Se você conhece Nosferatu, com certeza deve querer saber mais a fundo quem é o Conde Orlok. O personagem fictício de uma das histórias mais clássicas e célebres da cultura mundial pode despertar certa curiosidade por conta de toda a mitologia que há nele.
Sendo assim, se você curte a história do vampiro e deseja se aprofundar mais em um importante personagem, então continue lendo o artigo para saber mais.
Quem é o Conde Orlok?
O Conde Orlok é um personagem fictício e antagonista principal do filme “Nosferatu, Eine Symphonie des Grauens”, ou simplesmente “Nosferatu”, do diretor alemão F. W. Murnau, que foi lançado no ano de 1922. O filme trata-se de uma adaptação direta, embora seja não oficial e não autorizada, do romance Drácula (1897), de Bram Stoker, que lança aquele que se tornaria o vampiro mais famoso do planeta, sendo também uma das obras pioneiras quanto ao gênero de terror nos cinemas.
Em outras palavras, embora seja um personagem diferente e envolvido numa variação do contexto, o Conde Orlok, na teoria, desempenha o papel do próprio Drácula. Ele é, inclusive, a versão do vampiro que serviu como referência para as demais adaptações futuras.
Perfil do Conde Orlok
Em Nosferatu, o Conde Orlok trata-se de um vampiro da Transilvânia, que também é bastante conhecido como “O Pássaro da Morte”. Ele se alimenta diretamente do sangue de seres humanos vivos. Quanto a sua criação, ela é creditada a Belial, o demônio tenente de Satanás.
Orlok vive sozinho em um gigantesco castelo, escondido em uma área de picos acidentados, em algum ponto das montanhas dos Cárpatos. O local e o próprio vampiro acabaram sendo esquecidos pelo mundo exterior durante séculos.
Curiosidades sobre o personagem
Para conhecer mais a fundo o Conde Orlok, que tal conferir algumas curiosidades interessantes sobre o personagem? Acompanhe!
Por que Conde Orlok?
Já que Orlok é uma representação do Drácula, por que então houve a utilização de um novo nome? Bem, a resposta para essa pergunta é bem simples, e já foi previamente introduzida acima.
O que acontece é que a ideia original de Murnau era adaptar fielmente a obra de Stoker, que havia falecido em 1912, uma década antes da produção do filme. No entanto, o diretor não obteve a autorização da viúva do autor para fazer isso.
Murnau, que já estava completamente convencido de sua ideia, ignorou a não autorização e deu continuidade ao projeto. Para isso, é claro, teve que fazer algumas modificações, dentre as quais está a mudança nos nomes dos personagens. Foi assim que o Conde Dráculo transformou-se no Conde Orlok.
A fiel imagem de Drácula
Apesar da alteração na nomenclatura, o diretor de Nosferatu seguiu à risca a descrição do vampiro de Stoker. Orlok é, na realidade, uma das representações mais fiéis que o personagem já recebeu em sua história. No filme, ele aparece com suas características orelhas grandes, nariz e dentes pontiagudos, e seu corpo esguio e alto.
Processo contra a obra
Como era de se esperar, as modificações feitas por Murnau não mudaram o fato de Nosferatu adaptar claramente o romance. Assim, a viúva de Stoker entrou com um processo por violação de direitos autorais. Como resultado, a justiça acabou ordenando a destruição de todas cópias existentes do filme.
Algumas dessas cópias, no entanto, dentre as quais estavam muitas que já haviam sido distribuídas, acabaram permanecendo intactas. Elas foram guardadas até o ano da morte da viúva, sendo liberadas posteriormente. É por isso que Nosferatu e o Conde Orlok ainda podem ser assistidos hoje em dia, com versões restauradas.
Houve adaptações anteriores
Um ponto importante que vale a pena salientar é que o Conde Orlok não foi o primeiro Drácula do cinema. Na verdade, o texto de Stoker já havia recebido uma outra versão anterior, com o filme húngaro Drakula (1920), que também não era autorizada.
Diferentemente de Nosferatu, no entanto, a obra não conseguiu sobreviver ao tempo, não lhe restando nenhuma cópia conhecida. E isso deu ainda mais relevância ao trabalho desempenhado por Murnau, servindo como base para as adaptações que surgiram no futuro.
O Conde Orlok nos cinemas
Como observado, o Conde Orlok está diretamente relacionado ao filme Nosferatu (1922), uma vez que foi essa a obra que lançou o personagem. Na ocasião, o ator responsável por dar vida ao vampiro foi Max Schreck, alemão que colaborou bastante com Murnau durante o período anterior à ida do diretor para Hollywood.
Outros integrantes relevantes do elenco foram Alexander Granach, que fez o papel de Knock, o corretor de imóveis; Gustav Wangenheim, que interpretou Thomas Hutter; Greta Schröder, como Ellen, a mulher do Hutter; dentre outros.
Primeira adaptação de Nosferatu
No ano de 1979, o diretor alemão Werner Herzog produziu o primeiro remake do filme Nosferatu, intitulado de “Nosferatu: Phantom der Nacht (Nosferatu – O Vampiro da Noite).
A obra, é claro, baseou-se no romance de Stoker, mas prestando uma clara homenagem ao clássico criado por Murnau. Um ponto importante, no entanto, é que aqui o personagem Conde Orlok não aparece.
Eis a explicação: como já era o ano final da década de 70, o romance do Drácula já estava em domínio público. Ou seja, não houve empecilhos para que Herzog utilizasse o nome original do vampiro, com o personagem passando a se chamar realmente Conde Drácula.
O elenco principal, nesse caso, é formado por Klaus Kinski, no papel do vampiro; Isabelle Adjani, como Lucy Harker; Bruno Ganz, interpretando o papel de Jonathan Harker; Roland Topor, como Renfield; dentre outros.
Segunda adaptação de Nosferatu
Agora, mais de um século depois do lançamento do filme, Robert Eggers chega em 2024 com mais um remake da obra. Agora, a ideia é manter algumas das características do Nosferatu original, com o nome dos personagens. Ou seja, Conde Orlok retorna aos cinemas nessa versão.
Para dar vida ao vampiro titular, o papel foi entregue a ninguém menos que Bill Skarsgård, ator sueco famoso por interpretar Pennywise, o palhaço dançarino, nos filmes de terror It (2017) e It Chapter Two (2019).
Além dele, o elenco é integrado por Nicholas Hoult, no papel de Thomas Hutter; Lily-Rose Depp, interpretando a Ellen Hutter; Aaron Taylor-Johnson, dando vida a Friedrich Harding; dentre outros.
Considerações finais
Como foi possível observar, o Conde Orlok marcou época como a primeira versão conhecida do Drácula nos cinemas, e serviu como base para a adaptação do personagem nos anos seguintes.