Logo da empresa Philips
Philips - Divulgação
Fundação:15 de maio de 1891
SedeAmesterdã, Países Baixos
FundadorGerard Philips e seu pai, Frederik Philips
Atuais donosEmpresa de capital aberto
Países que operaAtuação Global
O que ofereceEmpresas de eletrônicos

A Philips já foi uma das maiores empresas de eletrônicos do planeta, desenvolvendo rádios, TVs, lâmpadas, barbeadores elétricos, fritadeiras sem óleo, etc. e inventando tecnologias, como os CDs. Além disso, é conhecida por ter popularizado as chaves cruzetas, que levam o seu nome.

Neste artigo, você vai conhecer mais sobre a empresa, sua história e desenvolvimento dentro do setor eletrônico e, em especial, de jogos, onde a Philips também atuou por algum tempo. Acompanhe!

Quando a Philips foi fundada?

A empresa foi fundada no dia 15 de maio de 1891, em Eindhoven, Países Baixos (popular Holanda).

Quem são os fundadores da Philips?

Por trás da fundação da empresa esteve o empresário Gerard Philips e seu pai, Frederik Philips.

Quem são os atuais proprietários da Philips?

Atualmente, a Philips é uma empresa de capital aberto, tendo diversos proprietários. Um dos principais, de todo modo, é a família italiana Agnelli, que adquiriu uma participação de 15% do grupo em agosto de 2023.

O que a Philips oferece?

A Philips é uma empresa gigantesca, com cerca de 80.000 funcionários e atuando em mais de 100 países. Embora já tenha sido uma das maiores empresas de eletrônicos do planeta, hoje tem seu foco para a fabricação de produtos voltados para o bem-estar e tecnologia médica.

Nas décadas de 70, 80 e 90, ela explorou também o mercado gamer, desenvolvendo consoles e jogos. Além disso, é famosa por suas invenções, como o Barbeador Elétrico Philishave, Transistores e Circuitos Integrados, CD, DVD, Boombox, etc. São mais de 57.000 direitos de patente.

Um pouco da história da empresa

Anos iniciais

A Philips teve sua origem nos Países Baixos, no início da última década do século XIX. Na época, Frederik e seu filho Gerard acabaram adquirindo uma fábrica parada na região de Eindhoven, no país europeu.

O foco inicial da empresa, a então Firma Philips & Co, era na produção de lâmpadas com filamento de carbono, além de outros produtos eletrotécnicos. O negócio ia bem até que a competição e evolução do mercado quase levaram a marca a uma falência precoce. Um ponto importante para a sua recuperação se deu pela chegada de um terceiro integrante da família, Anton, o irmão caçula de Gerard. Apesar de ter iniciado no setor de vendas, ele contribuiu bastante com suas ideias.

Depois da virada do século, a Philips estava a todo vapor fabricando lâmpadas de sua marca, inaugurando também, em 1912, a fábrica de bulbos. Com inúmeras encomendas ao redor do mundo, o nome da empresa começou a se popularizar. E a abertura de capital injetou novos investimentos, para crescer ainda mais.

Fase de expansão

Gerard, por ter formação em engenharia, inovou ao criar um departamento integrado à indústria, um laboratório de pesquisas, visando melhorar seus produtos existentes e criar outros novos. Já com uma base sólida para a transformação em uma multinacional, a empresa viu a necessidade e a possibilidade de expandir seu catálogo de produtos.

Muito por causa do laboratório, a Philips tinha a patente dos tubos de raio X, voltados para o campo médico, e também dos receptores de rádio, que foram lançados nesse período da Primeira Guerra Mundial.

A produção de rádios em si se deu a partir de 1927, tornando-se a maior fabricante do produto no mundo, no início da década de 1930. Em 1938, a empresa chegou com sua primeira TV, lançando um barbeador elétrico inovador (Philishave) no ano seguinte. Aqui, a Philips já era uma organização gigantesca, com cerca de 45 mil empregados.

Segunda Guerra Mundial

Apesar da Holanda ter se mantido neutra durante a Primeira Grande Guerra, as coisas foram bem diferentes durante a Segunda Guerra Mundial. O país acabou sendo invadido pelo exército alemão, levando a evasão de diversos executivos da Philips para o território norte-americano.

Dentro desse contexto, vale um destaque especial para o nome Fritz Philips, um filho de Anton que trabalhava como gerente da marca na época. Ele permaneceu no país, com os nazistas o obrigando abrir uma fábrica na região de Vught, em um campo de concentração.

Por lá, acabou salvando quase 400 judeus, ao alegar o trabalho indispensável que eles possuíam dentro de sua indústria. Fritz chegou a presidência da empresa posteriormente, ficando entre 1961 e 1971, e sendo o último Philips a liderar a marca criada por sua família.

