10 vilões mais icônicos dos filmes de James Bond
10 vilões mais icônicos dos filmes de James Bond

No mundo do cinema, há uma regra implícita aplicável a quase todas as aventuras: um grande herói deve ter um grande vilão. Assim, basta pensarmos em Luke Skywalker e Darth Vader, Batman e Coringa, Martin Mcfly e Biff… São centenas de duplas que funcionam em uma ótima sincronia. Todavia, há um herói cujos vilões influenciaram praticamente todos os nomes acima e que, mesmo nos dias de hoje, ainda são espetaculares: James Bond.

Há até um famoso ditado: um filme do 007 é tão bom quanto seu vilão.

Por isso, esse texto trará para você uma seleção dos 9 vilões mais icônicos dos filmes de James Bond, relembrando seus diferentes momentos, atores e importância para a cinematografia. Continue lendo!

Os maiores vilões do 007

Escolher apenas 9 vilões entre tantos excelentes é uma tarefa árdua. Assim, o universo 007 está há mais de 50 anos trazendo antagonistas à altura do espião mais famoso do mundo, com muitos deles sendo responsáveis por alavancar as carreiras de seus atores.

Por isso, para a seleção abaixo, levamos em conta os seguintes critérios:

  • Construção do personagem: 007 possui alguns vilões interessantes no conceito, mas não tão bem explorados. Por isso, focamos nos mais bem escritos.
  • Influência na cultura pop: O outro critério utilizado foi sua influência para o mundo do cinema e cultura em geral, já que alguns integrantes da lista mudaram totalmente a forma como Hollywood constrói seus vilões.
  1. Oddjob – 007 contra Goldfinger

Oddjob – 007 contra Goldfinger

Aqui, já iniciamos a lista com uma assinatura da franquia: os capangas gigantescos e levemente descerebrados, com uma força descomunal totalmente direcionada à aniquilação do agente inglês.

Assim, Oddjob foi o primeiro desses brutamontes. É interpretado por Harold Sakata, um lutador profissional de luta livre e medalhista nos Jogos Olímpicos de 1948 por levantamento de peso. Só pela escolha de elenco, já dá pra perceber qual tipo de vilão estamos falando.

Dessa forma, Oddjob é um estereótipo com pernas, uma força da natureza sob controle de uma mente maligna, Auric Goldfinger. Na verdade, é injusto chamá-lo de cliché, já que foram seus sucessores que imitaram sua fórmula. E que fórmula é essa?

Primeiro, o que já falamos: músculos que fazem o 007 parecer minúsculo e indefeso quando atacado. Depois, alguma característica física bem única e até estranha, sendo o chapéu coco com uma lâmina de aço escondida nesse caso. Além disso, a ausência total de falas, o fato de não usar armas de fogo e de ser responsável por matar a Bondgirl de 007 contra Goldfinger fecham a receita perfeita para um verdadeiro capanga do universo de James Bond.

Por fim, uma pesquisa feita pela Fox mostrou que o chapéu de Oddjob é a décima arma mais popular do cinema!

  1. Hinx – 007 contra Spectre

Hinx – 007 contra Spectre

Sim, 007 contra Spectre é o filme mais fraco da safra de Daniel Craig. Assim, mesmo trazendo o vilão mais clássico da franquia, a obra não conseguiu entregar um resultado a altura do seu antecessor, o excelente Skyfall.

Todavia, nem tudo no filme é ruim e um dos grandes destaque foi justamente o brutamontes da vez, o capanga Hinx. Interpretado por Dave Bautista, no auge do sucesso após Guardiões da Galáxia, o gigante com unhas de ferro ressuscitou o que Oddjob deu origem lá atrás: o capanga gigantesco e bizarro.

Dessa forma, o personagem se destaca principalmente por destoar do tom que os filmes com Craig trouxeram. Essa era apresentou um James Bond muito mais realista, sério e frio. Não havia muito espaço para armas laser, planos diabólicos com foguetes e maquinações dignas de uma ficção científica.

007 contra Spectre tentou trazer todos esses elementos de volta, mas somente um funcionou muito bem: Hinx.

  1. Senhor Wint e Senhor Kidd – 007: Os diamantes são eternos

Ironicamente, apesar do título “Os diamantes são eternos”, este seria o último filme oficial de Sean Connery no papel de James Bond. Dessa forma, o ator que foi responsável por construir a base de uma das maiores franquias do cinema estava de volta à série, após George Lazenby ter interpretado o espião durante uma pausa de Connery.

Sobre o filme, havia uma grande pressão para que trouxesse um roteiro mais moderno, distante de toda a pompa e cavalheirismo dos primeiros. Por isso, diversos elementos foram mudados e um deles foram os vilões. Enquanto nos 5 filmes anteriores de Connery vimos antagonistas que eram típicos super-vilões, aqui o mal é representado por duas figuras de feições comuns: Senhor Wint e Senhor Kidd.

