acrobacias com alto impacto visual, mostrando a determinação dos personagens. Algumas das outras cenas mais marcantes desse filme inclui:

A emboscada em Cranksville: A emboscada em Cranksville é uma das cenas mais tensas dessa adaptação. Thomas, Newt e Gally enfrentam uma horda de Cranks em meio a escombros e escuridão. A fotografia sombria, a trilha de John Paesano e o ritmo frenético intensificam o desespero e a luta pela sobrevivência.

Newt, o amigo fiel: A morte de Newt é um dos momentos mais devastadores e dramáticos do filme. Infectado pelo Fulgor, ele perde o controle e implora para que Thomas o mate. A cena é carregada de emoção, com atuações intensas e uma trilha sonora comovente de John Paesano que amplia o impacto dramático.

Final: No desfecho de Maze Runner: A Cura Mortal, Teresa morre ao salvar Thomas durante o colapso da sede da WCKD. Os Clareanos sobreviventes fogem para uma ilha segura, onde finalmente encontram paz e esperança. Thomas, ainda abalado, lê a carta de despedida de Newt, encerrando a saga com emoção e redenção.

Maze Runner: Cura Mortal fecha a trilogia com intensidade e impacto visual, equilibrando ação, drama e emoção. A combinação de efeitos avançados, atuações expressivas e narrativa envolvente garante um encerramento memorável, que consolida a saga como uma das adaptações distópicas mais marcantes da década.

Crítica

“Maze Runner: Cura Mortal” teve uma recepção um pouco mais calorosa que o filme anterior. Particularmente falando, o elemento que tornou esse filme excepcional foi a atuação do elenco. Por exemplo, Thomas Brodie-Sangster se destacou e roubou a atenção em cada cenas que participou. O maior exemplo disso é quando Newt, tomado pelo vírus Fungos, obriga Tomás a matá-lo. A cena é carregada de drama, também sustentada na grande atuação de Dylan O’Brien. Além disso, a maior parte dos elogios sobre esse filme giram em torno da direção de fotografia, dos efeitos visuais incluindo também a maquiagem de alguns personagens zumbificados, e sobre o desfecho que conseguiu equilibrar bem o sentimento de perda e esperança.

No IMDB, “Maze Runner: A Cura Mortal” alcançou 6.3/10 estrelas em uma escala de 183 mil votos. No Rotten Tomatoes, essa adaptação alcançou uma aprovação de 58% em uma escala com mais de 10 mil votos. Ademais, Maze Runner: A Cura Mortal encerra a trilogia de forma emocional e visualmente marcante, destacando-se pela força do elenco e pela combinação equilibrada entre ação e sentimento.

Orçamento e bilheteria de Maze Runner: A Cura Mortal

“Maze Runner: A Cura Mortal” teve o maior orçamento da trilogia estimado em US$ 62 milhões. Por outro lado, a receita que essa sequência arrecadou foi a mais baixa de toda a trilogia, estimada em US$ 288 milhões. Franquias de filmes como Jogos Vorazes e Divergente seguiram essa mesma tendência de queda. Aparentemente o público mais jovem, daquela época, cansaram de sagas prolongadas. Principalmente quando a fórmula narrativa se repete e a novidade do universo distópico se esgota.

O resultado comercial de “Maze Runner: A Cura Mortal” indica que, apesar de a franquia ainda contar com uma base fiel de fãs, o interesse do público já começava a diminuir. Isso pode ser atribuído ao desgaste do gênero “jovens distópicos” e ao longo intervalo entre o segundo e o terceiro filme, decorrente do acidente de Dylan O’Brien durante as gravações. Mesmo assim, o desempenho comprova que “Maze Runner” permaneceu comercialmente viável até o final, concluindo a trilogia com dignidade tanto financeira quanto narrativa.

Trilha sonora de Maze Runner: A Cura Mortal

A trilha sonora de “Maze Runner: A Cura Mortal” foi composta por John Paesano, o mesmo músico que fez as faixas do primeiro e do segundo filme. Em Maze Runner: A Cura Mortal, John Paesano criou uma trilha praticamente original, reinterpretando temas anteriores e compondo novas faixas para momentos épicos, dramáticos e de ação, equilibrando tensão e emoção, reforçando o encerramento da trilogia e intensificando a experiência narrativa do público.

A principal faixa de Maze Runner: A Cura Mortal, “Rescue”, composta por John Paesano, combina orquestra e sintetizadores, criando tensão e urgência. Utilizada em momentos cruciais como resgates e confrontos, reflete o tom dramático e épico do filme, reforçando a emoção, ação e a identidade narrativa da franquia.

Conclusão

Embora tenha registrado o menor desempenho nas bilheteiras da trilogia, “Maze Runner: A Cura Mortal” conseguiu concluir de maneira satisfatória uma das sagas mais memoráveis do gênero distópico adolescente. O filme oferece um final coerente e tocante, equilibrando uma ação intensa, drama e um sentimento de sacrifício que toca o público. Apesar das críticas mistas, muitos destacaram a performance madura do elenco e o tom mais sombrio da trama, que conferiu profundidade à história.

A trilogia Maze Runner se firmou como um ícone de uma época caracterizada por grandes franquias voltadas ao público jovem, ao lado de Jogos Vorazes e Divergente. Atualmente, A Cura Mortal ainda conquista novos espectadores e é revisitada por aqueles que apreciam seu ritmo cativante, atmosfera tensa e desfecho emocionalmente impactante. O filme mantém sua posição como uma das obras distópicas mais influentes e memoráveis do cinema contemporâneo. Até a próxima!

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