Ed e Al Live action de Fullmetal Alchemist
Edward Elric e o seu irmão Alphonse Elric - Imagem: Divulgação

Hoje vamos de Crítica do Live action de Fullmetal Alchemist, uma adaptação com erros e sem estrutura, que contam com diferenças inaceitáveis da obra original.

Sinopse: Edward (Ed), um alquimista com dois membros de aço, e Alphonse (Al), é seu irmão mais novo com a alma presa em uma armadura. Os irmãos viajam em busca da pedra filosofal para reviver sua mãe, que morreu de uma pandemia, mas durante o caminho acabam violando muitas regras que resultando em grandes catástrofes.

O diretor Fumihiko Sori foi o responsável pelo filme, e o ator Ryosuke Yamada ficou a cargo de interpretar Edward. Seu lançamento foi em 2017 mas teve destaque no Japão no ano de 2021, que devido a pandemia teve filmes relançados no cinema.

Começando errado

A mãe de Ed e Al parece ser amorosa e até certo momento aparenta ter orgulho de seus filhos. Mas não o bastante para se sentir feliz com a aparência das crianças.

Foi algo repugnante de se assistir, a mãe que em um ato abusivo resolve ignorar a vontade das crianças e começa a tingir o cabelo das duas, a ponto de danificar o couro cabeludo e causar dor. Foi uma sensação estranha, mostrando que na verdade a mãe era gananciosa e doentia. Por fim, isso se tornou um grande desconforto para os telespectadores japoneses, que já sofrem com problemas de aceitação na família.

Sobre a história em si, grande parte do público já conhece. Mas o Live action é de decepcionar, possui grandes erros de roteio e direção.

A atuação mirim não é nem um pouco agradável. A produção não é boa, no começo, parece que algo bom pode vir, mas conforme a cena se desenrola, é possível ver erros de iluminação, onde a fotografia “escura e sombria” originalmente criada para o trabalho de Fullmetal Alchemist foi totalmente distorcida, não conseguindo colocar o sombrio em cena.

Nascidos na aldeia de Resembool, no país chamado Amestris . O pai dos meninos (Van Hohenheim), os abandonou por motivos desconhecidos quando eles ainda eram bem pequenos. Poucos anos depois, a mãe(Trisha Elric) morre em decorrência de uma doença pandêmica. Assim os irmãos se tornam órfãos e em um momento de desespero os irmãos cometem um ato proibido, ao tentar usar alquimia para trazer sua mãe de volta a vida.

Nesta mesma cena, podemos ver o erro de iluminação grotesco, onde o ato proibido que foi ambientado no anime, como grandioso e sombrio, em que nada acontece. O ambiente continua brilhante como o sol do meio dia, como se nada de errado estivesse acontecendo.

Uma produção que deixa a desejar

Logo, há um looping temporal e o filme já começa a se ambientar no presente. Ed se torna um adulto, e não conseguimos ver nada a não ser um figurino típico do cosplay, mas muito mal feito. As roupas são bregas e não possuem nenhuma sofisticação para serem levadas a sério.

No entanto, o CG em si, é até bom. A primeira batalha, onde Ed tenta escapar do ataque inimigo, e os pilares continuam a crescer no chão e Ed evita os pilares de pedra que crescem da parede e do chão parece bonita, mas se torna monótona e com uma grande sensação de incoerência. Como se ele estivesse forjando os pilares de pedra de propósito. A cena não faz o menor sentido, o ritmo é lento e as cenas de ação são fracas, embora existam muitas destas.

Muito diferente dos originais

Fullmetal Alchemist é uma obra famosa. Muitas pessoas interessadas no material original, deveriam assistir, certo? Essa claramente pode ser a razão do filme ter certa audiência, mas o material exposto certamente não foi nada satisfatório. Não há uma explicação detalhada da história, caso alguém não tenha embasamento algum.

Os personagens além de Ed e Al tem uma introdução completamente banal, pressupondo que todo o público já os conheça. Eles aparecem de repente e saem de cena tão rápido quanto. Os figurinos são pobres, e há erro de caracterização, roupas diferentes das originais e cores de cabelo sem embasamento nenhum. O que para um Live action de HQs é completamente aceitável e representa diversidade, o que é muito bom. Mas para um Live action japonês é muito condenado, já que todos os personagens são de origem oriental e a única coisa que podemos esperar é no mínimo a cor original de cabelo.

Cenas sem explicação

O filme em si, parece um resumo, já que o material original foi modificado de maneira absurda. Claro, que é necessário sim, enxugar muita coisa, já que a obra em si possui 10 volumes originais, isso não seria problema, se não houvesse erros.

A famosa “porta da verdade” aparece de repente, e se você não conhece o trabalho de Fullmetal Alchemist, não faz sentido. O ator já adulto, encarna ele mesmo quando criança em seu flashback e tudo vira uma grande bagunça. Sinceramente, algumas cenas parecem que foram inseridas apenas para aumentar o tamanho do filme.

Após a cena inicial, onde há uma batalha, Ed, que deveria ser o personagem principal não tem cenas de luta. Há a impressão que cenas muito famosas são forçadas, ignorando todo o processo que levou tal cena a acontecer.

Falha no seu principal intuito, ser um Live action

No geral, o filme é sim um trabalho terrível. O figurino é de mal gosto, uma fotográfia desfavorável e uma história que foi modificada à força. Um conteúdo imenso que foi encurtado de uma maneira cruel para 2 horas, que parecem curtas pela quantidade do material original, mas que para o filme em si é uma eternidade. E isso faz com que quanto mais a pessoa admire o original, mas rejeita o resultado do filme. A falta de destaque no personagem Ed é algo que incomoda, embora até haja uma cena de batalha final, os vilões ficam mais visíveis.

Foi dito que o filme teria duas sequencias no ano de 2022, o que de fato se confirmou no mês de Março, apesar da rejeição unanime. Veja abaixo o trailer que saiu no Youtube do Live action: Fullmetal Alchemist 2 e 3.

Mesmo que o elenco original e o diretor retorne para a sequência, ainda torcemos para que Live action: Fullmetal Alchemist parte 2 e 3 tenha uma grande mudança que possa salvar a franquia.

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