A série do Disney+ que trará Sam Wilson e Buck Barnes (aliados fiéis de Seve Rogers) trabalhando em conjunto, está se preparando para voltar as filmagens que acontecem na cidade de Praga, capital da República Checa.
A produção contará com seis episódios dirigidos por Keri Skogland conhecida pela direção de séries como Boardwalk Empire , The Borgias e alguns dos episódios mais memoráveis de The Handmaid’s Tale, incluindo o final da primeira temporada.
O enredo promete trazer os dilemas que Sam Wilson enfrentará ao receber o manto do Super-soldado que é uma figura central nas aventuras vividas pelos Vingadores. Provavelmente não será uma tarefa fácil, mas o personagem protagonizou bons momentos nas HQ’s e com certeza entregará um bom trabalho na série e possivelmente nas telonas.
Contexto racial
Não é por acaso que a Marvel resolveu passar o escudo para Wilson. O personagem instiga uma discussão muito intensa sobre a discriminação racial e a representatividade da cultura negra por se tratar do primeiro herói afro-americano criado pela editora.
Enquanto Esteve Rogers representa o ideal americano e faz referência a força de vontade de um personagem que se supera por não desistir diante de obstáculos, o Falcão contextualiza com uma cultura de segregação e preconceito racial por se tratar de um herói negro fazendo parceria com o Capitão América que é um símbolo de patriotismo.
Origem do personagem
Sam Wilson foi criado por Stan Lee e Gene Colan, aparecendo pela primeira vez na edição de Capitão América nº117 de 1969, cinco anos depois da implementação das Leis dos Direitos Civis de 1964 aprovada por Lyndon B. Johnson. Este foi um grande passo na luta por direitos igualitários entre diferentes classes sociais e raciais nos Estados Unidos.
Uma observação interessante é que a criação do personagem ocorreu um ano após o assassinato de Mart Lutheking, conhecido por sua luta a favor dos direitos civis que era inspirada nas crenças e no ativismo antiviolência pregado por Mahatma Gandhi.
O fato da Marvel ter escolhido Sam para se tornar detentor do manto de Capitão América não é por mero acaso. As tensões raciais estão em crescente foco nos Estados Unidos e mais recentemente explodiram em grandes manifestações causadas pelo assassinato de George Floyd, um homem afro-americano que foi assassinado em Minneapolis no dia 25 de maio de 2020, estrangulado por um policial branco.
A passagem do manto de Capitão
Nos quadrinhos, Steve entra em combate contra o vilão Prego de Ferro que absorve o soro do super soldado. Em pouco tempo o personagem volta a ter sua verdadeira idade (pouco mais de 90 anos), perdendo seus poderes e passando a atuar apenas como estrategista para os Vingadores.
Por estar convicto de que o mundo sempre iria precisar de um símbolo como o Capitão América, Steve resolve transferir seu legado para Sam Wilson, que se torna um bravo e destemido substituto.
Sam Wilson é um perito na arte do voo e muitas histórias demonstram sua maestria. Isso se deve ao fato de ter se tornado um paraquedista da Força Aérea Americana depois da morte de seus pais.
Além disso o personagem cresceu no Harlem, fato que ainda não foi abordado nos cinemas mas influencia muito no tipo de herói em que ele se transformou.
Uma curiosidade é que nas HQ’s, Sam tem a Habilidade de se conectar telepaticamente com as aves e comanda-las para explorar e atacar. Além disso ele pode olhar através de seus olhos para ter uma visão aérea, sendo que isso também não foi utilizado no UCM.
Anthony Mackie que vive o personagem no cinema comentou recentemente sobre a parada na produção da série do Disney+:
“Estou feliz em dizer que não estamos cancelados, estamos em pausa. Então, iremos voltar, felizmente em breve, para terminar tudo”
Além do ator Anthony Mackie o elenco da série conta com Sebastian Stan como Soldado Invernal, Emily Van Camp como Sharon Carter, Daniel Bruhl como Barão Zemo e Wyatt Russell na pele do Agente Americano.