Claro, eles ainda estavam sob as ordens de Blofeld, mas ainda assim representam algo bem diferente. Também há a conotação homoafetiva que, apesar de não ter envelhecido bem, foi algo disruptivo para o tempo.

Assim, os dois assassinos metódicos e sádicos são responsáveis por vários diálogos divertidos e sombrios. Isso mostra como a franquia estava evoluindo, já que agora os capangas não eram mais musculosos descerebrados.

  1. Elektra King – 007 O mundo não é o bastante

Elektra King – 007 O mundo não é o bastante – Reprodução 007.com

Saltando do passado distante para a era Pierce Brosnan, agora estamos falando de um 007 que se passa nos anos 90, um tempo muito mais cínico, sarcástico e sensual.

O Bond de Brosnan refletia isso, sendo mais jovem e menos sério, mas ainda muito perigoso e com muito mais energia para performar cenas de ação. As histórias de suas aventuras conversam com o que estava em pauta na época: no caso de “007: O mundo não é o bastante”, o plot central era a morte de um magnata petrolífero.

E o vilão? Neste caso, é a vilã. Elektra King, a filha da vítima, aparenta ser mais uma bondgirl sem muita relevância, mais uma entre várias belas atrizes que se relacionavam com o espião. Mas, com o desenrolar da história, vemos que não é nada disso.

King é uma psicopata ambiciosa, que manipula todos ao seu redor para pôr em prática seus planos terríveis. Entre os manipulados está o próprio James Bond, que cai em suas mentiras e passa a nutrir sentimentos por ela.

O mais interessante disso tudo é como ela consegue disfarçar sua maldade: sob a desculpa de estar sofrendo com síndrome de Estocolmo, todos acham que a aliança de Elektra com Renard é fruto da manipulação do terrorista russo. Mas, na verdade, mesmo Renard era apenas uma peça da sua trama.

  1. Alec Trevelyan – 007 contra Goldeneye

Alec Trevelyan – 007 contra Goldeneye – 007.com

Quem não se recorda da memorável abertura de Goldeneye? Com Bond tendo uma nova face, vemos o agente escapando de uma fábrica soviética de armas ao lado de seu companheiro, o 006. Com a fuga sendo frustrada por soldados inimigos, 006 aparentemente morre e apenas o 007 consegue fugir.

Assim é a história do melhor filme da era Brosnan, um dos grandes ícones do cinema de ação da sua década e com certeza o melhor retrato do que a franquia foi durante esse tempo. E, claro, em um filme tão bom não podia faltar um vilão de qualidade: Alec Trevelyan, justamente o agente 006 que James Bond deu como morto no início da história.

Assim, Bond descobre uma mega conspiração envolvendo uma arma instalada em um satélite, com o plano sendo supostamente orquestrado pela assassina Xenia Onatopp e o General Ourumov, que havia sido responsável pela morte de seu companheiro.

A grande surpresa ocorre após o agente enfrentar Xenia e forçá-la a revelar quem é seu real chefe, o desfigurado Trevelyan. Sua motivação para forjar a morte e se voltar contra a Inglaterra? O ex-006 era, na verdade, descendente de nazistas e desejava se vingar pela morte dos seus pais.

Aliado a essa trama bem escrita, a atuação de um jovem Sean Penn torna a tragédia ainda mais dramática, principalmente após ele revelar as horríveis cicatrizes deixadas pela explosão.

Ah, e como não podia faltar, a maldição do ator cai também sobre o vilão, que morre no final.

  1. Francisco Scaramanga – 007 contra o homem da pistola dourada

Francisco Scaramanga – Reprodução 007.com

1 milhão de dólares por um assassinato. Esse é o preço de Francisco Scaramanga, o temido hitman cuja arma é a icônica pistola de ouro. Assim, a era Roger Moore tem tantos fãs quanto críticos. Marcado por uma abordagem mais cômica, já que Moore possuía um histórico mais voltado para a comédia, esse 007 foi o responsável por finalmente desvincular o rosto de Connery ao personagem.

Dessa forma, após o sucesso de “Viva e Deixe Morrer”, os produtores pensavam em como causar um grande impacto. Nada melhor do que colocar um ator famoso por interpretar grandes vilões no papel de um dos maiores antagonistas que James Bond já havia enfrentado.

Com isso, Christopher Lee foi responsável por dar vida a Scaramanga, que saiu diretamente do último livro de Ian Fleming. Lee já era uma figura muito conhecida do público, tendo se consagrado como um dos maiores Dráculas do cinema.

Somado a isso, o roteiro de “007 Contra o Homem da Pistola Dourada” apresentava uma situação totalmente nova, em que Bond não era mais o caçador, e sim a presa. Afinal, Scaramanga, considerado o melhor assassino do mundo, considerava o agente inglês o único homem vivo capaz de enfrentá-lo de igual para igual.

Também, o vilão possuía outras peculiaridades: em vez de um capanga gigante como os outros antagonistas, Scaramanga possuía Nick Nack como parceiro, personagem interpretado pelo tão famoso e polêmico Hervé Villechaize, portador de nanismo.