Embora tenha passado por muitos problemas durante todo o conflito – Eindhoven foi completamente bombardeada – a empresa conseguiu se recuperar posteriormente, lançando, por exemplo, a Philips Records (uma gravadora), uma nova expansão no mercado.

Período de inovações: o topo do mercado

Já recuperada, a empresa lançou em 1963 a famosa fita cassete, sua criação. Dois anos depois, chegou com seus primeiros circuitos integrados. Outra invenção importante fica por conta do Boombox (em 1966), unindo a tecnologia do rádio com suas fitas cassete. Nesse período, a Philips era a grande marca do setor.

Saltando alguns anos à frente, para abordar mais criações da empresa no campo da mídia, chegamos a 1982, quando ela se juntou à Sony para criar a tecnologia do CD. Posteriormente, em 1995, a dupla se uniu à Toshiba para desenvolver o DVD.

Investimentos no mercado gamer

Mais abaixo, ainda neste artigo, você vai acompanhar um tópico completo sobre a atuação da Philips no mercado gamer. Mas, por enquanto, é importante introduzir o tempo dentro dessa linha do tempo.

Bem, tudo começa ainda durante a primeira geração de consoles domésticos, com a Magnavox (importante fabricante de eletrônicos norte-americana) lançando seu Magnavox Odyssey em 1972. Esse foi o primeiro equipamento da categoria a ser criado em todo o planeta.

A Philips entra na jogada ao comprar essa empresa integralmente em 1974, passando a comandar sua produção de consoles. Sob esse selo, ela trabalhou não apenas durante a primeira geração, mas também durante a segunda, com o Magnavox Odyssey². O CD-i, lançado em 1991, também entra nessa lista.

Mudando o foco

O foco na área médica começou a tomar corpo ainda durante a década de 1990, quando a Philips passou por uma fase de reformulação. Assim, deixou de vender diversos tipos de equipamentos.

De todo modo, a reforma estrutural da marca ocorreu efetivamente em meados de 2014. Foi quando ele vendeu todo o seu departamento de produtos do setor de vídeo, áudio, acessórios e multimídia para a Gibson Brands, pelo montante de  € 135 milhões.

Já em 2016, a Apollo Global Management adquiriu a participação restante da empresa dentro do setor de iluminação. Atualmente, como mencionado, seu foco está nos produtos voltados para o bem-estar e à tecnologia médica.

A atuação da Philips dentro do mercado gamer

A atuação da Philips no mercado gamer se deu em um mesmo período em que a marca buscava aumentar sua relevância nos Estados Unidos, país já repleto de outras empresas de tecnologia. Assim, a aquisição da Magnavox, marca norte-americana fundada ainda em 1917 – criadora, por exemplo, do alto-falante – serviu tanto para esse propósito quanto para um investimento em um novo setor que estava surgindo, o de consoles domésticos.

Consoles desenvolvidos

Magnavox Odyssey

O Magnavox Odyssey, como mencionado, é considerado o primeiro console doméstico do mundo, chegando em 1972. A Philips teve um papel importantíssimo na comercialização do produto e em sua evolução.

A tecnologia utilizada foi criada através dos esforços de Ralph Baer, engenheiro que esteve à frente do projeto desde 1966. Ele desenvolveu inicialmente o Brown Box, um protótipo finalizado em 1968, quando a Magnavox assumiu o projeto, que, logo passou para as mãos da Philips.

Apesar de possuir um design analógico, o console já era digital, e conseguiu vender cerca de 330 mil unidades até 1975, quando foi descontinuado. Nesse período, recebeu novas versões e atualizações, como o Odyssey 100, 500, 2000, 3000, 4000 e 5000.

Magnavox Odyssey²

Em 1978, a Magnavox Philips chegou com o console de segunda geração, que conseguiu ser muito melhor sucedido que o primeiro. Um ponto interessante é que, dessa vez, houve uma maior expansão do mercado, atingindo outros países, além do foco norte-americano.

Foi esse modelo, aliás, que chegou ao Brasil em 1982, sendo muito popular. Como a sua primeira geração não foi oficialmente lançada em nosso mercado, a Philips do Brasil, que já estava presente por aqui desde o ano de 1924, resolveu não colocar nenhuma numeração no aparelho, que foi lançado simplesmente como Odyssey – daí a confusão que muitos têm quanto a isso.

O console foi descontinuado no ano de 1984, alcançando a marca de  2 milhões de aparelhos vendidos em todo o mundo. A quebra do mercado de jogos em 1983 foi um dos motivos para o encerramento do modelo, e da não entrada da marca na terceira geração.

