Pôster de Indiana Jones e a Relíquia do Destino

Como já havia sido anunciado pelos organizadores do festival, na noite dessa quinta-feira, 18 de maio, Indiana Jones e a Relíquia do Destino teve sua primeira exibição pública no Festival de Cannes. O filme estreou no Grand Théâtre Lumière para um público seleto de jornalistas, artistas e convidados. Antes da exibição do filme, Harrison Ford, que no ano que vem completa 60 anos de carreira, foi agraciado com uma Palma de Ouro Honorária e se disse “feliz e honrado”, mas destacou que “tinha um filme para mostrar” para o público.

Parte do elenco e da equipe de produção de Indiana Jones e a Relíquia do Destino saudando o público no tapete vermelho do Festival de Cannes. Foto de Loic Venance/AFP via Getty Images.
Parte do elenco e da equipe de produção de Indiana Jones e a Relíquia do Destino saudando o público no tapete vermelho do Festival de Cannes. Foto de Loic Venance/AFP via Getty Images.

Contudo, o melhor ainda estava por vir. Depois da exibição das quase duas horas e meia de filme, o público presente no local começou a aplaudir a obra de pé. Os aplausos duraram cerca de cinco minutos e deixaram Ford visivelmente emocionado. As palmas só cessaram quando os organizadores do evento entregaram um microfone a James Mangold, diretor do filme, e ele, também emocionado, começou a discursar.

O diretor agradeceu ao público presente e disse que, assim como outros filmes da franquia, Indiana Jones e a Relíquia do Destino tinha sido feito por amigos. “Uma coisa que era verdade naquela época e é verdade agora é que este filme foi feito por amigos. Provavelmente é difícil para vocês acreditarem que um filme tão grande possa ser feito por amigos, mas foi”, disse ele. Que ainda acrescentou já bastante emocionado. “Foi feito com amor, foi feito com devoção ao que veio antes dele e foi feito com uma tremenda confiança de todas essas pessoas”.

Indiana Jones e a Relíquia do Destino e a despedida de um personagem icônico

Indiana Jones e a Relíquia do Destino deve ser a última vez em que o público verá Harrison Ford na pele do icônico arqueologista que viaja o mundo em busca dos maiores artefatos históricos. Isso porque, o próprio ator (que já tem 80 anos de idade) disse que não deve voltar a interpretar o personagem e que quando ele morrer, Indiana Jones morre com ele. “Ninguém será o Indiana Jones, você entende? Eu sou o Indiana Jones. Quando eu morrer, ele morre. É fácil assim”, afirmou o ator em uma entrevista em 2019.

Harrison Ford e Phoebe Waller-Bridge em cena de Indiana Jones e a Relíquia do Destino (2023).
Harrison Ford e Phoebe Waller-Bridge em cena de Indiana Jones e a Relíquia do Destino (2023).

Com a primeira exibição do filme em Cannes, já sabemos um pouco mais do enredo e também dos personagens do filme. Além disso, já surgem as primeiras análises de jornalistas sobre a obra. No filme, que se passa em sua maior parte em 1969, Jones está há mais de uma década ensinando arqueologia no Hunter College, em Nova York e além de já ter se aposentado de seus tempos de aventura e viagens pelo mundo, também está prestes a se aposentar da vida acadêmica.

Pórem, tudo muda quando ele recebe a visita inesperada de sua afilhada Helena Shaw (Phoebe Waller-Bridge). A moça está em busca de um artefato raro e capaz de localizar fissuras no tempo, a famigerado Relíquia de Arquimedes. Objeto esse, que foi confiado a Jones anos antes pelo pai da moça. O que o arqueólogo não sabe é que Helena é uma ladra e golpista talentosa que rouba o artefato para vendê-lo a “quem der mais”.

Harrison Ford e Phoebe Waller-Bridge em cena de Indiana Jones e a Relíquia do Destino (2023).
Harrison Ford e Phoebe Waller-Bridge em cena de Indiana Jones e a Relíquia do Destino (2023).

Sem muita escolha, Jones é obrigado a tirar o chapéu e o chicote empoeirados do ármario e partir em busca da moça, antes que seja tarde demais. No meio do caminho, ele enfrenta o vilão Jürgen Voller (Mads Mikkelsen), um ex-nazista que agora trabalha para a NASA no Programa Espacial Americano. E também reencontra velhos conhecidos, como o capitão de barcos Renaldo (Antonio Banderas) e seu grande amigo Sallah (John Rhys-Davies). O filme, inclusive, representa o retorno a franquia de Rhys-Davies, que apareceu com destaque em Os Caçadores da Arca Perdida (1981) e Indiana Jones e a Última Cruzada (1989).

Apesar de ter sido visto e analisado por poucos jornalistas até agora, Indiana Jones e a Relíquia do Destino tem sido elogiado por aqueles que já tiveram o privilégio de assistir ao filme. Os principais elogios têm sido feitos a atuação de Harrison Ford e também as cenas de ação e efeitos especiais que, segundo dizem, não deixa nada a desejar a nenhuma superprodução. Além disso, o clima nostálgico da obra também tem sido elogiado.

Cena de Indiana Jones e a Relíquia do Destino (2023).
Cena de Indiana Jones e a Relíquia do Destino (2023).

Agora é esperar para ver se as expectativas iniciais realmente se confirmam e Indiana Jones e a Relíquia do Destino realmente se mostre uma despedida digna para um dos mais icônicos heróis do cinema. Com o passar dos dias e com a publicação, por parte da crítica especializada, de mais análises sobre a obra, poderemos ter uma ideia melhor da real qualidade do filme. E, finalmente, no dia 30 de junho, quando a produção finalmente estrear no mundo todo, o público poderá ver o filme com seus próprios olhos e tirar suas próprias conclusões.

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