Sua morte é típica do Bond de Roger Moore: o agente troca de lugar com um boneco de cera em seu formato, surpreendendo o assassino.

Por fim, uma curiosidade: Christopher Lee era primo direto de Fleming. Inclusive, ambos atuaram no MI6 durante a Segunda Guerra Mundial, com alguns historiadores que dizem ter sido Lee a inspiração para o próprio James Bond!

  1. Raoul Silva – Skyfall

Raoul Silva – 007.com

Voltando para a era Daniel Craig, aqui está um vilão interpretado por um dos melhores atores do nosso tempo. Assim, todos aguardaram com muita expectativa a estreia de Javier Bardem, já que o ator teve como um dos maiores papéis da sua carreira o assassino maníaco Anton Chigurh, em “Onde os Fracos Não Tem Vez”.

Apesar das altas expectativas, Bardem não decepcionou. Seu Raoul Silva é um dos melhores vilões que Bond enfrentou, tendo sido responsável por conectar o passado do agente com o presente. É muito interessante ver como Silva é uma espécie de 007 que sucumbiu ao mal.

Dessa forma, no filme vemos como Silva foi um ex-agente do MI6 abandonado durante uma missão que deu errado. Por isso, ele passa a expor e caçar outros membros da organização pelo mundo, culminando em um ataque contra M, a chefe do 007.

Nas mãos de um ator sem habilidades, talvez esse roteiro fosse apenas uma história genérica, uma repetição do que vimos em Goldeneye. Entretanto, Bardem evita isso com maestria. Desde sua primeira aparição, percebemos como o vilão é um homem de inteligência absurda, sem nada a perder e com a vingança como único objetivo de vida.

Sua morte também é icônica, já que em seus últimos segundos ele consegue ferir mortalmente M, tirando de cena a personagem de Judi Dench.

  1. Le Chiffre – Casino Royale

Le Chiffre – Reprodução 007.com

Após tantos anos da franquia, um livro nunca tinha sido adaptado de forma oficial: Casino Royale, a primeira obra de Ian Fleming com James Bond como personagem principal.

No início das produções, Brosnan ainda era o ator responsável por dar vida a Bond. Entretanto, como “Um Novo Dia para Morrer” não tinha sido exatamente um sucesso e o ator já estava beirando os 50 anos, acabou dispensado.

O então novo ator foi uma escolha polêmica. Daniel Craig, apesar de ser conhecido por papéis menores, não era o estilo padrão que costumava interpretar o espião. Mais sisudo, bruto e com traços fortes, estava distante do charme e do ar de nobreza de Connery, Moore e do próprio Brosnan.

Todos os receios foram dispersados quando o filme estreou. Moderno, brutal, violento, realista, mas, acima de tudo, um clássico 007. Assim foi Casino Royale, o melhor filme da série em décadas. Até mesmo aqueles que consideram os filmes do espião apenas obras vazias de ação começaram a ver o universo de Bond com outros olhos.

Além do próprio Craig, um grande colaborador para essa visão foi Le Chiffre, o vilão interpretado magistralmente por Mads Mikkelsen. O ator parece ter nascido para interpretar Chiffre, com uma feição tão fria quanto um iceberg.

A cena do jogo de poker, em que o personagem de Mikkelsen mostra toda sua genialidade, com certeza está entre as melhores cenas já feitas na franquia. Também é preciso destacar a tortura de Bond pelas mãos do antagonista, momento em que Craig mostrou toda sua capacidade e se consagrou como interprete do espião mais famoso do mundo.

  1. Ernst Stavro Blofeld – Diversos filmes

Ernst Stavro Blofeld – Reprodução 007.com

Uma grande poltrona, acariciando um gato branco, com uma cicatriz gigantesca em um dos olhos. Mesmo que você nunca tenha assistido um filme em que ele esteja presente, Ernst Stavro Blofeld é a epítome do vilão de cinema. Suas maquinações contra James Bond não só marcaram a época em que “Para Rússia, com Amor” foi lançado, mas também toda a história do cinema.

Blofeld foi interpretado por vários atores, enfrentou Bonds com diferentes rostos em diferentes tempos. Apesar disso, basta vê-lo para saber que o mal está presente. Mesmo no recente Spectre, que não foi tão aclamado, sua interpretação por Christopher Waltz traz nostalgia e carinho para o coração dos antigos fãs.

E não podemos falar da sua paródia, Dr. Evil. Sendo Austin Power uma grande homenagem a saga de filmes de James Bond, o vilão principal não podia homenagear outro que não fosse Blofeld.

Carioca, estudante de Direito, servidora pública e apaixonada por vídeo games, tecnologia e cultura pop em geral. Tenho como hobbies consumir e produzir conteúdos relacionados a esses temas que me interessam, e adoro passar horas adquirindo conhecimento sobre os assuntos que mais gosto, tanto que mantenho um canal no Youtube sobre games há 4 anos. Meu contato com inglês vem de longa data, quando notei que para ter acesso a todo um universo de informações, dominar a língua era fundamental.

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