Segundo informações da agência de notícias Reuters, Barbie foi banida de todos os cinemas da Argélia. O filme já estava em cartaz no país há cerca de três semanas, desde que estreou mundialmente em 21 de julho, e segundo informações, já teria atraído pelo menos 40 mil argelinos aos cinemas. Mesmo assim, o governo argelino decidiu forçar todos os cinemas do país a retirar a produção de cartaz.
Segundo a mesma reportagem da Reuters, uma autoridade oficial teria dito que a obra foi tirada de cartaz por “promover a homossexualidade e outros desvios ocidentais” e também por “não cumprir as crenças religiosas e culturais da Argélia”. Segundo o site local, 24H Algérie, que também reportou o banimento, uma autoridade argelina teria informado aos principais distribuidores de filmes do país, que Barbie estaria causando “danos a moral” à Argélia e, por isso, seria tirado de cartaz.
Barbie e a censura
O banimento do filme no país norte-africano, onde 99% dos quase 45 milhões de habitantes são muçulmanos, não é o primeiro enfrentado por Barbie. O primeiro governo a anunciar o banimento do filme, foi o do Vietnã em 3 de julho, muito antes da produção estrear nos cinemas. O motivo do banimento foi uma cena do filme em que aparecia um mapa do Sudeste Asiático contendo a “Linha das nove raias”. Essa linha é uma série de marcações que servem como uma espécie de demarcação dos territórios e ilhas do Mar do Sul da China que o governo chinês alega serem seus por direito.
Essas marcações não são aceitas pelo Vietnã e nem por diversos outros países do Sudeste Asiático. Pelo mesmo motivo, Barbie também sofreu ameaça de ser banido das Filipinas, mas isso acabou não ocorrendo. Por motivos “morais”, o filme também foi temporariamente banido de algumas partes do Paquistão e teve sua estreia adiada em diversos outros países do Oriente Médio.
No Líbano, pelo mesmo motivo, Barbie quase foi banido. Já no Kuwait, a obra foi oficialmente proibida de ser exibida por “carregar ideias que encorajam comportamentos inaceitáveis e distorcem os valores da sociedade”. Como se pode ver, não é de hoje que a produção, que já arrecadou mais de 1,2 bilhão de dólares nos cinemas de todo o mundo, vem enfrentando problemas e censura em alguns países e regiões do mundo.