CD-i

Embora tenha encerrado o Magnavox Odyssey, a Philips, de certo modo, deu mais um passo dentro do mercado de jogos em 1991, ao lançar o CD-i. O Compact Disc Interactive não foi especificamente um console, mas também atendia esse propósito.

Criado através de uma parceria com a Sony, o nome está diretamente ligado ao próprio formato de armazenamento de dados de disco ótico, combinando áudio, texto e gráficos.

Depois de ter baixas vendas, a empresa acabou reposicionando a tecnologia, ou melhor, seu reprodutor, conhecido como Philips CD-i ou CD-i player, realmente como um console de videogame.

A tentativa de tornar o modelo um console competitivo, licenciando, por exemplo, títulos clássicos da Nintendo (Zelda e Mario) também não deu certo, Assim, ele acabou sendo descontinuado em 1998, tendo cerca de 570.000 unidades vendidas. Na época, a Philips já buscava uma reorganização da empresa, e não voltou mais a investir no mercado de jogos.

Lista dos principais jogos

No período em que esteve ativa nesse setor, a Philips desenvolveu e editou jogos de videogame para seus consoles, por meio de equipes próprias (Philips Fantasy Factory e Philips Interactive Media, por exemplo). Nessa lista, de todo modo, estão alguns dos títulos mais relevantes que chegaram para os modelos da marca, sejam ou não desenvolvidos por ela.

Hotel Mario

Criado para o CD-i, Hotel Mario é um jogo do gênero puzzle, onde o personagem Mario, controlado pelo jogador, precisa encontrar a Princesa Toadstool. Para isso, será necessário passar por 7 hotéis localizados no Reino do Cogumelo. Cada uma dessas hospedagens conta com etapas próprias e o objetivo é fechar todas as portas disponíveis nelas. Ao final do circuito de um hotel, deve-se enfrentar um dos Koopalings de Bowser, finalizando com a disputa final com o Bowser.

Zelda’s Adventure

Outro jogo desenvolvido para o CD-i da Philips foi Zelda’s Adventure, que chegou com outros dois títulos: Link – The Faces of Evil e Zelda – The Wand of Gamelon. Baseando-se diretamente na franquia The Legend of Zelda, o jogo ambienta-se na terra de Tolemac, seguindo uma bem diferente, onde Link acaba sendo capturado por Ganon, o vilão da obra. O objetivo é controlar Zelda em sua missão de coleta dos 7 símbolos celestiais e resgatar Link.

Dynasty!

Quanto ao Odyssey, um exemplo importante fica por conta de Dinasty! um jogo de estratégia de tabuleiro. Nele, dois jogadores revezam a colocação de discos ao longo do tabuleiro, e vence aquele que tiver mais discos instalados ao final da batalha.

Embora seja feito para jogar com duas pessoas ao mesmo tempo, Dynasty! também oferece a opção solo, onde as disputas são contra o próprio computador. Outro ponto interessante é que ele busca oferecer condições iguais para jogadores iniciantes e experientes. É por isso que dá uma pequena vantagem de tempo aqueles que estão apenas começando.

Killer Bees

Killer Bees, que chegou para o Odyssey, é um jogo que explora o gênero de ficção científica. Nele, a Terra acaba sendo invadida por uma raça alien, que quer governar o planeta.

O jogador deve conter essa invasão, utilizando abelhas que foram treinadas especialmente para atuar em situações de ataques terroristas, mas que servem muito bem a esse propósito.

Air-sea war e Battle

Outros jogos desenvolvidos para o Odyssey foram Air-sea war e Battle, que chegaram em um cartucho único. Air-sea war foi feito para ser operado por dois participantes ao mesmo tempo, onde um controla um avião e outro navio. Cada jogador consegue lançar e desviar dos mísseis, unindo ataque e defesa ao mesmo tempo. Cada partida tem 3 minutos de duração, vencendo aquele que tiver mais pontos no fim.

Já Battle segue uma jogabilidade parecida, mas cada um dos dois jogadores estando no controle de um tanque. As partidas também duram 3 minutos, e o ganhador é quem conseguir danificar mais o adversário.

Considerações finais?

Como foi possível observar, a Philips, embora esteja um pouco mais ausente no mercado nos últimos anos, é uma marca de grande relevância dentro da história dos eletrônicos, trazendo contribuições significativas através de suas invenções e atuação.

Carioca, estudante de Direito, servidora pública e apaixonada por vídeo games, tecnologia e cultura pop em geral. Tenho como hobbies consumir e produzir conteúdos relacionados a esses temas que me interessam, e adoro passar horas adquirindo conhecimento sobre os assuntos que mais gosto, tanto que mantenho um canal no Youtube sobre games há 4 anos. Meu contato com inglês vem de longa data, quando notei que para ter acesso a todo um universo de informações, dominar a língua era fundamental.

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